Educação

“Situação nas universidades federais vai melhorar muito nos próximos anos”, diz ministro da Educação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será aplicado nos próximos domingos, 3 e 10 de novembro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que não prevê novos bloqueios de verba e que está otimista com o futuro das universidades federais do Brasil. “A situação nas universidades federais vai melhorar muito nos próximos anos”, afirmou no Programa Revista Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O Enem é uma das principais portas de entrada para o ensino superior no Brasil. Atualmente, todas as universidades federais, que são públicas e gratuitas, utilizam o Enem como forma de ingresso, seja exclusiva, seja associada a processos seletivos próprios.

“Para o ano que vem, o orçamento das universidades está mantido. Integralmente mantido”, afirmou, Weintraub. Neste ano, as instituições de ensino federais tiveram, no total, um bloqueio de R$ 2,4 bilhões do orçamento próprio, o que representa, em média, 30% dos recursos discricionários. Esses recursos cobrem despesas de custeio como gastos com água, energia elétrica, aquisição de materiais de consumo e outras prestações de serviço.

Os recursos foram desbloqueados neste segundo semestre. Este mês foi feita a última liberação e o orçamento foi totalmente recomposto. “A lei é uma lei correta, obriga que se segure a despesa enquanto a receita não vem. Não se pode gastar por conta, como numa família”, avalia o ministro.

O orçamento para o ano que vem está ainda sendo discutido pelo Congresso Nacional. O planejamento consta do Projeto de Lei 22/2019, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2020. A Câmara dos Deputados disponibilizou um comparativo entre os orçamentos de 2019 e a previsão inicial para 2020, antes da aprovação de emendas.

O MEC aposta também no Future-se para ajudar a compor o orçamento das federais. Apresentado pelo MEC em julho, o Future-se, entre outras estratégias, cria um fundo para financiar as universidades federais. A intenção é atrair também recursos privados, facilitar processos licitatórios e, com isso, financiar pesquisa, inovação, empreendedorismo e internacionalização nas instituições de ensino. Trata-se de um recurso extra. As universidades seguirão, segundo a pasta, contando com o orçamento público.

Segundo o MEC, 15 das 68 universidades federais manifestaram interesse em aderir ao Future-se, que ainda precisa ser analisado e aprovado pelo Congresso Federal. “A gente deve ter adesão que eu calculo de 50% das universidades e institutos ao Future-se”, estima Weintraub.

Enem 2019

O ministro também destacou na entrevista que o exame está pronto para ser aplicado nos próximos finais de semana. E lembrou os estudantes: “Caneta preta!”. A única caneta aceita para marcação das respostas no exame é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.

Cerca de 5,1 milhões de candidatos estão inscritos para o Enem 2019. A prova é requisito para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada, que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, o Programa Universidade para Todos, que oferece bolsas em instituições privadas de ensino superior, e o Fundo de Financiamento Estudantil.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. A PRIVATIZAÇÃO SEGUE A CAVALO E LOGO OS FILHOS DOS POBRES QUE VOTARAM NESSE GOVERNO PENSANDO QUE ERAM RICOS, TERÃO QUE SE CONTENTAR COM ESCOLAS MILITARES PARA ENSINAR A MARCHAR, DAR CONTINÊNCIA E OBEDECER SEM RAZÃO, SEGUINDO COMO UM ROBÔ NUMA SOCIEDADE QUE SÓ EXIGE CONSUMIDORES INDIVIDUALISTAS IDIOTIZADOS QUE VIVEM SÓ DE APARÊNCIAS, FINGINDO QUE ESTÁ TUDO BEM ENQUANTO SÃO REDUZIDOS OS SEUS DIREITOS TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIOS.
    A REFORMA ADMINISTRATIVA VAI ACABAR COM O SERVIDOR PÚBLICO, VCS VÃO VER. E NÃO VAI MUDAR NADA PRA MELHOR, SÓ PRA PIORAR. VCS LEMBRAM DAS REFORMAS DE FHC COM A TAL DEMISSÃO VOLUNTÁRIA E AS PRIVATIZAÇÕES, TAL COMO A DA COSERN AQUI NO RN. O QUE MUDOU DEPOIS DISSO PRA MELHORAR A VIDA DO SERVIDOR?.

