Saúde

Vacina da Pfizer/BioNTech é segura e eficaz para crianças de 5 a 11 anos, dizem fabricantes

Foto: Patrick T. Fallon / AFP

A Pfizer e a BioNTech disseram que sua vacina contra a Covid-19 induziu uma resposta imune robusta em crianças de 5 a 11 anos, e planejam pedir autorização para usar o imunizante em crianças nessa faixa etária no Estados Unidos, Europa e outros lugares o mais rápido possível.

As empresas disseram que a vacina gerou uma resposta imune em crianças de 5 a 11 anos em seu ensaio clínico de Fase II / III que correspondeu ao que eles haviam observado anteriormente em adolescentes e jovens adultos de 16 a 25 anos. O perfil de segurança também foi geralmente comparável ao da faixa etária mais velha, eles disseram.

“Desde julho, os casos pediátricos de Covid-19 aumentaram cerca de 240% por cento nos EUA, enfatizando a necessidade de vacinação”, disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, em um comunicado à imprensa.

“Os resultados desses testes fornecem uma base sólida para buscar a autorização de nossa vacina para crianças de 5 a 11 anos de idade, e planejamos submetê-los ao FDA e outros reguladores com urgência.”

As principais autoridades de saúde dos EUA acreditam que os reguladores podem tomar uma decisão sobre se a injeção é segura e eficaz em crianças menores três semanas após as empresas enviarem um pedido de autorização, segundo o que duas fontes disseram à Reuters no início deste mês.

As hospitalizações e mortes por Covid-19 aumentaram nos Estados Unidos nos últimos meses devido à variante Delta, que é altamente contagiosa. Os casos pediátricos também aumentaram, principalmente porque as crianças menores de 12 anos não foram vacinadas, mas não há indícios de que, além de ser mais transmissivo, a cepa Delta seja mais perigosa em crianças.

Uma autorização rápida poderia ajudar a mitigar um aumento potencial de casos no outono no hemisfério norte, especialmente com escolas já abertas em todo o país.

A vacina das empresas, chamada Comirnaty, já está autorizada para uso em crianças de até 12 anos em muitos países, incluindo o Brasil. Na semana passada, o Ministério da Saúde recomendou que o imunizante fosse aplicado apenas em adolescentes com deficiência ou comorbidades, excluindo adolescentes sem problemas de saúde. A decisão foi tomada após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, conversar com o presidente Jair Bolsonaro. No entanto, vários estados decidiram que vão seguir aplicando a vacina em maiores de 12 anos após a Anvisa afirmar que o imununobiológico é seguro para este grupo.

A vacina foi originalmente autorizada para uso emergencial em pessoas com 16 anos ou mais nos Estados Unidos em dezembro de 2020 e recebeu total aprovação dos EUA nessa faixa etária no mês passado.

Estudo de fase II e III

As crianças de 5 a 11 anos receberam duas injeções de uma dose de 10 microgramas da vacina, um terço do tamanho da dose que foi administrada a pessoas com 12 anos ou mais. As empresas esperam dados sobre como a vacina funciona em crianças de 2 a 5 anos de idade e crianças de 6 meses a 2 anos de idade, já no quarto trimestre deste ano.

Ao contrário do ensaio clínico maior que os fabricantes de medicamentos realizaram anteriormente em adultos, o ensaio pediátrico de 2.268 participantes não foi projetado principalmente para medir a eficácia da vacina, comparando o número de casos Covid-19 em recipientes da vacina com aqueles que receberam um placebo.

Em vez disso, o estudo compara a quantidade de anticorpos neutralizantes induzidos pela vacina em crianças com a resposta de receptores mais velhos no estudo adulto.

Um porta-voz da Pfizer disse que as empresas podem mais tarde divulgar a eficácia da vacina do ensaio, mas ainda não houve casos suficientes de Covid-19 entre os participantes para fazer essa determinação.

A vacina foi cerca de 95% eficaz no ensaio clínico em adultos, mas a Pfizer disse que a imunidade diminui alguns meses após a segunda dose. Os reguladores dos EUA devem autorizar uma terceira dose de reforço da vacina para americanos mais velhos e de alto risco no início desta semana.

As empresas disseram que a vacina foi bem tolerada, com efeitos colaterais geralmente comparáveis aos observados em participantes de 16 a 25 anos de idade.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Os fabricantes/vendedores dizem que é segura? Não diga! E por que exigiram que os compradores se responsabilizassem por quaisquer problemas que viessem a ocorrer? É cada uma!

  2. O fabricante afirmou isso !? Mas é claro !!! Ela vai dizer que é boa até p recém nascidos !! Ora bolas ! Eles querem é venderrrrrrr !!!!

  3. Sério?! E onde está aquele cara que se dizia médico que veio postar aqui contra vacinas alegando que se usava tecnologia nova nas vacinas? Mentindo afinal o uso de rna mensageiro já era usado em vacinas tríplice virais! Mas basta aquela ex jogadora de Vôlei que deve ter feito um curso instantâneo de infectologia e imunologia criticar o uso de vacinas que toda a ciência eh contestada pelo MINTOmaníaco das rachadinhas, o presidente inepto e bandido! Só sendo muito gado adestrado pra ainda acreditar nesse governo…

    1. Esse Manuel é zumbi de Lula e Maduro
      Não entende nada de medicina, passa o fim de semana em barzinhos sem mascaras e vem posar de sabidao.
      Lula pegou covid em Cuba…

    2. Ainda bem que Cuba, Venezuela e Argentina são governados pela turma de Lula…
      O comunismo é uma seita.
      Fazem de tudo para iludir a população
      Esse Zé mane queria que Cipriano fosse ministro da saúde.
      É uma comédia…
      Zumbi da esquerda esse Zé mane…

    3. Paulo gado véi adestrado, no ritmo que vai o governo do MINTOmaníaco das rachadinhas, já já viraremos uma Cuba e uma Venezuela abestado! Não tenho político bandido de estimação e vc? Pode dizer o mesmo ? Ou daqueles que só eh bandido quando o político que rouba eh da esquerda? Pq o presidente bandido das rachadinhas nem de direita eh, ele eh do centrão corrupto de sempre!

    4. Sua opinião nem para burro serve, é o nada com coisa nenhuma, baseada em mentiras que querem inverter a realidade. De resto, são seus devaneios que mais parece boca de esgoto.

    5. O médico que tá questionando a aplcação em menino é só o criador da tecnologia do RNA mesageiro.

    6. Que médico vc menciona? Qual o nome dele? Não deve ser o médico texano que espalha fake news contra as vacinas não né?!

    7. Qualficação eu sei que vc não tem nenhuma pra discutir. Mas queria que vc expusesse a refutação técnica dos argumentos dele, sem fazer apelo à autoridade, nem para lacradozinho serviçal de aspirante a ditador.

    8. Neco, minha qualificação me permite pensar e pesquisar a respeito de tudo que quero saber e não seguir cegamente notícias ou ideologias que cegam os idólatras entende? Mas se vc não diz nem o nome do médico que é contra a vacinação contra covid de crianças que vc alega que “é só o criador da tecnologia do RNA mensageiro” então só me resta mesmo pensar que deve ser outra fake news de outro médico que não tem qualificação para afirmar o que está dizendo! Estou esperando o nome do médico tá?!

    9. Putz grilo, temos duas pessoas que se intitulam Manoel F, o real, é bem orientado, escreve pouco e diz o correto, agora esse cientista do sabe tudo, tendo como orientador o tempo vago e o GOOGLE é de arrepiar careca. Meus Deus, como um sujeito desses só pela vontade própria, se diz sábio, inteligente, conhecedor, escolados e estudioso, consegue escrever tanta asneira? Só pode ter algum distúrbio, que sabe aquele que alterna momentos de euforia e alegria, momentos de amor e ódio, inteligência e o inverso, com dupla personalidade, difícil. Disse a rainha da Inglaterra ” No dia em que eu tiver de dizer que sou RAINHA, jamais a teria sido” a lição deveria ficar.

