O candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PSL) (Ueslei Marcelino/Reuters)
O historiador e cientista político Boris Fausto, de 87 anos, vê com preocupação o atual quadro eleitoral. Em entrevista, ele disse que a candidatura à Presidência do deputado Jair Bolsonaro (PSL) representa a ascensão de uma extrema-direita que “aceita regras fora do jogo democrático”. E nenhuma outra força política ao centro ou à esquerda, tem hoje força para se contrapor a esse avanço, dado o descrédito dos partidos tradicionais. A seguir, os principais trechos da entrevista:
Qual o retrato do País às vésperas de uma eleição presidencial?
Estamos à beira do abismo, em uma situação muito complicada. Há uma crise institucional muito grave. Há uma incerteza com o resultado da eleição. E existem candidatos que são, ao menos um candidato notadamente, muito preocupantes.
O sr. se refere ao deputado Jair Bolsonaro?
(Rindo) Você é quem falou…
O que faz dele alguém tão bem colocado nas pesquisas?
Ele vem de uma coisa inegável, que não chegamos a perceber, que foi o avanço da extrema-direita. O Bolsonaro vem nessa onda. Ele é, nitidamente, um candidato que hoje entrou no jogo, mas que também aceita regras fora do jogo democrático.
Como se deu o fortalecimento dessa extrema-direita?
O que levou a isso foi a corrosão do jogo democrático. Corrupção descrença nos candidatos e nos partidos, seja à esquerda ou à direita. Isso proporcionou o avanço da extrema-direita e o crescimento da ideia de um regime forte. Essa ideia vem sempre associada aos militares, porque, na cabeça de alguns, se alguém tiver de implantar um regime forte são eles, os militares. Tem também muita gente jovem que apoia o Bolsonaro e não conheceu a ditadura. E mais grave: gente que conheceu a ditadura e diz que é isso mesmo. É um eleitorado que diz que cansou dos políticos de centro, dos bem comportadinhos, dessa esquerda que é muito demagógica. Quando você vota por ódio ou por raiva, os riscos são muito altos. Se estoura tudo, o caos é instalado e as consequências tendem a ser autoritárias. Ainda assim, mesmo que chegue ao segundo turno, parece difícil que o Bolsonaro ganhe a eleição. Na França, as pessoas se assustaram quando Marine Le Pen (candidata da extrema-direita ao governo francês) chegou ao segundo turno (em 2017) e se juntaram nas candidaturas enquadradas dentro da normalidade.
Uma união entre partidos para enfrentar Bolsonaro num segundo turno será automática?
PT e PSDB não vão se dar as mãos. Vão, no máximo, fazer uma aliança pragmática.
Derrotado, Bolsonaro será um fenômeno efêmero?
Diria que Bolsonaro é uma má personificação, é muito caricatural. Isso pode agradar a um setor, mas, para articular um movimento, esse homem é muito tosco. Uma corrente de extrema-direita vai persistir, mas outro alguém vai encarnar essa corrente, alguém que não ensine uma criança de 5 anos a atirar.
Existe algum partido que se contraponha à extrema-direita?
Não e esse é o drama do País. Nem ao centro nem à esquerda. Agora, se tem uma figura que ganhou pontos, foi a Marina Silva, que, inteligentemente, peitou o Bolsonaro. Coisa que o (Geraldo) Alckmin não faz. Ele fica fazendo suas considerações aritméticas e um joguinho que, a meu ver, não funciona mais.
A Marina tem força para se impor e com chances eleitorais?
Com chances eleitorais, sim. Se ela vai para o segundo turno, ganha de qualquer um. Mas daí começariam problemas de toda ordem. A força de articulação dela é muito baixa. Vejo pouca capacidade dela no jogo institucional.
Considera haver riscos para a democracia no País?
O risco de intervenção militar, acho menor do que em 1964. Mas o risco de uma descida aos infernos por uma via autoritária que seja, até certo ponto, formalmente democrática tem chance de ocorrer como nunca.
Como explicar a força do ex-presidente Lula mesmo preso?
