Política

"Não represento o PT", diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff negou nesta quarta (5) apoiar a resolução de seu partido, o PT, que faz críticas duras ao candidato derrotado Aécio Neves (PSDB), prega um projeto de “hegemonia” petista na sociedade e a regulação da mídia. “Eu não represento o PT”, disse.

Dilma conversava com jornalista de meios impressos no Palácio do Planalto na tarde desta quinta (6) e fazia a defesa do diálogo. “Eu não estou propondo nenhum diálogo metafísico. Quero discutir propostas”, afirmou Dilma quando a reportagem da Folha de S.Paulo a interpelou sobre a resolução petista, que tem tom beligerante.

“Eu não represento o PT. Eu represento a Presidência. A opinião do PT é a opinião do partido, não me influencia. Eu represento o país, não sou presidente do PT, sou presidente dos brasileiros”, afirmou.

A resolução petista, aprovada pela Executiva Nacional do partido na segunda-feira (3), afirma que Aécio estimulou “forças neoliberais” com nostalgia da ditadura militar, racismo e machismo. Para Dilma, é uma queixa partidária. “É deles, é típico”, afirmou, ressaltando que a oposição também é acusada da mesma agressividade.

Ainda falando sobre diálogo, Dilma foi questionada sobre o desafeto Eduardo Cunha, o líder do PMDB que é favorito para ser presidente da Câmara no ano que vem.

Dilma parou, fechou o semblante e, com um sorriso irônico, disse: “Nós estamos convivendo há muito tempo com ele”, encerrando o assunto.

Sobre a chamada PEC da Bengala, que voltou a ser articulada entre setores do STF e Congresso para permitir a aposentadoria de juízes aos 75 anos (e não 70, como hoje), Dilma disse ser “muito ruim”. Na prática, a PEC tiraria teoricamente de chegar ao fim de seu novo mandato com 10 dos 11 ministros do STF indicados por governos petistas.

Em relação à renegociação do indexador das dívidas dos Estados, aprovada ontem pelo Senado e que irá para sua sanção, Dilma afirmou “ser complicado” se houver retroatividade comprovada da medida. “Tudo para trás estoura a bolsa da viúva”, disse. Mas ressalvou que “ainda estamos estudando” o impacto da medida, para aí então avaliar se haverá vetos.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. UMA FRASE DESSA PARA QUEM É PETISTA DEVE SER UMA PUNHALADA NAS COSTAS. DEVEM ESTAREM PENSANDO. PENSEI QUE ELA ERA NOSSA COMPANHEIRA. Rsrsrsrsrsr.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Depoimentos não devem ser usados 'de forma leviana no período eleitoral', diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, criticou nesta sexta-feira (10) a divulgação de depoimentos sobre corrupção na Petrobras e afirmou que não devem ser usados “de forma leviana em períodos eleitorais”.

Na quinta (9), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef depuseram à Justiça Federal no Paraná e deram detalhes sobre o desvio de recursos da Petrobras, que, segundo Costa, serviria para abastecer PT, PP e PMDB.

“Que haja de fato interesse legítimo, real e concreto de punir corruptos e corruptores, mas que não se use isso de forma leviana em períodos eleitorais e de forma incompleta, porque nós não temos acesso a todas as informações”, disse a presidente.

Os depoimentos de Costa e Youssef à Justiça nesta quinta [9] não eram sigilosos, porque foram feitos em uma ação que já estava em curso na Justiça Federal e sem sigilo. Além disso, ambos firmaram acordos de delação premiada com o Ministério Público para dar mais detalhes sobre o esquema, mas os depoimentos da delação são sigilosos e suas íntegras ainda não vieram a público. O governo Dilma pediu acesso à delação, mas ainda não obteve.

“A delação premiada, para ser aceita, tem que estar baseada em provas. O que eu suponho? Que lá esteja a maior parte das provas, que lá tenha um arco bem maior do que esse que foi divulgado. O que eu considero incorreto é divulgar parcialmente num momento eleitoral”, afirmou Dilma.

Costa e Youssef chegaram a dizer que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, intermediava os desvios na Petrobras. Os depoimentos também colocaram em cheque o presidente da Transpetro, Sergio Machado, indicação do PMDB e citado por Paulo Roberto Costa, que disse ter recebido R$ 500 mil de Machado.

