Diversos

Bilionário fundador da Duty Free realiza sonho de doar toda fortuna em vida

FOTO: THE ATLANTIC PHILANTHROPIES/REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O agora ex-bilionário Charles “Chuck” Feeney, de 89 anos, realizou um desejo inusitado: doou toda a sua fortuna enquanto vivo. O fundador da Duty Free assinou, na segunda-feira (14/9), juntamente com a esposa, Helga, os papéis para encerrar a empresa Atlantic Philantropies. As informações são da Revista Forbes.

De acordo com a publicação, o casal guardou dinheiro para sobreviver bem, mas já doou mais 8 bilhões de dólares para fundações, fundos de caridade e universidades nas últimas quatro décadas por meio da Atlantic Philanthropies. Todas as doações foram feitas de forma anônima.

A ideia dele é que seria melhor gastar a maior parte de sua fortuna em grandes apostas de caridades em vez de financiar uma fundação depois que ele morresse. Com isso, a esperança do empresário é conferir o resultado com seus próprios olhos, antes de morrer.

Uma cerimônia on-line foi realizada por Chuck e Helga, e incluiu mensagens de vídeo de Bill Gates e do ex-governador da Califórnia, Jerry Brown.

Vida simples

Feeney é o fundador, ao lado de Robert Miller, do Duty Free Shoppers, iniciativa de 1960 que deu ao empreendedor bilhões de dólares enquanto vivia de forma simples, como um monge. Como filantropo, ele foi o pioneiro da ação “Giving While Living”.

Segundo a Forbes, ele não possui hábitos tradicionais de bilionários. Enquanto a Duty Free arrecada uma fortuna vendendo artigos de luxo para turistas em todo o planeta, Feeney vive em um apartamento em São Francisco “que tem a austeridade de um dormitório de um universitário.”

Homem discreto, mas de impacto extraordinário, Chuck Feeney teve a carreira é marcada pela caridade. O perfil dele influenciou Bill Gates e Warren Buffett quando estes lançaram o Giving Pledge em 2010: uma campanha agressiva para convencer os mais ricos do mundo a doarem pelo menos metade de suas fortunas antes de morrer.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Oi meu senhor porque você não me doou parte tô precisando muito prá pagar a minha faculdade e ter minha casa própria que estou pedindo tanto que Deus me abençoe

  2. Bela atitude deste cidadão, Bill gares e Warren, não acumulando riquezas , visando um mundo melhor a quem precisa.
    Que atitudes como está se espalhem cada dia mais pelo mundo.

  3. Enquanto isso os que juram que vão pra o céu e o resto para o inferno, pregadores aqui do Brasil, lutam pra ficar cada vez mais ricos em detrimento dos pobres alienados.

    Se você lê a bíblia vai ver, com certeza, que poucos ou nenhum representa a igreja de Cristo.

  4. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?
    Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
    Mateus 19, 20-21.

  5. Nono Correia não era um personagem avarento interpretado por Ary Fontora?
    Não seria o próprio Nono, mais um filósofo de internet?

  6. No Brasil ocorre o contrário. Eles querem roubar o máximo. A direita e a esquerda.
    E não falta quem defenda.

    1. Como tem gente besta no mundo. A informação é sobre a decisão pessoal de uma EMPRESÁRIO. Aí vem um "cientista de whatsapp" e faz uma ligação completamente sem noção com política, esquerda e direita. Que tragédia!

    2. essa visão monocromática de "direita e esquerda" cega mesmo… pessoa não pode nem ler uma matéria de algum estrangeiro, e faz uma analogia pífia dessas… fala sério!

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Economia

Lojas ‘duty free’ no Brasi tem produtos até 60% mais caros do que em outros Países

Até os anos 90 viajar para o exterior, além de ser um privilégio para poucos, era um bom motivo para, na volta, fazer compras no free shop dos aeroportos. Os consumidores faziam a festa comprando um pouco de tudo. Mas hoje essas lojas, livres de impostos, foram perdendo glamour e importância, com a concorrência entre as redes de varejo daqui e do exterior. E para aumentar o desinteresse, boa parte dos produtos vendidos no Brasil é mais cara em relação aos espaços de duty free de outros países.