Ele combina o martírio com a habilidade política. Ele não está se valendo do sofrimento da cadeia. Ele é forte e está vivo, é um quase semideus, e ainda consegue dar um trança-pé do naipe que ele deu no Ciro Gomes. Fundamentalmente, eu não acho que o PT seja um partido democrático. Existe uma corrente autoritária forte no interior do PT. O PT está integrado no jogo democrático porque lhe convém muito bem. Na medida em que a figura salvadora do Lula permanece, algum tipo de homogeneidade interna sobrevive no PT. Enquanto isso, o PSDB se arrebenta, com as acusações de corrupção e a desfiguração de seus quadros. Além disso, toda política do PSDB desde a primeira vitória do Lula foi errada. Em vez de combater na oposição, e apostar no futuro, passou por posições oportunistas.
Como vê a ideia dos outsiders?
Tenho dúvidas em relação a outsiders. Eles aparecem com uma marca antipolítica. Se você se aproveita da crise da política, do sistema, é um indício negativo.
A eleição vai pacificar o País?
Vai continuar dividido e polarizado. Vamos dizer que o Bolsonaro seja eleito. Como se estabiliza isso com as características desse homem? Quem vai governar, o Posto Ipiranga? É crise mesmo. O Alckmin é o que tem mais condições de levar a política para frente, mas é muito a velha política. Não é nada muito animador.
Boris Fausto, historiador e cientista político, é membro da Academia Brasileira de Ciências. Em 1970, edita o livro A Revolução de 1930 – Historiografia e História, que contesta as versões em defesa de São Paulo no período.
Não existe ódio no Brasil, se existisse ódio a reação dos brasileiros seria outra, no mínimo as pessoas já teriam feito carnificinas com os políticos, enquanto isso os agentes públicos estão aí, na rua, nos supermercados, no legislativo, no executivo e no judiciário, estão quase todos livres e práticando mais ilegalidades, apesar de acusados de crimes, ainda continuam usufruindo das mordomias do poder, dos seus cargos, recebendo salários estratosféricos. A sociedade apenas espera a ação do judiciário, pacientemente. A reação da sociedade é dentro da regra democrática, é de se indignar, é comentar sua insatisfação, é optar pelo lado que está menos corrupto e contaminado pela ilegalidades. Isso tem algo com ódio? Lógico que não.
A não ser que ódio seja defender ponto de vista, e tentar mudar os que se propõe a mudar esse quadro. O povo brasileiro tem um coração limpo sem ódio. Se isso que acontece com o Brasil, fosse nos EUA, talvez a reação das pessoas fosse outra.
A Europa vivenciou esse clima entre o.final da Igreja Guerra e o início da segunda! Com a crise Política, social e econômica no velho continente, eclodiram movimentos de extrema Direita como o "Fascismo" e "Nazismo" levando o "Velho" continente à uma crise extrema que culminou no maior conflito bélico da história! Mas, convenhamos: Hitler, Mussolini,Franco e Salazar eram mais inteligentes que o Bolsonaro!
Concordo com o Profeta, e digo mais, nossa sociedade está extremamente doente, o que vemos são pessoas desinformadas destilando ódio nas redes sociais e em manifestações. Nunca se ouviu dizer que em algum lugar do mundo o ódio resolvesse alguma coisa. Nesta eleição temos candidato preparado para governar o país, neste momento complicado, vamos prestar a atenção nas propostas, nas falas e na história política de cada um. Nossa responsabilidade é enorme como eleitores. Sejamos conscientes e racionais. O Brasil nos pertence.
Boris Fausto: "Sou realmente muito ligado a um grupo do PSDB, que é o grupo que tem como figura principal o Fernando Henrique [ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país entre 1995 e 2003] ". Conforme entrevista dada ao portal UOL em 27/01/2018.
Entrevista parcial, reflete apenas opiniões pessoais dissonantes da realidade, em especial quando fala que o Jair joga com regras fora do jogo democrático. Divulgar informações deste gênero é atitude reprovável, visto que é publicamente notório que os mandatos do Jair enquanto deputado foram exercidos por meio do processo eleitoral democrático pelo qual passaram todos os demais candidatos.
