Judiciário

Condenada por golpes na internet, ‘Barbie do crime’ ganha direito a domiciliar

Foto: Reprodução/Instagram

A Justiça autorizou, na quinta-feira (25), a prisão domiciliar da modelo Bruna Cristine Menezes de Castro, de 30 anos, conhecida como ‘Barbie do crime’, em Goiânia. A medida foi tomada horas depois de ela se apresentar ao Poder Judiciário devido a um mandado expedido pelo descumprimento da pena estipulada por aplicar golpes pelas redes sociais.

Bruna foi condenada a 1 ano e 9 meses de prisão em 2015 por vender celulares a duas pessoas, mas nunca ter entregado os produtos. Durante o julgamento, ela confessou o crime e disse que estava arrependida.

Na época, a Justiça converteu a pena em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa de 10 salários mínimos. Porém, ela deixou de cumprir a determinação judicial e não compareceu a audiências. Com isso, o juiz Wilson da Silva Dias determinou a prisão dela, em 18 de fevereiro.

“O quadro desenhado nesta execução penal é absolutamente constrangedor do ponto da punibilidade, pois, desde 2017, a sentenciada não cumpre a pena de prestação de serviços à comunidade, sendo inexitosa sua localização em razão da diversidade de mudança de domicílio sem comunicar a este juízo, além de incorrer em descumprimento das condições judiciais e legais da pena restritiva de direito imposta”, justificou o magistrado.

Bruna, então, se apresentou na quinta-feira, mas a defesa entrou com um recurso e, no mesmo dia, foi determinado que ela fique em prisão domiciliar até uma nova audiência, quando serão definidas as medidas a serem tomadas.

O principal argumento para justificar a prisão domiciliar foi o fato de ela ser mãe de duas crianças com menos de 12 anos. A defesa da modelo disse que aguarda apenas a verificação interna dentro da unidade prisional para que ela coloque a tornozeleira eletrônica e fique em prisão domiciliar.

“É importante ressaltar que ela nunca teve a intenção de querer desvencilhar-se de suas obrigações impostas. Tanto é verdade que se apresentou espontaneamente acompanhada pelos seus advogados”, disse, em nota, a defesa.

Segundo a Justiça, Bruna também é investigada no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

‘Barbie do crime’

Bruna foi presa em 11 de agosto de 2015 por suspeita de estelionato, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, a jovem, apelidada de “Barbie do crime”, mantinha perfis nas redes sociais de venda de produtos importados e aplicava golpes em clientes de Goiás e de outros estados.

Conforme informou a corporação na época do crime, mais de 100 pessoas procuraram a polícia alegando terem sido vítimas de Bruna. Porém, nem todas deram continuidade ao inquérito, segundo os investigadores.

Os clientes denunciaram que, após receber o pagamento pelos produtos, ela não entregava as encomendas, alegando problemas de saúde ou familiares. Para que pudesse receber o dinheiro das falsas vendas, ela usou contas bancárias de cerca de dez pessoas, que tinham emprestado os dados a ela.

Conforme a investigação, Bruna também mentiu que estava com câncer para receber dinheiro do ex-namorado Ryan Balbino, que mora no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a modelo fingiu ser o próprio pai para dar notícias sobre uma falsa operação para tratar um câncer no útero. O homem revela que depositou mais de R$ 15 mil para o falso tratamento.

G1 – Goiás

Opinião dos leitores

  1. Homem, uma gata dessa nem precisa aplicar golpe. Eu pago as contas delas ainda garanto uma mesada para os filhos. É só vir embora pra Natal!???????????????

  2. Assassinos, ladrões, trambiqueiros, corruptos tem direito a liberdade, só não pode falar mal de ministro, aí é prisão na certa, e se prender corruptos do alto escalão, terá que ser investigado e até julgado até anularem todo o processo. Ainda tem gente sonhando com um país justo.

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Judiciário

Precatórios do TJ: Carla Ubarana e George Leal estão em prisão domiciliar

O juiz da 7ª Vara Criminal de Natal, José Armando Ponte Dias Júnior, concedeu, na tarde da última terça-feira (20), o direito a prisão domiciliar a Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal e George Luís de Araújo Leal. O pedido foi feito pelo Ministério Público Estadual, alegando que os dois passaram a colaborar com as investigações, o que justificaria uma flexibilização da custódia cautelar deles. O MPRN argumentou ainda que o estado de saúde da acusada também daria ensejo à colocação dela e do marido em regime de prisão domiciliar.

De acordo com o magistrado, não apenas não é possível ao Judiciário decretar uma prisão preventiva de ofício, mas também não é possível manter segregado um acusado sob regras mais severas do que as pleiteadas pelo autor da ação, no caso o Ministério Público.

“Assim, se o Ministério Público, como titular da ação penal, como curador dos anseios sociais, como interessado primeiro na persecução penal e na responsabilização penal dos réus, não se mostra interessado em manter os acusados George Luís de Araújo Leal e Carla de Paiva Ubarana Araújo Leal custodiados em estabelecimento prisional comum, mas sim em seus domicílios, não há de ser este Juízo o único a ter interesse na manutenção dos réus no cárcere comum, pois isso seria uma nítida afronta às regras do sistema acusatórios e à própria imparcialidade da jurisdição”, destacou o juiz José Armando Ponte Dias Júnior.

Ainda de acordo com a decisão do magistrado, os acusados devem ser mantido sob regime de prisão domiciliar, a ser cumprida interruptamente sob escolta policial. Eles não poderão se ausentar da residência, salvo comprovada emergência médica, e desde que a saída seja comunicada de imediato a Justiça.

Processo nº 0103161-74.2012.8.20.0001

Fonte: TJ/RN

Do Blog: A parte destacada em negrito pelo blog só vem a confirmar que os acusados Carla Ubarana e George Leal passam também a serem testemunhas no caso da operação Judas. Resta saber detalhes do acordo dos acusados com o MP.

Opinião dos leitores

  1. E os demais pressos não irão poder ficar em Prisão domiciliar, já que segundo consta são apenas laranjas.
    Quem será que esles irão apontar ao Ministério Público como o mentos, já que eles vão colaborar com MP.
    Nosso dinheiro sempre entra pelo ralo, pagamos impostos altissímos, esperamos que quem roubou devolva o DINHEIRO, isso é o que a sociedade quer, que seja feita a real Justiça, doa a quem doer. 

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