    10. Romeika (nome novo da milícia digital do MINTO das rachadinhas?!): é engraçado a criatividade desse povo que recebe dinheiro para passar o dia escrevendo fake news aqui e achando que tem que ser um gênio para desmascarar tanta MENTIRA a favor do bandido das rachadinhas e de toda conspiração terraplanista que vcs querem acreditar de um médico que nem existe já que nem nome tem ne?! Bando de gado idólatra de BANDIDO das rachadinhas , eu vou continuar postando o que eu quiser e vcs como não tem como rebater mais a VERDADE, ficam tentando desqualificar os FATOS e REALIDADE para continuar fazendo a gadolândia de besta!

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Saúde

Covid-19: Coronavac é eficaz contra casos graves da variante delta, diz estudo

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo (2.mar.2021)

Um estudo preliminar publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China revelou que a Coronavac apresenta eficácia contra casos graves de Covid-19 causados pela variante Delta.

O artigo – publicado na forma de pré-print – ainda necessita de revisão de pares e usou como base um surto da variante Delta na região de Guangdong, no Sudeste da China, entre maio e junho.

Segundo os dados, todos os imunizantes foram capazes de criar proteção de até 77,7% para os casos de pneunomia e a vacinação completa foi 100% eficaz contra casos graves.

O surto acometeu mais de 10 mil pessoas e, entre os avaliados, 1,7 mil receberam as duas doses da vacina – que poderia ser a Coronavac ou outras três em uso no país.

Entre os mais de 10 mil infectados, apenas 102 contraíram pneunomia – 85 casos foram em pessoas não vacinadas. Entre os demais, 12 pessoas haviam recebido a primeira dose da vacina e outras cinco estavam completamente vacinadas.

Já entre os 19 pacientes que desenvolveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nenhum havia sido imunizado.

No estudo, os pesquisadores afirmam que a “vacinação completa com vacinas inativadas é eficaz contra pneumonia, doenças graves e críticas causadas pela variante B.1.617.2”. E ressaltam que, mesmo diante dos resultados positivos, todos os esforços devem ser feitos para garantir a vacinação completa das populações-alvo.

Os pesquisadores apontam, no entanto, que as amostram colhidas para este artigo ainda são pequenas e que estudos adicionais precisam ser feitos para concluir a real efetividade das vacinas em uso no país.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Não crédito, principalmente por esse estudo preliminar publicado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, não é confiável nada que venha da desse país.

  2. Esta notícia é fake news, quem tomou coronaágua tem que rezar muito. Estão escondendo as mortes resultantes desta pseudovacina.

  3. Coronavac também era 100% eficaz contra mortes e o que se ver hoje é que 23% das pessoas que tomaram coronavac e pegaram covid, morreram.

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Saúde

O que é o tratamento validado pela OMS como eficaz contra Covid-19

Foto: Pedro Guerreiro/Ag. Pará

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a eficácia de mais um tratamento para pacientes com quadros graves e críticos de Covid-19. A terapia é baseada no uso combinado de medicamentos que bloqueiam a proteína interleucina-6 (IL-6) e corticoides, e trouxe bons resultados em revisão publicada nesta terça-feira (6) no periódico Journal of the American Medical Association (JAMA).

Coordenado pela OMS em parceria com universidades do Reino Unido, o estudo analisou 27 ensaios randomizados em 28 países. Dos 10.930 participantes, 6.449 receberam aleatoriamente antagonistas do receptor da interleucina-6 e os outros 4.481 foram submetidos a cuidados padrões ou placebo.

Os pesquisadores observaram que as drogas tocilizumab e sarilumab diminuíram o risco de morte e a necessidade de ventilação mecânica. Ambos os medicamentos agem para bloquear a proteína IL-6 — uma das citocinas que pacientes com Covid-19 severa produzem em excesso como resposta inflamatória do organismo — e ajudam o sistema imunológico a combater o vírus.

De acordo com os resultados, o risco de morte dentro de 28 dias para pessoas tratadas com um dos dois antagonistas de IL-6 foi de 22%. No caso da abordagem tradicional, essa taxa subiu para 25%. Além disso, indivíduos que receberam as drogas e também os corticoides apresentaram um risco ainda menor de falecer: 21%.

Em pacientes hospitalizados, administrar tocilizumab ou sarilumab com corticoides reduziu o risco de óbito em 17% na comparação com o uso isolado de corticoides. Em pacientes que não precisavam de respiradores, o risco de morte ou uso ventilação mecânica caiu em 21%.

Os ensaios randomizados mostraram ainda que o risco da doença progredir para óbito ou necessidade de ventilação mecânica em pacientes sob cuidados comuns foi de 33%. Para aqueles tratados com os antagonistas e corticoides, essa probabilidade foi de 26%.

“Dada a extensão global da inequidade de vacinas, pessoas nos países de renda mais baixa são as que mais correm risco de desenvolver Covid-19 grave”, afirma Janet Diaz, do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, em nota. “Esses são os indivíduos que as drogas precisam atingir.”

Como o uso de antagonistas de IL-6 apresentou benefícios aos pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 sem oferecer riscos à saúde, uma nova diretriz recomendando essa forma de tratamento para casos graves foi incorporada à quinta edição do documento da OMS Therapeutics and COVID-19: living guideline.

Galileu

Opinião dos leitores

  1. Enquanto isso no Brasil, alguns continuam ignorando os seguintes estudos científicos:
    – University of Liverpool;
    – University Hospital of Wales;
    – University college London Hospital;
    – University of Oxford;
    – UniversImperial College;
    – Chelsea and Westminster Hospital.
    TODOS publicaram ESTUDOS CIENTÍFICOS atestando a eficácia da IVERMECTINA contra o COVID 19.
    Então quem são os GENOCIDAS?
    Lembrando que a OMS vem errando desde o primeiro minuto nessa pandemia e que seu maior representante, NÃO É MÉDICO!
    Como dizem, ficou desenhado?

    1. Kkkkk. Sai dessa narrativa! Não há comprovação que ivermectina funciona… Essas publicações não foram validadas ainda…

    2. Verdade, Roberval. Muitos médicos atestam, NA PRÁTICA, a ação benéfica da ivermectina, constatando que dificulta o agravamento da doença. Locais que fizeram uso em larga escala dessa droga sentiram seus efeitos positivos. Quanto a estudos conclusivos, as próprias vacinas aplicadas foram APROVADAS para uso emergencial e ainda apresentam muitas dúvidas quanto a seus efeitos.

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Saúde

Sputnik V é eficaz contra variante de Manaus, dizem pesquisadores argentinos; Fundo Russo fala em proteção já após a 1ª dose

FOTO: AKHATAR SOOMRO/REUTERS – 04.04.2021

Pesquisadores argentinos do Instituto de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba concluíram um estudo que mostra a eficácia da vacina Sputnik V contra a cepa P.1 do coronavírus causador da covid-19, que foi identificada inicialmente em Manaus (AM).

Segundo comunicado divulgado pelo RDIF (Fundo Russo de Investimento Direto), detentor dos direitos comerciais do produto, a vacina é capaz de proteger contra a doença provocada pela cepa P.1 inclusive após a primeira dose.

Os dados completos do trabalho, no entanto, não foram divulgados até o momento.

A Argentina começou a usar a Sputnik V no fim de dezembro. Em março, o país detectou a transmissão comunitária da cepa de Manaus.

“O estudo realizado na Argentina confirmou a alta eficácia da vacina “Sputnik V” contra novas cepas de coronavírus. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a usar a “Sputnik V” para vacinar a população. Agora vemos que o uso do medicamento ajuda a proteger a população não só contra as conhecidas, mas também contra novas variantes do vírus, inclusive a brasileira. Uma forte resposta imunológica se forma já após receber a primeira dose da vacina”, afirmou o diretor-executivo do RDIF, Kirill Dmitriev por meio de nota.