Durante a manhã desta sexta (10), Dilma cogitou demitir Machado da presidência da Transpetro, subsidiária da estatal no setor de logística. Líderes do PMDB defenderam que se Machado for demitido por ter sido citado por Costa o mesmo deve acontecer com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

Dilma afirmou que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), está conversando com Machado para esclarecer o assunto. “Ninguém pode acabar com o direito de defesa”, disse a presidente.

“Se o PT enquanto pessoas do PT erraram, se qualquer outro partido tiver pessoas que erraram, elas têm que ser punidas. Aí é o seguinte, é o doa a quem doer. Você não condena uma instituição. No Brasil você condena pessoas. Se alguém errou, tem que pagar”, declarou.

Ela afirmou ainda que foi a única candidata nesta campanha que fez propostas para acabar com a impunidade, como a transformação do crime de caixa dois em crime eleitoral, e disse ter “tolerância zero” com corrupção.

A presidente aproveitou para criticar o PSDB do seu adversário Aécio Neves, dizendo que durante a gestão FHC a Polícia Federal foi dirigida por tucanos e a Procuradoria-Geral da República tinha um engavetador de processos.

“Eu garanti que não houvesse esse tipo de interferência na PF e por isso a PF no meu período investigou não só os crimes de corrupção mas lavagem de dinheiro e todos os demais crimes financeiros”, afirmou.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Da CPI do Orçamento para cá houve enorme sucessão de episódios, investigações, CPIs, todas varridas para baixo do tapete pela enorme influência política dos corruptores.
    Foi assim com a CPI do Banestado, com a CPI dos Precatórios, com a CPI de Cachoeira – que, aliás, levantou esquemas entre grupos de mídia e organizações criminosas – e com diversas operações da Polícia Federal, como a Satiagraha – que envolvia o Banco Opportunity -, com a Castelo de Areia – que flagrou a Construtora Camargo Correia em sua atividade paulista.
    As CPIs naufragaram devido a pactos entre os partidos, já que praticamente todos tinham rabo preso; as Operações da PF foram paralisadas devido à interpretação de determinados Ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre aspectos formais das investigações.

  2. No seu depoimento, Paulo Roberto Costa envolve outros diretores e informa que o aparelhamento da Petrobras ocorreu ininterruptamente nos governos Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique Cardoso e Lula. E a conta recai sobre Dilma, a primeira a tentar romper essa prática.
    ***

  3. – A Operação Lava Jatos, que investiga esquemas que atuavam na Petrobras, provavelmente terá um alcance e desdobramentos similares ao da CPI do Orçamento, no início dos anos 90.
    Dela, nasceu um conjunto de medidas – das quais a mais ostensiva foi a Lei 8666, das licitações – que manietaram completamente a administração pública, sem reduzir a corrupção.
    De lá para cá, criou-se uma enorme parafernália burocrática, que apenas especializou os esquemas existentes.

  4. O PT só pode achar que lida com uma população de idiotas. Não interferir na PF é sua obrigação e não favor. Mas se não interfere mesmo explique porque o Delegado que prendeu o marqueteiro de Lula numa rinha de galo foi jogado num cargo de geladeira? Explique porque até hoje ninguém conseguiu identificar aquela montanha de dinheiro que estava num quarto de hotel com petistas?
    Façam um favor ao mundo, petralhas: contraiam ebola. Cambada de corruptos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Redução de bancos públicos inviabilizaria infraestrutura no país, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou nesta segunda-feira (22) que a redução da participação dos bancos públicos inviabilizaria a realização de obras de infraestrutura no país. Dilma também afirmou que o Brasil está na defensiva na área econômica e depende de uma melhora na economia dos Estados Unidos para voltar a crescer.

As declarações foram dadas em uma entrevista gravada no domingo (21) no Palácio da Alvorada e transmitida hoje no programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo. A entrevista foi marcada por pequenas divergências com os jornalistas Chico Pinheiro, Mírian Leitão e Ana Paula Araújo.

A menção de Dilma sobre os bancos é uma crítica feita à sua adversária, a candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, que defende a independência do Banco Central.

