Diversos

OMS recomenda que governos limitem a venda de bebidas alcoólicas durante quarentena

Foto: Pixabay

Governos deveriam limitar a venda de bebidas alcoólicas durante as quarentenas, recomendou a OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo a entidade, o álcool reduz a imunidade, e seu consumo excessivo pode prejudicar a saúde física e mental e elevar o risco de violência doméstica durante confinamentos.

A seção europeia da OMS também afirmou que as bebidas não protegem contra o novo coronavírus, uma resposta a declarações do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que numa entrevista ao jornal britânico The Times recomendou vodka contra a doença.

“Medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcoólico podem matar o coronavírus. Não matam”, afirma o comunicado da OMS.

Segundo a entidade, além de qualquer bebida alcoólica ter potencial de danificar a saúde, as mais fortes podem até matar.

O produto é responsável por 3 milhões de mortes por ano no mundo, um terço delas na Europa.

A OMS também afirma que as bebidas, ao reduzirem a imunidade, podem elevar os riscos de doenças em geral. “Por isso, as pessoas devem minimizar o consumo de álcool particularmente durante a pandemia.”

Outro efeito adverso é o estímulo a comportamentos de risco, ou a reduzir as precauções necessárias contra a transmissão do coronavírus.

“Pessoas com tendência ao consumo abusivo estão especialmente vulneráveis, principalmente em autoisolamento”, diz o comunicado.

Segundo a OMS, regulações já existentes, como idade mínima e proibição de publicidade, deveriam ser elevadas e reforçadas durante a pandemia.

O órgão também recomenda aos governos que fortaleçam os serviços ligados ao abuso de álcool e drogas e reforcem campanhas de informação sobre os riscos.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. OS COMUNISTAS TÃO QUERENDO COMER PELAS BEIRADAS. PAÍS COMUNISTA É QUE DITA REGRAS PARA, BEBER SAIR PARA COMPRAS E O PIOR A QUANTIDADE QUE VOCÊ PODE COMPRAR? OU É PURA COINCIDÊNCIA

  2. Deve também limitar o álcool gel e de limpeza, garfos e facas, devido ao risco de possíveis homicídios e feminicídios… Piada!

  3. OMS Poderia se preocupar com vermes que infecta o cérebro dos esquerdistas!! OMS – Omissão Mundial do Sistema.

  4. OMS eu posso peidar na quarentena ou o governo tem que limitar minha flatulência? Kkk… A OMS , depois que acordou tardiamente pra realidade, está se achando dona do mundo!

    1. No dia 18 de Janeiro, aqui na Alemanha ja recebíamos orientações de comprar alcool gel, produtos de limpeza e fazer reserva de alimentos, enquanto isso o governo ja tinha orientado os laboratorios a fabricar teste de detecçao da covid. Então cara, quem não fez o trabalho de casa bem feito (Trump e jaja o teu Mito – e ambos ganham muito bem para isso) sabem que sao incopetentes, mas também sabem que é facil enganar um povo que não tem raciocinio desenvolvido e arranjar logo um laranja pra por a culpa! Em pleno o mês de Abril, EUA e BRASIL querer culpar alguem, culpem seus governos e nao aceiter qualquer desculpa nao. Vamos raciocionar minha gente. Cabeça né so pra pendurar boné nao!

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Saúde

Risco de maior disseminação do coronavírus continua alto, diz Organização Mundial da Saúde

FOTO: EFE/EPA/ALEX PLAVEVSKI

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou na tarde desta terça-feira (4) que o risco do coronavírus se tornar mais disseminado mundialmente continua alto.

Analisando o atual estágio da doença, já considerada uma emergência global de saúde pública, a entidade estimou que a comunidade internacional terá de investir, entre fevereiro e abril deste ano, aproximadamente US$ 675,6 milhões (R$ 2,8 bilhões) em políticas públicas para ajudar países a conter o surto de coronavírus.

Em painel da organização, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um chamado aos Estados-membros para o desenvolvimento de diagnósticos, remédios e vacinas que possam manter o surto “sob controle”.