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Educação

Avaliação da alfabetização será feita por amostragem , diz ministro da Educação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) deste ano terá novidades. Os testes de ciências da natureza e ciências humanas para estudantes do 9º ano e a avaliação da alfabetização do 2º ano do ensino fundamental serão feitos por amostragem.

É a primeira vez que os testes de ciências são aplicados para estudantes do 9° ano. Já a avaliação da alfabetização era aplicada de forma censitária até 2016, ou seja, para todos estudantes do 3° ano, no período de dois em dois anos, nos anos pares.

Com a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017, e a previsão de que os estudantes devem ser alfabetizados até o 2° ano, o governo decidiu unificar essa avaliação com as demais, aplicadas nos anos ímpares. Para tanto, optou por cancelar a avaliação prevista para 2018, e implementá-la em 2019 para estudantes do 2º ano.

No entanto, em vez de aplicar para todos estudantes, como era feito até então, o Ministério da Educação optou por realizar testes por amostragem.

As novidades foram apresentadas nesta quinta-feira (2) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e as diretrizes foram publicadas no Diário Oficial da União.

“O que queremos [por meio do Saeb] é saber se as crianças estão aprendendo no ritmo [adequado]. Por isso faremos uma avaliação da alfabetização do 2° ano do ensino fundamental”, disse o ministro, em entrevista coletiva..

“Temos que pegar [recuperar] a criança que está ficando para trás e medir o que está acontecendo de certo e de errado”, acrescentou.

Segundo Weintraub, o ideal seria fazer a avaliação com todos os estudantes. “Se eu tivesse plenos poderes, faria universal todos os anos”, disse, ao justificar a pesquisa pela necessidade de o governo cortar gastos.

Saeb

O Saeb é formado por um conjunto de avaliações relativas à qualidade da educação do país, que permitem ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fazer diagnósticos sobre educação básica do país.

A partir das análises, busca-se identificar fatores que possam interferir no desempenho do estudante, de modo a subsidiar políticas públicas para o setor. É por meio das médias de desempenho do Saeb e de dados sobre aprovação obtidos no Censo Escolar que se compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O orçamento previsto para avaliar 7 milhões de crianças é de R$ 500 milhões. De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Coelho Vicenzi, “a melhoria da educação básica “provoca melhoria imediata na saúde e na educação do país”.

As avaliações serão aplicadas entre 21 de outubro e 1° de novembro em todas as unidades da federação, por meio de questionários que serão enviados a secretarias estaduais e municipais; diretores, professores e alunos das escolas; profissionais que acompanham estudantes da educação especial.

Os resultados estarão disponíveis até dezembro de 2020.

Agência Brasil

 

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Educação

“Ensino médio brasileiro é um desastre”, diz ministro da Educação

Foto: Agência Brasil

O Ensino Médio brasileiro é um desastre”, afirmou o ministro da Educação, Rossieli Soares, ao referir-se sobre o resultado do Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb) 2017, divulgado nesta quinta-feira (30).

Segundo o estudo, 70% dos alunos de 14 a 17 anos não aprendeu praticamente nada do esperado para as séries que estão cursando, tanto em português quanto em matemática. Mesmo no 3° ano do ensino médio, a maior parte dos jovens não sabe identificar a informação principal de uma portagem ou calcular porcentagem, por exemplo.

Para melhor o índice, o ministro defende o Novo Ensino Médio.

Saeb

De acordo com o Saeb, mais de 5,4 milhões de alunos participam da avaliação. O desempenho de português e matemática é usado para compor o Índice de Desempenho da Educação Básica (Ideb), que inclui ainda dados de aprovação e reprovação. “É uma das coisas mais preocupantes que a gente tem no país. Ou o aluno abandona a escola ou fica e não aprende nada”, disse o ministro.

