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ALIMENTAÇÃO E SAÚDE PESAM: Prévia da inflação acelera em abril; em 12 meses, fica em 9,3%

19mai2015---carrinho-com-compras-e-empurrado-por-supermercado-de-londres-na-inglaterra-1432301161625_615x300Foto: Stefan Wermuth/Reuters

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), ficou em 0,51% abril.

O resultado mostra uma aceleração em relação a março, quando o indicador havia registrado alta de 0,43% nos preços, e uma desaceleração na comparação com abril de 2015, quando havia ficado em 1,07%.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (20).

Em 12 meses, o indicador acumula alta de 9,34%. No mês passado, o indicador ficou em 9,95%, abaixo de 10% pela primeira vez desde outubro (9,77%), em meio ao cenário de recessão econômica e forte turbulência política.

O indicador continua acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a inflação pode variar entre 2,5% e 6,5%.

A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, acima do limite máximo da meta. Foi a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).

Alimentação e saúde pesam

A alta nos preços do grupo alimentação e bebidas foi a principal influência sobre o IPCA-15, com avanço de 1,35% neste mês, responsável por 0,34 ponto percentual do indicador, segundo o IBGE.

Também tiveram alta expressiva os preços no grupo Saúde e Cuidados Pessoais no período, de 1,32%. Segundo o IBGE, reflexo dos remédios (2,64% no mês), como “parte do reajuste de 12,5% em vigor a partir de 1º de abril”.

Perspectivas

Ainda que a recessão econômica venha ajudando a abrandar a inflação, a alta do IPCA deve fechar este ano acima do teto da meta do governo pela segunda vez seguida, segundo a pesquisa Focus do BC, que aponta avanço de 7,08%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se na semana que vem para decidir sobre a taxa básica de juros Selic, atualmente em 14,25%.

Não há perspectiva de alteração nessa reunião e, embora o BC venha reiterando que não trabalha com a possibilidade de corte, economistas veem a redução da taxa.

Metodologia

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, considerada a inflação oficial; a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

UOL, com Reuters

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Inflação oficial acumula taxa de 9,53% em 12 meses; para famílias com renda mais baixa, situação é pior

notas_real_50_2_de_1A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulada em 12 meses, ficou em 9,53% em agosto deste ano. A taxa é superior ao teto da meta da inflação do governo federal para este ano, que é de 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em julho, a taxa acumulada em 12 meses, chegou a 9,56%.

O IPCA acumula taxa de 7,06% em um ano, a maior desde 2003 (7,22%). Considerando-se apenas o mês de agosto deste ano, a inflação ficou em 0,22%, a menor para o mês desde 2010. Em julho deste ano, a taxa alcançou 0,62%. Em agosto do ano passado, a taxa ficou 0,25%.

A queda da taxa de julho para agosto deste ano foi provocada por recuos em cinco dos nove grupos de despesas, entre eles, os transportes, que tiveram deflação (queda de preços) de 0,27% em agosto, depois de apresentar uma inflação de 0,15% em julho.

A deflação em transportes foi provocada por quedas de preços dos automóveis usados (-1,03%), pneus (-1%) e acessórios e peças (-0,96%).

Outro grupo com contribuição importante para o recuo do IPCA foram os alimentos, que passaram de uma inflação de 0,65% em julho para uma deflação de 0,01% em agosto. Entre os produtos que ajudaram a provocar uma queda de preços nos alimentos estão a batata-inglesa (-14,75%), o tomate (-12,88%) e a cebola (-8,28%).

Depesas com habitação tiveram impacto mais importante no recuo da taxa de julho para agosto, pois a inflação desse grupo caiu de 1,52% para 0,29%, resultante, principalmente, da queda de preços da energia elétrica (-0,42%).

Inflação para famílias com renda mais baixa supera inflação oficial em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,25% em agosto deste ano. A taxa é inferior à observada em julho deste ano (0,58%), mas superior à registrada pelo IPCA em agosto deste ano – índice que mede a inflação oficial para todas as faixas de renda e que ficou em 0,22%.

O INPC acumula taxas de 7,69% no ano e 9,88% em 12 meses. Em ambos os casos, o INPC está acima do IPCA, que acumula 7,06% no ano e 9,53% em 12 meses.

Segundo os dados do INPC, os produtos alimentícios tiveram queda de preços de 0,04% em agosto deste ano. Em julho, esses itens registraram inflação de 0,56%. Já os não alimentícios tiveram inflação de 0,38%, ou seja: um aumento de preços mais moderado do que em julho (0,59%).

A taxa do INPC mais alta foi registrado em Curitiba (0,56%). Já o Rio de Janeiro teve a menor taxa (0,06%).

Agência Brasil

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  1. Essa turma da esquerda deve ser infeliz ou vive de mal com a vida.
    Quando é oposição diz que está tudo errado.
    Quando é governo faz tudo completamente errado.