“Também estamos aprimorando nossa comunicação para conter a disseminação de rumores e desinformação”, ressaltou.

A cúpula da OMS também destacou que os casos fatais de contaminados estão associados a pessoas com mais de 60 anos — ou seja, que integram um grupo de risco — e que medidas para evitar impactos socioeconômicos da doença não estão no escopo da instituição.

De acordo com a entidade, ainda não está claro qual animal deu origem ao coronavírus.

Estadão

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Saúde

Novo coronavírus é emergência de saúde internacional, diz OMS

Ciclo do novo coronavírus – transmissão e sintomas — Foto: Aparecido Gonçalves/Arte G1

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (30) que os casos do novo coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 18 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Até o momento, a OMS havia usado a denominação “emergência de saúde pública de interesse internacional” apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus (2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e ainda atinge a República democrática do Congo desde 2018.

Na semana passada, nos dias 22 e 23 de janeiro, a comissão especial passou dois dias em discussão e acabou decidindo que “ainda era cedo” para declarar emergência. Com a alta contínua no número de casos, o órgão de saúde ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) elevou a avaliação de risco de “moderado” para “elevado” cinco dias depois das reuniões.

Raio X do novo coronavírus — Foto: Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1

Nome oficial

A OMS também divulgou o nome oficial da doença causada pelo novo coronavírus: “Doença Respiratória de 2019-nCoV”. Até então, são 7.818 casos confirmados pelo mundo, sendo 7.736 na China. São 170 mortes devido à infecção.

Mais cedo, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram que o país registrou o primeiro caso de transmissão interna do novo coronavírus.

De acordo com o CDC, trata-se de uma pessoa que conviveu com uma mulher de Chicago que tinha viajado para Wuhan, na província de Hubei, na China. A maioria das mortes e pessoas infectadas está nesta região, epicentro do surto. O caso registrado nos EUA não é o primeiro do tipo no mundo.

Posição do Brasil

O secretátio de Vigilância em Saúde do Brasil, Wanderson de Oliveira , disse que o protocolo no Brasil não deverá mudar após a declaração de emergência da OMS e que o Ministério da Saúde já está com um planejamento de contingência. A informação foi divulgada em entrevista coletiva em Brasília.

“Só quando tivermos um primeiro caso confirmado é que declararemos emergência de saúde pública no Brasil. Junto à OMS nós verificamos e analisamos as condutas, se temos que mudar ou adaptar de acordo com a OMS”, disse Oliveira.

O Brasil continua com 9 casos suspeitos do novo coronavírus 2019 n-CoV e em seis estados. De acordo com a pasta, houve 43 notificações ao todo, e nenhum caso provável ou confirmado. Os dados são referentes ao período de 18 a 30 de janeiro de 2020.

Coronavírus no Brasil:

9 casos suspeitos
43 notificações
0 caso provável e 0 confirmado
6 descartados – chegaram a ser uma suspeita, mas a investigação descartou o vírus
28 excluídos – não apresentaram os requisitos para serem enquadrados como suspeita

Os casos suspeitos foram registrados em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), Rio Grande do Sul (2), São Paulo (3), Paraná (1) e Ceará (1).

No balanço anterior, divulgado nesta quarta-feira (29), a pasta também havia citado nove casos suspeitos em seis estados. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, explicou que o fato de o número ter se mantido não significa que se trate dos mesmos registros informados na véspera.

G1

 

 

Opinião dos leitores

  1. Se essa desgraça desse vírus chegar aqui, as UPA e hospitais públicos serão uma verdadeira visão do inferno elevada a 4a potência.

  2. É bom o governo ir se preparando, porque essa porcaria qdo chegar aqui vai fazer um estrago grande.

  3. A doença "ressurge" do nada, as bolsas de valores caem vertiginosamente em todo o mundo, de forma "repentina" inventam a vacina salvadora, por sorte, muita sorte, quem inventa a mesma é alguém dos States(povo nascido de bunda pra lua, esse!), as ações da bolsas começam a subir, os lucros da indústria farmacêutica extrapolam o esperado, o presidente 'Quack Satrump' ganha credibilidade e vira sinônimo de salvação para o mundo.
    Até a próxima "epidemia", tchau!