“Tudo o que eu falo está no programa da candidata. Ela diz que vai tornar o Banco Central independente. Ora, isso é colocar um quarto poder no país. [] Estou alertando. Reduzir o papel dos bancos públicos o que significa? Quero saber como vão financiar a infraestrutura no Brasil. Se for comparar com juros de mercado ninguém faria obras de infraestrutura no Brasil. Isso não é medo, é real. Não sai rodovia, não sai metrô, não sai VLT”, afirmou Dilma.

O programa petista eleitoral no rádio e na televisão tem explorado o fato, dizendo que a proposta de Marina daria mais poder aos bancos privados, que poderiam inclusive, tomar decisões sobre empregos e salários da população.

Dilma foi questionada pelos entrevistadores se a estratégia de fazer uma “campanha do medo” era legítima ao invés de levar propostas aos eleitores. A candidata disse então, que está fazendo apenas um alerta.

“Como reduz o financiamento? Reduz quanto? Não pode dizer assim: ‘vou reduzir’. E eu que estou colocando medo? Ela [Marina Silva] tem um alinhamento claro. Ela tem uma posição favorável aos bancos. Eu não tenho. Acho que os bancos importantes são importantíssimos, mas eu sei que o país precisa de infraestrutura e as pessoas precisam de casa própria”, disse.

Durante a entrevista, Dilma se irritou ao ser confrontada com dados sobre a taxa de inflação. A jornalista Mírian Leitão afirmou que Chile e Reino Unido já haviam implementado uma política de Banco Central independente e os resultados foram positivos.

Em resposta, Dilma afirmou que, no Brasil, a instituição tem o papel exclusivo de controlar a inflação. “O seu Banco Central não tem conseguido [controlar a inflação]”, rebateu a jornalista. E Dilma respondeu: “nem eles”, em referência aos Estados Unidos.

O clima da entrevista ficou um pouco mais tenso quando Mírian Leitão afirmou que os americanos têm uma inflação de menos de 2%. Dilma então respondeu que a “deflação” americana também é preocupante.

Novamente, Mírian Leitão rebateu e disse que não o cenário americano não é de deflação e sim, de inflação. Dilma ponderou: “Ninguém está conseguindo cumprir todas as metas do ponto. Lá também oscila”, disse.

Questionada sobre se estava satisfeita com o crescimento econômico brasileiro, Dilma apenas disse: “não”. A candidata afirmou que o país está na defensiva na área econômica para enfrentar a crise internacional.

“O Brasil está na defensiva para proteger os empregos, salários e investimentos. Protegemos isso porque apostamos em uma retomada, em que vamos mudar de defensiva para ofensiva”, disse.

No entanto, para que isso aconteça, Dilma afirmou que o país depende de um crescimento dos Estados Unidos. “A gente tem de ver como que evolui a crise. […] Os Estados Unidos evoluindo bem eu acho que o Brasil pode entrar numa outra fase, que precise de menos estímulos. Pode ficar entregue à dinâmica natural da economia e pode, perfeitamente, passar por uma retomada”, disse.

Dilma destacou que há ainda uma outra crise mais grave no mundo, que é a do desemprego. Mais uma vez, a presidente discordou de dados apresentados por Mírian Leitão. A jornalista afirmou que a taxa no país de desempregados é de 13,7%, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Dilma insistiu que a taxa média de desemprego no Brasil alcançou, durante o seu governo, 4,9%. “Nós temos na PME (pesquisa mensal de emprego) a menor taxa de desemprego de toda a série histórica, de 4,9%”, disse.

Ao final da entrevista, a jornalista Ana Paula Araújo esclareceu que os dados apresentados por Mírian Leitão estavam corretos.

PETROBRAS

Dilma voltou a defender a indicação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras, durante o governo do ex-presidente Lula. Dilma, que na época, era presidente do Conselho de Administração da estatal, assumiu a responsabilidade pela indicação.

“O que eu escolhi, é responsabilidade minha. Na Petrobras não foi indicação política. O senhor Paulo Roberto tinha credenciais para ser escolhido diretor. A descoberta do que ele fez é uma surpresa para nós porque eu, como quase todos os brasileiros, acredito que os funcionários da Petrobras, de carreira, são pessoas testadas, investigadas”, disse.