O quadro é mais grave no ensino médio, em que 7 em cada grupo de 10 alunos estão nos níveis considerados insuficientes de aprendizagem nas duas disciplinas. “É uma das coisas mais preocupantes que a gente tem no País. Ou o aluno abandona a escola ou fica e não aprende nada”, diz o ministro da Educação, Rossieli Soares Silva.

O ensino médio é considerado por especialistas como a etapa mais preocupante da educação brasileira pelos altos índices de evasão e por ter um currículo distante dos jovens. Apesar dos resultados serem ruins em todas as etapas, estudantes do fundamental têm desempenho melhor. “Se continuar tudo como está, há possibilidade de, em 2021 e 2023, os alunos do fundamental já terem ultrapassado os médio”, afirma o ministro.

Os dados do Saeb mostram que, em três Estados, isso já aconteceu. No Ceará e no Amazonas, estudantes do 9º ano já têm nota maior que os do ensino médio em Português. Em Santa Catarina, isso acontece em Matemática. Isso quer dizer que se ambos fizessem a mesma prova, os mais novos se sairiam melhor.

O governo Michel Temer enviou ao Congresso por medida provisória – que depois se tornou lei – uma reforma para o ensino médio que flexibiliza o currículo e cria diversos caminhos que podem ser escolhidos pelos jovens, entre eles o ensino técnico.

A proposta é polêmica, principalmente pela dificuldade de estrutura e professores para oferecer as diferentes formações. Entre os candidatos à Presidência, há os que defendem a revogação da lei. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a etapa, desenvolvida pelo atual governo, ainda não foi aprovada e também corre risco de ser mudada numa próxima gestão.

Fundamental

Na etapa de 1º ao 5º, o cenário é um pouco melhor, com 39% dos alunos nos mais baixos níveis de aprendizagem em Português e 33% em Matemática no Saeb. Foi também a média nacional que mais cresceu com relação ao último exame, em 2015. Passou de 208 para 215 (numa escola de 0 a mil) em Português e de 219 para 224 em Matemática. Mesmo sendo o melhor resultado, as crianças de 11 anos no Brasil, em geral, não são capazes de reconhecer o assunto de um poema ou uma tirinha, por exemplo.

Cerca de 5,46 milhões de alunos do fundamental e do médio fizeram a prova no ano passado. A previsão é que o ministério divulgue os resultados do Ideb na próxima semana. Pela primeira vez, os dados do Saeb e do Ideb foram divulgados separadamente.

O ministério informou que o fatiamento da divulgação tem o objetivo de dar ênfase à discussão sobre aprendizagem.

R7, com informações da Agência Estado

 

Opinião dos leitores

  1. Com os conselhos de Alexandre Frota, o que pode ter dado errado?
    Para coroar vamos eleger o candidato com o QI mais baixo. (Os eleitores do Bolsonaro já devem estar achando que estou falando dele. Se sim, então pelo menos podemos ter um pouco de esperança. Um dia a ficha deles cai).

  2. Alguém vai nos IFs e observa a qualidade do ensino lá.
    Aprenda q ensino é dever dos municípios (ensino fundamental), estado (ensino médio/auniversidades estaduais) e federal (IFs e universidades).
    Aproveita e vai se tratar.

  3. Aprovação da terceirização ao mesmo tempo em que se aprova um aumento maior do que a inflação para o já privilegiado poder judiciário, pareceria cômico se não fosse trágico.
    Isso sem falar na reforma que retira a obrigatóriedade do ensino infantil, básico e fundamental e das disciplinas de Filosofia, Soci9logia, Artes, Musica e Educação Física.
    Aumento da gasolina e entrega da Embraer, ELETROBRAS e Petrobras…
    [30/8 12:32] Joaquim: Onde vamos parar?

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