  4. O carnaval está chegando e com ele milhares de turistas do mundo todo.Como vai ser o controle?É viável viajar?As multidões na Barra em Salvador?E em Ipanema e Copacabana?

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Saúde

Um em cada dois brasileiros não se exercita suficientemente, diz OMS

Getty Images

Estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira (4) confirma que o brasileiro – apesar do fenômeno das “musas fitness” e da rápida expansão das academias nas médias e grandes cidades – se exercita menos do que deveria.

O levantamento, feito com dados coletados nos últimos 15 anos, revela que praticamente uma em cada duas pessoas em idade adulta (47%) no país não pratica atividades físicas suficientemente.

Entre as mulheres, a ociosidade é ainda maior que a média, 53,3%, enquanto a prevalência de inatividade entre os homens é de 40.4%.

No mundo todo, 1,4 bilhão de pessoas que correm risco de saúde por causa da ociosidade, que pode aumentar a propopensão ao desenvolvimentos de doenças cardiovasculares, por exemplo, diabetes do tipo 2, demência e de alguns tipos de câncer.

Para chegar à estimativa, o órgão da ONU computou dados de 168 países e revisou 358 pesquisas populacionais feitas entre 2001 e 2016, sondando 1,9 milhão de pessoas.

No contexto global, o Brasil se encontra no grupo de países onde há maior ociosidade, superando nações como os Estados Unidos (40%), o Reino Unido (36%).

O estudo define como “atividade física insuficiente” o descumprimento da recomendação padrão da OMS, que aconselha que seja praticado pelo menos duas horas e meia de esforço moderado por semana ou 75 minutos de atividade intensa.

Em nível mundial, a falta de exercícios é um mal que atinge 32% das mulheres e 23% dos homens adultos.

Essa discrepância entre os sexos é um problema cultural, segundo os médicos da OMS, e revela uma questão de desigualdade. “Mulheres enfrentam mais barreiras sociais e culturais para participar de atividades físicas, particularmente nas horas de lazer”, afirma Melody Ding, da Universidade de Sydney, na Austrália, coautora do estudo.

As tendências foram organizadas por regiões e, no caso da América Latina e Caribe, o estudo concluiu que houve uma piora significativa no intervalo de 15 anos pesquisado.

De 2001 a 2016, a parcela ociosa da população saltou de 33,4% para 39,1%.

A Oceania, onde apenas 16,3% da população se exercita pouco, foi a região mais bem colocada. Só foi registrada melhora, contudo, no leste e sudeste da Ásia, onde a proporção de pessoas inativas caiu de 26% em 2001 para 17% 15 anos depois. A boa notícia se deve principalmente à popularização do hábito de se exercitar entre os chineses.

Os países ocidentais ricos, de maneira geral, apresentaram piora nos níveis de sedentarismo, que passou de 30,9% em 2001 para 36,8% em 2016.

Inatividade física e dinâmica de desenvolvimento

“Diferentemente de outros grandes riscos à saúde, os níveis insuficientes de atividade física não estão diminuindo mundialmente. Na média, um quarto dos adultos não está alcançando os níveis de atividade física recomendados para uma boa saúde”, alertou a principal autora do estudo, a médica Regina Guthold.

Citado no estudo da OMS, o pesquisador brasileiro e reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, acredita que o conceito de “atividade física insuficiente” não é a melhor forma de tentar expressar o nível de ociosidade física em uma determinada população.

Ele avalia que o mais correto seria falar em “inatividade física”, e questiona as conclusões do estudo, que classifica como redundantes quando confrontados com levantamentos anteriores feitos pelo professor James F. Sallis, da Universidade da Califórnia em San Diego.

Hallal reconhece, porém, que o documento da OMS tem o mérito de destacar que “efetivamente não estamos conseguindo lidar com a pandemia de inatividade física”.

“A população não está se tornando mais ativa com o passar do tempo, e isso é extremamente preocupante, ainda mais pelo fato de que 5,3 milhões de mortes por ano no mundo são causadas pela inatividade física”, disse à BBC News Brasil, citando estudo de I-Min Lee, de Harvard, publicado na revista The Lancet em 2012.