No Brasil, a Sputnik V teve um pedido de importação e uso negado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) após técnicos concluírem que os documentos apresentados pelo desenvolvedor eram insuficientes — ou apresentavam inconsistências — para garantir a segurança do imunizante.

Na última sexta-feira (21), a agência recebeu novos dados da vacina enviados pelos estados da Bahia e do Maranhão, que pretendem comprar a Sputnik V. Em nota, a agência informou que o documento será anexado ao pedido de importação do imunizante.

R7

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Saúde

Covid-19: Em teste, vacina da Pfizer se mostra segura e eficaz em adolescentes

Foto: Brendan McDermid – 23.fev.2021/Reuters

A Pfizer e a BioNTech disseram nesta quarta-feira (31) que sua vacina contra a Covid-19 é segura, eficaz e produziu respostas robustas de anticorpos em crianças de 12 a 15 anos, abrindo caminho para buscarem autorização de uso de emergência nos EUA nas próximas semanas.

A Pfizer espera que as vacinações desse grupo possam começar antes do próximo ano letivo, disse Albert Bourla, presidente e CEO da empresa, em um comunicado.

No Brasil, a vacina da Pfizer/BioNtech já recebeu autorização definitiva para uso em pessoas a partir dos 16 anos. Já nos EUA, o imunizante tem permissão para aplicação emergencial.

O novo estudo oferece a primeira evidência de como a vacina funcionará em adolescentes em idade escolar.

No ensaio clínico com 2.260 adolescentes de 12 a 15 anos, houve 18 casos de Covid-19 no grupo que recebeu a injeção de placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina, resultando em 100% de eficácia na prevenção da doença, informaram as empresas no comunicado.

A vacina foi bem tolerada, com efeitos colaterais semelhantes aos observados entre aqueles com idade entre 16 e 25 anos em testes clínicos anteriores.

Apesar desses efeitos para o grupo mais jovem não terem sido listados, os efeitos no ensaio em adultos geralmente foram leves a moderados e incluíram dor no local da injeção, dores de cabeça, febre e fadiga.

Estudos em outros grupos

As empresas também estudaram um subconjunto de adolescentes para medir o nível de anticorpos neutralizantes de vírus um mês após a segunda dose e descobriram que era comparável aos participantes do estudo com idades entre 16 e 25 anos no ensaio principal em adultos.

Bourla disse que a empresa planeja buscar autorização de uso emergencial para esse novo grupo na Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa) e de outros reguladores ao redor do mundo “nas próximas semanas (…), com a esperança de começar a vacinar essa faixa etária antes do início do próximo ano letivo”.

Na semana passada, as empresas aplicaram as primeiras doses de vacina em uma série de testes da vacina em crianças mais novas, com idades a partir de 6 meses. O imunizante também esta em testes em jovens com idades entre 5 e 11 anos.

CNN Brasil

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Saúde

Covid-19: estudo com anticorpo duplo mostra tratamento eficaz tanto na prevenção como no tratamento da doença

Foto: BING GUAN / Reuters

Um tratamento capaz de neutralizar o novo coronavírus e suas variantes, impedir novas mutações e ainda prevenir contra a Covid-19. A notícia, que parece mais um milagre, surgiu após um estudo ser publicado na revista científica Nature, abordando uma nova pesquisa que usou um anticorpo duplo. Segundo reportagem da revista Veja, o tratamento foi desenvolvido por um consórcio internacional.

O avanço da atual pesquisa se deu quando os cientistas juntaram dois anticorpos naturais em uma única molécula artificial, chamada de anticorpo biespecífico. Com isso, resolveram dois obstáculos à eficácia desse tipo de tratamento: a ação contra mutações do vírus já em circulação e a formação de novas cepas variantes.

Os ensaios pré-clínicos foram realizados em camundongos e neutralizaram potencialmente o Sars-Cov-2. Com apenas uma injeção já foi possível reduzir efetivamente a carga viral nos pulmões e debelar a inflamação causada pela Covid nas cobaias.

Para especialistas, esse tipo de tratamento representa a luz no fim do túnel, num momento em que a população mundial enfrenta a urgente necessidade de ter tanto um mecanismo de prevenção quanto de tratamento da doença.

O uso de anticorpos já vem sendo empregado no combate a alguns tipos de câncer, mas no caso da Covid-19 se popularizou, no ano passado, quando o então presidente dos EUA Donald Trump se submeteu a esse tipo de tratamento.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Ainda bem que Bolsonaro ainda não recomendou, senão surgiriam vários comentários toscos, apesar de ser apenas de um idiota tonto, inútil e adepto a ideologia criminosa corrupta

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Saúde

Pfizer/BioNTech e Moderna: Vacina de mRNA contra a Covid-19 é eficaz em gestantes e lactantes, diz estudo

Foto: Delmiro Júnior/Agência O Dia/Estadão Conteúdo (19.mar.2021)

As vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna Covid-19 são eficazes em mulheres grávidas e lactantes, que podem passar anticorpos protetores para recém-nascidos, de acordo com pesquisa publicada quinta-feira no American Journal of Obstetrics and Gynecology.

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, do Brigham and Women’s Hospital e do Ragon Institute of MGH, MIT e Harvard analisaram 131 mulheres que receberam a vacina Pfizer / BioNTech ou Moderna Covid-19. Entre as participantes, 84 estavam grávidas, 31 estavam amamentando e 16 não estavam grávidas ou amamentando. As amostras foram coletadas entre 17 de dezembro de 2020 e 2 de março de 2021.

Os níveis de anticorpos induzidos pela vacina foram equivalentes em mulheres grávidas e lactantes, em comparação com mulheres não grávidas. Os níveis de anticorpos foram “surpreendentemente mais altos” do que os resultantes da infecção por coronavírus durante a gravidez, observou a equipe.

“Essas vacinas parecem funcionar de forma incrivelmente eficaz nessas mulheres”, disse um dos pesquisadores, Galit Alter, professor de medicina do Instituto Ragon.
Além disso, a equipe descobriu que as mulheres passavam anticorpos protetores para seus recém-nascidos, medidos no leite materno e na placenta. Alter disse que pesquisas adicionais são necessárias para entender quanto tempo esses anticorpos protetores duram em recém-nascidos.

As descobertas estão de acordo com pesquisas recentes, embora este seja o maior estudo sobre vacinas em mulheres grávidas, até o momento. Mulheres grávidas e lactantes não foram incluídas nos ensaios clínicos iniciais das vacinas.

Os participantes usaram a ferramenta V-safe do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA, que permite que as pessoas que receberam a vacina Covid-19 rastreiem sua reação. Alter disse que não encontraram evidências de mais efeitos colaterais ou efeitos colaterais mais intensos em mulheres grávidas e lactantes do que na população em geral.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Isso é que é uma vacina e não a Ching ling, que a esquerda quer empurrar de guela abaixo Kkkķ
    Meu Presidente sempre teve e tem razão.
    Meu Presidente mata a cobra e mostra o pau e isso deixa a esquerda descontrolada.

    1. Titia, seu presidente deveria ter comprado essa merda 300 mil mortos atrás.

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Saúde

Análise com 44 estudos indica eficácia da ivermectina entre 80% e 90% para tratamento profilático e precoce contra covid-19

Foto: Reprodução

A ivermectina é eficaz para COVID-19. É o que mostra a metanálise em destaque, em tempo real, de 44 estudos. Conforme o levantamento, 100% dos 44 estudos até o momento relatam efeitos positivos. A meta-análise de efeitos aleatórios para tratamento precoce e efeitos combinados mostra uma redução de 82%, RR 0,18 [0,12-0,27], e o uso profilático mostra melhora de 89%, RR 0,11 [0,05-0,23]. Os resultados de mortalidade mostram mortalidade 75% menor, RR 0,25 [0,15-0,44] para todos os atrasos de tratamento e 84% menor, RR 0,16 [0,04-0,63] para tratamento precoce.

• 100% dos 23 Ensaios Controlados Randomizados (RCTs) relatam efeitos positivos, com uma melhora estimada de 70%, RR 0,30 [0,19-0,48].

