Economia

Em Davos, investidores estrangeiros estão “animados” com o novo governo do Brasil; ministro Paulo Guedes relata constante assédio positivo e critica cobertura negativa de alguns veículos de imprensa no país

PAULO GUEDES, MINISTRO DA ECONOMIA, AFIRMA QUE TEMA RELEVANTE PARA BRASIL ATUALMENTE É A PREVIDÊNCIA (FOTO: REUTERS/UESLEI MARCELINO)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, desabafou sobre como alguns veículos de imprensa têm relatado a participação da equipe econômica durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. “Quanta bobagem se fala para o Brasil”, criticou, mostrando algumas notícias no seu celular que o citavam.

Uma delas, segundo o ministro, trazia que ele havia “fugido” de uma sessão com o FMI (Fundo Monetário Internacional). “Eu não tenho um segundo de calma (em Davos). Hoje já fiz reuniões com BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e outra mediada por Tony Blair”, citou.

Nesta última, ele relatou que se tratou de um painel sobre infraestrutura, com ministros de Finanças de outros países e organismos multilaterais internacionais. “Discutirmos como esses organismos podem ajudar a trazer o setor privado por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP) para investirem em infraestrutura no mundo inteiro”, relatou, dizendo que porta-vozes de vários bancos de investimento multilaterais, como do BID e do Novo Banco de Desenvolvimento (mais conhecido como Banco dos Brics), também estavam no painel.

“Desde cedo estou em reuniões”, alegou e disse: “Você tem me acompanhado e tem visto isso, então tenho que escolher painéis. Tive que escolher”, argumentou. Ele explicou que realmente preteriu a sessão do FMI a outra que atendia mais às necessidades atuais do Brasil, mas não se lembrava qual exatamente era por causa da intensidade de sua agenda no evento de Davos.

“O FMI era problema nosso dos anos 80 e 90. Nosso problema hoje é infraestrutura. Não estamos em situação de crise de balanço e pagamentos. Por isso preferi ir para outro lugar”, disse. Ele também relatou que por causa da correria das agendas de compromissos que vem tendo durante o Fórum, não tem tido tempo nem para se alimentar. “Estou só na base do sanduíche.”

Previdência

Após uma manhã de reuniões bilaterais, Guedes afirmou que levará a reforma da Previdência ao Congresso Nacional logo após o inicio das atividades do Legislativo, garantiu que a equipe econômica vai trabalhar para que a aprovação da proposta seja rápida e avaliou que os investidores estrangeiros estão “animados” com o novo governo do País.

“Todo mundo está muito animado”, disse a jornalistas. Segundo ele, entre todas as propostas de mudanças que o governo vem falando, a mais aguardada pelos investidores internacionais é a da Previdência. “Todo mundo está ligado na reforma da Previdência por causa da questão de sustentabilidade fiscal”, considerou.

Em resposta à consideração de que muitos investidores estrangeiros dizerem que só terão mais confiança em relação ao Brasil quando a proposta de reforma começar a ser analisada, Guedes respondeu que “sim, [o projeto de reforma] tem que ser aprovado”.

Por isso, de acordo com Guedes, é que a equipe econômica decidiu apresentar a proposta tão logo o Legislativo inicie seus trabalhos — isso deve acontecer a partir de 1º de fevereiro. “Não sei se na primeira semana, mas assim que o Congresso chegar, vamos apresentar a proposta. Até não estou colocando outras coisas para não entupir a pauta”, explicou.

Ele disse que não tem como fazer estimativas sobre o tempo que deputados e senadores tomarão para avaliar as sugestões do Executivo. “Mas vamos tentar que seja bem rápido”, disse. “Estou muito otimista”, acrescentou. Questionado se não será complicada a aprovação já que se trata de um Congresso novo e fragmentado, ele respondeu: “Acho que vai ser legal [a negociação].”

Época Negócios

Opinião dos leitores

  1. Reformar previdência para empobrecer o brasileiro e ter mais dinheiro para os especuladores. Pode isso Arnaldo?

  2. Nosso Brasil finalmente está começando a trilhar o caminho certo. Voltaremos à condição de país ordeiro e progressista. Quanto ao choro da esquerdalha, que NUNCA se conformará com a perda do poder e das incontáveis "boquinhas", continua sendo livre. Assistiremos a esse mimimi e a essa perseguição implacável e irresponsável dessa corja até o último dia do governo Bolsonaro. Essa gente odeia o nosso Brasil e só aceita a decisão democrática do nosso povo se ela estiver de acordo com seus planos de poder. Enfim, essa gente não sabe conviver com a verdadeira democracia e gosta mesmo é de uma "boa" ditadura de esquerda. Mas o Brasil está melhorando. Estamos no caminho certo.