O pesquisador gaúcho observa que há um contraste entre países muito pobres e ricos. Nos primeiros, os indivíduos são fisicamente ativos em suas tarefas diárias, fazendo deslocamentos a pé ou de bicicleta para o trabalho e se engajando em tarefas domésticas intensas.

Já em boa parte dos países mais desenvolvidos, os hábitos de transporte estão relacionados ao uso de veículos motorizados e o trabalho não envolve esforço. Isso leva a uma situação de sedentarismo que, se não for compensada com a prática de esportes, resulta em problemas de saúde.

“Quando os países começam a se desenvolver, essas atividades físicas que são mais obrigatórias do que voluntárias diminuem, e permanece apenas a atividade física de lazer. Acontece que a atividade de lazer ainda é procurada por muito pouca gente no mundo”, diz.

“Por isso a tendência é que esses dados piorem ao longo dos anos, porque, quando as pessoas dos países pobres começarem a ter mais recursos financeiros, elas vão sair da ocupação que exige atividade”.

Hallal pondera, porém, que elas não adotarão necessariamente a prática da atividade recreacional se não houver um incentivo a isso.

Políticas públicas e norma cultural

A OMS teme que o objetivo global de reduzir os níveis de inatividade em 10% até 2025 não será atingido se novas medidas não forem implementadas – políticas públicas para a promoção de atividade física regular, por exemplo, que impulsionem mudanças de hábitos.

“A gente precisa que a população incorpore a prática no seu cotidiano, e não como uma coisa pontual, só antes do verão”, diz Hallal. “Não adianta dizer: ‘eu jogo futebol com meus amigos às terças-feiras’. Isso não é ser ativo fisicamente”, critica.

“Precisamos que as pessoas incorporem o hábito de fazer atividade regularmente. Esse é o grande desafio da população brasileira nesse sentido. As grandes medidas que têm eficácia para aumentar o nível de atividade física são estruturais e ambientais”, afirma o reitor.

A construção de parques, academias populares, calçadões de orla e ciclovias são alguns exemplos de políticas públicas citados por Hallal como medidas que comprovadamente trazem resultados.

“Não vamos resolver o problema da inatividade física com academias privadas. Isso vai melhorar a vida dos 5% mais ricos da população. Para atingir os 95% restantes, precisamos mesmo é de políticas coletivas, especialmente as que atingem a questão do meio em que vivemos”.

A brasileira Fabiana Rodrigues de Sousa Mast, doutora em ciências esportivas pela Universidade de Basileia, pesquisou o uso desse tipo de infraestrutura pelas mulheres na comunidade da Cidade de Deus no Rio de Janeiro.

Ela concluiu que instalações públicas, ainda que em condições precárias, nitidamente favorecem uma maior prática de exercícios e melhoram a qualidade de vida da população.

“Precisamos focar em construir um ambiente, particularmente em áreas sociais vulneráveis, se quisermos atingir os níveis de atividade física necessários para conquistar indicadores de saúde desejáveis”, diz Sousa Mast.

“Quando falamos da promoção de atividade física na esfera global, falamos de política pública e de norma cultural. É como no caso de Amsterdã, por exemplo. Hoje a norma cultural em Amsterdã é andar de bicicleta. No dia que a gente chegar a um estágio onde a atividade está incorporada na rotina, o problema já vai ter diminuído consideravelmente”, conclui Hallal.

R7, com BBC Brasil

 

Opinião dos leitores

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Saúde

Sexo oral sem uso de preservativo espalha supergonorreia de ‘forma grave’, diz OMS

O hábito de fazer sexo oral sem camisinha está produzindo e disseminando uma forma perigosa de gonorreia, alertou a Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com a entidade, o tratamento da doença se tornou muito mais complexo, às vezes até impossível, porque a bactéria responsável está desenvolvendo resistência a antibióticos.

