Diversos

Presidente da França quer reconstruir Notre-Dame ‘ainda mais bonita’ em cinco anos

Interior da Catedral de Notre-Dame após incêndio que derrubou duas de suas torres em Paris Foto: CHRISTOPHE PETIT TESSON / AFP

O presidente da França , Emmanuel Macron, prometeu nesta terça-feira que a Catedral de Notre-Dame será reconstruída em cinco anos, após o incêndio que levou abaixo parte da sua estrutura na segunda.

— Todos deram o que puderam, cada um no seu papel. E digo a vocês hoje com força: nós somos este povo de construtores. Temos muito a reconstruir. Vamos reconstruir a Notre-Dame ainda mais bonita, e quero que seja concluída em cinco anos — disse o chefe de Estado num discurso à nação televisionado.

O incêndio derrubou duas torres e parte do teto, além de ter deixado vulneráveis algumas partes da construção gótica, particularmente na abóbada. Mas, em geral, a estrutura da catedral e parte das obras de arte dentro dela resistiram às chamas que a tomaram, graças à ação dos serviços de emergência.

O porta-voz dos bombeiros celebrou especificamente a “preservação dos campanários, das duas torres e das obras”. O secretário de Estado francês do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que a questão agora é “saber como vai resistir a estrutura”. Bombeiros continuam mobilizados na igreja.

Autoridades e especialistas já se reúnem para elaborar um plano de reconstrução. Os esforços reúnem ministros franceses, liderados pelo primeiro-ministro Édouard Philippe.

O incêndio está “potencialmente ligado” às obras de restauração do teto, e o Ministério Público abriu uma investigação judicial por “destruição involuntária”. O procurador de Paris, Rémy Heitz, disse nesta terça-feira que o incêndio é tratado como acidente, e não como crime.

R$ 2 bilhões arrecadados

A catedral de Notre-Dame, cuja construção começou no século XI, é parte do Patrimônio Mundial da Unesco desde 1991. É o monumento histórico mais visitado da Europa, com entre 12 e 14 milhões de visitantes por ano.

Famílias ricas prometeram doar, até agora, um total de 600 milhões de euros , ou R$ 2,634 bilhões. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, disse que o município vai liberar 50 milhões de euros, e a região de Île-de-France, outros 10 milhões (mais R$ 262 milhões). O CEO da gigante de petróleo francesa, a Total, anunciou a doação de 100 milhões de euros (cerca de R$ 435 milhões).

A presidente da Liga de Futebol Profissional da França (LFP), Nathalie Boy de la Tour, prometeu nesta terça-feira que o esporte “se mobilizará para ajudar economicamente a reconstrução” de Notre-Dame. Na ocasião, ela apresentou um patrocínio com uma ONG e anunciou um esforço coordenado entre atores do futebol na ajuda.

Durante a noite de segunda-feira, centenas de pessoas se reuniram para rezar diante da catedral, algumas sem conseguir conter as lágrimas. Também aplaudiram a passagem dos bombeiros.

Notre-Dame acompanhou a história de Paris desde a Idade Média. Seus sinos anunciaram, em 24 de agosto de 1944, a libertação do jugo nazista. No templo aconteceram os funerais de vários chefes de Estado, como Charles de Gaulle e François Mitterrand.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. A Catedral é patrimônio da igreja católica. Quem vai reconstruir é a igreja católica. Essa reportagem não faz uma referência a igreja católica.

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Finanças

Em cinco anos, RN utilizou menos de 50% dos recursos orçados para o sistema prisional

A crise no sistema penitenciário no estado e no país não é de hoje, e é preciso analisar o que levou à atual situação caótica dos presídios. Falta de políticas públicas, a própria concepção de encarceramento, a estrutura precária das penitenciárias, a incapacidade do Estado em aplicar os recursos como deveria etc. Dados do Portal da Transparência do RN mostram a gravidade do problema: em cinco anos, menos da metade dos recursos previstos para o sistema penitenciário foram utilizados.

O Fundo Penitenciário do RN, criado em 2005, é destinado à construção, reforma, ampliação e aprimoramento de prisões. De 2012 a 2016, segundo os dados do Portal da Transparência levantados pelo mandato do deputado estadual Fernando Mineiro (PT), foram orçados cerca de R$ 351 milhões para o Fundo, mas somente foram gastos R$ 155 milhões. Em 2014, último ano da gestão Rosalba Ciarlini (DEM), observa-se o menor investimento, apenas cerca de 32% do total orçado.