  3. Só podem tentar a todo custo atacar o governo, pois foram diminuidas as verbas publicitárias em 70%, e vai acaba com a sonegação tributária da globo, emissora que é unanimidade nacional como mal maior do país. Então estão tentando retaliar com fake news e suspeitas até do gato e do cachorro da casa de bolsonaro. Mas as denuncias sempre são desmascaradas pela verdade. Kkkkkkkkkkkkk

    1. David, abra os olhos.
      Não se deixe levar pelas desculpas do clã Bolsonaro.
      O Paulo Guedes é um especulador.
      Se os projetos ultraliberais do governo Bolsonaro passar, ninguém estará a salvo.
      Ou será que você é um megainvestidor?

    2. Esse lobo só pode ser cordeiro, livre mercado é que faz economia crescer, veja exemplo de países ultraliberais e os de economia com setores estatizante a a estatizantes, com 100% de certeza, a pobreza, desemprego ou população assistidas são a grande maioria, caso você opte por ela, seja imigrante em Cuba, Venezuela, Nicarágua e outros tantos. É bom também que os ditadores e pseudos presidente são mega milionários.

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Política

Em Davos, na Suíça, Bolsonaro diz que abrir economia é compromisso do país; veja íntegra do discurso do presidente no Fórum Econômico Mundial

Reprodução

Em seu discurso inicial no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (22) que “o Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comercio internacional, e abri-la é um compromisso desse governo”.

A fala inicial de Bolsonaro durou menos de dez minutos. Nela, Bolsonaro também falou sobre a necessidade de “diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender e criar empregos”.

“Gozamos de credibilidade para fazer as reformas que precisamos e que o mundo espera de todos nós”, disse o presidente à plateia, composta em boa parte por políticos e investidores.

Em seguida, o presidente brasileiro foi questionado pelo presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, sobre temas como primeiros passos das reformas econômicas, corrupção, sustentabilidade e integração da América Latina.

Ele disse que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também presente no evento, “tem todos os meios para seguir o dinheiro no combate à corrupção e ao crime organizado”, além de defender melhorias e mudanças na atual legislação.

Schwab pediu que Bolsonaro compartilhasse “detalhes sobre a agenda de sustentabilidade” do Brasil.

O presidente argumentou que “o meio ambiente tem que estar casado com o desenvolvimento”.

“A parte da agricultura ocupa menos de 9% do território nacional, a pecuária, aproximadamente 10%. Hoje, 30% do Brasil são florestas. Então, nós damos exemplo para todo mundo.”

Bolsonaro acrescentou que o Brasil procurar estar “sintonizado” com o mundo nas metas de redução de carbono.

Sobre a integração com os vizinhos sul-americanos, o presidente brasileiro voltou a defender “aperfeiçoamentos” no Mercosul, além de criticar o que chamou de “América bolivariana”.

“Estamos preocupados em fazer uma América do Sul grande, que cada país mantenha sua hegemonia local. Não queremos uma América bolivariana, como há pouco existia no Brasil em governos anteriores. Essa forma de interagir vem contagiando esses países da América do Sul e mais mais gente de centro e centro-direita tem se elegido presidente. Creio que isso seja uma resposta de que a esquerda não prevalecerá nessa região.”

Leia a íntegra do discurso de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial:

Boa tarde a todos!

Muito obrigado, professor Schwab!

Agradeço, antes de mais nada, o convite para participar deste fórum e a oportunidade de falar a um público tão distinto.

Agradeço também a honra de me dirigir aos senhores já na abertura desta sessão plenária.

Esta é a primeira viagem internacional que realizo após minha eleição, prova da importância que atribuo às pautas que este fórum tem promovido e priorizado.

Esta viagem também é para mim uma grande oportunidade de mostrar para o mundo o momento único em que vivemos em meu país e para apresentar a todos o novo Brasil que estamos construindo.