A organização adverte que a situação é “muito grave” e que é “apenas uma questão de tempo” antes de os antibióticos mais potentes usados contra a gonorreia se tornem obsoletos. Sexo oral sem preservativo, urbanização e globalização, além da precariedade na detectção da infecção e a infecção mal tratada contribuem para a disseminação da gonorreia.

— A bacteria que causa a gonorreia é particularmente esperta. Toda vez que tentamos uma nova classe de antibióticos para tratar a infecção, a bacteria evolui para resistir ao medicamento — explicou a médica Teodora Wi, especialista da OMS.

A organização coletou dados de 77 países e descobriu uma resistência generalizada a antibióticos velhos e baratos. Mas em alguns países, principalmente os de alta renda, estão sendo detectadas ocorrências de infecção intratável por qualquer antibiótico conhecido, até os de última geração. Até o momento, já foram confirmados três casos de gonorreia impossíveis de se tratar. No Japão, na França e na Espanha.

— Mas estes casos podem ser apenas a ponta do iceberg, porque os sistemas para diagnosticar e relatar infecções incuráveis são precários em países mais pobres, onde a gonorreia é, na verdade, até mais comum — disse a médica.

Imagem de laboratório mostra bactérias da espécie Neisseria gonorrhoeae – Wikicommons

Esta doença sexualmente transmissível (DST) pode infectar os órgãos genitais, o reto e a garganta. Para a OMS, a infecção na garganta é a mais preocupante. De acordo com Teodora Wi, quando uma pessoa está infectada com gonorreia na garganta e usa antibióticos para tratar uma simples dor de garganta, o encontro do medicamento com a bacteria Neisseria gonorrhoeae (que provoca a doença) pode resultar em uma resistência.

Complicações da gonorreia afetam mais as mulheres do que os homens. Entre essas sequelas estão a doença pélvica inflamatória, gravidez ectópica (quando o embirão se desenvolve fora do útero) e infertilidade, bem como um aumento do risco de infecção por HIV.

ESTRATÉGIA DE COMBATE

A gonorreia pode ser prevenida pela prática segura do sexo, em particular pelo uso correto da camisinha. Campanhas educacionais e informativas podem ajudar na prevenção e na identificação de sintomas da doença. Hoje, a falta de alerta do público, de treinamento dos funcionários da saúde pública e o estigma em torno de doenças sexualmente transmissíveis são barreiras para programas de controle.

No ano passado, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou meta de redução em 90% da incidência de gonorreia até 2030, mas os números recentes mostram um incremento no número de casos. No Reino Unido, o aumento foi de 11% entre 2014 e 2015 e, nos EUA, de 5% entre 2013 e 2015. Para isso, foi montada uma estratégia baseada em quatro componentes.

O principal é acelerar o desenvolvimento de novos medicamentos. No momento, existem três drogas em estágio de testes clínicos. O segundo componente é avaliar o potencial das combinações de antibióticos já disponíveis no mercado. Além disso, os especialistas propõem a definição de doses fixas de combinações de medicamentos para o tratamento de todas as DSTs e o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico e tratamento.

A ausência de sintomas em muitos casos favorece o desenvolvimento da supergonorreia. Em infecções anais, por exemplo, a doença geralmente é assintomática, e na garganta às vezes ela se manifesta como uma leve dor de garganta ou uma faringite. Com erro no diagnóstico, são receitados medicamentos ineficazes para combater a bactéria que acabam aumentando a sua resistência.

— Especificamente, nós precisamos de novos antibióticos, assim como testes de diagnóstico rápidos e precisos no serviço de saúde, que possam prever quais antibióticos irão funcionar naquela infecção particular — sugeriu o diretor da OMS Marc Sprenger. — E no longo prazo, uma vacina para prevenir a gonorreia.

O Globo

 

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Diversos

Três das DSTs mais comuns estão ficando intratáveis, diz OMS

Camisinha: antibióticos estavam sendo administrados sem cuidado nenhum – e muitas vezes, por tempo demais ou em doses desnecessariamente altas (Keith Brofsky/Thinkstock)

Você usa camisinha? Porque a coisa está ficando séria: segundo a Organização Mundial da Saúde, sífilis, clamídia e gonorreia – doenças bacterianas – estão ficando resistentes aos antibióticos mais usados contra elas. E infectam cada vez mais pessoas.

