FOTO: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP
A Conmebol vai distribuir 50 mil doses de vacina contra a Covid-19 – recebidas como doação da China, segundo a entidade anunciou nesta terça-feira – para vacinar jogadores da primeira divisão dos dez países que formam a confederação.
Como a intermediação da doação foi feita pelo presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, as vacinas vão chegar a Montevidéu em maio. E de lá serão distribuídas para as dez associações nacionais de futebol, como a CBF, por exemplo.
O plano da Conmebol é que as associações vacinem os times de primeira divisão. Além de jogadores, deverão ser vacinados dirigentes e membros das comissões técnicas, sobretudo os que mais participam de viagens.
A própria Conmebol vai reter um lote dessas vacinas para imunizar seu próprio pessoal – arbitragem, profissionais que participam da organização dos jogos, tanto de clubes como de seleções. O próximo torneio de seleções a ser organizada pela entidade é a Copa América, entre junho e julho, com partidas na Argentina e na Colômbia.
Procurada, a CBF ainda não se pronunciou sobre o tema.
A situação no Brasil não seria tão simples, segundo explica Daniel A. Dourado, médico e advogado sanitarista, pesquisador da USP e do Institut Droit et Santé da Universidade de Paris.
– Primeiro, a CBF teria que pedir autorização da Anvisa para poder receber a vacina Sinovac. E, mesmo assim, pela lei vigente (14.125, de 10 de março de 2021), todas as vacinas recebidas devem ser doadas para o SUS para serem usadas no Programa Nacional de Imunizações.
A Federação de Futebol do Equador, por exemplo, já anunciou que vai “imunizar todas as suas equipes de futebol profissional”.
Globo Esporte
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