• A probabilidade de que um tratamento ineficaz gere resultados tão positivos quanto os 44 estudos até o momento é estimada em 1 em 18 trilhões (p = 0,000000000000057).

• Todos os dados para reproduzir este artigo e as fontes estão no apêndice.

Leia a íntegra da Introdução:

“Analisamos todos os estudos significativos sobre o uso de ivermectina para COVID-19. Métodos de pesquisa, critérios de inclusão, critérios de extração de efeito (resultados mais sérios têm prioridade), todos os dados de estudos individuais, respostas PRISMA e métodos estatísticos são detalhados no Apêndice 1. Apresentamos resultados de metanálise de efeitos aleatórios para todos os estudos, para estudos dentro de cada estágio de tratamento, para resultados de mortalidade, para resultados de caso COVID-19, para resultados de depuração viral, para estudos revisados ​​por pares, para ensaios clínicos randomizados (RCTs) e após exclusões.

Também realizamos uma análise simples da distribuição dos efeitos do estudo. Se o tratamento não foi eficaz, os efeitos observados seriam distribuídos aleatoriamente (ou mais provavelmente negativos se o tratamento for prejudicial). Podemos calcular a probabilidade de que a porcentagem observada de resultados positivos (ou superior) possa ocorrer devido ao acaso com um tratamento ineficaz (a probabilidade de> = k caras em n lançamentos de moeda ou o teste de sinal unilateral / teste binomial). A análise do viés de publicação é importante e podem ser necessários ajustes se houver um viés para a publicação de resultados positivos.

A Figura 2 mostra os estágios de possível tratamento para COVID-19. A profilaxia refere-se a tomar medicamentos regularmente antes de ficar doente, a fim de prevenir ou minimizar a infecção. O Tratamento Precoce se refere ao tratamento imediatamente ou logo após o aparecimento dos sintomas, enquanto o Tratamento Tardio se refere ao tratamento mais tardio”.

Foto: Reprodução

Conclusão

A ivermectina é um tratamento eficaz para COVID-19. A probabilidade de um tratamento ineficaz gerar resultados tão positivos quanto os 44 estudos até o momento é estimada em 1 em 18 trilhões (p = 0,000000000000057). Como esperado para um tratamento eficaz, o tratamento precoce é mais bem-sucedido, com uma redução estimada de 82% no efeito medido usando uma meta-análise de efeitos aleatórios, RR 0,18 [0,12-0,27].

(Íntegra de análises, gráficos e documentos AQUI.)

Opinião dos leitores

  1. Cade o link pro estudo ??? Vcs sao uma piada, e o povo burro tudo acredita kkkkkk
    Pior que isso eh ver que foi feito 23 ensaios…… 23 ENSAIOS e ja trazem conclusao, so pode ter sido feito por terraplanistas kkkk nao faz sentido! kkkk

  2. Vocês deveriam ser cuidar mais com isolamento, se qualquer remédio estivesse fazendo efeito ou retardando a População já saberei o resto e tudo Mentira, só a VACINA ameniza os efeitos colaterais graves.

  3. Há um ano Dr Albert Dickson já falava que nos seus pacientes era muito bom o resultado. Imagine se ele tivesse esperando essa pesquisa . E imagine a quantidade de pessoas que tivera a dignidade de serem salvos. Parabéns dr . O senhor honra a medicina .

    1. Realmente. Admiro muito o dr. Dilson. Grande homem.

  4. Desde de março de 2020, quando surgiu a pandemia no Brasil, eu e minha família comemos feijão todo dia, e estamos vivinhos, não pegamos Covid. Santo remédio para a Covid, e não destrói o fígado, diferente da ivermectina tomada a cada 15 dias.

    1. Não existe nenhum caso registrado de "fígado destruído" pelo uso da Ivermectina, até porque o medicamento é metabolizado predominantemente no intestino. Sugiro que a senhora pesquise mais sobre o assunto.

    2. A senhora está mal informada. A ivermectina não destrói o fígado, e protege contra alguns tipos de câncer, fato comprovado por inúmeros artigos científicos. Se a senhora lê inglês, basta acessar http://www.pubmed.com e acessar inumeros artigos científicos a respeito.

  5. Mostra esse estudo para o governo do estado, para a TV cabugi e, em especial, para Emily Virgilio ( muito entendedora do assunto, de jornalista virou médica, só pode! )

  6. A Petezada? Comemorando a inocência do maior Ladrão dos 500 anos de história, e pegando restos de Togas rasgadas !!! Que vergonha, quanto terão recebido por isso? E será Lulinha quem vai pagar com um empregozinho de filho de ex presidente

    1. Tem que comemorar mesmo tudo forjado, manipulado por juízes e promotores e por Moro tudo corrompido a verdade sempre vem a tona.

  7. Em entrevista ao programa 12 em Ponto 98 desta terça-feira (2), o coordenador do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz em Brasília, Cláudio Maierovitch, afirmou que o “uso da ivermectina é uma bobagem” no combate à Covid-19.

    De acordo com o especialista da FioCruz, não existe nenhum medicamento capaz de prevenir a Covid-19, assim como também não existe nenhuma medicamento capaz de tratar precocemente, quando surgem os primeiros sintomas, apenas a vacina é capaz de prevenir o contágio pelo vírus. Para Claúdio, o uso da ivermectina “é um erro, uma bobagem do ponto de vista médico, do ponto de vista científico”, que pode trazer problemas com o uso de medicamento que não são indicados.

    1. Alguém tá lhe obrigando a tomar? Enquanto vc não for vacinada, toma dipirona então, caso se contamine! Simples.

    2. Isso é um argumento falacioso. Veja que aqueles que buscam evidência científica, quando se deparam com essa grande quantidade de evidências científicas, tais como esses artigos, tentam contrapor com uma fala de argumento de autoridade.
      Ora, mas quando algum médico fala que a ivermectina é útil falam que precisa de comprovação científica.

      SE DECIDAM! VOCÊS QUEREM COMPROVAÇÃO CIENTÍTIFICA, MAS QUANDO A COMPROVAÇÃO APARECE, AÍ SURGE ALGUÉM FALANDO CONTRÁRIO AO REMÉDIO. OU SEJA, NO FUNDO NÃO QUEREM ADMITIR QUE O REMÉDIO É FUNCIONAL. PORTANTO SÃO NEGACIONISTAS.
      ESSAS PESSOAS, NENHUMA EVIDÊNCIA CIENTÍFICA IRÁ CONVENCÊ-LAS.

    3. Ninguém falou em tratar ou prevenir. Os estudos demonstram que a ação inflamatória causada pelo vírus foi bem menor em mais de 15 mil pacientes que fizeram o uso da medicação. O estudo aponta uma sensível redução da gravidade dos pacientes em diversos estágios da doença. Todo o resto é clubismo idiota.

  8. A esquerda não é somente corrupta. São psicopatas capazes de colocar a ideologia acima das vidas. É assim com tudo: aborto, drogas e pandemia. Deus livre essas mentes infectadas por essa doença chamada "progressismo".

    1. Seu comentário é sensacional. Infelizmente a lavagem cerebral que esse povo recebeu é irreversível. Vão passar a vida lambendo fotos de Stálin, Mao, Pol Pot, Fidel Castro, Che Guevara e agora o verme genocida Xi Jinping.

  9. A esquerda inconformada são os verdadeiros GENOCÍDIAS, ainda tem quem acredita nessa raça, nunca prestaram, estão se lixando para o bem da nação, os livros de história vão minar sangue.

  10. Só quem não acredita é "prataforma digital", seus seguidores e a deputada bolivariana mestra em entrar com processos na justiça para pedir porra nenhuma Natalia Bonavides. Vamos tomar, mal não faz é um remédio de prevenção, quem não quiser tomar não tome, é um direito.