As infecções são três das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais frequentes: juntas, elas contagiam 200 milhões de pessoas por ano – todo ano, são 131 milhões infectadas pela clamídia, 78 milhões pela gonorreia e 5,6 milhões pela sífilis.

Com tanta gente ficando doente, os antibióticos estavam sendo administrados sem cuidado nenhum – e muitas vezes, por tempo demais ou em doses desnecessariamente altas.

Esse uso exagerado de antibióticos é justamente o que tem feito as bactérias se tornarem mais resistentes. O caso da gonorreia é o pior: a OMS afirma que já existem cepas da bacteria N. gonorrhoeae, causadora da doença, que não respondem a nenhum dos medicamentos que existem.

O cenário para sífilis e clamídia não é tão extremo, mas seus agentes causadores já se mostram bem mais resistentes à medicamentos também, o que preocupa a organização.

Por isso, na terça (30), a OMS aconselhou uma mudança nos tratamentos padrão para essas doenças. Para começar, a organização recomenda o uso do antibiótico certo para cada caso, em doses mais controladas do que se tem usado até agora – cada serviço de saúde em cada país deve ficar responsável por definir o medicamento.

Outra recomendação, mais específica, é não usar a quinolona, um tipo de antibiótico comum nos casos de infecções bacterianas como a sífilis, a gonorreia e a clamídia. Para fechar, a OMS pediu que os governos prestem atenção no aumento da resistência dessas bactérias, ano a ano.

Tudo isso deve aumentar os custos de tratamento, já que os antibióticos específicos são, geralmente, os mais novos – e mais caros. Fora que estudar os tipos de cepa que cada pessoa infectada tem antes de receitar um medicamento também vai dar um baita trabalho.

Transmissão e sintomas

A sífilis é transmitida por meio do contato com feridas de pessoas infectadas – elas podem aparecer nos genitais, no ânus, na boca ou em outras partes do corpo.

A doença também pode ser transmitida de mãe para filho turante a gestação ou no parto (por ano, a transmissão desse tipo provoca cerca de 143 mil mortes fetais e nascimento de natimortos, além de 62 mil mortes neonatais, segundo a OMS).

Quem tem sífilis pode desenvolver essas feridas em um estágio inicial, mas elas saram logo e se tornam erupções com pus.

Aí, esses sintomas desaparecem, até que um tempo depois (às vezes até anos), a doença volta à atividade e causa danos ao cérebro, aos olhos e ao coração.

Já a clamídia, a mais comum das DSTs causadas por bactérias, causa um ardor forte ao urinar ou corrimentos genitais – embora a maioria das pessoas não apresente sintomas. A gonorreia pode provocar, além de dores nos genitais, infecções e muita dor no reto e na garganta.

As três doenças, caso não sejam diagnosticadas e tratadas a tempo, podem causar problemas graves a longo prazo – mesmo que não apresentem sintomas por um tempo. As mulheres, por exemplo, podem desenvolver gravidez ectópica (fora do útero), inflamações na região pélvica e abortos espontâneos. Nos dois sexos, a sífilis, a gonorreia e a clamídia podem causar infertilidade, além de aumentarem o risco da pessoa ser infectada pelo HIV.

Exame, via Super Interessante

 

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Acidente

Brasil é o quarto país com mais mortes no trânsito na América, diz OMS

Por interino

O Brasil apresenta uma taxa de 23,4 mortes no trânsito para cada 100 mil habitantes, segundo estimativas divulgadas nesta quinta-feira (19) pela OMS (Organização Mundial de Saúde), em Genebra, na Suíça. O país tem o quarto pior desempenho do continente americano atrás de Belize, República Dominicana e Venezuela -campeã de acidentes na região com 45,1 mortes por 100 mil habitantes.

A OMS também estima que o número de mortos nas estradas em todo o mundo pode chegar a 1 milhão por ano até 2030. De acordo com a organização, essa projeção mundial de vítimas fatais de acidentes automobilísticos tem um peso maior nos países de baixa e média renda, grupo no qual se encontra o Brasil.