Boris Fausto tem razão. O Bolsonaro não tem condições de presidir o Brasil. Contudo, não vejo motivos para se preocupar, porque, se ELE CHEGAR ao segundo turno, os cidadãos honestos irão se unir pelo voto útil e não deixarão que ele se eleja. Isso porque vão perceber que o programa de governo do Bolsonaro – escrito pelo liberal Paulo Guedes, com objetivo de privatizar tudo, fazer uma reforma previdenciária e uma reforma administrativa – beneficiará os grandes empresários e banqueiros em detrimento das conquistas sociais da classe trabalhadora. Seria um retrocesso de mais de duzentos anos. Deus nos proteja!
É um gagá. No Brasil nunca ouve extrema esquerda nem tão pouco extrema direita, é da natureza do brasileira votar no centro. Quem foi quem disse que Bolsonaro é de estrema direita está mentindo, no nosso país não exister estremistas. Na verdade essa entrevista tem como objetivo derrubar o capitão, só isso. Aliás, o que pensa esse cidadão a respeito de meninos aprenderem nas escolas públicas brincar de bonecas? Ensinar atirar não pode, e a boneca pode?
O historiador escocês Niall Ferguson, autor de “Civilização” (ed. Planeta, 2013, publicado originalmente em 2011), diz que o Brasil deve esperar em 2018 “uma repetição do que aconteceu nos EUA em 2016, quando a mídia social teve papel decisivo na eleição de Donald Trump”.
Para ele, “a promessa do Vale do Silício era que as redes sociais gigantes fariam o mundo melhor”, mas o que produziram foi “polarização, ‘fake news’ e visões extremistas”. Empresas como Facebook e Google “têm como prioridade gerar receita de publicidade, não fazer do mundo um lugar melhor”, diz.
Central European University/Divulgação
Ferguson, 53, faz palestra nesta terça em São Paulo, às 20h30, no ciclo Fronteiras do Pensamento, com ingressos esgotados. A seguir, trechos de entrevista realizada por telefone, na segunda (27).
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Folha – Num ensaio recente na revista “Foreign Affairs”, o sr. escreve sobre a “falsa profecia da hiperconectividade” e os impactos políticos das redes sociais. Quais são eles? O sr. poderia resumir a crítica do que chama de “visões messiânicas” espalhadas pelo Vale do Silício?
Niall Ferguson – A promessa do Vale do Silício era que as redes sociais gigantes on-line fariam o mundo melhor. Nós todos seríamos “netizens” [cidadãos da internet] igualmente conectados, igualmente capazes de publicar, igualmente capazes de confrontar o poder. Mas não saiu bem assim. E eu acredito que era previsível que não sairia.
Previsível?
Ainda que só soubesse um pouco de história e de ciência das redes, você podia ver que criar redes gigantes não produziria uma “comunidade global”, como diz a frase de Mark Zuckerberg [presidente do Facebook]. Que mais provavelmente produziria polarização, “fake news” [notícias falsas ], visões extremistas e outros problemas que se tornaram muito evidentes na eleição dos EUA no ano passado. Aquele tipo de problema era inerente ao projeto de redes sociais gigantes on-line, e fomos ingênuos de acreditar no que o Vale do Silício nos falou. Afinal, empresas como Facebook e Google têm como prioridade gerar receita de publicidade, não fazer do mundo um lugar melhor.
O sr. está no Brasil, que era festejado como um gigante que acordava e agora está submerso numa crise política e econômica sem fim, com a sombra da direita radical crescendo dia a dia. Quais são as suas ideias sobre este país?
Bem, sempre sou cuidadoso ao comentar países que estou visitando brevemente. Professores de Stanford e Harvard têm uma tendência de presumir que sabem mais sobre os países do que as pessoas que moram neles. Portanto, com a humildade necessária, deixe-me responder o seguinte:
Primeiro, eu acredito que a crise da classe política do Brasil é característica do nosso tempo, que não é, de modo nenhum, limitada à América Latina. Uma consequência da maior transparência trazida pela internet foi expor corrupção no hemisfério Norte assim como no Sul e estimular a frustração popular com os establishments políticos. Estamos vendo um fenômeno global, e o Brasil é um entre muitos países onde isso está ocorrendo.