Paulo Roberto foi indicado na época pelo PP. Ele está preso em Curitiba (PR), por envolvimento com um esquema que pode ter lavado R$ 10 bilhões. Dilma afirmou que se soubesse dos atos de corrupção do ex-diretor, o teria demitido imediatamente.

MUDANÇA DE AMBIENTE

A entrevista ao “Bom Dia Brasil” foi gravada no domingo (21) em um local descaracterizado no Palácio da Alvorada, uma sala branca com cortinas da mesma cor. A biblioteca da residência oficial, onde Dilma gravou a maioria das sabatinas e entrevistas concedidas durante a campanha eleitoral, foi abandonada depois que o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), José Dias Toffoli, criticou o uso do local.

Em entrevista à revista “Época”, o ministro disse que a utilização da biblioteca por Dilma é uma “vantagem indevida”. Neste domingo (21), a candidata ironizou a avaliação e disse que seria uma “sem-teto” se não pudesse usar a residência oficial da Presidência para dar entrevistas.

“Eu só quero lembrar que todos meus antecessores usaram o palácio, até porque caso contrário eu serei uma sem-teto, não terei onde dar entrevista. Não tenho casa, não pode ser no Alvorada, serei sem-teto e irei para rua dar entrevista. Não tenho outro local”, disse Dilma em uma entrevista coletiva realizada na tarde de domingo (21).

Ela afirmou ainda que se o problema fosse a biblioteca, então não mostraria mais a biblioteca.

Folha Press

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

'Tá ficando ridículo' especulação na bolsa com pesquisa eleitoral, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff (PT) classificou de “ridícula” a onda de especulações na Bolsa de Valores envolvendo as pesquisas eleitorais, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (19).

Após a divulgação da pesquisa Datafolha nesta sexta (19), mostrando Dilma se fortalecendo na liderança do primeiro turno da eleição, houve queda no Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira.

Às 12h15, o Ibovespa perdia 0,70%. Quando houve subida da candidata Marina Silva (PSB) nas pesquisas, também houve subidas na Bolsa de Valores.

“Acho ótima a reação da bolsa. Quando a bolsa cai, eu falo ‘será que eu subi’? Tá ficando ridículo isso, especulação tem limite e acho que tem gente ganhando com isso. Eu não sou, eu perco. Eu acho desagradável o fato de acharem que uma coisa está vinculada à outra, quando sobe ou quando desce”, disse Dilma.

Questionada sobre o resultado do Datafolha, ela disse que não comenta pesquisas.

PETROBRAS

Sobre a PGR (Procuradoria-Geral da República) ter negado ao governo a obtenção de informações sobre a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Dilma afirmou que agora farão o mesmo pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal).

“Quero ser informada se no governo tem alguém envolvido. Eu não tenho porque dizer que tem alguém envolvido porque eu não reconheço na revista “Veja” nem em nenhum órgão de imprensa o status que tem a Polícia Federal, o Ministério Público e o Supremo [Tribunal Federal]. Não é função da imprensa fazer investigação, é função divulgar informações”, disse.

Pela manhã, a presidente recebeu atletas olímpicos e paraolímpicos no Palácio do Planalto e defendeu a criação e manutenção do Ministério do Esporte.

Folha Press

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Farsa na CPI da Petrobras é problema do Congresso, diz Dilma

Numa agenda disfarçada de campanha em São Paulo, a presidente-candidata Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que “o PSDB pode fazer a representação que quiser em Brasília” sobre a farsa montada pelo governo e pelo PT na CPI da Petrobras no Senado. Reportagem de VEJA desta semana revela que governistas engendraram esquema para treinar os principais depoentes à comissão de inquérito, repassando a eles previamente as perguntas que seriam feitas pelos senadores e indicando as respostas que deveriam ser dadas.

A oposição anunciará nesta tarde ações cobrando investigações e punições aos responsáveis por fraudar os depoimentos à CPI tanto no âmbito do Congresso Nacional quanto representações à Procuradoria-Geral da República. A resposta de Dilma faz parte da estratégia traçada pela campanha petista e pelo Palácio do Planalto para tentar empurrar o caso para o Legislativo – apesar de a cúpula da Petrobras e um assessor da pasta de Relações Institucionais estarem diretamente envolvidos na farsa. “É uma questão que deve ser respondida pelo Congresso”, esquivou-se Dilma.