No ano passado, foram gastos mais de 90% dos recursos previstos, mas a explicação é que houve queda drástica no valor orçado de 2015 para 2016 (R$ 106 milhões para 47 milhões). Os dados mostram claramente que o dinheiro que poderia resultar na abertura de novas vagas no sistema prisional e na melhoria de infraestrutura e de pessoal não está sendo utilizado a contento, por falha na gestão desses recursos.

Mineiro propôs, durante a sessão plenária desta terça-feira (24), convocada em caráter extraordinário para votar projetos da área da segurança, que a fiscalização da execução orçamentária seja, de fato, uma prioridade na Casa. “É preciso que estejamos atentos ao uso desses recursos. Trata-se de uma verba para minimizar os problemas na área penitenciária no nosso estado”, alertou.

Opinião dos leitores

  1. O problema é que todo mundo, inclusive os deputados, sabiam desses problemas em alcaçuz.
    Fugas o tempo todo.
    São necessários medidas e planos de curto, médio e longo prazo. E eficazes.
    Todas as esferas vêm falhando precisamos de presídios de verdade.
    Não deve haver segurança mínima ou máxima.
    Em todos não deveria haver fugas nem preso comandando.
    Não concordo com o fechamento de alcaçuz.
    Sugiro começar a fazer pavilhões novos dentro de novos padrões.
    O problema não são as dunas mas não haver piso com dois metros de espessura com camadas de concreto, paralelepípedo, chapas de aço, etc.
    Se já faltam presídios, vão fechar um?
    Não entendo o governador.
    O problema não é o presídio, mas a estrutura.
    Criar mil vagas em outro lugar não é fácil.
    Os presídios de Ceará mirim e Afonso Bezerra não vão resolver o problema.

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Diversos

Em cinco anos, Brasil perde 23,6 mil leitos de internação no SUS; RN perde 299 leitos pediátricos

Por interino

Quase 24 mil leitos de internação, aqueles destinados a pacientes que precisam permanecer num hospital por mais de 24h horas – foram desativados na rede pública de saúde desde dezembro de 2010. Naquele mês, o país dispunha de 335,5 mil deles para uso exclusivo do Sistema Único de Saúde (SUS). Em dezembro de 2015, o número baixou para 312 mil – uma queda de 13 leitos por dia. As informações foram apuradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde.

Para o presidente do CFM, Carlos Vital, o levantamento mostra, em números, a falta de leitos vivida diariamente por médicos e pacientes nos hospitais brasileiros, o que acaba provocando atrasos no diagnóstico e no início do tratamento, aumentando a taxa de mortalidade. “A insuficiência de leitos para internação ou realização de cirurgias é um dos fatores para o aumento do tempo de permanência nas emergências. São doentes que acabam ‘internados’ nas emergências à espera do devido encaminhamento para um leito adequado, correndo riscos de contrair infecções”, constata.

Dentre as especialidades mais afetadas no período, em nível nacional, constam psiquiatria, pediatria cirúrgica, obstetrícia e cirurgia geral. Já os leitos destinados à ortopedia e traumatologia foram os únicos que sofreram acréscimo superior a mil leitos.

“Na realidade atual, só resta ao usuário do SUS rezar para não adoecer e não precisar de internação hospitalar. Sufocados com o congelamento da tabela SUS, hospitais filantrópicos estão fechando leitos ou cerrando as portas. Governos e municípios também não estão conseguindo manter suas estruturas hospitalares, que estão cada dia mais sucateadas. Mas, como a doença não avisa, as filas de espera não param de crescer e o que vemos são doentes fragilizados, se acumulando em cadeiras e macas improvisadas nos corredores dos prontos-socorros”, lamenta o 1º secretário do CFM, Hermann Tiesenhausen.

leitossusEstados e capitais – Em números absolutos, os estados das regiões Sudeste e Nordeste foram os que mais sofreram redução no período. Só no Rio de Janeiro, por exemplo, pouco mais de sete mil leitos foram desativados desde 2010. Na sequência, aparece Minas Gerais (-3.241 leitos) e São Paulo (-2.908). No Nordeste, a Bahia sofreu o maior corte (-2.126). Entre as capitais, foram os fluminenses os que mais perderam leitos na rede pública (-2.503), seguidos pelos fortalezenses (-854) e brasilienses (-807). VEJA RIO GRANDE DO NORTE AQUI e PEDIÁTRICO AQUI

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