Levantamento feito pelo GLOBO em oito aeroportos internacionais ao redor do mundo constatou que entre 15 itens pesquisados, como bebidas, perfumes, chocolates e eletroeletrônicos, o do Rio apresentou o maior valor em sete deles, com variações que podem chegar a 67%. Em seguida, aparece o de Buenos Aires, na Argentina, onde o preço é o maior em cinco categorias. Foram analisadas ainda operações em Nova York, Londres, Lisboa, Frankfurt, Montreal e Sydney através de seus sistemas de reserva pela internet.

Compra em loja franca do exterior entra na cota geral

Mas quem gosta de comprar quando viaja deve ficar atento aos limites impostos pela Receita Federal. Hoje, o passageiro, ao desembarcar no Brasil, pode comprar até US$ 500 nas lojas francas. Após esse valor, é paga uma taxa de 50% sobre o excedente. Já as compras feitas nos espaços do duty free shop do exterior não entram na cota do duty free brasileiro. Mas em compensação entram na cota geral de compras no exterior, que também é de US$ 500.

Por isso, uma boa dica para quem costuma viajar é pesquisar os preços no Brasil antes de embarcar e adquirir o produto onde for mais barato. Apesar de mais caras, as lojas francas no Brasil, operadas pela suíça Dufry, permitem o parcelamento em até seis vezes no cartão de crédito e desconto de 5% para quem reserva antecipadamente pela internet. Além disso, o consumidor tem a opção de pagar em real.

Segundo o levantamento feito pelo GLOBO, na loja da Dufry no Rio, um iPod Touch da Apple de 8 giga de memória sai a US$ 339, valor 67,72% maior em relação ao aeroporto de Sydney, onde o mesmo item sai a US$ 202,48. Outro exemplo é o perfume Noa, da Cacharel, de 50ml. No Rio, o passageiro tem de pagar US$ 60, contra US$ 53,49 em Frankfurt, na Alemanha. Uma diferença de 12,17%.

De acordo com a Receita Federal, as lojas duty free vendem produtos livres de Imposto de Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), além de PIS/Pasep-Importação, e Cofins-Importação. No caso de um perfume, por exemplo, o Imposto de Importação é de 18% sobre o seu valor, informa o escritório Castro, Barros, Sobral, Gomes Advogados com base em dados da Receita. Entre os chocolates em barra, o valor sobe para 20%. No caso do IPI, o valor é de 42% para perfumes e de 5% para chocolates, por exemplo.

— Em alguns casos, o valor dos tributos pode superar os 70% do total. Por isso, no varejo tradicional alguns itens são tão caros em relação ao que é cobrado nas lojas francas dos aeroportos — afirma Francisco Lisboa Moreira, advogado da banca Castro, Barros Advogados.

Mas os consumidores mais atentos já perceberam que nem todos os itens vendidos nas lojas francas do Brasil são encontrados facilmente no exterior e vice-versa. Isso porque o tipo de produto comercializado varia entre os países, pois obedecem ao perfil do viajante que passa pelo aeroporto, dizem especialistas e redes como a Dufry.

Além do portfólio, os preços também variam. E muito. O tradicional perfume CK One, da Calvin Klein, de 200ml, é mais caro em Sydney, onde custa US$ 68,17, contra US$ 59 no Rio, valor 13,45% menor. Já uma barra de chocolate Swiss Dark Thins da Lindt, de 200 gramas, é mais cara no Rio. Aqui sai a US$ 14,50. Ou seja, 35,51% maior do que os US$ 10,70 cobrados em Frankurt.

Custos locais e frete afetam preços de produtos

Especialistas dizem que os preços variam porque, apesar de os produtos não terem incidência de impostos, há uma série de custos que formam o preço, como frete, custo de aluguel dos espaços nos aeroportos, além dos encargos com mão de obra local. Segundo o advogado Francisco Moreira, o preço mais alto no Brasil é explicado pelo custo do país.

— Certamente, um funcionário no Brasil é mais caro do que na Europa. Além disso, é preciso observar o local da fabricação do produto. Um uísque ou perfume, feitos na Europa, tendem a ser mais baratos lá do que em países da América do Sul, onde há um custo maior com transporte. Todas essas despesas entram na conta — diz o advogado.

Fonte: O Globo

Opinião dos leitores

  1. Bom dia, pessoal!

    Primeiramente, parabéns pelo posto!

    As aquisições internas de produtos destinados às lojas francas são beneficiados por alguma isenção tributária? Sem sim, de quais tributos?

    Desde já agradeço,
    Raphael Alves do Amaral

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