Em segundo lugar, as dificuldades econômicas do Brasil provêm muito claramente daquela grande queda nos mercados de commodities, que aconteceu na segunda fase da crise financeira e parou com a festa econômica que estava acontecendo neste país. Acredito que isso [queda do preço das commodities] em grande parte passou, e estamos vendo fluxos tremendos de dinheiro para a América Latina no espaço do último ano. Portanto, minha sensação é que a crise econômica está chegando ao fim, mas a crise política, não.
O que pode advir disso?
É o ponto final que eu levantaria: nas eleições do ano que vem, os brasileiros vão encarar algumas grandes escolhas, e você já citou o fato de que há um candidato populista da direita radical. O que nós todos devemos esperar, e eu penso que isso se aplica também à eleição mexicana [em julho de 2018], é uma repetição do que aconteceu nos EUA no ano passado —quando a mídia social teve um papel decisivo na eleição de Donald Trump. Devemos esperar que Facebook e outras plataformas de mídia social tenham um papel muito maior do que antes. E o candidato que compreender melhor como usar essas plataformas terá uma chance muito forte de vencer.
O sr. vem alertando para um novo “crash” financeiro, dizendo que as luzes vermelhas estão se acendendo, como antes da crise econômica de 2008. Quais são essas luzes, o que anunciam? É possível evitar o que está a caminho?
Bom, não há como evitar crises financeiras, elas são parte recorrente da história. A ideia de uma economia mundial sem crises é ilusória. O que me deixa preocupado no momento é que estamos vendo, depois de quase dez anos de medidas extraordinárias de política monetária, uma mudança na postura dos grandes bancos centrais —começando com o Federal Reserve [nos EUA] e o Banco da Inglaterra, mas também com sinais do Banco Central Europeu e do Banco do Japão. Para usar a palavra favorita dos bancos centrais, “normalização”.
Não acredito que você possa ter juros em alta e balanço do Fed [os títulos de dívida que o banco recomprou ao longo da crise] em queda, sem consequências para a economia como um todo —dado que não só domicílios mas muitas outras entidades, inclusive governos, ainda estão muito endividados, pois não houve maior desalavancagem desde a crise; e dado que a inflação se recusa a voltar, nas economias desenvolvidas. Assim, você vê previsões de aumento de juros, mas pouco sinal de que a inflação vá subir. Ter juros reais maiores, endividando mais os domicílios e outras entidades, é uma perspectiva assustadora.
O que está levando a isso?
Os banqueiros centrais estão usando modelos ultrapassados de funcionamento da economia, que realmente surgiram na metade do século 20. Eles ficam procurando inflação e esperando a Curva Phillips [relação inversa entre inflação e desemprego], perdida há muito tempo, quando na verdade este é um mundo muito deflacionário, por causa da tecnologia. Tudo está ficando mais barato, e o trabalho está sendo cada vez mais substituído por robôs. A combinação de alta de juros e um mundo estruturalmente deflacionário deve acabar com a festa que vêm acontecendo nos mercados de ações, em algum momento do próximo ano, estimo.
Neste domingo, no “Sunday Times”, o sr. escreveu que estamos passando por uma nova revolução moral vitoriana, com o movimento #metoo sendo parte disso. É uma mudança tão grande assim?
Há uma grande mudança, no sentido de que o comportamento que era tolerado há muito tempo, em Hollywood, na cidade de Nova York, naquilo que poderíamos chamar de elite liberal, está sob escrutínio muito mais severo. O que começou com [o produtor] Harvey Weinstein fez aparecer, em poucas semanas, quase 40 casos de assédio por figuras públicas, inclusive o senador [democrata] Al Franken. E não vejo sinal de que esse processo de revelações vá parar. Para a maioria, as regras de combate entre homens e mulheres, no ambiente de trabalho, vêm mudando gradualmente, ao longo de anos. Agora percebemos que essa mudança não havia ocorrido no topo, seja em Wall Street ou em Hollywood.
