O dólar comercial atingiu um novo recorde nesta quarta-feira, ao chegar aos R$ 4,15, o que contribuiu para o Banco Central anunciar uma nova intervenção no mercado de câmbio, de US$ 2 bilhões em leilão que será feito a partir das 15h, o que fez com que a divisa se afastasse um pouco das máximas. No atual pregão, o ambiente político e a desaceleração na China são fatores que preocupam. Às 15h07, a divisa era negociada a R$ 4,107 na compra e a R$ 4,109 na venda, alta de 1,35% ante o real. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda de 1,51%, aos 45.556 pontos.
A moeda até abriu o pregão em queda, após o governo conseguir manter 26 de 32 vetos. No entanto, ainda falta o Congresso Nacional avaliar o que é considerado o mais importante, que é o veto da presidente Dilma Rousseff ao aumento de salário de servidores do Poder Judiciário.
— Nem tudo foi ganho e a situação ainda está complicada. E preocupa o fato do Congresso de um lado não querer votar o aumento de impostos e, do outro, ameaçpar aumentar despesas — disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio Treviso Corretora.
Além do ambiente político, que dificulta a aprovação das medidas de ajuste fiscal, os investidores estão de olho na decisão da Fitch, que em breve deverá divulgar a revisão da nota de crédito (rating) do Brasil. Nessa agência, o país ainda está com duas notas acima do grau especulativo. Na Moody’s essa margem é de apenas uma nota e na Standard & Poor’s o Brasil não é mais grau de investimento.
A mudança de humores, após o recuo da moeda até a mínima de R$ 4,016, ocorreu devido a rumores de mudanças no governo e da possibilidade de impeachment da presidente Dilma. Além disso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), votou a declarar que segue contra a criação de uma nova CPMF mesmo com a redução do número de ministérios pelo Executivo.
LEILÃO DO BC
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