  2. É só o começo, infelizmente ainda vai piorar e muito.
    Estamos vivendo a triste realidade que o PT com Dilma negou na campanha e até poucos dias atrás.
    O preço a pagar é alto e quem vai sentir é o povão, desempregado e com inflação. O resto, assim como o Brasil para o PT, não passa de detalhe.
    Cadê os cortes na área pública?
    Na recente situação vemos que o PT tem se fundamentado na imoralidade, falta de credibilidade, incompetência, mesmice, distorção e na distorcida ilusão de culpar os outros.

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Economia

Inflação oficial continua a subir e acumula alta de 8,17% em 12 meses

InflaçãoA inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), voltou a subir em abril e acumulou alta de 8,17% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8).

No último levantamento, em março, o acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores havia sido de 8,13%.

Apenas no mês de abril, a inflação subiu 0,71% e ficou 0,61 ponto percentual abaixo da taxa de março (1,32%). A taxa do mês passado foi o menor índice mensal deste ano, que acumula 4,56% nos quatro primeiros meses, sendo a maior taxa para o primeiro quadrimestre desde 2003 (6,15%). Em abril de 2014, a taxa havia ficado em 0,67%.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o IPCA subisse em março 0,76% na mediana de 34 projeções, acumulando em 12 meses 8,22% segundo a mediana de 26 projeções.

O IPCA mostrou que os preços subiram, em média, menos do que em março, levando-se em conta, principalmente, a energia elétrica. Este item, de grande importância no orçamento das famílias, teve variação de 1,31% em abril, mais moderada em comparação ao expressivo aumento de 22,08% apropriado no mês anterior, quando refletiu a revisão das tarifas em todas as regiões pesquisadas, ocorrendo aumentos extras a partir do dia 02 de março, fora do reajuste anual, além da alta de 83,33% sobre o valor da bandeira tarifária vigente.

Com os aumentos ocorridos, o consumidor está pagando neste ano, em média, 38,12% a mais pelo uso da energia, enquanto nos últimos 12 meses as contas estão 59,93% mais caras. Dessa forma, o grupo habitação, onde se encontra o item energia, teve variação de 0,93%.

Nele, sobressaíram, ainda, os seguintes itens: gás de botijão (1,05%); condomínio (0,85%); mão de obra para pequenos reparos (0,73%); aluguel residencial (0,72%); artigos de limpeza (0,64%); taxa de água e esgoto (0,61%).

Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, foram os gastos com saúde e cuidados pessoais (1,32%) os que mais subiram em abril, enquanto a menor variação ficou registrada nos transportes (0,11%).

Em abril, foi com o item remédios, do grupo saúde e cuidados pessoais, que ficou a maior contribuição individual. Detendo 0,11 p.p., os preços dos remédios subiram 3,27%, resultado dos reajustes de 5,00%, 6,35% ou 7,70%, conforme o nível de concentração no mercado, em vigor a partir do dia 31 de março. Os aumentos registrados nos serviços médicos e dentários (0,93%), produtos óticos (0,91%) e plano de saúde (0,77%) também se destacaram no grupo.

Alimentação e Bebidas, com 0,97%, veio logo em seguida ao grupo Saúde. Liderados pelo tomate, cujos preços subiram 17,90%, vários alimentos tiveram aumentos significativos em abril.

No grupo Vestuário (0,91%), a alta foi pressionada pelas roupas masculinas, cujos preços aumentaram 1,39%, seguidas das femininas (0,93%) e dos calçados (0,89%). O item empregado doméstico, com 1,14%, foi destaque no grupo das Despesas Pessoais (0,51%), enquanto os eletrodomésticos (0,79%) sobressaíram nos Artigos de Residência (0,66%).

Transportes, com 0,11%, embora a alta de 10,21% nas passagens aéreas, ficou com o menor resultado de grupo em razão, principalmente, da queda de 0,91% registrada nos combustíveis, com os preços da gasolina mais baratos em 0,67% e os do etanol em 2,33%.

Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Curitiba (1,46%), onde os alimentos aumentaram 2,34%, bem acima da média nacional (0,97%), além dos remédios (7,87%) que também pressionaram o resultado. Salvador (0,50%) apresentou o menor índice.

Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de março a 29 de abril de 2015 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de fevereiro a 27 de março de 2015 (base). O IPCA, calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

Inflação dos mais pobres

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  1. Engraçado como é só ponto de vista, os demais veículos de comunicação (inclusive o globo.com) publicaram que a inflação está caindo e hoje é a menor taxa do ano (0,71%), ou seja, a situação está melhorando diante da crise. Já a sua reportagem mostra o acúmulo dos 12 últimos meses (claro que irá mostrar um número alto).

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