Minha preocupação é que essas revoluções em conduta têm uma propensão ao exagero, o que pode ser uma das consequências do movimento #metoo [de mulheres que relatam assédio]. Quando o “New York Times” publica um artigo de opinião que sugere que todos os homens são estupradores, estamos numa quadra muito ruim, porque é sem sentido e se torna uma espécie de sexismo reverso, dirigido contra os homens.
O sr. é supostamente o modelo de Irwin, o professor da peça “The History Boys”, de 2004 [lançada como filme em 2006, “Fazendo História”]. O sr. se viu nele? Gostou da peça de Alan Bennett?
Bennett diz no programa e nos seus diários que eu fui o modelo para o personagem. Mas foi um choque para mim, quando fui ver a primeira montagem, em Londres, porque não sabia até ler o programa que estava envolvido.
Acho que o personagem de Irwin, na primeira metade, tem algumas características de Ferguson. Ele encoraja seus estudantes a escrever e pensar o contraditório, a questionar a visão estabelecida e a tornar seus ensaios históricos interessantes. Ele também encoraja seus estudantes a sobressaírem, quer que todos entrem para Oxford ou Cambridge. Eu certamente consigo me identificar com tudo isso, sempre encorajei meus alunos a ir contra a visão convencional e a aspirar por excelência. Mas, talvez você se lembre que, na segunda metade, Irwin tem uma espécie de crise pessoal e acho que se revela gay. Bem, aí a semelhança acaba.
O que o sr. vai abordar, aqui?
Estou dando uma palestra [no Fronteiras do Pensamento] intitulada “A Civilização Ocidental Acabou?”.
E qual é a sua resposta?
Eu acho que vai mal. No meu livro “Civilização”, escrevi que há seis instituições e ideias que tornaram o Ocidente grande e o fizeram dominante nos séculos 18, 19 e 20. Agora aquelas ideias e instituições são praticamente globais, não mais monopólio de europeus e norte-americanos. Mas, de maneira preocupante, as instituições que eram tão centrais para o sucesso do Ocidente parecem estar em declínio.
Em “A Grande Degeneração [ed. Planeta, 2013], defendi que, se você olhar para as finanças públicas, a regulação, o estado de direito e a sociedade civil, as coisas estavam indo mal para os EUA. Isso foi publicado há quase cinco anos, e as coisas estão piores hoje. O governo Trump se comprometeu a melhorar o problema da regulação excessiva e possivelmente do estado de direito, mas nas finanças públicas e na sociedade civil o quadro está piorando.
O déficit só vai crescer, com o novo projeto tributário republicano, e eu vejo, na sociedade civil, uma grave deterioração, em grande parte por causa das redes sociais, o que nos leva ao início da nossa conversa.
Isso já estava em “Degeneração”?
O que não previ, cinco anos atrás, foi que Facebook, Twitter e os demais polarizariam a discussão política de maneira tão extrema, a ponto de estarmos nos tornando uma espécie de sociedade incivil [grosseira] em que as pessoas são estimuladas a serem abusivas em seus debates on-line. A civilização ocidental está se tornando bastante incivilizada, pelo menos julgando pelas coisas que as pessoas escrevem on-line.
