Saúde

Vacina contra o câncer criada em Harvard é eficaz em 100% dos testes

Esponja é inserida sob a pele em área onde paciente teve tumor removido. Foto: Divulgação/Wynn Institute

Cientistas do Wynn Institute, ligado à Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram resultados promissores em uma potencial vacina contra alguns tipos de câncer.

O estudo, publicado nesta semana na revista científica Nature Communications, mostra que o pequeno disco desenvolvido foi capaz de prevenir a recidiva de tumores em camundongos.

A vacina é um biomaterial do tamanho de um comprimido (8 mm x 2 mm) que foi idealizado para ser implantado na área onde o paciente já teve um tumor prévio, como de mama, por exemplo.

Essa esponja é implantada sob a pele e projetada para recrutar e reprogramar as células imunológicas do próprio paciente “no local”, instruindo-as a viajar pelo corpo, alojar-se nas células cancerosas e, em seguida, matá-las.

Segundo o Wynn Institute, a potencial vacina reúne o poder de dois dos tratamentos muito usados contra o câncer: a quimioterapia e a imunoterapia.

Ao mesmo tempo em que tem a capacidade de matar as células cancerígenas (quimioterapia), ela também tem o efeito de longo prazo da imunoterapia.

“Quando camundongos com câncer de mama triplo-negativo agressivo (TNBC) receberam a vacina, 100% deles sobreviveram a uma injeção subsequente de células cancerosas sem recidiva”, diz o estudo.

Um dos autores do estudo, Hua Wang, ressaltou a importância desse tipo de tecnologia para o tratamento de alguns tipos de tumores malignos cujos tratamentos disponíveis hoje não têm tanta eficácia.

“O câncer de mama triplo-negativo não estimula respostas fortes do sistema imunológico, e as imunoterapias existentes não conseguiram tratá-lo. Em nosso sistema, a imunoterapia atrai várias células imunológicas para o tumor, enquanto a quimioterapia produz um grande número de fragmentos de células cancerosas mortas que as células imunológicas podem pegar e usar para gerar uma resposta eficaz e específica contra o tumor.”

Embora otimistas, os estudos para esse tipo de antígeno ainda precisam de mais respostas e devem continuar pelos próximos anos. Os cientistas pretendem explorar combinações de quimioterapia com vacinas contra o câncer para melhorar a resposta antitumoral em casos de difícil tratamento.

O diretor-fundador do Wyss Institute, Don Ingber, comemorou o avanço da potencial vacina e disse que ela “oferece uma nova esperança para o tratamento de uma ampla gama de cânceres”.

“É uma forma inteiramente nova de quimioterapia combinada que pode ser administrada por meio de uma única injeção e potencialmente oferece maior eficácia com toxicidade muito menor do que os tratamentos convencionais usados ​​hoje.”

R7

Opinião dos leitores

  1. Pelo informado parece que é muito menos agressivo do que a quimioterapia e rádio terapia, podendo, talvez, ser implantada perto de algum órgão onde é perigoso aplicar estes tratamentos tipo uma artéria do coração, resta saber o valor, quando estará pronta e se os urubus que ganham dinheiro com os tratamentos atuais irão permitir.

  2. Vai ser obrigatória a quem tem a doença ou nesse caso não precisa? Tem que ser respeitado o direito humano sobre a vida?
    Nesse caso, a pessoa pode decidir se quer ou não tomar e como vai ficar sua vida?
    Em países democráticos como Venezuela, Cuba e Coréia do Norte quem vai de uso é o líder, ditador e democrata soberano, mandatário da nação. O ditador manda e criam a justificativa que "assim será melhor para todos, só assim, obrigando a tomar, o povo será salvo".

    1. Pela resposta do Edvaldo, já sabemos em quem votou..
      NÃO leu…nem sabe do que o texto fala, mas já tá dando sua "opinião".
      Muuuuuuuuuuuu

    2. Vamos com calma, se for comunista no poder é obrigação; caso seja messias, a gente toma por devoção.

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