  11. Meu tio tomou ivermectina e morreu. Tenho amigos q não tomaram nada e estão vivos. Deixem de ser anti-ciência. A OMS e a Anvisa já disseram que a ivermectina só serve para matar piolho. Em Natal, onde a maior parte da população tomou ivermectina, a letalidade da Covid é a maior do RN.

    1. O estudo não afirma que quem tomar, não morrera. E sim que em vários casos os efeitos inflamatórios da doença tendem a ser menores. Sua conclusão é limitadíssima.

  12. Quantas pessoas poderiam ter sido salvas!!!! Eu estou me salvando….faz 1 ano fatique tomo Ivermectina de 15 em 15 dias….por orientação médica.

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Saúde

CoronaVac é eficaz contra variante de Manaus, diz estudo preliminar

FOTO: CARLA CARNIEL/REUTERS – 26.02.2021

A CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, mostrou ser eficaz contra a variante de Manaus do coronavírus, segundo dados preliminares de um estudo feito pelo Instituto Butantan, responsável pelo estudo clínico da vacina e que está envasando o imunizante no Brasil, disse uma fonte com conhecimento do estudo à Reuters nesta segunda-feira (8).

Segundo a fonte, o estudo foi feito por meio do exame de amostras de sangue retiradas de pessoas vacinadas com a CoronaVac e testadas contra a variante de Manaus, e os dados preliminares indicam que o imunizante foi eficaz contra a cepa. O estudo ainda será ampliado para a obtenção de dados definitivos.

A variante do coronavírus conhecida como P1 e originada em Manaus é apontada como mais transmissível do que cepas anteriores do coronavírus e, por isso, é vista como um dos fatores que levaram ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 no Brasil nas últimas semanas.

O Butantan já entregou 16,1 milhões de doses da CoronaVac, que é aplicada em duas doses, ao Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde. Além desse montante, o PNI conta atualmente com 4 milhões de doses importadas prontas da Índia da vacina desenvolvida em conjunto entre a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, disse anteriormente que a CoronaVac teve resultados “muito positivos” em teses feitos na China contra as variantes britânica e sul-africana da Covid-19, também apontadas como mais contagiosas que cepas anteriores.

R7

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Saúde

Vacina da AstraZeneca é eficaz contra cepa identificada em Manaus, dizem estudo preliminares

Em meio a semana de recordes de mortes, vacinas ganham importância renovada. Foto: Angelo Esslinger/Pixabay

De acordo com resultados preliminares de uma pesquisa conduzida pela Universidade de Oxford, a vacina desenvolvida pela AstraZeneca é eficaz contra a variante do coronavírus originada em Manaus. Por enquanto, a eficiência exata do imunizante contra a mutação brasileira não foi divulgada, mas espera-se que o estudo seja publicado na íntegra até março.

As notícias são excelentes, ainda mais quando se considera que o imunizante pode não ser útil contra todas as variantes do SARS-CoV-2 registradas pelo mundo. Levantamentos anteriores apontaram que a vacina da AstraZeneca não é muito eficaz contra a variante sul-africana, por exemplo, o que levou a uma suspensão do uso do imunizante no país.

Por enquanto, não se sabe se a CoronaVac é capaz de proteger contra a mutação de Manaus, o que torna a notícia ainda mais importante. Após a publicação do estudo completo, é preciso analisá-lo e refletir sobre quais vacinas funcionarão melhor no país — especialmente já que, nas últimas semanas, o Brasil bateu recorde de mortes em decorrência da Covid-19.

Veja

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Saúde

Dose única da vacina da Johnson é eficaz contra Covid-19 e contra variante sul-africana, aponta agência americana

Foto: Reprodução/TV Globo

A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos publicou um documento nesta quarta-feira (24) afirmando que a vacina produzida pela Johnson&Johnson, administrada em dose única, oferece alta proteção contra os casos graves e mortes por Covid-19, inclusive contra a variante sul-africana, além de reduzir a transmissão do vírus nos vacinados.

Segunda a FDA, a vacina teve taxa de eficácia geral nos Estados Unidos de 72% e de 64% contra a variante sul-africana. A eficácia na África do Sul foi sete pontos superior aos dados anteriores divulgados pela Johnson (veja abaixo).

Em relação às formas graves da doenças, a vacina mostrou 86% de eficácia nos Estados Unidos e 82% contra as formas severas da variante na África do Sul.

Apesar da vacina de Johnson ter uma taxa de eficácia mais baixa do que as da Moderna e Pfizer/BioNTech, administradas em duas doses e com eficácia em torno de 95%, na África do Sul a vacina é a que se apresentou mais eficaz.

A vacina da Johnson, que usa a tecnologia de vetor viral, é a única em etapa avançada de testes com apenas uma dose. Mais de 44 mil pessoas nos EUA, América Latina e África do Sul participaram dos seus testes.

Entre os latinos, além do Brasil, os testes foram realizados na Argentina, no Chile, na Colômbia, no México e no Peru. Segundo a Anvisa, 7.560 brasileiros são voluntários nos testes.

No Brasil, a Johnson ainda não entrou com o pedido de uso emergencial ou pedido de registro à Anvisa. Nos EUA, a empresa pediu o uso emergencial ao FDA no dia 4 e, de acordo com o jornal New York Times, a agência pode dar a autorização já no próximo sábado (27).

Eficácia apresentada pela Johnson

Na sexta-feira (29), a Johnson anunciou que a vacina teve 66% de eficácia em prevenir casos moderados e graves, informação confirmada nesta quarta pelo FDA. Considerados apenas os casos graves, o nível de proteção foi de 85%. Nenhuma pessoa vacinada morreu de Covid. A eficácia da vacina para pacientes com casos leves da doença não foi divulgada, e os resultados ainda não foram publicados em revista científica.

O que já sabemos sobre a vacina da Johnson contra a Covid-19

A vacina da Johnson é uma das que foram testadas no Brasil. Por isso, a empresa pode entrar com o pedido de uso emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que determinou que só pode haver liberação emergencial de vacinas testadas em voluntários brasileiros.

Ainda segundo a Johnson, o imunizante também funcionou contra a variante da África do Sul, mais contagiosa.

Veja os principais pontos do anúncio da Johnson:

Considerando todos os ensaios de fase 3 – em 8 países, incluindo Estados Unidos, Brasil e África do Sul – a vacina teve 66% de eficácia contra casos moderados e graves de Covid 28 dias após a vacinação. Isso significa uma redução de 66% nos casos moderados e graves de Covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado.

Nos ensaios dos EUA, a eficácia contra casos moderados e graves foi de 72%; na América Latina, de 66%; na África do Sul, onde uma variante mais contagiosa do coronavírus está circulando, a eficácia foi de 57%.

Considerados apenas os casos graves, em todas as regiões, a eficácia da vacina chegou a 85%. Isso significa uma redução de 85% nos casos graves de Covid no grupo vacinado em relação ao grupo não vacinado.

A proteção começou 14 dias após a vacinação.

A eficácia da vacina aumentou com o passar do tempo: não houve nenhum caso grave de Covid nos participantes vacinados 49 dias após a aplicação da vacina. A vacina garantiu 100% de proteção contra hospitalização e morte por Covid 28 dias depois da vacinação. Após essa data, ninguém foi hospitalizado ou morreu de Covid.

A proteção foi, de forma geral, “consistente” em todos os participantes, independentemente da raça ou idade – inclusive em adultos acima de 60 anos.

A vacina pode ser armazenada por pelo menos 3 meses em temperaturas de 2ºC a 8ºC – o que é compatível com a rede de frio de vacinação usada no Brasil hoje. Em temperaturas de -20ºC, ela fica estável por dois anos, estima a Johnson.

Perfil dos voluntários

34% dos participantes no mundo tinham mais de 60 anos (14.672, no total).

55% eram homens e 45%, mulheres.

59% eram brancos; 45% eram hispânicos e/ou latinos; 19% eram negros/afroamericanos; 9% americanos nativos (indígenas) e 3%, asiáticos.