Nesta segunda, a presidente-candidata visitou uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, que recebeu profissionais do Mais Médicos. A viagem foi preparada às pressas e chegou a aparecer nesta manhã na agenda oficial do Palácio do Planalto, mas foi retirada horas depois porque o evento ganhou ares de campanha – Dilma, no entanto, está em horário de expediente. A comitiva da presidente levou para as dependências da UBS Jardim Jacy uma equipe para registro de imagens de campanha para a propaganda na TV. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, também participou do ato.

Já escrevi isto aqui algumas dezenas de vezes: é claro que o PT não inventou a corrupção e o malfeito na política. Já existiam antes dele; continuarão a existir depois. O partido inovou num aspecto: nunca antes na história deste país, como costuma dizer Lula, um partido tentou profissionalizar o crime político e fazer dele um método. Infelizmente, o PT trouxe essa novidade — e tomara que ela seja interrompida e não tenha continuadores. O que foi o mensalão? Cumpre lembrar: mais do que simples roubo de dinheiro público, mais do que peculato, mais do que corrupção ativa, mais do que corrupção passiva, mais do que formação de quadrilha, mais do que evasão de divisas, mais do que lavagem de dinheiro. O mensalão foi tudo isso para ser algo bem maior do que isso. Tratou-se de uma armação para criar um Congresso paralelo, movido pelo propinoduto, de sorte que o povo brasileiro tivesse solapado seu principal canal de expressão: o Poder Legislativo. Que passaria a se mover nas sombras. Esse, sim, foi o grande crime do mensalão. Mais do que o roubo, que já era muito grave, o que se viu foi o assalto ao estado de direito e ao Estado brasileiro.

Veja

Opinião dos leitores

  1. Ela aprendeu com LULALAU, os outros roubam para
    eles e os pequenos é que se F… O filho de LULALAU ficou rico, e Zé Dirceu e cia da formação de quadrilha, ficaram com uma parte do dinheiro e LULALAU e DILMAL, com o restente e livre.Que Brasil de bosta, digo, povo…

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

PT deverá combater a mentira e desinformação, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 27, que a era do PT no governo, que começou em 2003 com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mudou a história do País, que ele é “o maior símbolo da capacidade do nosso povo” e que não há nada que possa “nos envergonhar nesses últimos 11 anos de governo”, disse, durante a convenção do PT-BA, em Salvador. “Eu e Lula fizemos muitas coisas neste País e temos de nos orgulhar”, completou.

Segundo a presidente, o pleito de outubro, quando ela concorre à reeleição, terão “momentos muito difíceis”, já que os adversários apelam para o ódio, o xingamento e a política desqualificada. “Quem não tem argumentos apela. (A oposição) usa todos os artifícios, especialmente a mentira”, disse. Para Dilma a militância petista tem que estar “muito alerta” para combater “a mentira e a desinformação nesta eleição”.

Citando a Copa do Mundo, que está sendo realizada no Brasil, Dilma afirmou que muitas pessoas pregavam que o Mundial não aconteceria ou seria um fracasso e que mentiram “sistematicamente contra a Copa”. “(Diziam que) seria um fracasso porque os estádios não estavam prontos”, destacou. “Todo mundo chegou aos estádios, que ficaram prontos”.

Dilma falou ainda da situação dos aeroportos brasileiros e afirmou que não há registro de problemas no transporte durante o Mundial e que “os aeroportos estão aí, com voos saindo dentro da normalidade”. “Em Brasília saíram 70 aviões depois do jogo (Brasil), sem nenhum atraso”, afirmou.

Para a presidente, além de mentirem sobre a Copa houve também uma subestimação do povo brasileiro, “que está dando um show de bola nos estádios com nossa seleção e fora dos estádios com nossa capacidade de sermos generosos, hospitaleiros e alegres”. “Temos visto cenas fantásticas de amizade entre brasileiros e turistas de todo o mundo”, disse.

