Judiciário

TJRN: Força-tarefa julga 146 processos de corrupção em um mês

Este é o resultado do primeiro mês de trabalho da equipe que julga processos de improbidade e crimes contra administração pública

Durante o primeiro mês de atividades do grupo de apoio formado por seis juízes designados, pela Presidência do Tribunal de Justiça, para o julgamento de processos penais de crimes contra a administração pública e de ações de improbidade administrativa, distribuídas até o ano de 2015, proferiu 146 sentenças. O juiz Bruno Montenegro, coordenador da equipe, observa que este resultado inicial é fruto do empenho de todos os envolvidos no projeto, ficando acima do que havia sido previsto, a despeito da complexidade que envolve esses processos relacionados à Meta 4 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Prioridade da Justiça Estadual para o ano de 2018, a maior parte desses casos referem-se a irregularidades em licitações envolvendo prefeituras, utilização indevida de recursos públicos e fraudes em concursos públicos. “A densidade que envolve esses processos, seja pela quantidade de réus, pelo considerável número de documentos a serem apreciados, pela complexidade dos feitos ou ainda pela burocracia que remarca os ritos procedimentos e que devem ser observadas, torna o trabalho do núcleo ainda mais desafiador”, resume o coordenador do grupo em relação ao dia a dia enfrentado pelos magistrados.

De acordo com o juiz Bruno Montenegro, em regra, os processos submetidos ao grupo de apoio já tiveram a sua etapa de instrução finalizada, estando aptos a julgamento. “Em algumas situações, são necessários alguns esclarecimentos para a formação do convencimento do magistrado, de modo que buscamos imprimir a maior rapidez possível no cumprimento de eventuais diligências para viabilizar a prolatação das sentenças”, explica o responsável pela equipe. A estimativa é que o primeiro lote de 234 processos tenha os julgamentos concluídos pelos juízes até o final de abril.

Muitas vezes, os processos reúnem uma grande quantidade de réus, o que impede uma tramitação mais abreviada dessas ações. As unidades jurisdicionais estão orientadas a instruírem os feitos dessa natureza, para que mais processos continuem sendo remetidos para que oportunamente sejam apreciados e julgados pelo grupo de apoio. Além dos seis magistrados, a equipe conta com um assessoria composta por 15 pessoas, entre residentes judiciais e estagiários de pós-graduação.

O coordenador salienta que a Meta 4 volta os olhos para “a punição de agentes públicos e terceiros beneficiários que agiram com deslealdade, desonestidade e má-fé no trato da coisa pública”, seja punindo penalmente àqueles que cometeram crimes como a corrupção e o peculato, seja impondo as sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa – a exemplo da suspensão dos direitos políticos e da perda da função pública. O magistrado destaca também que o combate a essas práticas permite que os entes públicos sejam ressarcidos dos danos sofridos.

“Tenho convicção que o empenho e a sensibilidade com os quais o TJRN vem tratando a Meta 4 do CNJ culminarão em números expressivos e satisfatórios ao final do ano, descortinando, antes de mais nada, o combate direto à corrupção, a qual figura, lamentavelmente, como uma das principais mazelas que acometem a sociedade”, ressalta o juiz Bruno Montenegro.

A meta estabelecida pelo CNJ este ano para a Justiça Estadual é de identificar e julgar, até 31 de dezembro de 2018, 70% das ações de improbidade administrativa e das ações penais relacionadas a crimes contra a Administração Pública distribuídas até 31 de dezembro de 2015, em especial a corrupção ativa e passiva, peculato em geral e concussão.

 

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Diversos

FOTO: Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte recebeu quase 12 mil pessoas em um mês

20572Foto: Argemiro Lima/Arquivo Secom

O Parque Municipal da Cidade do Natal Dom Nivaldo Monte recebeu 11.695 visitantes neste último mês, o que dá uma média de 379 pessoas por dia, registradas nas duas entradas, na Avenida Omar O’Grady e Cidade Nova.

O maior fluxo de visitantes vem de grupos de estudantes e turistas que gostam de conhecer as instalações, participar das atividades oferecidas na biblioteca e Centro de Educação Ambiental, de ter contato direto com a natureza, além da possibilidade de ter uma vista ampla da cidade do Natal, vez que o Parque fica em cima de dunas.

Muitas pessoas fazem das trilhas do Parque o seu equipamento de prática diária de exercícios. A entrada pelo bairro de Cidade Nova registrou que 99% dos visitantes fazem trilha e a de Candelária, que 62% fazem trilha e outros 34% sobem na torre para ter uma visão ampla da cidade.

Na semana passada, o Parque recebeu a visita de Paulo Sergio Niemeyer do bisneto do arquiteto Oscar Niemeyer, e que ajudou o avô no projeto urbanístico do Parque. Paulo Sergio Niemeyer nasceu em Paris, é arquiteto urbanista e designer de móveis brasileiros.

Filho primogênito da arquiteta Ana Elisa Niemeyer e do arquiteto Walter Makhohl, Paulo Sergio estudou na Universidade Brás Cubas. Sócio do escritório Niemeyer Arquitetos Associados com sede no RJ, ele também trabalhou no Memorial da América Latina com Oscar Niemeyer e desenvolveu trabalhos com Walter Makhohl.

O Parque da Cidade do Natal Dom Nivaldo Monte foi inaugurado em junho de 2008 e reaberto depois de quatro anos fechado, em junho de 2014. O parque situa-se na Av. Prefeito Omar O’Grady (prolongamento da Prudente de Morais), ocupa uma área de 136,54 hectares, aproximadamente 12% da Zona de Proteção Ambiental de Natal e engloba parte dos bairros da Candelária, Pitimbu e Cidade Nova. O Parque tem seu maior enfoque na educação ambiental da população para a conservação e preservação do meio ambiente.

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