41% dos voluntários tinham uma comorbidade associada a maior risco de Covid grave: 28,5% tinham obesidade, 7,3% tinham diabetes tipo 2, 10,3% tinham hipertensão e 2,8% tinham HIV. Outros participantes com doenças do sistema imune também participaram dos ensaios.

G1

 

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Saúde

Anti-inflamatório tocilizumabe é eficaz na redução de mortes entre pacientes internados com Covid grave, aponta estudo preliminar de Oxford

Foto: Jeff Pachoud/AFP

O medicamento anti-inflamatório tocilizumabe, usado para tratar artrite reumatoide, foi eficaz em reduzir mortes entre pacientes internados com Covid grave, apontaram resultados preliminares divulgados nesta quinta-feira (11) pela Universidade de Oxford.

Os cientistas também descobriram que o medicamento conseguiu diminuir o tempo de internação dos pacientes e reduzir a necessidade de ventilação mecânica (intubação).

O estudo faz parte dos ensaios “Recovery”, que envolve milhares de pacientes no Reino Unido e testa várias drogas que já existem para descobrir se fazem efeito contra a Covid. A pesquisa ainda está em fase de revisão por outros cientistas e não foi publicada em revista científica.

O médico Marcio Bittencourt, pesquisador do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), enfatiza que a indicação é apenas para casos graves de Covid. “Só para caso grave. Indicação restrita”, afirma.

Veja os principais pontos da pesquisa:

Os cientistas compararam 4.116 pacientes no ensaio, que foram divididos em dois grupos de forma aleatória. O primeiro grupo, de 2.022 pessoas, recebeu o tocilizumabe por infusão intravenosa. Os outros 2.094 não receberam.

82% dos pacientes estavam tomando um esteroide sistêmico, como a dexametasona. Até o momento da análise, estavam disponíveis os resultados de 92% dos pacientes envolvidos.

O tratamento com tocilizumabe reduziu significativamente as mortes: depois de 28 dias de estudo, 596 pacientes que estavam tomando o medicamento morreram, o equivalente a 29%. No grupo que não tomou, esse número foi de 694, o equivalente a 33%.

Isso significa que, para cada 25 pacientes tratados com tocilizumabe, uma vida a mais seria salva no grupo que recebeu o medicamento.

O medicamento também aumentou a probabilidade de alta dentro de 28 dias de 47% para 54% (a outra possibilidade considerada foi o paciente falecer).

Esses benefícios foram observados em todos os subgrupos de pacientes – desde os que receberam oxigênio por meio de uma máscara facial até os que foram intubados.

Entre os pacientes que não estavam intubados quando foram incluídos no estudo, o tocilizumabe reduziu a chance de morrer ou de precisar de intubação de 38% para 33%.

No entanto, não houve evidência de que, uma vez que o paciente já estivesse intubado, o medicamento ajudasse a parar a necessidade de ventilação mecânica.

No ano passado, o “Recovery” também constatou que a hidroxicloroquina não era eficaz contra a Covid e que podia agravar os casos da doença. O mesmo ensaio também viu benefícios no uso da dexametasona, um corticoide, em pacientes graves com o coronavírus.

Com os novos resultados, os pesquisadores concluíram que os benefícios do tocilizumabe se somam aos dos esteroides, como a dexametasona. Os dados, segundo eles, sugerem que em pacientes com Covid que precisam de suporte de oxigênio e têm inflamação significativa podem se beneficiar com a combinação dos dois medicamentos.

De acordo com os cientistas, pacientes que recebam ambos os tipos de remédio podem ter a mortalidade reduzida em um terço, se não precisarem de intubação, e em quase metade se estiverem intubados.

Para Peter Horby, professor de Doenças Infecciosas Emergentes da Universidade de Oxford e investigador-chefe adjunto do “Recovery”, os resultados são positivos.

“Agora sabemos que os benefícios do tocilizumabe se estendem a todos os pacientes com Covid com baixos níveis de oxigênio e inflamação significativa. O duplo impacto da dexametasona mais tocilizumabe é impressionante e muito bem-vindo”, afirmou.

Martin Landray, professor de Medicina e Epidemiologia de Oxford e investigador-chefe adjunto, afirmou que os resultados “mostram claramente os benefícios” de ambos os medicamentos.

“Os resultados do ensaio ‘Recovery’ mostram claramente os benefícios do tocilizumabe e da dexametasona no combate às piores consequências da Covid-19 – melhorando a sobrevida, encurtando a internação hospitalar e reduzindo a necessidade de ventiladores mecânicos. Usados em combinação, o impacto é substancial”, avaliou.

“Esta é uma boa notícia para os pacientes e para os serviços de saúde que cuidam deles no Reino Unido e em todo o mundo”, afirmou Landray.

“Nós simplesmente não saberíamos disso se não fosse pelo incrível apoio dos pacientes e funcionários do NHS [serviço de saúde público britânico que inspirou o SUS] nas mais desafiadoras das circunstâncias”, concluiu o pesquisador.

G1

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Diversos

Vacina da Pfizer é eficaz contra cepas do Reino Unido e da África do Sul, diz estudo

Foto: Dado Ruvic/Reuters

A vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech conserva praticamente toda sua eficácia contra as variantes britânica e sul-africana do vírus da covid-19, informaram as duas empresas em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, 28. Os testes in vitro realizados com o vírus original e as mutações registradas (E484K e N501Y) “não demonstraram a necessidade de uma nova vacina”, segundo os dois laboratórios, que afirmam continuar monitorando essas variantes e estar “prontos para reagir”, se alguma delas se tornar resistente à vacina. A variante brasileira ainda não foi testada pelo laboratório. Chamada de P.1, ela contém várias mutações, entre elas a E484K e N501Y.

O estudo divulgado nesta quinta-feira, 28, feito em parceria com a Universidade do Texas, foi publicado na plataforma bioRxiv, mas ainda não foi revisado por pares. Os pesquisadores analisaram os anticorpos gerados por 20 pessoas – vacinadas com as duas doses da Pfizer/BioNTech – para três mutações do coronavírus criadas em um laboratório, incluindo as principais mutações das variantes britânica e sul-africana.

Essas mutações são localizadas na proteína spike do vírus, as “pontas” características que estão na superfície e permitem que o coronavírus entre nas células humanas. “O plasma dos indivíduos que receberam a vacina neutralizou todas as variantes”, disseram as empresas, que reconheceram ainda que a neutralização foi “ligeiramente mais leve” nas três mutações da variante sul-africana em comparação com a britânica.

Outro estudo publicado na semana anterior, de pesquisadores da África do Sul, já havia sinalizado a maior resistência da variante sul-africana. Os laboratórios afirmaram que vão seguir adiante com os estudos sobre as mutações, principalmente a sul-africana, e que vão “vigiar a eficácia da vacina no mundo” diante do surgimento de novas variantes.

Mesmo assim, as empresas acreditam que a “flexibilidade da vacina, baseada na tecnologia de RNA mensageiro”, que injeta no corpo instruções genéticas que dizem às células o que fazer, é “apropriada para desenvolver novas versões da vacina, se necessário”./AFP

Estadão

Opinião dos leitores

  1. As cepas agora têm nacionalidade, mas o vírus CHINÊS não pode ser Chinês??? Duplo padrão. Já está mais que manjado!

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Saúde

Terapia com plasma convalescente da Covid-19 é eficaz nos dez primeiros dias de sintomas, indica estudo brasileiro

(Foto: Pixabay)

Dados de um estudo brasileiro feito com 104 portadores de Covid-19 indicam que a terapia com plasma sanguíneo de convalescentes da doença é uma alternativa segura e pode trazer benefícios principalmente se aplicada nos dez primeiros dias de sintomas.

A pesquisa contou com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e foi conduzida por pesquisadores dos hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio-Libanês, em colaboração com um grupo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Os resultados foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

“Do ponto de vista da segurança, mostramos se tratar de um procedimento de baixo risco, equivalente ao de qualquer transfusão sanguínea. No que diz respeito aos benefícios, observamos que evoluíram melhor os pacientes tratados mais precocemente. Mas, como foi um estudo de braço único [sem grupo controle tratado com placebo], nossa capacidade para avaliar a eficácia é limitada”, explica o hematologista José Mauro Kutner, docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein e um dos autores do artigo.