Dilma lembrou uma cena “fantástica e muito simbólica” que aconteceu em Porto Alegre, antes do jogo de Holanda e Austrália, quando uma banda holandesa de torcedores tocou “Aquarela do Brasil” com a banda da Brigada Militar. O vídeo, registrado por presentes, caiu na internet. “Isso só acontece aqui nesta terra, só aqui neste País”.

Ela usou seu discurso também para exaltar a candidatura de Rui Costa ao governo baiano e afirmou que um “bom combate” contra a oposição é eleger a chapa composta por Rui Costa e o João Leão.

Dilma exaltou o Estado e disse que a Bahia é a terra mãe de um Brasil que tem a diversidade e a miscigenação como características. “O Brasil começou aqui (Bahia) e quero agora que vocês me ajudem com um axé”, disse aos militantes. “Estar na Bahia com essa força é muito bom, com o axé e a força que emana de cada um”, afirmou.

O candidato ao governo estadual, Rui Costa, discursou antes da presidente. Ele se emocionou ao falar do seu passado humilde e lembrar a mãe que morreu de câncer. Costa levantou a bandeira da reforma política, que chamou de “mãe das reformas”, e criticou a “elite brasileira” e “aqueles que não gostam de pobre”. O candidato, ex-secretário da Casa Civil de Jaques Wagner, citou o Vale Cultura lançado pelo governo Dilma como exemplo de inclusão social.

fonte: Agência Estado

Opinião dos leitores

  1. Esses PTralhas são mesmo muito falsos e hipócritas, bando de PARASITAS, SANGUE-SUGAS que são capazes de tudo para se perpetuarem no poder, ou estou enganad?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

‘É uma má vontade fantástica’, diz Dilma sobre quem reclama de obras para a Copa

Após visitar obras da transposição do Rio São Francisco, a presidente Dilma Rousseff criticou nesta terça-feira aqueles que falam mal das obras do governo federal para a Copa do Mundo. Ela citou especificamente o caso do aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, que segundo ela está muito bem feito. Para a presidente, há problema de postura daqueles que querem usufruir da Copa.

— Acho que é uma má vontade com o país fantástica falar de um pingo d’água em Guarulhos – disse a presidente em entrevista no canteiro de obras da barragem de Jati.

Dilma disse ainda que as obras nos aeroportos e estádios estão todas encaminhadas, e que a Copa tem todas as condições de ser um sucesso. Ela também afirmou que o governo tem como garantir a segurança para todos os brasileiros e estrangeiros que forem assistir aos jogos da Copa.

Sobre manifestações, Dilma disse que o país é uma democracia e que todos têm o direito de protestar, desde que não o façam com vandalismo.

— Temos condições de garantir a segurança. A Força Nacional de Segurança e tudo isso vai assegurar que a Copa seja feita pacificamente. Se as pessoas quiserem protestar, podem. Mas democracia não significa vandalismo – disse

Ela confessou que nunca assistiu a um jogo em um estádio de futebol, porque isso nunca foi prioridade para ela. Mas pontuou que não há um brasileiro que não tenha acompanhado um mundial de futebol, em grupo ou em família, inclusive tomando seu “choppinho”.

Na entrevista, Dilma não quis comentar a queda de sua intenção de voto nas pesquisas, afirmando que ela não comenta esses dados.

Antes de visitar a barragem, a presidente esteve no túnel Cuncas 2 , em São José de Piranhas, na Paraíba. Ela vai encerrar o dia em Cabrobó, Pernambuco, onde verá a estação de bombeamento 1 do projeto de integração do Rio São Francisco.

