Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, na manhã desta sexta-feira (28), a Diretoria do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública fez mais uma vez a defesa de sua categoria e rebateu críticas do secretário de Segurança Pública à paralisação realizada nos últimos dois dias. O evento foi promovido pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania do Rio Grande do Norte.
O secretário Girão Monteiro havia classificado como desrespeito a suspensão de serviços do Instituto Técnico-Científico de Polícia e das delegacias de plantão de Natal. O secretário geral do SINPOL-RN, Erivan Fernandes, fez uso da palavra e lembrou ao titular da Sesed que desrespeito é o que o Governo do Estado tem feito com a sociedade potiguar e com a Polícia Civil.
“Vivemos em um estado de guerra, em que a instituição Polícia Civil está falida. Hoje, em uma delegacia como a 14ª, em Felipe Camarão, são apenas três agentes para uma população aproximada de 80 mil pessoas. Isso está certo?”, questionou Erivan Fernandes, lembrando ainda que muitas delegacias estão sucateadas e não oferecem nenhuma segurança para os policiais.
“Esses são só alguns dos problemas da Polícia Civil. Então, se a categoria promove paralisações é porque está lutando por seus direitos e por melhorias para a sociedade. Atualmente, não há investigação de crimes no Rio Grande do Norte, gerando efeito da impunidade e, consequentemente, aumento da violência”, disse o secretário geral do SINPOL-RN.
Erivan Fernandes ainda lembrou aos presentes que o direito à greve, apesar de contrariar os governantes, é instituído por lei. “Muitos morreram no passado para que hoje possamos lutar por nossos direitos em uma democracia”, completou. A audiência pública debateu vários temas relativos à segurança do Rio Grande do Norte, reunindo representantes de associações, sindicatos, Ministério Público, representantes comunitários e de classes.
O presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil do RN, Roberto Moura, também fez uso da palavra e lembrou que o efetivo de escrivães em nosso estado é um dos mais baixos do Brasil e cada vez mais diminui pela insatisfação da categoria e estresse do dia a dia. “Tivemos o caso emblemático de um escrivão que trabalhava com dois outros escrivães e ao saber que os colegas iriam deixar a delegacia e toda demanda iria recair sobre ele, entrou em crise e deu um golpe com uma barra de ferro na própria mão, quebrando três dedos. Isso mostra o grau de desespero de uma pessoa em seu ambiente de trabalho”, afirmou.
Sinpol-RN
Blá, blá, blá inútil. De um lado um Secretário que não conhece a realidade estadual na Segurança Pública. De outro, sindicalistas que jogam para a platéia, fingindo defender interesses da sociedade. No meio a população, mas quem liga para a população?
Ele falou na sociedade e na categoria. Sofrem ambas pela falta de estrutura, de pessoal, tecnologia, etc. Policial é população tb, Sérgio Nogueira.