Segundo o pesquisador, o ensaio clínico foi desenhado em março de 2020, quando ainda se conhecia pouco sobre a Covid-19 e a segurança da terapia, desenvolvida em 1891 para o tratamento de difteria e usada experimentalmente em surtos de infecções respiratórias, como gripe H1N1 (2009-2010), síndrome respiratória aguda grave causada pelo Sars-CoV-1 (2003) e síndrome respiratória do Oriente Médio causada pelo Mers-CoV (2012).

O método consiste em transfundir nos doentes um componente do sangue rico em anticorpos contra o patógeno a ser combatido, obtido de doadores que já se recuperaram da infecção. A ideia é que os anticorpos doados ajudem a reduzir a carga viral no organismo, evitando que o quadro se agrave. No Brasil, foi autorizado apenas o uso compassivo ou no âmbito da pesquisa clínica.

Por se tratar de um estudo de braço único, todos os participantes receberam o tratamento, mas em diferentes quantidades e fases da doença. Ao final, os pesquisadores compararam a evolução do quadro nos subgrupos. Foram incluídos apenas voluntários com mais de 18 anos e que apresentavam comprometimento respiratório importante – parte já estava em unidade de terapia intensiva (UTI) e os demais em vias de serem internados.

“Como esperado, os pacientes com mais idade, os obesos e os portadores de comorbidades evoluíram pior, mas isso não tem relação com o tratamento. O que nos chamou a atenção foi que os voluntários que já apresentavam anticorpos próprios contra o Sars-CoV-2 antes de receberem a transfusão de plasma foram mais beneficiados pela terapia do que aqueles que não tinham anticorpos próprios. Esse achado parece ser inédito na literatura científica”, conta Kutner.

Contrariando as expectativas dos cientistas, os participantes que receberam plasma com concentrações mais altas de anticorpos neutralizantes – um tipo específico capaz de bloquear a infecção das células – não necessariamente evoluíram melhor que os demais. Na avaliação de Kutner, esse resultado provavelmente se deve ao fato de que todos os 104 pacientes receberam doses acima da quantidade mínima de anticorpos neutralizantes recomendada por estudos europeus e pela FDA [Food and Drug Administration, agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos], que é de um para 160 (1:160), ou seja, após diluir o plasma 160 vezes ainda deve ser possível encontrar ao menos um anticorpo neutralizante no soro.

“O principal achado é que os voluntários tratados precocemente, nos dez primeiros dias após o início dos sintomas, evoluíram melhor do que aqueles que receberam o plasma depois desse período”, comenta Kutner.

Os dados brasileiros vão ao encontro de estudos internacionais já divulgados. O mais recente foi publicado no New England Journal of Medicine por pesquisadores da Fundación Infant, na Argentina. Segundo o artigo, para ser eficaz, a terapia deve ser administrada dentro de 72 horas após o início dos sintomas e o plasma deve ter uma alta concentração de anticorpos neutralizantes. Se essas condições forem cumpridas, afirmam os autores, o tratamento pode diminuir a necessidade de oxigênio pela metade. A pesquisa argentina incluiu 160 pacientes com 65 anos ou mais, divididos aleatoriamente em dois grupos, sendo um deles o controle.

Vírus-neutralização

A análise prévia do plasma transfundido nos pacientes do Einstein e do Sírio-Libanês foi conduzida no ICB-USP, sob a coordenação do professor Edison Luiz Durigon. O grupo usou uma técnica conhecida como vírus-neutralização (VNT), que envolve o cultivo do Sars-CoV-2 in vitro e, por esse motivo, requer estrutura laboratorial com nível 3 de biossegurança (NB3) e equipe altamente treinada.

Como explica o pesquisador, o anticorpo neutralizante é aquele que se liga à parte mais superficial da proteína spike, usada pelo Sars-CoV-2 para se conectar com o receptor da célula humana e viabilizar a infecção. Essa região da proteína é conhecida como RBD (sigla em inglês para domínio de ligação ao receptor). “A VNT não é uma técnica trivial e ainda está restrita a grandes centros de pesquisa. Porém, têm surgido métodos mais simples para analisar o plasma, o que pode facilitar o uso da terapia”, comenta Durigon.

O pesquisador ressalta, contudo, que o tratamento envolve custos significativos. Além dos testes-padrão para qualquer doação de sangue, como os que visam detectar a presença de patógenos causadores de doenças transmissíveis, é preciso avaliar a quantidade de anticorpos neutralizantes e ter uma estrutura de banco de sangue para armazenar o material. “A administração da terapia é estritamente hospitalar e requer acompanhamento médico. Não é, portanto, uma panaceia, mas pode ajudar alguns pacientes de grupos de risco a combater a infecção ainda no início”, avalia Durigon.

Galileu

Opinião dos leitores

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Saúde

Coronavac é mais eficaz com intervalo maior entre doses, diz Sinovac

O laboratório chinês Sinovac Biotech disse, nesta segunda-feira (18), que o estudo clínico com a vacina contra Covid-19 Coronavac, realizado no Brasil, mostrou que o imunizante foi até 20 pontos percentuais mais eficaz em um pequeno sub-grupo de pacientes que receberam a segunda dose do fármaco com um intervalo maior.

A taxa de proteção para 1.394 voluntários que receberam doses da Coronavac ou um placebo com intervalo de três semanas entre elas foi de quase 70%, disse um porta-voz da Sinovac.

Pesquisadores do Instituto Butantan, que liderou os testes com a CoronaVac no Brasil, disseram na semana passada que a eficácia geral da vacina foi de 50,4% com base nos resultados dos testes em um grupo de 9 mil voluntários que receberam as doses com intervalo de 14 dias entre elas. O instituto também disse que a vacina foi 78% eficaz na prevenção de casos leves de Covid-19 e 100% em evitar quadros moderados e graves.

O porta-voz da Sinovac disse que um pequeno grupo de voluntários receberam a segunda dose após um intervalo maior em relação à primeira devido a uma série de razões, sem entrar em detalhes.

O intervalo entre as doses das vacinas contra Covid-19 se tornou um tema de debate entre cientistas, reguladores e governos.

Reguladores do Reino Unido disseram que a vacina da AstraZeneca com a Universidade de Oxford é mais eficaz quando aplicada com um intervalo maior entre as doses do que inicialmente planejado.

No domingo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial no Brasil da CoronaVac e da vacina Oxford-AstraZeneca, e o imunizante do laboratório chinês começou a ser aplicado no país.

O Reino Unido também decidiu permitir um intervalo maior entre as doses da vacina da Pfizer com a BioNTech, apesar de as empresas afirmarem que só têm dados de eficácia para um intervalo mais curto.

O porta-voz da Sinovac alertou que a robustez dos dados do sub-grupo é menor do que o dado da eficácia geral.

Embora os pesquisadores da Sinovac tenham dito que testes em estágio inicial mostraram que um intervalo de quatro semanas entre as doses induziu uma resposta imune mais forte do que com intervalos de duas semanas, é a primeira vez que a empresa divulga dados de eficácia do estudo em Fase 3 com padrões de doses diferentes do protocolo inicial.

A Sinovac ainda não divulgou o resultado global dos testes em Fase 3, mas sua vacina já foi aprovada para uso emergencial em países como Turquia e Indonésia, além do Brasil.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

    1. Calígula está todo dia aqui tentando lançar dúvidas sobre um produto criado por CIENTISTAS.
      Os comentários dessa pessoa são um desserviço ao Brasil e à humanidade.

      Tome vacina, sim, cidadão. Não se deixe influenciar por um qualquer que não sabe fazer um O com um quenga de côco.

