Cultura

Prefeitura de São Gonçalo lança edital do Festival Literário Dona Militana

Foi lançado na última sexta-feira (4), o edital do Festival Literário Dona Militana da Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante/RN. Serão premiados 21 projetos de obras literárias inéditas, produzidas por são-gonçalenses, em oito categorias: Poesia, Conto, Crônica, Dramaturgia, Romance, Literatura de Cordel, Literatura Infanto-juvenil e Revista de Fotografias.

O evento é promovido pela Fundação Cultural Dona Militana (FCDM) e terá premiações de R$ 16 mil, oriundos do Fundo Municipal de Cultura. “Mais uma ação de valorização e apoio aos artistas da nossa cidade, dessa vez incentivando a produção literária e visual”, destaca Abel Neto, presidente da FCDM.

A inscrição é gratuita e pode ser feita até do dia 9 de julho. Os projetos devem ser enviados por e-mail ([email protected]), ou entregues presencialmente na FCDM, localizado próximo ao campus do IFRN, na Rua Professor Belchior de Oliveira, S/N, Centro.

O processo será conduzido por duas comissões instituídas pela fundação, Comissão Técnica de Habilitação e a Comissão de Avaliação de Projeto (CAP), além de especialistas de literatura para acompanhar e auxiliar o julgamento.

A descrição das categorias, informações sobre documentação e todo o cronograma estão no edital publicado no Jornal Oficial do Município (JOM).

 

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Diversos

Google faz homenagem à Dona Militana, a potiguar são-gonçalense considerada maior romanceira do Brasil

Fotos: Reprodução

O Doodle do Google desta sexta-feira (19) é uma homenagem a Militana Salustino do Nascimento, a maior romanceira do Brasil. Nascida em São Gonçalo do Amarante/RN, ela faleceu em 2010 e completaria 96 anos nesta data. Em 2005, ela recebeu a Comenda Máxima da Cultura Popular. Suas memórias estão expostas no Museu Municipal de São Gonçalo do Amarante.

Dona Militana era filha do Mestre do Fandango, Sr. Atanásio Salustino do Nascimento e de Maria Militana do Nascimento. Aos sete anos já trabalhava na roça, plantando mandioca e feijão. Apesar de analfabeta e de ser proibida de cantar pelo seu pai, foi na lida do campo que memorizou os romances, um considerável acervo que fez dela uma enciclopédia viva da cultura popular.

Seus romances eram originários de uma cultura medieval e ibérica, que narravam os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana cantava modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos, numa cadência que lembrava o cantochão, com ritmo baseado na acentuação e nas divisões do fraseado.

Na maioria das vezes, as narrativas cantadas eram histórias trágicas, como a do “Conde de Amarante”, em que a esposa chora a ausência do marido, enquanto dá ao filho “o leite da amargura” e se despede da vida. Outros romances, como “Nau Catarineta”, traziam poesias de terras distantes, desconhecidas, lugares por onde Militana navegava com a memória e a imaginação.

Na década de 1990, o folclorista Deífilo Gurgel conheceu os cantos de Dona Militana e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento dela. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado “Cantares”, lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana.

Em setembro de 2005, em Brasilia, ela recebeu das mãos do então presidente Lula a Comenda Máxima da Cultura Popular, sendo considerada a principal e última guardiã do romanceiro medieval nordestino.

Opinião dos leitores

  1. Sem esquecer Deífilo Gurgel esse potiguar que resgatou nossa memória histórica através de de Dona Militana.

    1. Verdade!!
      A uma senhora linda maravilhosa.
      Olha o look
      Olha o cenário da foto.
      É simplesmente espetacular!!
      Bela homenagem.

  2. O Poeta e Educador, EDILBERTO C.

    Estará em abril lançando seu livro

    “Dona Militana bebe da fonte de uma memória mítica, por isso mesmo milenar. Assume, assim, o papel da sacerdotisa de uma memória que anseia por se perpetuar.”

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