Se há quem reclame da má atuação de Micarla de Sousa (PV) como gestora, é porque ainda não se atentou para sua atuação como articuladora política. A atual prefeita anunciou aos 45 minutos do segundo tempo que não será candidata ao pleito e deixou todo o partido em péssimos lençóis.
E oportunidades não faltaram para que ela garantisse, ao menos, a possibilidade de ser sucedida por alguém do Partido ou da sua base. Há cerca de 90 dias, Micarla conversou com o vice-prefeito Paulinho Freire se ele toparia ser candidato, Paulinho afirmou que toparia se candidatar, desde que Micarla renunciasse. Ela cozinhou, ajeitou para lá, para cá e no final disse que renunciar jamais, tem personalidade e iria acabar sua exemplar gestão no trono. Perdeu um grande oportunidade de ter um grande candidato.
Micarla não levou em consideração o quanto Paulinho é bem quisto na classe média e o quanto a imagem dele estava limpa junto à população (ao contrário da dela que está com uma rejeição superior a 90% do eleitorado).
A esperança de uma sucessão do partido foi depositadaem Luiz Almir, ex-deputado, muito querido pela população mais carente de Natal, sobretudo na Zona Norte da cidade. Mas ele não topou. Preferiu seguir em seu projeto de se candidatar a uma das vagas da Câmara Municipal.
E agora, quem aceitará se candidatar pelo Partido Verde? O vereador presidente do legislativo municipal, Edivan Martins, corre léguas só de pensar na possibilidade. O Senador Paulo Davin, por sua vez, não deixará o conforto de seu mandato para encabeçar uma disputa, cujo resultado não é difícil de prever.
Observe, então, a situação em que se encontram os vereadores do PV. Qual outro partido aceitará se coligar aos verdes? Nem Hermano Moraes (PMDB), nem Rogério Marinho (PSDB) aceitarão os candidatos do partido na proprocional para verem seus candidatos saírem em desvantagem. CarlosEduardo(PDT) e Mineiro(PT), muito menos.
Vejam a situação que Micarla colocou seu grupo político. Só Micarla mesmo…
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