    2. kkkkkk, ta desmoronando, bolso n tem nada a apresentar, p perder a eleição basta o pt não participar, kkkk

    3. A vista da VACHINA só tem 50% de eficácia. Eu não tomo. Vou esperar a ASTRAZENECA mínimo de 78%.

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Saúde

Vacina da Fiocruz é 70% eficaz já na primeira dose, diz pesquisadora de Oxford

Sob a coordenação de Sue Ann Costa Clemens, seis centros no Brasil recrutaram mais de 10 mil voluntários para os testes da vacina de Oxford Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford — e que deve começar a ser aplicada na população brasileira na semana que vem — demonstra eficácia de 70% já na primeira dose, afirma a coordenadora no Brasil dos ensaios clínicos do imunizante, Sue Ann Costa Clemens.

A carioca, professora e diretora do Grupo de Vacinas da Universidade de Oxford, explica que ainda não é possível dispensar a segunda dose da vacina, por falta de estudos que demonstrem a durabilidade dos anticorpos adquiridos na primeira aplicação. Mas, pelos ensaios clínicos, já ficou comprovado que a segunda dose pode ser dada três meses depois da primeira, elevando a eficácia para mais de 80%.

O intervalo de tempo maior permite proteger um número maior de pessoas mais rapidamente — enquanto as primeiras doses são usadas, a Fiocruz, parceira de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, se encarrega de fabricar mais vacinas, capazes de prevenir em 100% as formas graves da doença e a hospitalização. A previsão da fundação é produzir 210 milhões de doses neste ano.

Em entrevista ao GLOBO, Costa Clemens, também diretora do Instituto de Saúde Global da Universidade de Siena e consultora sênior da Fundação Bill e Melinda Gates, afirma que o próximo passo da pesquisa é o estudo da vacina em crianças, adolescentes e grávidas. Enquanto isso, o imunizante já foi aprovado para uso em sete países (Reino Unido, Índia, México, Marrocos, Argentina, Equador e El Salvador), onde mais de um milhão de doses já foram aplicadas.

Muitos países, por falta de doses suficientes para imunizar todos os grupos de risco, estão aumentando o intervalo entre as duas aplicações. A medida afetaria a eficácia do imunizante de Oxford ou seria uma solução possível?

A vacina demonstra uma eficácia de 70% com uma dose, e desde o início nós apostamos que essa era uma vacina de uma dose — para depois darmos apenas um reforço. Nos testes no Reino Unido, demos a segunda dose com um intervalo maior, vacinamos com intervalos de até 12 semanas. Lá, mais de 8 mil pessoas entraram no grupo que recebeu a segunda aplicação após mais de oito semanas. Não tínhamos essa análise totalmente detalhada em novembro, para a primeira publicação na (revista científica) Lancet. Mas o estudo continua e, com a análise desses dados, já submetemos esse intervalo para aprovação no Reino Unido, onde isso consta na bula.

Conseguimos demonstrar que um intervalo maior gera eficácia maior. Você dá uma dose, o seu sistema começa a desenvolver uma resposta imune, e a resposta cresce com a segunda, para mais de 80% de proteção.

Por que a mudança no regime de doses durante as pesquisas?

Isso é normal em qualquer pesquisa clínica: tenho diferentes esquemas em países diferentes, depende da necessidade de cada país. Isso tudo é normal, e nós fomos muito transparentes. A gente quebrou o cego (momento em que os pesquisadores veem os dados de quem tomou a vacina em estudo ou a do grupo de controle), mostrou que tinha eficácia e começou a analisar com calma. Primeiro, mostramos o diamante bruto, depois tivemos tempo de lapidar o diamante. Haverá outra publicação, estamos dando o tempo de coletar mais dados, de novembro até aqui. Quando fizemos o intervalo de 4 a 6 semanas para a segunda dose, a eficácia foi mais de 60%. Entre 8 e 12 semanas, sobe para 72,85%. No subgrupo que recebeu a segunda dose após três meses, a eficácia foi de 81,9%.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já afirmou que pretende espaçar o intervalo entre as doses no Brasil.

Sim, e é o certo a se fazer. Isso propicia uma estratégia de saúde pública muito mais ampla, dá mais tempo para a Fiocruz produzir as doses e atuar no país como um todo. Muita gente critica o nosso país por não ter começado a vacinação — mas muitos começaram para dizer que estão fazendo, sem estratégia. Vários países da Europa estão preocupadíssimos porque receberam doses de determinada marca, vacinaram uma parcela da população, e estão sem doses para continuar. E, com a vacina da Fiocruz, ficou demonstrado que com uma dose ela já faz a imunização primária, você está protegido em 70%. As outras vacinas só mostram eficácia depois das duas doses. A nossa começa a produzir imunidade celular em 15 dias, e em 28 dias, a imunidade humoral.

Quando a gente dá a segunda dose depois de 4 a 6 semanas, a eficácia cai, porque a segunda dose inibe a estimulação do sistema imune. Quando você espaça as doses, você aumenta a estimulação do sistema imune, ou seja, o sistema imune tem tempo para deslanchar, criar anticorpos e depois você dá o reforço e sobe a imunidade humoral. Acho que a estratégia do governo será essa. Dar o reforço com três meses.

O intervalo pode ser maior do que três meses?

Eu acho que pode, mas a gente não tem dados, e a gente é cientista. Eu não posso te dizer uma eficácia hoje e me desdizer amanhã. Só vou falar se tiver dados. De repente a gente nem precisa de reforço depois de três meses, pode até ser um espaço mais longo. Mas hoje eu tenho dados científicos e clínicos que mostram que com uma dose de reforço a partir de 11 semanas eu chego a 80% de eficácia.

O que dizer para quem duvida da vacina contra a Covid-19 justamente pela rapidez das pesquisas?

Primeiro, quero ressaltar que é impressionante em menos de um ano termos várias vacinas registradas, e dentre elas uma que veio de Oxford, uma universidade que não tem capacidade de produção nem esse objetivo, mas conseguiu desenvolver um imunizante de acesso global, com distribuição viável, para qualquer sistema de saúde. Ela tem estabilidade para o nosso tipo de desafio, o desafio que o Brasil tem pela frente, e está sendo vendida ao custo de produção, pouco mais de US$ 3 a dose, porque fizemos um acordo com a AstraZeneca de que não teremos lucro enquanto a pandemia estiver acontecendo. Já fizemos 13 acordos de transferência de tecnologia (inclusive com a Fiocruz), para alcançar todas as regiões do mundo. E a conquista dessa vacina se deve também ao Brasil, que contribuiu com mais de 10 mil voluntários para os testes, em seis diferentes cidades. A quem tem medo: o melhor é olhar os dados, os fatos. Essa vacina já foi registrada em sete países, e um milhão de doses foram aplicadas no mundo, sem eventos adversos inesperados ou sérios. É uma vacina segura, e que pode ajudar, junto a outras vacinas, a tirar o mundo desse caos. Foi desenvolvida rapidamente, mas com toda qualidade, porque o mundo parou por causa disso, tivemos mais espaço, investimento e oportunidade para trabalhar com mais celeridade do que em outras epidemias.

Quanto mais tempo a vacinação demora, mais o coronavírus pode se transformar e ficar mais perigoso. A vacina protege contra as novas linhagens?

Oxford está bem adiantada nessas pesquisas, no fim do mês deve sair o resultado sobre a variante do Reino Unido, e em breve também os dados de eficácia contra a variante da África do Sul.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A vachina só deu 50% depois de duas doses, isso pq ainda deram um jeitinho pra 49,6% virar 50,38%, se puder escolher todo mundo vai querer a vacina de oxford, inclusive eu, Bolsonaro mais uma vez tinha razão.

  2. O seboso do Lula vai tomar a Coronavac, junto com Dóriana, FHC e Sarney? Eu queria ver esses Tribufús se vacinado kkkk

    1. Se tomarem todos irão saber. Diferente do BOZO que vai tomar escondido e decretou sigilo da carteira de vacinação. Entra na fila, titia. Eu seu que você quer. kkkkkkkkkkkkkkkk

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