Por Pedro Ratts
É muito comum clientes ou prospects pedirem para agências de comunicação encher de informação as peças publicitárias de suas marcas. Um exemplo disso são os outdoors, que às vezes têm tanta informação que seria preciso estacionar o carro, ligar o pisca alerta e tentar ler o outdoor por uns dois minutos (quando, na verdade, deveria ser lido em torno de cinco segundos em média). Muito comum também cartões de visita (e eles ainda existem?) que mais se parecem uma bula de remédio, de tanta informação. E o que dizer de artes de redes sociais que são verdadeiras teses de mestrado? Outdoor é uma frase e uma marca. Cartão de visita (pra quem ainda usa) é nome, função, zap e no máximo e-mail. Arte pra rede social, é uma frase e um call to action, ou seja, clicou vai pro site ou pra promoção. E só amigo ouvinte.
Comunicação é velocidade, é conceito de marca com objetividade. Não adianta jogar pra uma peça publicitária toda nossa ansiedade com os resultados dela. As pessoas lêem cada vez menos, e precisam ser impactadas com frases curtas, com ideias simples e com informação rápida e curta. Mas, sim existe um segredo. Sim, existe um pulo do gato. E ele está justamente em saber enxugar, sintetizar, condensar e, principalmente, saber identificar o que é essencial à venda. E isso, claro, precisa de estratégia e experiência, o que na maioria das vezes só bons profissionais e boas empresas podem oferecer. Em propaganda, em comunicação, menos é mais. Quanto mais direta a venda, mais eficiente ela será. Portanto, toda vez, a partir de agora, que você olhar pra uma peça publicitária, uma estratégia de propaganda cheia de informações, das duas uma. Ou o dono da marca é muito ansioso, e isso estará certamente prejudicando a estratégia, ou quem cuida da marca ainda não aprendeu o pulo
do gato.
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