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RAIO-X
Nome
Niall Campbell Ferguson
Nascimento
abril de 1964 em Glasgow (Escócia)
Formação
História, com pós-doutorado pelo Magdalen College da Universidade de Oxford
Carreira
Lecionou na London School of Economics e na Universidade Harvard; atualmente é professor na Universidade de Stanford e mantém uma consultoria geopolítica, a Greenmantle
Vida pessoal
Casado com a escritora e ativista somali-holandesa de direitos da mulher Ayaan Hirsi Ali, tem cinco filhos, três deles com sua primeira mulher, a jornalista Sue Douglas
Livros
“Paper and Iron: Hamburg Business and German Politics in the Era of Inflation 1897-1927” (1995; Cambridge University Press)
“Virtual History: Alternatives and Counterfactuals” (1997; Macmillan,)
“The World’s Banker: The History of the House of Rothschild” (1998; Weidenfeld & Nicolson)
“O Horror da Guerra” (1998; Planeta, 2014)
“The Cash Nexus: Money and Power in the Modern World, 1700-2000” (2001; Allen Lane/Penguin)
“Império: Como os britânicos fizeram o mundo moderno” (2003; Crítica, 2017)
“Ascensão e Queda do Império Americano” (2004; Planeta, 2017)
“A Guerra do Mundo” (2006; Planeta, 2015)
“The Evolution of Financial Services” (2007, Oliver Wyman; com Oliver Wyman)
“A ascensão do dinheiro – A história financeira do mundo” (2008; Crítica, 2017)
“High Financier : The Lives and Time of Siegmund Warburg” (2010; Penguin)
“A grande degeneração – A decadência do mundo ocidental” (2010; Planeta, 2013)
“Civilização – Ocidente x Oriente” (2011; Crítica, 2017)
“Kissinger: 1923-1968: The Idealist” (2015; Allen Lane)
“The Square and the Tower: Networks and Power, from the Freemasons to Facebook” (a ser lançado em 2018; Allen Lane)
Está revoltadinho porque a internet democratizou a informação e as pessoas agora não dependem apenas das mídias tradicionais, nem estão limitadas a ouvir apenas as opiniões de "especialistas" como ele. Com todos os problemas que possam existir, ainda é infinitamente melhor do que antes, quando a informação era monopolizada e manipulada pela grande mídia da forma que bem entendiam, inclusive por esse jornaleco que produziu a matéria.
O historiador Marco Antonio Villa analisa o rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado e comenta o bombardeio do PT para tentar virar votos e atacar o presidente interino Michel Temer. Acompanhe o ‘Sem Edição’. ASSISTA entrevista AQUI
Quem achava que o governo Temer iria 'acertar' deve estar morrendo de vergonha. A hipótese que começou longínqua já se mostra impossível. Não se esqueça do bordão: 'Dilma não tinha mais condições de governar'. Temer está tendo? A errância com o primeiro escalão continua homérica.
Aceita Mortadelinhas que Dói Menos se ela voltar que é uma coisa que nunca acontecerá ??????????????? mais suponho que na mente de mortadela se ela voltar vao ser pra fazer a limpa nos cofres do Brasil ???????????????????????????????
Esse cara é um ridículo. O Haddad fez gato e sapato dele num debate da Jovem Pan. Ele não encontrou o caminho de casa até hoje….kkkk…
Credibilidade zero!
Competente é o PT que destruiu uma nação, deixou 12 milhões de desempregados, não tem competência para segurar a inflação, não sabe o que fazer para o comércio voltar a vender e a indústria produzir e ser competitiva.
Competente é Lula que soube corromper como nunca antes na história desse país.
Competente são os assessores de Lula condenados por desvios de milhões dos recursos públicos.
Competente são os apoiadores pagos do PT, que batem em retirada agora que acabou a mamata.
Competente é o apoio incondicional do PT as ditaduras de Cuba, Venezuela e países africanos.
Competente são os piores índices produzidos na saúde e segurança pública nos últimos 13 anos.
Competência é repetir a mentira até que ela pareça verdade.
Isso sim é competência, segundo a cartilha populista e fascista do PT.
Temer é tão ilegítimo quanto a anta dilma que foi eleita em cima da mentira e após ser defenestrada começam aparecer o quanto os socialistas/comunistas arrebentaram os cofres públicos, inclusive, com mordomias que somente o capitalismo proporciona. O discurso da defesa do social é só para se locupletarem com o dinheiro público. São uns safados.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…
O golpe subiu no telhado. Tchau queridinho!
como pode ? direita , aqui? e extrema ? ah, vai se fuder cara
Não existe ódio no Brasil, se existisse ódio a reação dos brasileiros seria outra, no mínimo as pessoas já teriam feito carnificinas com os políticos, enquanto isso os agentes públicos estão aí, na rua, nos supermercados, no legislativo, no executivo e no judiciário, estão quase todos livres e práticando mais ilegalidades, apesar de acusados de crimes, ainda continuam usufruindo das mordomias do poder, dos seus cargos, recebendo salários estratosféricos. A sociedade apenas espera a ação do judiciário, pacientemente. A reação da sociedade é dentro da regra democrática, é de se indignar, é comentar sua insatisfação, é optar pelo lado que está menos corrupto e contaminado pela ilegalidades. Isso tem algo com ódio? Lógico que não.
