Economia

Renda de 35% dos brasileiros é insuficiente para pagar as próprias contas, diz SPC

46% dos consumidores dizem que não falta, mas também não sobra dinheiro para consumir, diz pesquisa do SPC. (Foto: TV Globo/Reprodução)

A renda de 35% dos brasileiros é insuficiente para pagar as contas em dia, mostrou nesta quinta-feira (6) um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), antecipado pelo G1.

Segundo o estudo, outros 46% dos consumidores dizem que não falta, mas também não sobra dinheiro com a renda que possuem, enquanto 13% dizem estar com as contas no azul, sobrando dinheiro para consumir ou fazer investimentos.

Crédito negado

Neste cenário, cresceu o percentual dos brasileiros que tiveram crédito negado ao tentar fazer uma compra parcelada. O estudo do SPC mostra que 19% deles não conseguirem os recursos em julho, contra 17% no mês imediatamente anterior.

O principal motivo para a negativa foi a restrição do CPF pelo não pagamento de contas, seguido da falta de comprovação de renda ou renda insuficiente.

Para obter empréstimos e financiamentos, é ainda mais difícil. Metade dos consultados pelo levantamento do SPC disseram que têm dificuldades para conseguir este tipo de crédito. Entre aqueles que ganham até 5 salários mínimos, esse percentual sobe para 55%.

“Há um contingente grande de consumidores que já tiveram acesso ao crédito em um passado recente, mas que hoje enfrentam restrições por atrasos de pagamentos ou pela perda do emprego, explicou por nota o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.

“Por mais que isso seja frustrante, a liberação sem critérios aumentaria o risco de inadimplência, de endividamento excessivo e exigiria juros elevados para cobrir esse risco”, afirmou.

23% caíram no rotativo do cartão

O levantamento também constatou que 44% dos que contraem empréstimos e financiamentos atrasaram as parcelas da dívida em algum momento. Destes, 18% ainda possuem pendências no pagamento.

Ainda segundo a pesquisa, 23% dos usuários de cartão de crédito entraram no rotativo no mês de julho porque não quitaram a fatura. Os juros cobrados pelos bancos quando o cliente não paga a fatura cheia do cartão de crédito são altos e chegam a 285% ao ano, em média, segundo o Banco Central.

Entre os que usaram o cartão de crédito em julho, 34% aumentaram o valor da fatura no período e somente 24% notaram um queda.

Os itens mais adquidos em julho no cartão foram itens de primeira necessidade: alimentos em supermercados (67%), remédios (45%), combustíveis (33%), roupas, calçados e acessórios (31%) e idas a bares e restaurantes (30%).

Para o mês de agosto, 53% pretendiam cortar gastos ao longo do mês, principalmente por conta do alto custo de vida (29%), para economizar (28%) e em virtude do desemprego (24%).

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Ciro Gomes vai pagar essa conta, ninguém precisa se preocupar. Kkkķkkk. O sujeito já esta inadimplente, o salário todo comprometido, como danado vai assumir mais uma prestação??? Vai ficar inadimplente com o banco também. Conversa fiada de Ciro isso não existe.

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Diversos

Brasileiros estão com dificuldades para pagar até as contas básicas, diz SPC

ContasMais dois milhões de brasileiros entraram para a lista de inadimplentes entre dezembro de 2014 e maio deste ano, de acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgados hoje (10). A alta nos cinco meses do ano chegou a 4,63%. A estimativa é que ao final de maio, havia 56,5 milhões de brasileiros com o CPF negativado no Brasil.

Em maio, comparado com o mesmo mês do ano passado, o crescimento ficou em 4,79%. Esse crescimento é o maior desde agosto do ano passado.

De acordo com o SPC Brasil, os brasileiros estão com dificuldades para fazer o pagamento até mesmo de contas básicas. O maior avanço no número de dívidas foi causado por atrasos com empresas concessionárias de água e luz, aumento de 13,31%, na comparação anual. Em segundo lugar, estão as dívidas com telefonia, internet e TV por assinatura, com crescimento de 12,02%.

A alta no segmento de bancos, com dívidas no cartão de crédito, empréstimos e seguros, ficou em 10,1%. Os bancos são os principais credores dos brasileiros, respondendo por 48,56% do toral de dívidas em atraso.

A pesquisa do SPC Brasil é feita em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Isto É

Opinião dos leitores

  1. bom é que o governo nos joga no buraco e como ajuda cria leis q ajudam apenas aqueles que vivem de juros, como bancos e agiotas, quer entender compre um carro financiado e atrase uma prestação para vc ver sua vida virar um inferno.

  2. A culpa disso é única e exclusivamente do governo do PT que estimulou um consumo desenfreado e sem limites por parte das pessoas menos favorecidas com o pagamento de auxílio isso e aquilo e com parcelamento em números absurdos de parcelas e dessa forma foi comprometendo totalmente a renda das pessoas menos favorecidas, as mesmas que se deixaram enganar pelos petralhas na hora do voto. Agora tem que oPTar ou comem, ou pagam as contas. A situação ainda vai piorar muito economicamente nesse país juntamente com o desemprego.

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Diversos

Brasileiro inadimplente médio tem nome sujo há 2 anos e deve R$ 21,6 mil, diz SPC

O perfil médio do consumidor brasileiro inadimplente é o de uma pessoa com o nome sujo há aproximadamente dois anos, que deve para 3,7 diferentes empresas, adquiriu essas dívidas por meio do cartão de crédito e de lojas e tem um débito total de R$ 21.676 00 junto às empresas credoras (já embutidas as multas e as taxas cobradas pelo atraso). Os dados são de uma pesquisa sobre a recuperação de crédito no Brasil, encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, realizada nas 27 capitais brasileiras entre os dias 1º e 8 de fevereiro. A média de renda familiar mensal dos consumidores entrevistados é de R$ 2.822,00.

Deixar de pagar a fatura do cartão de crédito é a principal razão apontada por parcela de 61% dos entrevistados inadimplentes para ter ficado com o nome sujo. Foram citados também atrasos em parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de empréstimos (31%) e de boletos bancários (37%). Outras razões mencionadas foram os cheques sem fundo (20%), deixar de pagar o cheque especial (18%) e o atraso com parcelas de financiamentos (15%).

O estudo do SPC Brasil e do Meu Bolso Feliz indica que 89% dos consumidores inadimplentes procuraram ou foram procurados pelos credores para um acordo sobre as dívidas em atraso. As empresas de celular são as que mais procuram os devedores para uma possível negociação (46%), seguidas das companhias de outros financiamentos (45%), internet (44%) e de financiamento de carros e motos (43%). Quando a iniciativa parte do consumidor, os resultados indicam que as empresas de TV a cabo estão em primeiro lugar entre as mais procuradas (54%).

O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizaro, avalia que o brasileiro inadimplente demora muito (dois anos, em média) para quitar uma dívida. “Negociar a dívida rapidamente é muito mais vantajoso do que deixar os juros rolarem. A taxa média de desconto para negociação é de 22% e chega a 69% para quem propõe o pagamento à vista”, explica Pellizzaro.

fonte: Estadão Conteúdo

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