“Mais de 90% de mortes no trânsito ocorrem nesses países que detêm 82% da população mundial, mas apenas 54% de veículos registrados”, destaca o documento.

Entre as principais causas citadas estão a “regulamentação fraca, qualidade inadequada das vias e dos veículos e aumento do numero de carros”. Os acidentes automobilísticos são a nona maior causa de morte no mundo para a faixa etária entre 15 e 69 anos.

ESPERANÇA DE VIDA

Os acidentes de trânsito são uma das ameaças ao aumento da esperança de vida em diversos países no mundo -embora o indicador tenha tido uma alta de cinco anos entre 2000 e 2015. Esse foi o crescimento mais acelerado desde os anos 1960.

Na África, o maior acesso ao tratamento contra a malária e contra o vírus HIV foram os grandes responsáveis pelo aumento da longevidade dos africanos. Atualmente, em média, ela chega a 60 anos. No continente americano, o indicador manteve-se estável no período. Entre a população brasileira, os homens têm esperança de vida de aproximadamente 72 anos, e as mulheres, 79.

Em termos globais, para os homens o país com a esperança de vida mais elevada é a Suíça (81,3 anos) e, para as mulheres, o Japão (86,8 anos). Na base da pirâmide, aparece Serra Leoa com 50,8 anos para os homens e 49,3 anos para as mulheres.

COBERTURA UNIVERSAL DE SAÚDE

O relatório da OMS também enfatiza a importância da cobertura universal de saúde. “O mundo fez grandes progressos na redução de mortes prematuras causadas por doenças que são tratáveis e podem ser prevenidas”, disse a diretora-geral da OMS, Margareth Chan. Mas, destacou Chan, “esses progressos foram desiguais. Temos que apoiar os países para que eles atinjam uma cobertura universal de saúde para nos assegurarmos de que ninguém fique para trás”.

A edição deste ano do relatório de estatísticas mundiais da OMS lançou o índice UHC que “é a primeira tentativa de avaliar a dimensão global do acesso à saúde. Esse é um enorme desafio”, explicou à reportagem Gretchen Stevens. O novo índice leva em consideração informações sobre a natalidade, mortalidade infantil, vacinação, acesso a exames rotineiros de saúde entre outros fatores.

O Brasil, segundo a OMS, tem sido um parceiro confiável no fornecimento de dados, mas a especialista do Departamento de Análise de Mortalidade e de Saúde da organização adverte: o país precisa enviar com mais regularidade dados sobre a incidência de hipertensão e de diabetes. “Os dados de que dispomos estão defasados”.

Folha Press

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Diversos

Vacinas podem chegar tarde demais para combater surto de zika, diz OMS

A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta quarta-feira (9) que a vacina para combater o surto de vírus da zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, pode chegar tarde demais.

A organização informou ainda que estabeleceu três prioridades: desenvolver testes para detecção de dengue, chikungunya e zika, doenças transmitidas pelo Aedes, desenvolver vacinas de proteção baseadas em vírus não- vivos para mulheres em idade fértil, e ferramentas inovadoras para combater os mosquitos que transmitem as doenças.

Os métodos tradicionais de aplicação de inseticidas, segundo a OMS, não tiveram impacto significativo na redução da dengue, aumentando a preocupação de como as autoridades devem fazer para impedir a proliferação do vírus da zika e do mosquito.

Marie-Paule Kieny, diretora da OMS, disse que há provas de que os métodos convencionais estão perdendo a batalha contra a dengue e que é preciso fazer qualquer coisa para reduzir os casos da doença. Ela fez a mesma observação para o combate ao vírus da zika.

As autoridades também consideram o uso de mosquito geneticamente modificado para conter o surto, mas que essas novas formas de combate devem ser avaliadas de forma rigorosa.

O surto de zika, que pode estar associado a casos de malformação congênita, poderia atingir entre três e quatro milhões de pessoas nas Américas, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), que declarou estado de emergência internacional.

Folha Press

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