A não ser que ódio seja defender ponto de vista, e tentar mudar os que se propõe a mudar esse quadro. O povo brasileiro tem um coração limpo sem ódio. Se isso que acontece com o Brasil, fosse nos EUA, talvez a reação das pessoas fosse outra.
Ô véi p/falar mxxxa….arriégua!!!!
A Europa vivenciou esse clima entre o.final da Igreja Guerra e o início da segunda! Com a crise Política, social e econômica no velho continente, eclodiram movimentos de extrema Direita como o "Fascismo" e "Nazismo" levando o "Velho" continente à uma crise extrema que culminou no maior conflito bélico da história! Mas, convenhamos: Hitler, Mussolini,Franco e Salazar eram mais inteligentes que o Bolsonaro!
Concordo com o Profeta, e digo mais, nossa sociedade está extremamente doente, o que vemos são pessoas desinformadas destilando ódio nas redes sociais e em manifestações. Nunca se ouviu dizer que em algum lugar do mundo o ódio resolvesse alguma coisa. Nesta eleição temos candidato preparado para governar o país, neste momento complicado, vamos prestar a atenção nas propostas, nas falas e na história política de cada um. Nossa responsabilidade é enorme como eleitores. Sejamos conscientes e racionais. O Brasil nos pertence.
Boris Fausto: "Sou realmente muito ligado a um grupo do PSDB, que é o grupo que tem como figura principal o Fernando Henrique [ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país entre 1995 e 2003] ". Conforme entrevista dada ao portal UOL em 27/01/2018.
Entrevista parcial, reflete apenas opiniões pessoais dissonantes da realidade, em especial quando fala que o Jair joga com regras fora do jogo democrático. Divulgar informações deste gênero é atitude reprovável, visto que é publicamente notório que os mandatos do Jair enquanto deputado foram exercidos por meio do processo eleitoral democrático pelo qual passaram todos os demais candidatos.
Mais um conversador de aresia, mais um perdedor, ele sabe que Bolsonaro já ganhou essa eleição e que não vai permitir falcatruas, corrupção.
é uma tendencia mundial. Não tem como combater. A esquerda já mostrou que não funciona então é hora de tentar outra coisa.
Boris Fausto tem razão. O Bolsonaro não tem condições de presidir o Brasil. Contudo, não vejo motivos para se preocupar, porque, se ELE CHEGAR ao segundo turno, os cidadãos honestos irão se unir pelo voto útil e não deixarão que ele se eleja. Isso porque vão perceber que o programa de governo do Bolsonaro – escrito pelo liberal Paulo Guedes, com objetivo de privatizar tudo, fazer uma reforma previdenciária e uma reforma administrativa – beneficiará os grandes empresários e banqueiros em detrimento das conquistas sociais da classe trabalhadora. Seria um retrocesso de mais de duzentos anos. Deus nos proteja!
É um gagá. No Brasil nunca ouve extrema esquerda nem tão pouco extrema direita, é da natureza do brasileira votar no centro. Quem foi quem disse que Bolsonaro é de estrema direita está mentindo, no nosso país não exister estremistas. Na verdade essa entrevista tem como objetivo derrubar o capitão, só isso. Aliás, o que pensa esse cidadão a respeito de meninos aprenderem nas escolas públicas brincar de bonecas? Ensinar atirar não pode, e a boneca pode?
\como é que um homem que acha tão culto fala uma bobagem dessa em dizer que lula é um semideus. coitadinho é um esquerdopata encubado.