Nas eleições, gastando menos de 1 milhão de dólares e com 8 segundos de tempo de televisão, sendo injustamente atacado a todo tempo, conseguimos a vitória.

Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica.

Temos o compromisso de mudar nossa história.

Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção.

Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de nós.

Aqui entre nós, meu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o homem certo para o combate à corrupção e o combate à lavagem de dinheiro.

Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos primeiros países em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda é pouco conhecido!

Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo.

Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.

Os setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco.

Queremos governar pelo exemplo e que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós.

Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir, empreender, investir e gerar empregos.

Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.

O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste Governo.

Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios.

Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir.

Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE.

Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais.

Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia.

Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.

Estamos aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar nossas relações comerciais.

Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes. Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em progresso e desenvolvimento para todos.

Nossas ações, tenham certeza, os atrairão para grandes negócios, não só para o bem do Brasil, mas também para o de todo o mundo.

Estamos de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz, liberdade e democracia.

Tendo como lema “Deus acima de tudo”, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos.

Muito obrigado.

R7 e G1

Opinião dos leitores

  1. Os trouxinhas que setiram saudade de Dilma são os mesmo que ajudaram a afundar o pais , ela mentiu para o mundo quando esteve em Davos, já Bolsonaro disse o que pretede fazer em poucos minutos, ou seja só verdades.

  2. Como sempre muito franco. Só é forte no mundinho dos Bolsominions! Não consegue responder nenhuma pergunta sobre os problemas do Brasil. Só entende de armas e milicia.

    1. É claro que vcs, preferiam o presidiário analfabeto e a ensacadora de ventos, né? Esses dois, sim, faziam vcs babarem com suas demonstrações de erudição e sapiência? Acho que vc deve ter múltiplos orgasmos ouvindo gravações (vc deve tê-las) da voz do seu bandido de 9 dedos pronunciando "triprex" ou falando do "grelo duro" das mulheres do PT, ou dizendo que a cidade de Pelotas era "exportadora de viados" ou qualquer uma das incontáveis asneiras que o analfabeto dizia. E fico imaginando vc se deleitando com as inúmeras locuções da mulher que, além de saudar a mandioca, falava tantas outras coisas importantíssimas e inteligentes. Ora vá arrumar o que fazer, cabra. Durma-se com uma besteira dessa.

    2. Ceará-Mundão, eu tenho vergonha de ler os seus comentários.
      Cara, defenda seu ponto de vista sem envolver o PT. O fato de alguém criticar seu presidente dos sonhos, não significa apoiar os desmandos do governo anterior. Mas quando você insiste nessa retórica, só corrobora com a sua visível incapacidade de rebater as alegações dos demais com critérios objetivos e utiliza esse subterfúgio vazio para contra-argumentar.
      Há tempos atrás, você utilizava esse mesmo blá blá blá para defender o Aécio, nesse mesmo blog. Não se pode cobrar justiça quando se demonstra tamanha parcialidade! Sua bandeira não parece ser contra a corrupção, mas apenas a corrupção da esquerda!
      Abraço.

    3. Defender Aécio, o indefensável? Eitcha que decepção! E eu pensando que ele fosse bolsominion desde criancinha…

  3. O Brasil poderia estar com um presidente brilhando em Davos em vez dessa vergonha mundial. Se o Moro não tivesse condenado Lula sem provas.

    1. Dida, deixa de falar asneira. tu deveria era tomar vergonha na cara e deixar de defender bandido e ladrão. aceita que doí menos.

    2. Lula foi condenado por uma tonelada de provas documentadas. Que discurso vazio de petista que tem bandido de estimacao. E ainda vai ser condenado novamente.

    3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      Cê tá de sacanagem!!!
      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkklkkkkkkkkkkkkkkkkk

  4. Os vermes PTralhas choram ….o seu ladrao condenado Lula preferia entregar o NOSSO dinheiro para países DITADORES E DEPOIS POR TRÁS PEGAR O DINHEIRO COMO PROPINA

  5. Vergonha internacional!
    Discurso fraco e genérico.
    Não conseguiu responder as perguntas do Klaus Schwab.
    Zero!

    1. Ao assistir, me deu saudade da Dilma! Ela era mais autêntica!

    2. Despreparado total. Não sabe reais problemas do país, não tem proposta de nada. Vergonha mundial… parabéns aos que se acham representados.

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