Política

Mourão alerta para ‘pilares básicos da economia no vermelho’, e diz que ‘se nada for feito, como a reforma do Estado, em dois anos não haverá condições de sustentar o governo’

Mourão afirmou que déficit nas contas públicas começou a ser sanado com a reforma previdenciária (Adriano Machado/Reuters)

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse na manhã desta segunda-feira, 7, em palestra comemorativa aos 126 anos da Associação Comercial de São Paulo, que o País tem enfrentado ao longo dos últimos anos crises nos sistemas político, econômico e da sociedade. A crise econômica, destacou, veio sendo gestada ao longo dos últimos 30 anos.

No seu entender, se nada for feito, como a reforma do Estado, em dois anos não haverá condições de sustentar o governo. “Temos dois pilares básicos da economia no vermelho, abalados: o déficit nas contas públicas e a produtividade.”

Segundo ele, o déficit nas contas públicas começou a ser sanado com a reforma previdenciária. Mas isso foi gasto com os recursos destinados à pandemia do novo coronavírus. E alertou que, se não houver reforma do Estado brasileiro, “que é grande e gasta mal”, em dois anos não haverá condições de sustentar o governo. “É responsabilidade do nosso governo nesses dois anos trabalhar para superar os obstáculos, fazer as privatizações e equilibrar as contas púbicas, a fim de transmitir confiança para os investidores que desejam trazer seus recursos para o Brasil.”

Na palestra, ele criticou que os recursos de impostos e da dívida se perderam em gestões incompetentes e na corrupção, ao longo da crise gestada nos últimos 30 anos. Sobre as projeções para o PIB, ele destacou: “Tenho firme crença que a queda do PIB será de 4,5%; menos da metade dos prognósticos.”

Depois de lamentar que nesses dois anos de governo não foi possível avançar nas privatizações, ele falou que a nossa produtividade é baixíssima por conta dos problemas de infraestrutura. “O governo não tem dinheiro para infraestrutura e precisa atrair parceiro privado e, para atrair parceiro privado, precisamos ter ambiente amigável e com segurança jurídica”, frisou. E criticou também a Constituição brasileira, que no seu entender, não olhou futuro e colocou muitos deveres ao governo.

Para Mourão, é preciso investir na reforma tributária, que está madura. “Precisamos organizar e simplificar os impostos”, defendeu, destacando que isso é consenso. “Nosso sistema tributário custa R$ 70 bilhões ao ano (para governo e sistema produtivo), o que é muito”, avaliou.

Sobre o novo coronavírus, ele disse que o País não saiu da primeira onda. “Na minha visão a pandemia nunca saiu da primeira onda; agora é repique”, disse, elogiando o sistema público de saúde brasileiro, que foi capaz – junto com o governo brasileiro – de trabalhar de forma eficiente na pandemia.

E destacou: “Lamentamos as 176 mil vítimas, mas o trabalho da nossa medicina e dos gestores foi fantástico.”

Mourão disse também achar complicado a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial pago pelo governo nessa pandemia, que termina neste mês.

Exame

Opinião dos leitores

  1. Everton veve, posso descrever para vc, alguns realmente distribuídos pelo MS, putos não, isso podemos resolver, e se vc teceu pelo meu comentário, a pergunta foi fácil e óbvia, só responder, só sou fixado em mulher bonita e inteligente, trabalhar com dignidade, ser cordial, educado, honesto e amigo. Fui eleitor do PT, mais de forma inteligente não sou mais, acho ruim pessoas Castries e desonestas.

  2. É claro!!! O governo tem que sustentar aposentadoria integral de militar que se aposenta com 50 anos e recebe aposentadoria por mais uns 30. Qual o orçamento que aguenta uma trolha dessa?

  3. Pra aprovar as
    merdas de reforma deles sempre vem com esse terrorismo que o Brasil vai se acabar se.não aprovar as bostas.

  4. O VP faz um comentário 100% alinhado com a agenda do Presidente e os abutres, esses seres trevosos, esses chavistas imundos, alardeiam um antagonismo.

  5. O Vice tem razão. Apenas fez um relato nu e cru da realidade. Não vejo essa necessidade do presidente mandar ele "calar a boca".

  6. Alguém sabe mesmo o que nove dedos era? Pior ainda era a Anta, que mesmo formada, secretaria de governo o escambal, que não sabia somar e falar, uma completa vergonha, fazia o mundo sorrir, se tivesse o título de palhaça, iria desmerecer os comediantes ou palhaços. Aí vcs jericos estariam contentes…..

    1. Vira o disco, sua fixação pelo PT está demais. Vá logo a um psiquiatra, porque o MS vai começar a parar de ofertas certos serviços gratuitos…

    1. Não precisa ser phd pra falar e saber sobre o óbvio. Ele tá certíssimo.

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