As obras interligarão as águas da bacia do São Francisco às bacias de Brígida, Terra Nova, Pajeu e Moxotó, em Pernambuco; Jaguaribe e Metropolitana, no Ceará; Apodi e Piranhas Açu, no Rio Grande do Norte; e Paraiba e Piranha, na Paraíba. No total são 470 quilômetros de obras, um investimento de R$ 8,2 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão em programas ambientais. Inicialmente, o projeto estava orçado em R$ 4,5 bilhões.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Vários estádios para a Copa do Mundo já estão prontos ou quase prontos e as obras da transposição do São Francisco, iniciadas no ano de 2007, ainda não.
    Detalhe: conforme a promessa do PT, as obras eram para ter sido entregues em 2012.
    Apenas um pouco mais da metade das obras foram concluídas e o novo prazo dado pelo governo do PT foi para 2015.
    Percebemos, portanto, que para o PT as obras da Copa eram mais importantes do que matar a sede de milhares de pessoas no sertão.
    Enquanto isso, a imprensa noticiou que o TCU havia apontado várias irregularidades no programa "Carro-Pipa", Programa Emergencial de Distribuição de Água, destinada às populações atingidas pela seca na região do semiárido nordestino e região norte dos estados de Minas Gerais e Espirito Santo.
    Foram detectadas as seguintes fragilidades: a fase de fornecimento (distribuição) da água à população ficava a cargo de agentes privados – pipeiros e apontadores –, o que introduzia fatores de risco adicionais para ocorrências de irregularidades; laudos de potabilidade da água desatualizados, o que elevava o risco de fornecimento de água inadequada ao consumo; falta de inspeção periódica para averiguar a manutenção do estado geral dos veículos; ausência de normativo que estabeleça critérios de alteração no volume padrão de água potável por pessoa a ser distribuído o que, como consequência, possibilitava algumas localidades receberem quantidades maiores de água.
    Foi detectada também a inexistência de limite máximo para a quantidade de carradas recebidas por apontador.
    Esse é o PT que gasta uma fortuna com publicidade e que não entrega à população o que promete.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

‘Ninguém me separa do Lula, nem ele de mim’, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff diz que não se preocupa com o movimento “volta, Lula”, que ganha força na base aliada do governo, por acreditar na lealdade do ex-presidente. Diz que convive com Lula desde 2000 e está com ele todos os dias desde 27 de abril de 2005 quando assumiu a Casa Civil e tem total confiança no líder petista. Dilma avaliou também que a Copa do Mundo não deve ter efeito na sua reeleição e as recentes pesquisas de intenção de voto são importantes, mas não decidem a eleição.

“Ninguém vai me separar do Lula nem ele vai se separar de mim. Sei da lealdade dele a mim e ele da minha lealdade a ele. Conheço o Lula desde 2000 e tenho uma convivência direta com ele desde 27 de abril de 2005”, disse Dilma a um grupo de jornalistas de Esportes dos principais jornais e redes de TV, nesta segunda-feira à noite, no Palácio Alvorada, em Brasília.

A presidente não se manifestou a respeito das declarações do deputado federal Bernardo Santana (PR-MG), da base aliada do governo, que encampou o movimento “volta, Lula” pedindo a troca de Dilma pelo ex-presidente nas eleições presidenciais em outubro.

Dilma diz que a liderança dela nas recentes pesquisas de intenção de voto, apesar da queda, não é decisiva para vencer as eleições e garante que na hora de votar a população vai ver se ela, Dilma, é importante para o futuro de cada um.

“As pesquisas são importantes, mas na hora de votar as pessoas vão levar em consideração se sou importante ou não para o futuro delas, se a vida delas vai melhorar se eu for eleita. É isso que está em jogo”.

A presidente também avaliou que a Copa do Mundo não deve ter efeito direto na sua reeleição, com o Brasil campeão ou não. “Não acho que a Copa vai decidir minha eleição. Não vai me ajudar, nem me prejudicar. O Brasil pode ser campeão e eu perder a eleição, o Brasil pode perder a Copa e eu ser reeleita. Não acho que uma coisa está ligada a outra. Agora, não tenham dúvida de que eu vou torcer muito para o Brasil ser campeão. Todos nós, seja de que partido for, queremos ver o Brasil campeão”.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Para os PTistas medíocres, ser contra a administração desastrosa do governo federal e se manifestar contra a corrupção é ser eleitor do PSDB.
    Como essa gente enxerga pequeno.
    Quem defende o caos do governo do PT e não se indigna com a situação ou é cargo comissionado ou é filiado ao partido.

  2. e o país junto.. afundando em inflação e numa pseudo-guerra civil fantasiada de manifestações.

    1. Afundando em inflação?
      A inflação gira em torno de 6,5% ao ano.
      FHC a quem erroneamente é atribuido o controle da inflação, no seu último ano de governo fechou com uma inflação de 12,7% ao ano e a média da inflação em seu governo é maior que nos governos de Lula e de Dilma.
      Esse pessoal do PSDB não se manca.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *