Política

Arthur Lira cria ‘sistema de castas’ para distribuir R$ 11 bilhões em emendas a deputados

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, no final da semana passada, trouxe um susto e uma certeza. O susto veio com a aprovação de um fundo eleitoral que triplica os valores destinados aos partidos nas eleições do ano que vem.

Já a certeza é a de que, de todas as autoridades da República, nenhuma hoje tem tanto poder quanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Além de ter nas mãos a prerrogativa de decidir pautar ou não um dos mais de 120 pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, Lira controla hoje a distribuição de R$ 11 bilhões em emendas parlamentares, mais do que o orçamento de sete ministérios, como o de Minas e Energia e o de Ciência e Tecnologia, e quatro vezes o orçamento do Meio Ambiente. E nem mesmo o governo consegue saber com precisão como essa bolada está sendo distribuída.

Os R$ 11 bilhões de Lira são o quinhão destinado à Câmara neste ano de uma inovação orçamentária conhecida como emendas de relator ou RP9 – no popular, o “orçamento secreto” revelado pela primeira vez pelo jornal O Estado de S.Paulo. Uma outra fatia de R$ 5,8 bilhões será distribuída no Senado.

Essas emendas são tratadas como secretas porque, ao contrário das regulares, em que os parlamentares carimbam os projetos que desejam patrocinar informando seus nomes ou o das bancadas de cada estado, nesta modalidade de emenda não é pública a informação sobre quem está enviando o dinheiro, nem quais são os critérios que determinam o quanto e onde os recursos serão gastos.

A única coisa que se sabe é que para conseguir ter acesso aos recursos na Câmara é preciso passar pelo crivo de Arthur Lira. Com a ajuda de um grupo restrito de assessores, quase todos egressos do gabinete do ex-senador Romero Jucá (MDB-RR), o presidente da Câmara controla o atendimento das demandas de líderes partidários de acordo com a fidelidade às causas do governo e a proximidade de cada grupo com ele próprio.

O modus operandi foi descrito à reportagem por ministros, líderes partidários, deputados, senadores e assessores ouvidos nos últimos dias conforme uma classificação que um deles classificou como semelhante a um “sistema de castas”.

Por esse critério, deputados da base (ou oposicionistas com canal privilegiado com Lira) são a casta menos aquinhoada. Conseguem liberar R$ 20 milhões para enviar para suas bases. Líderes partidários, casta intermediária, têm acesso a algo como R$ 80 milhões cada um. Mas, como se diz no Congresso, “há líderes e líderes”. Os mais próximos a Lira formam uma elite que têm direito a carimbar mais de R$ 100 milhões só para si.

O tamanho da bancada também pesa na distribuição dos recursos. Assim, por exemplo, bancadas grandes como a do PL (41 deputados) ou a do PSL (com 53) – desde que estejam fechados com o presidente da Casa – recebem mais. Quem recebe quanto, porém, é informação guardada a sete chaves.

Na semana passada, graças a uma publicação feita nas redes sociais pelo prefeito de Campestre, em Alagoas, foi possível descobrir que Lira enviou R$ 500 mil para a cidade gastar no serviço de saúde local como parte de sua cota nas emendas de relator. Ela está registrada no sistema do Ministério da Saúde, mas não aparece o nome do autor, só a cidade agraciada e o valor. Foi preciso cruzar a informação do post com a do sistema oficial para checar a origem do dinheiro, para saber que ele veio das emendas de relator.

Acontece que, diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando pedidos de liberação de verba foram enviados aos ministérios por ofícios que discriminavam qual parlamentar era o “dono” daquela emenda, hoje os pedidos são concentrados nas mãos do relator do Orçamento, o senador Marcio Bittar (MDB-AC), que registra tudo numa planilha que, no início do mês, já tinha 90 mil linhas.

Além disso, se no ano passado o ministro Luiz Eduardo Ramos, então na Secretaria de Governo, participava da peneira sobre quem seriam os “donos” do dinheiro empenhado via “orçamento secreto”, neste ano nem mesmo eles o Palácio do Planalto tem acesso à informação completa.

Lira nega ter todo esse poder. “Tem comissão do Orçamento, tem plenário, tem relator-geral, não é presidente da Casa quem define isso. O relator é quem envia aos ministérios. Você imagina que vou sair ligando de deputado para deputado?”, disse o presidente da Câmara. Mas ele também não explica quem faz esse trabalho.

Na prática, o orçamento secreto tornou o governo ainda mais dependente de Lira, que nos cálculos dos líderes partidários construiu uma rede de influência de cerca de 300 deputados (de um total de 513).

“O Lira aprova qualquer coisa na Câmara hoje”, disse um deputado que pediu para não ter seu nome divulgado.

Só nos últimos 20 dias, foram liberados R$ 1,2 bilhão, como parte do que se chamou na Câmara de “esforço para a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias” – essa mesma que aumentou os valores para o Fundo Eleitoral no ano que vem. Apesar da votação a jato, feita horas após a apresentação do texto pelo relator, Juscelino Filho (DEM-MA), a lei passou na Câmara com 278 votos favoráveis, alguns inclusive da oposição.

Neste ano até agora, os empenhos de recursos via emenda de relator já superam R$ 3,3 bilhões.

Durante a votação da LDO, o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs retirar essas emendas do Orçamento do ano que vem. “Isso não vai terminar bem, vai dar em escândalo. Estamos fazendo o alerta antes que isso ocorra”, disse Molon da tribuna da Câmara.

Seus colegas deram de ombros. Parece que, assim como Arthur Lira, eles também não têm do que reclamar.

Malu Gaspar – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Fraudar eleições é isso, distribuir verbas parlamentares pra corrupção, e com o dinheiro da corrupção interferir nos resultados das eleições. Elegendo maus deputados que só lutam pra manter esse sistema que subtrai criminosamente dinheiro do povo, pra manter uns poucos como reis. Fraudar urnas eletrônicas jamais, todos os partidos podem acompanhar seus votos desde a sessão até o resultado do TSE. No sistema antigo sim, era fraude por cima de fraude, todo tem lembranças de fatos de fraudes.

  2. O bolsonaro apoiou o Lira porque sabia que este iria querer o que ele tinha a ofertar. Em troca nada passa contra o bolsonaro. Para completar, o Cunha (aquele dos 100 milhões de cunhas) irá juntar-se a trupe de bolsonaro. Para delírio dos bichos de chifres (milhões de Roberto Jefferson)

    1. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
      Vc?????
      Bom!!!
      Fica aí chupando o dedo, e idolatrando o seu ídolo ladrão de nove dedos.
      É so isso que cabe a vc, e mais nada.
      No máximo um PF e um pão com mortadela, pra vê se vc morde ao menos a língua e para de conversar merda.
      Kkkkkkkkkkkk
      Tá F… vc.
      Mito, Fábio, Lira até 2026.
      Xau nhonho, bjinhos nesses derrotados.

  3. Parabéns ao MINTOmaníaco das rachadinhas que apoiou Lira e gastou nosso dinheiro pra bancar a eleição dele! Ele até criou um novo “mensalão” afinal eh a nova política né?!

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Diversos

Câmara Municipal de Natal inicia votação das emendas da LOA 2021 na próxima semana

Foto: Elpídio Júnior

A Câmara Municipal de Natal iniciará na próxima semana a apreciação das 524 emendas apresentadas pelos vereadores da atual legislatura para o Orçamento Anual 2021 da capital.

Parte delas serão consensualizadas entre os parlamentares e o Executivo, de acordo com a análise técnica da Procuradoria da Casa, junto à Secretaria Municipal de Administração (SEMAD).

De acordo com a vice-presidente da Casa, vereadora Nina Souza (PDT), para garantir a celeridade na apreciação do material apresentado pelos parlamentares, as sessões deverão ocorrer pela manhã e à tarde. “Nosso propósito é que venham mais emendas consensuais. Então na próxima terça-feira, iremos pegar um maior número de consensuais para podermos avançar. Outra decisão é que teremos reuniões na terça e quarta-feira à tarde, de modo, que acredito, até quinta-feira esteja tudo concluído”, explicou Nina Souza.

Durante a Sessão de hoje, os parlamentares ainda deliberaram acerca dos projetos de Lei de autoria de vereadores que estão encerrando os mandatos. No total, foram aprovadas, em segunda discussão, sete matérias de diversas temáticas. Duas foram de autoria da vereadora Eleika Bezerra (PSL), uma que trata da criação do Programa de Inclusão Digital para e outra que trata da regulamentação da identificação de alunos com Altas Habilidades/Superdotação na cidade.

De autoria do vereador Fúlvio Saulo (SD) foi aprovada a que trata da proibição de ingresso de agressores de idosos em cargos públicos. “Nossa preocupação sempre foi o combate à violência em todos os níveis da nossa sociedade. Então, proibir que agressores de idosos ingressem no serviço público municipal é um avanço para que coíba esse tipo de violência que acontece dentro dos lares todos os dias”, ressaltou Fúlvio.

Já de autoria do vereador Sueldo Medeiros (PROS) foi aprovada a Lei que trata da instalação e funcionamento de elevadores na cidade. Do vereador Fernando Lucena (PT), foi aprovada a Lei que Institui o Dia 21 de setembro como Dia da Pessoa com Deficiência em Natal; de Maurício Gurgel (PV), a lei que obriga a afixação de cartazes informativos ou placas contendo o número da Lei Maria da Penha e também a Lei que reconhece de utilidade pública municipal a Associação Gêmeos e Mais do Brasil (AGMB).

Também, em segunda discussão, a Câmara aprovou de autoria do Executivo, o PL 215/2020, que Institui a Política Municipal de Turismo e o PL 181/2020, de autoria do vereador Ériko Jácome (MDB), que Institui o dia Municipal do Motoboy.

Congratulações

A Câmara aprovou o voto de congratulações ao Senhor Eduardo Serrano da Rocha, nomeado pelo presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, como desembargador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT21) na vaga do quinto constitucional.

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Finanças

Prefeitos comemoram aprovação de PEC do deputado Tomba Farias, que permite repasse de recursos de emendas diretamente para os municípios

Um presente antecipado de Natal. Foi assim que prefeitos das regiões do Trairi, Agreste e Central, a exemplo de gestores de outros municípios do estado, comemoraram a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de autoria do deputado estadual Tomba Farias, que vai permitir que, a partir de 2021, as emendas de parlamentares ao Orçamento Geral do Estado (OGE) sejam repassadas diretamente às prefeituras, beneficiando os 167 municípios do Rio Grande do Norte.

A iniciativa inédita do parlamentar municipalista surge no momento em que a as prefeituras enfrentam grandes dificuldades e desburocratiza os repasses de recursos provenientes das emendas diretamente para as prefeituras. Segundo Tomba Farias, a “transferência especial” permite que as prefeituras recebam as verbas sem qualquer intermediação, independente da celebração de convênios ou de qualquer outro instrumento semelhante. A medida de autoria do parlamentar também abrange as transferências com finalidade definida, que são aquelas que envolvem recursos vinculados a finalidades específicas.

“São imensas as dificuldades enfrentadas pelos municípios. A nossa emenda constitucional propicia uma maior autonomia às prefeituras, dando condições de que elas invistam em obras de infraestrutura”, disse.

No entanto, Tomba Farias alerta que os recursos oriundos das emendas individuais impositivas não poderão ser utilizados para pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais referentes a servidores ativos, inativos e pensionistas ou encargos de dívidas.

“A prestação de contas deve ocorrer na forma do convênio celebrado, no caso das transferências com finalidades definidas. Já no caso das transferências especiais, estas terão a prestação de contas anual feitas diretamente ao Tribunal de Contas do Estado.

Opinião dos leitores

  1. Boa PEC, agora quero ver a Governadora Fátima Bokus vetar.
    Tomba deveria perguntar a Governadora onde foi parar os 5milhões de reais utilizados para compra dos respiradores e por quê a CPI para apurar o aluguel das ambulâncias está parada.

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Política

Zenaide têm emendas aprovadas pelo Senado para ajuda de R$ 600 a mais trabalhadores

Foto: Divulgação

As emendas apresentadas pela senadora Zenaide Maia (Pros-RN) ao projeto de renda mínima emergencial (PL 873/2020) garantiram a inclusão de agricultores e de trabalhadores intermitentes, com contratos ativos, na lista de quem também terá direito a receber o auxílio emergencial de R$ 600,00 por três meses, em razão da pandemia do coronavírus. O PL foi aprovado pelos senadores e agora só falta a sanção presidencial para que ele vire lei.

Outra mudança proposta pela senadora e acatada pelo senador Esperidião Amin (PP-SC), relator do projeto, insere na lei de ajuda emergencial a nova renda per capita familiar de meio salário mínimo para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), o que aumenta o número de famílias que poderão ser beneficiadas. Além disso, Zenaide quis garantir na lei que nenhuma operação “pente-fino” ou coisa parecida possa suspender o pagamento do BPC durante o estado de calamidade pública: “Reinserimos o meio salário mínimo por pessoa e mais: durante a pandemia, ninguém que recebe o Benefício de Prestação Continuada pode ter seu benefício suspenso”, assinalou a parlamentar, em vídeo postado em suas redes sociais.

A ampliação de 1/4 para 1/2 salário mínimo de renda per capita familiar para acesso ao BPC já consta na Lei 13.981, sancionada em março, mas a mudança vem enfrentando resistência por parte do governo, que vetou o novo limite e, depois do veto ter sido derrubado pelo Congresso, apelou, sem sucesso, ao Tribunal de Contas da União, para tentar barrar a mudança na regra de acesso ao BPC.

Opinião dos leitores

  1. Deveria também batalhar para que as eleições desse ano fossem adiadas e o dinheiro do fundo eleitoral seja destinado ao combate à pandemia. Responda doutora senadora que eu sei que Vossa Excelência é leitora desse blog.

  2. Espero que não censurem meu comentário: estou esperando a senadora entrar com projeto pra diminuir salários e verbas dos parlamentares, pois usar o nosso dinheiro público suado e posar de bonzinho já temos muitos que o fazem!

    1. Muito bom o seu comentário, mas, amplie o seu alcance e solicite a todos os deputados e senadores de nossa bancada, não fique apenas cobrando apenas de um.

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Saúde

Senadora Zenaide destina mais de R$ 14 milhões em emendas para a Saúde do RN

Foto: Divulgação

No Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, vale a pena lembrar que recursos destinados para saúde são sempre importantes. Desde o seu primeiro mandato, como deputada federal, Zenaide Maia coloca a Saúde do Rio Grande do Norte como prioridade na hora de destinar recursos de emendas parlamentares, tanto as individuais, quanto as de bancada. Agora, como senadora, não é diferente: em 2020, Zenaide destinou R$ 10.750.000,00 (dez milhões, setecentos e cinquenta mil reais), o que corresponde a 67% de suas emendas individuais impositivas (ou seja, que terão de ser executadas, obrigatoriamente), buscando atender o maior número possível de unidades de saúde municipais e hospitais potiguares.

Junto à bancada, Zenaide Maia destinou outros R$ 3.635.304,00 (três milhões, seiscentos e trinta e cinco mil e trezentos e quatro reais) para o custeio de ações de enfrentamento à pandemia da covid-19 no Rio Grande do Norte. “Como médica, sempre priorizei a área de Saúde e, diante dessa pandemia, cumpro a minha obrigação com o povo potiguar, destinando recursos para reforçar o plano do governo estadual de combate ao coronavírus”, destacou a senadora. Somando-se os valores das emendas individuais impositivas e as individuais de bancada, o total destinado por Zenaide à Saúde no estado é de R$ 14.385.304,00 (quatorze milhões, trezentos e oitenta e cinco mil, trezentos e quatro reais).

Opinião dos leitores

  1. O RN está sem senador (cadê o franco-carooca?) e com 2 ou 3 deputados federais dignos da função para a qual foram eleitos. É não temos um governo estadual competente para resolver os difíceis problemas que se apresentam. Sequer a crise financeira, que já vem de antes da eleição, o atual governo está sabendo enfrentar. Resta pedir a Deus que proteja esse estado.

    1. Minion raiz tem que elogiar o Girão, que manda recurso para outros estados!

  2. É comum deputado manda 18000000 para saúde,senador manda 20000000 e não explicam especificamente para onde foram os recursos,quem são os beneficiários fica difícil acompanhar se o dinheiro está sendo aplicado.

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Política

Emendas de Zenaide são aprovadas: mais gente poderá receber auxílio de R$ 600,00 e renda de meio salário mínimo para acesso ao BPC vale para este ano

Foram acatadas as três emendas apresentadas por Zenaide Maia (Pros-RN) ao projeto de renda mínima emergencial (PL 873/2020), aprovado nesta quarta-feira (01/04) pelo Senado. Em duas das emendas, a senadora pediu a inclusão dos agricultores e dos trabalhadores intermitentes com contratos ativos que ganham até um salário mínimo na lista das pessoas que terão direito de receber o auxílio-quarentena de R$ 600,00 a ser pago pelo governo. “O relator, Esperidião Amin, mostrou sensibilidade quando acatou às emendas dos pequenos produtores rurais, das camareiras, dos garçons e de outros intermitentes”, disse Zenaide, ao agradecer a incorporação das sugestões ao relatório do projeto.

E, na terceira emenda, a senadora pede o imediato cumprimento da Lei 13.981, sancionada em março, que ampliou de 1/4 para meio salário mínimo a renda per capita familiar de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). A mudança significa, na prática, permitir que mais famílias recebam o benefício, no valor de um salário mínimo. “Isso é para as pessoas com deficiência e os idosos em extrema pobreza, que estão entre os mais vulneráveis deste país”, lembrou a senadora, que conclamou os parlamentares a pressionar o governo para que efetue o pagamento do auxílio à população: “Resta à gente cobrar do presidente da República, depois de aprovado na Câmara, a execução desse projeto. As pessoas estão famintas”, finalizou a parlamentar.

Intermitentes ativos

O projeto de renda mínima (PL 1066/2020), que havia sido aprovado na última segunda-feira (30), contemplava os trabalhadores intermitentes, mas somente aqueles com contratos inativos. Para Zenaide, essa modalidade de trabalho já é bastante precária e empregados com contratos ativos, mas que trabalham poucas horas e recebem pouco, também merecem atenção do governo.

BPC

Sobre a ampliação do BPC, o texto aprovado na segunda jogava para 2021 a validade das novas regras de acesso, o que, além de impedir que mais famílias recebessem o benefício neste momento de calamidade pública, iria contra determinação regimental do Senado, que impede que um tema tratado em um projeto de lei seja alterado no mesmo ano por outro projeto.

Renda mínima para mais gente

O PL 873/2020, que amplia a lista de beneficiários da renda mínima emergencial, é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e teve como relator o senador Esperidião Amin (PP-SC). O texto segue para votação na Câmara dos Deputados.

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Política

VÍDEO: Vereador em Natal apela que colegas na Câmara abram mão de emendas por quase R$ 15 milhões diretamente para Saúde no município

 

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As emendas dos 29 vereadores seriam de grande ajuda pra saúde. A valor total de quase R$15 milhões

Uma publicação compartilhada por Klaus Araújo (@klausdobem) em

O vereador de Natal, Klaus Araújo(Solidariedade), através das redes sociais, sugere que os 29 vereadores abram mão das emendas impositivas e destinem diretamente a pasta da saúde.

No vídeo, Klaus Araújo também confirmou que falará sobre da sugestão com a presidência da Câmara Municipal de Natal sobre a possibilidade dessa ajuda, que teria o valor de quase R$ 15 milhões.

Opinião dos leitores

  1. Parabéns vereador pela atitude,como sempre atuante e preocupado com os interesses da população

  2. Continui fazendo o bem
    Vereador deus sabe das coisas .
    As pessoa que estão precisando nos hospitais vao agradecer ?

  3. Tá muito bom, mas que tal vc dá uma palavrinha com o canalha do presidente nacional do teu partido, o Paulinho da Força, pra ele abrir mão do dinheiro do Fundão??

  4. Em tempos de crises as boas ideias e as ótimas atitudes são validas, parabéns Vereador Klaus Araújo por pensar no bem estar da sociedade Natalense.

  5. Homi, esse é um Pelé, pense num verme? Taí um. Tudo populismo, imitando o que o povo pede pra fazer. Vereador em Natal nunca teve isso. Só politicagem. Tenho conhecimento de causa, sei o que estou falando.

  6. E também abrir mão dos salários para ajudar, afinal são todos ricos e estão como vereadores fazendo bico.

    1. Vereador Klaus Araújo, se esse ano não tivesse eleições municipais para vereador já que ô senhor é candidato a reeleição, será que o senhor tinha essa mesma atitude? ou é mais uma demagogia da classe política ao qual o nobre edil representa, porque nós eleitores estamos de saco cheio de políticos oportunistas.

    2. Esse apareceu agora em ano de eleição, passou 3 anos e eu nunca ouvi o nome desse cidadão, a política é uma merda.

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Política

Reforma da previdência – RN: oposição apresenta proposta de emenda; veja pontos contrários ao governo

Fotos: Reprodução

Proposta de emenda da oposição, contra PEC do governo, apresenta novos números de contribuição para servidores ativos e aposentados e pensionistas.

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Política

Zenaide Maia: R$ 74,5 milhões em emendas para 106 municípios do RN

Foto: Fernando Oliveira

De 2016 a 2019, Zenaide Maia (Pros-RN) destinou R$ 74,5 milhões em emendas parlamentares, em benefício da população de 106 municípios potiguares. Ao avaliar esse aspecto de seus mandatos no Congresso – primeiro, como deputada e, agora, ao completar um ano no Senado – Zenaide salienta o caráter suprapartidário da destinação das emendas. “O valor de 74,5 milhões foi para atender o bem-estar da população do Estado do Rio Grande do Norte, independentemente de sigla partidária. A prioridade foram as demandas do povo”, frisou a parlamentar.

Saúde e Educação

A Saúde recebeu um olhar especial de Zenaide Maia, desde ações na Atenção Básica, até serviços de Média e Alta Complexidade (MAC). Entre as unidades contempladas com emendas da parlamentar, estão o Hospital Regional do Seridó (Caicó), o Hospital Dr. Marcílio Alves (Ceará-Mirim), o Hospital Francisca Pereira Mariz (Jardim de Piranhas), a Maternidade Belarmina Monte (São Gonçalo do Amarante); o Hospital Infantil Varela Santiago, da Maternidade Escola Januário Cicco e do Hospital Santa Catarina, em Natal. Também foram destinados recursos para a Liga Norte-Rio-Grandense Contra o Câncer de Natal e de Mossoró e para os três Hospitais das Forças Armadas sediados na capital (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Na Educação, destacam-se uma emenda de R$ 15 milhões para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), dinheiro que é repassado aos municípios; e recursos para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) e para o Instituto Federal de Educação (IFRN).

Atenção às pessoas com deficiência

Na área Social, foram atendidas demandas das APAE’s, da Sociedade dos Deficientes Físicos (SADEF), do Centro de atenção aos deficientes auditivos (SUVAG), do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), em São Vicente; Sociedade de Amigos dos Deficientes Físicos (SADEF), dentre outras entidades. “A tendência é continuar atendendo entidades sociais e filantrópicas nos próximos anos”, ressaltou Zenaide Maia.

Segurança e outras áreas contempladas com emendas

Nas áreas de segurança, justiça e cidadania, as emendas atenderam às demandas da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Norte, da Polícia Rodoviária Federal, da Defensoria Pública do Estado e da Justiça Federal (construção da sede da JF, no município de Assú).

A parlamentar também destinou recursos para ações nas áreas de infraestrutura, turismo, esporte e agricultura do Rio Grande do Norte.

Opinião dos leitores

  1. Não fez mais que sua obrigação. Está aí pra isso msm. Sem contar q está sendo muito bem recompensada e assistida pra fazer muito mais que isso

  2. Essa faz parte da NOVA OLIGARQUIA POLÍTICA DO RN. Todos querem as tetas do poder. Trabalhar é outra história.

  3. Se agir igual aos irmãos Agaciel e João Maia, já, já será uma das médicas mais ricas do RN.
    Pense numa família unida, inteligente e esperta.

  4. Sugestão, Blogs deveriam viver de propaganda e patrocínios de empresas e até pessoas físicas mas nunca de políticos.

    1. Esse bento é feike não é justo se passar por mim.
      Vou a justiça
      Você esta se passando por mim e isso é crime.
      Aguarde

    2. Como é, omi, pseudônimo de post em blog potiguar agora é particular?

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Diversos

Emendas do deputado general Girão(PSL-RN) destinarão R$ 400 mil para SP e DF; parlamentar diz que beneficiarão pessoas no RN

O deputado federal General Girão (PSL-RN) vai destinar R$ 400 mil em emendas para projetos em São Paulo e no Distrito Federal. A notícia é destaque no portal No Ar. De acordo com o texto, das emendas apresentadas, duas são para São Paulo. Para os paulistas, R$ 200 mil serão destinados para “Estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde – Fundação Zerbini (Instituto do Coração – Incor)”. Além disso, o Hospital Doutor Amaral Carvalho, em Jaú, receberá R$ 100 mil para “incremento temporário ao custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial para cumprimento de metas.” No Distrito Federal, a verba de R$ 100 mil será destinada para um projeto social que utiliza cavalos como terapia, a prática é chamada de equoterapia.

A assessoria de imprensa do parlamentar, em nota, diz que os “dois hospitais em São Paulo atendem doentes do coração e câncer de todo o Brasil, inclusive do Rio Grande do Norte”. Ainda de acordo com a nota, “no caso do IncorSP, a instituição recebe jovens médicos do RN para fazerem Residência ou Especialização Médica”. Já sobre o valor repassado para o Centro de Equoterapia de Brasília, o general Girão destacou que o centro é especializado no tratamento e que “está recebendo esse valor para formar pessoas no RN, mais especificamente na criação de um Centro de Equoterapia no Parque Aristófanes Fernandes”.

Todos os detalhes aqui em reportagem completa.

 

Opinião dos leitores

  1. Nao me surpreende! Apresar de ser pra uma boa causa! Mas essa desculpa que vai formar prifessores no RN, foi esfarrapada! Só vai convencer quem deu um vito a ele! Pelo mesmo motivo!
    ?? ?? ?

  2. Inacreditável, UPA fechando, Walfredo sem médicos fechando uti pediátrica e um representante do povo do RN destinando uma quantia vultuosa para SP, piada deputado, isso é uma piada de mau gosto.

  3. Como no RN está tudo uma maravilha, tem q ajudar outros estados mesmo! Varela Santiago, Walfredo, Giselda etc… todos “modelo” de assistência e estrutura… #sqn

  4. Entendo que se o Girão é deputado eleito pelo RN ele deve trazer recursos pra cá independente de quem esteja governando.
    Afinal de contas ele foi eleito aqui no RN então ele tem que puxar pra cá.

  5. Fala do PT mais é pior que o PT, perdeu meu voto oportunista, deveria perder mandato, traidor, investiguem se essa grana n tem desvio pq essa conta n fecha.

  6. Qual a surpresa? O General Girão NÃO É DO RN, É DO CEARÁ! Pobres eleitores que votaram nesse senhor sem saber da história dele.

    1. Será por isso que a nossa governadora que é da Paraíba, não tá fazendo nada pelo RN? só investe verba que vem do governo federal

  7. É nesse contexto que fica aí da mais explícito o jogo de interesses pessoais que movem a classe política partidária em detrimento do bem social(…)
    Lamentável!

    1. Deixe eu ver se entendi.
      Esse deputado foi eleito pelo RN e está destinado dinheiro de emendas para outros estados??
      É isso mesmo????

  8. O RN é um estado rico, vamos dar uma forcinha ao DF e SP. Fazer graça com o dinheiro do povo é muito bom, por que não deu o seu salário?

    1. Bem feito, minha mãe já dizia…. quem acha besta não compra cavalo, na próxima eleição, vote no Morão.

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Política

Para Temer, troca de votos por emendas e cargos “faz parte da democracia”

Foto: Francisco Stuckert/Agência F8/Estadão Conteúdo

Jair Bolsonaro assumiu o governo prometendo o fim do “toma lá, dá cá”. Em seu primeiro grande teste, a votação da reforma da Previdência na Câmara, o presidente acabou se valendo da liberação de emendas impositivas e da distribuição de cargos federais no segundo escalão para garantir a aprovação da proposta.

Perguntamos a Michel Temer se ele acha que Bolsonaro conseguirá votar alguma coisa sem emendas e cargos colocados à mesa das negociações.

Na entrevista a O Antagonista, o ex-presidente respondeu assim:

“Fala-se muito dessa história de ‘toma lá, dá cá’. Mas eu tenho a convicção de que o Legislativo há de ser uma espécie de parceiro do Executivo, não é? Eu emparceirei o Legislativo com o Executivo. Tanto que fiz um governo quase congressual, trouxe muitos ministros do Parlamento. Muitas vezes eu vejo a liberação de emendas impositivas. E vejo: ‘Ó, o governo está liberando para conseguir voto disso e daquilo’. Mas faz parte da democracia. Porque quando libera emenda, não é que o deputado vai pegar o dinheiro e botar no bolso, [o dinheiro] vai para o município tal, para o estado tal. Faz parte do jogo congressual, do fazer política.”

Faz parte do fazer política?

“É claro que ninguém está imaginando gestos de corrupção. Mas liberação de emendas é mais do que natural.”

Perguntamos se não é possível um parlamentar votar a favor de uma reforma da Previdência, por exemplo, simplesmente porque considera aquela proposta importante para o país.

“Compreendo. Mas se ele [o parlamentar] revelar que está atrás daquela emenda para beneficiar o seu município ou o município da sua região… Eu acho que isso ele pode explicar.”

Questionamos Temer se o Centrão de hoje é uma continuidade do Centrão de Eduardo Cunha, que ele conhece muito bem.

“Não acho que [o Centrão] exista não. O Centrão é uma coisa do meu tempo. Convenhamos, quando eu fui constituinte, o grande movimento que se fez foi do chamado Centrão, que depois foi transplantado para estes tempos aqui. Eu não acho que seja ligado a Eduardo Cunha. São partidos que, de repente, se coligaram. Aliás, se nós pensássemos em uma grande reforma política, quem sabe um dia essas partidos todos pudessem formar um único partido.”

Temer é defensor ferrenho do que considera semiparlamentarismo. Perguntamos se Rodrigo Maia atua hoje como uma espécie de primeiro-ministro. Ele respondeu puxando para si.

“O Parlamento teve grande protagonismo no meu governo, porque o presidente da República admitiu. Quando chegou o início do governo Bolsonaro, havia umas dúvidas em relação à reforma da Previdência e o Legislativo assumiu. A imprensa falou até em parlamentarismo branco. Neste período da Constituição, nós vivemos três impedimentos, três impeachment. E eu vivi o último e sei que isso é um trauma para o país, não tenho a menor dúvida disso, um trauma institucional. Os fatos estão levando a uma conclusão que não e improvável que, em breve tempo, você caminhe para um sistema semiparlamentarista ou sempresidencialista. Digo ‘semi’ porque não estou falando do parlamentarismo inglês, onde o rei reina, mas não governa. Estou falando do parlamentarismo português, francês, em que o presidente tem também grande presença. Quando você caminha nesse sistema, você evita os traumas institucionais. Porque se o governo cai, cai e substitui por outro. Você tem a possibilidade, como cidadão, de, ao apontar o dedo, não apontar apenas para o Executivo, porque você aponta para o Legislativo, o Legislativo passa a ser executor das medidas do governo. O que dará uma responsabilidade muito maior para o Parlamento.”

E qual o papel do MDB no governo Bolsonaro? O ministro da Cidadania, Osmar Terra, é emedebista, assim com os líderes do governo no Senado, o enroladíssimo Fernando Bezerra Coelho, e no Congresso, Eduardo Gomes — apenas para citar os exemplos mais latentes. Além disso, o ex-senador Romero Jucá continua se movimentando em Brasília.

“[O papel do MDB] é apoiar as boas causas do governo. No começo, tinha muito essa história de velha política, nova política. E, data vênia, não é isso que vai presidir o governo. O governo tem é que trabalhar com o que tem. E, portanto, tem muita gente da chamada velha política que pode colaborar muito com o governo. Tanto que ele [Bolsonaro] chamou os líderes do MDB. A ideia é justamente esta: apoiar todas as teses do governo que são boas para o país. Agora, eles [do MDB] não vão se incorporar ao governo. É apoiar as teses importantes.”

Mas Osmar Terra, por exemplo, é governo, insistimos.

“Não é verdade [que Osmar Terra é homem meu no governo Bolsonaro]. Osmar Terra foi homem meu, sempre foi muito ligado a mim. Eu o nomeei ministro do Desenvolvimento Agrário e Social e ele deu bons resultados. Neste segundo momento, não. Eu saí com aquela sensação de que não estou mais no poder e tenho que ser extremamente discreto. A sensação que eu tenho é de que foi uma escolha pessoal do Bolsonaro.”

Então, quer dizer que Temer não manda mais nada no MDB?

“Não mando em ninguém. Quando você chega à Presidência da República, a primeira coisa que você tem que fazer [quando não é mais presidente] é ser extremamente discreto, para não dar aquela sensação de que ‘ah, eu queria estar no poder’. Um segundo ponto é que você pode se transformar numa espécie de conselheiro, afinal nós temos toda uma estrada política, alguns conselhos a gente pode dar. Então, não é incomum que muita gente venha aqui me visitar cordialmente, mas também para me ouvir um pouco. Então, você vira uma espécie de conselheiro, só isso. Nada além disso. Quem foi presidente sempre pode aconselhar.”

Temer conhece os porões de Brasília como poucos. Perguntamos se ele acredita na existência de um acordão para salvar Flávio Bolsonaro das investigações em curso envolvendo o filho do atual presidente da República.

A resposta veio com o ex-presidente voltando a defender um “pacto” em Brasília:

“Eu não saberia responder. Neste momento, não acho fácil, não acho fácil. Porque, é… Hoje, a figura do presidente da República, uma figura importante… Eu acho que, neste momento, o Brasil está dependendo de uma espécie de Pacto de Moncloa, de 1977, na Espanha, quando se reuniram a oposição e todas as lideranças e fizeram um pacto. Aqui era preciso caminhar para isso. Mas, para isso, era preciso pregar, pregar pregar. Ora bem, nós temos larga polarização, marcada pela radicalização. Não é uma polarização de ideias, é um conflito quase pessoal. Então, isso dificulta esse pacto. Era preciso fazer aqui um ‘Pacto do Alvorada’. Não é fácil. Neste momento, não acho fácil.”

O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. Num ponto em particular Temer e a petralhada lularápia devem convergir: nada é mais "democrático" do que roubar os cofres públicos.

    1. Esse pilantra deve achar que roubar também faz parte da democracia.

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Política

Senadora Zenaide participa da reunião da bancada sobre emendas e sai insatisfeita com decisão do Governo Federal

A senadora Zenaide Maia participou, na noite dessa quarta-feira (03), da reunião da bancada parlamentar do Rio Grande do Norte no Congresso para decidir em votação os novos valores das emendas destinadas ao Estado, diante do corte de R$ 36 milhões de reais imposto pelo governo federal.

Os valores finais para as áreas de Segurança, Saúde e Educação não sofreram cortes, ficaram R$ 40, R$ 30 e R$ 20 milhões respectivamente. Os cortes incidiram sobre Barragem de Oiticica, que reduziu para R$ 40,937 milhões, Rio Apodi R$ 1 milhão e Redinha R$ 1 milhão, nos últimos dois casos, valores praticamente simbólicos para manter aquelas rubricas em aberto para as emendas dos próximos anos.

A senadora Zenaide Maia não ficou nada satisfeita com o critério adotado pelo Governo Federal em cortar custos das emendas, mas seguiu a decisão da maioria da bancada para estabelecer os novos valores para as respectivas emendas. Durante a reunião Zenaide Maia votou por cortes lineares proporcionais para todas as rubricas.

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Política

Rosalba Ciarlini e José Agripino pleiteiam emendas para Rio Grande do Norte

A governadora Rosalba Ciarlini se reuniu com o senador José Agripino na manhã desta terça-feira (26), no gabinete dele no Senado Federal, para discutir as 11 emendas que serão votadas pela bancada federal na tarde de hoje.

A chefe do Executivo Estadual e o parlamentar discutiram as prioridades para 2014 e lembraram da importância da emenda votada pelo senador e pelo deputado federal Felipe Maia para a aquisição de ônibus escolares e tablets, que foram distribuídos para professores da rede estadual.

“Vamos pleitear emendas para ações de combate à seca, estradas, saúde e para a educação, priorizando a nossa UERN”, disse a governadora.

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Diversos

Prefeitura do Natal reúne vereadores e detalha andamento das emendas individuais

Secretários e assessores da Prefeitura do Natal reuniram-se nesta terça-feira (8) com vereadores no auditório da Secretaria Municipal de Planejamento, Fazenda e Tecnologia da Informação (Sempla) para explicar a situação de cada emenda individual proposta no início deste ano.

Emendas são recursos destinados pelos vereadores para obras e serviços específicos. Entre as propostas estão instalação de Academias da Terceira Idade, reforma de praças, fomento a projetos culturais, implantação de ciclovias, aquisição de ambulância e garantia de castração de animais, entre outros.

Elas somam cerca de R$ 7 milhões. A maior destes recursos, R$ 3,3 milhões, está sendo executada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur). Parte importante deste montante refere-se à implantação das Academias de Terceira Idade – 72 no total.

O vereador Júlio Protásio agradeceu o empenho da administração municipal. “Esse comportamento é inédito na história do relacionamento entre Executivo e Legislativo. Estamos aqui discutindo ponto a ponto cada emenda destinada sem barganha, com toda a transparência. Agradecemos aos secretários e especialmente à Sempla por coordenar essa reunião”.

A secretária Virgínia Ferreira (Planejamento) afirmou que a transparência e o respeito entre os dois poderes é fundamental. “Vocês têm a nossa garantia de que nessa gestão as emendas individuais serão sempre discutidas e liberadas”.

Em 2014, os vereadores terão direito a destinar R$ 14 milhões em emendas individuais – o dobro do previsto para esse ano. A proposta está encartada na Lei de Diretrizes Orçamentárias enviada para a Câmara Municipal pela Prefeitura do Natal.

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Política

Prioridade da Bancada Federal é viabilizar liberação das emendas para RN

O coordenador da Bancada Federal do RN, deputado federal João Maia, concedeu entrevista nesta quarta-feira (29) à TV Câmara sobre as emendas de bancada para o Exercício 2013, apresentadas pelos deputados e senadores do RN. Uma das emendas, destacada como de fundamental importância pelo deputado foi a que destina 19 milhões de reais a Infraestrutura Urbana para Natal. “É uma emenda que vai melhorar a qualidade de vida da população em função das obras de mobilidade urbana, que contemplarão viadutos, alargamento de ruas e recuperar a cidade já que a administração anterior deixou a desejar”, disse João Maia.

Na entrevista, o deputado ainda reforçou a luta da bancada junto a emenda para aquisição de transporte escolar que permitirá mais segurança para os alunos e menos gasto com aluguel de caminhões e ônibus por parte das prefeituras, e ainda a emenda que contempla a compra de tablets cuja finalidade é melhorar a qualidade de ensino nas escolas municipais e estaduais.

O próximo passo agora, de acordo com João Maia, é lutar junto ao Congresso Nacional para que todas as emendas apresentadas pela Bancada Federal sejam viabilizadas. “Sabemos que não é fácil, mas temos o apoio de todos os parlamentares e do presidente da Câmara, deputado Henrique Alves”, finalizou.

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Jornalismo

Gravações mostram vendas de emendas na Câmara dos Deputados

A semana começa sob os ruídos de um novo velho escândalo. O caso é novo porque ainda não havia chegado às manchetes. É velho porque é feito de uma matéria prima muito comum no noticiário sobre corrupção: as famigeradas emendas parlamentares.

Deve-se a revelação da encrenca ao repórter Paulo Celso Pereira. Ele obteve um par de gravações. Soam nos áudios as vozes de duas pessoas ligadas a um deputado chamado João Bacelar (PR-BA). Uma, Isabela Suarez, é ex-mulher do parlamentar. A outra, Lílian Bacelar, é irmã dele.

Lílian mede forças com o irmão deputado um litígio judicial pela partilha da herança do pai. Gravou conversas mantidas com Isabela. Sem saber que estava sob escuta, a ex-mulher relata detalhes de um esquema operado por João Bacelar. O deputado compra emendas de colegas, ela contou.

Isabela detalhou para Lílian os negócios atribuídos a Bacelar. Num trecho da conversa, declarou: “Desse cara do PT, com certeza ele compra emenda. O nome dele é Geraldo alguma coisa. Federal da Bahia. Se procurar, na hora você vai achar: Geraldo. Com certeza, com certeza. Eles operavam com o filho dele.”

Na bancada do PT baiano há um único deputado chamado Geraldo. O nome completo é Geraldo Simões. A prosa de Isabela orna com o teor de uma planilha apalpada pelo repórter junto com um lote de e-mails trocados pelo deputado João Bacelar.

Nesse tabela, aparecem os nomes de sete municípios baianos que receberam verbas da Codevasf (Cia. de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba). Dinheiro provido por meio de emendas empurradas para dentro do Orçamento da União.

Cada município aparece no documento associado a uma cifra e às iniciais de cinco autores de emendas: GS, FS, JB, MM e FF. Dessas siglas, apenas FS não foi identificada. Quanto às demais, um cruzamento feito com as emendas direcionadas à Codefasf permitiu descobrir os rostos escondidos atrás das letras.

GS é Geraldo Simões (PT-BA), JB é o próprio João Bacelar (PR-BA), MM é Marcos Medrado (PDT-BA) e FF é o ex-deputado Fernando Fabinho. Os parlamentares negam que tenham cometido irregularidades.

Está no Blog de Josias de Souza. O que se comenta há muitos anos agora aparece com provas:

Normalmente, deputados costumam direcionar verbas do Orçamento para cidades onde colecionam votos. Por mal dos pecados, a planilha baiana revela um fenômeno inusitado.

O dinheiro foi mandado para redutos eleitorais de João Bacelar, não dos autores das emendas. Em cinco dos sete municípios mencionados Bacelar foi o primeiro ou o segundo deputado mais votado na eleição de 2010.

Por exemplo: Defronte da sigla GS, lê-se o nome da cidade de Casa Nova e o montante de R$ 3 milhões. Ouvida, a Codevasf confirmou a existência da emenda, o nome do autor (Geraldo Simões), o valor e o município. Em Casa Nova, Bacelar amealhou 7.599 votos. Simões, o signatário da emenda, apenas quatro.

João Bacelar é herdeiro de uma construtora, a Embratec. Suspeita-se que as verbas são direcionadas para prefeituras que, na sequência, contratam a empresa da família Bacelar para a realização das obras. Numa das conversas gravadas pela irmã Lílian, a ex-mulher Isabela Suarez explica o porquê do comércio de emendas:

“Época de campanha política, neguinho está sem dinheiro. Aí pega um deputado que esteja mais capitalizado. Como ele [Bacelar] tem construtora, aí vende as emendas para ele antecipadamente com o compromisso. Aí, ele vai lá e aporta dinheiro na campanha do cara. Aí, quando ele entrar no mandato, vai lá e paga as emendas. […] Quem negocia emenda, todo mundo sabe. Ele deve negociar emenda com todos os deputados. Porque o cara precisa disso para poder financiar sua campanha.”

O caso de Bacelar não é original. No ano passado, os ministérios do Turismo, do Trabalho e dos Esportes revezaram-se nas manchetes em escândalos envolvendo desvios de emendas parlamentares que destinaram verbas públicas para ONGs.

Nem toda emenda de parlamentar resulta em corrupção. Mas quase toda a corrupção de Brasília carrega as emendas no DNA. Algo como 80% dos 513 deputados e dos 81 senadores resumem os seus mandatos a duas tarefas.

A primeira é atender aos interesses dos grupos políticos e econômicos que os elegeram. A segunda, preparar a caixa da próxima reeleição. Essas duas prioridades terminam por conduzir os deputados para o balcão.

Em troca de apoio congressual ao governo, exige-se a liberação das emendas e a acomodação de apadrinhados em cargos com poder para virar a chave do cofre. O primeiro grande escândalo, o caso dos “Anões do Orçamento”, é de 1993.

O país vinha do impeachment de Fernando Collor. Itamar Franco mal assumira a Presidência quando se descobriu que também o Legislativo caminhava sobre o pântano.

Deputados cobravam propinas de empreteiras e prefeituras para injetar no Orçamento da União recursos destinados a obras públicas. Criou-se uma CPI. Seis deputados tiveram os mandatos passados na lâmina. Outros quatro renunciaram. Alteraram-se as regras de elaboração do Orçamento.

Há cinco anos, em 2007, no alvorecer do segundo reinado de Lula, a “Operação Navalha” demonstrou que a mudança de normas não deteve os malfeitos. Sob supervisão do Ministério Público, a Polícia Federal gravou 585 diálogos telefônicos. Conversas vadias, que desnudaram um esquema similar ao dos anões.

A transcrição das fitas recheia um processo de 52 mil folhas. Descrevem o modo como o empreiteiro Zuleido Veras e a sua Gautama beliscavam verbas públicas. Numa ponta, compravam-se os políticos com poder para destinar verbas às obras. Noutra, subornavam-se servidores públicos responsáveis pelas liberações.

A navalha correu em quatro ministérios, seis governos de Estados nordestinos, e dezenas de prefeituras. A vítima mais vistosa foi Silas Rondeau. Acomodado por Lula na pasta de Minas e Energia a pedido de José Sarney (PMDB-AP), Rondeau foi acusado de receber propina de R$ 100 mil.

Entre os anões e a navalha, houve o caso das “Sanguessugas”. Nasceu em 2001, sob Fernando Henrique Cardoso, e explodiu em 2006, no final do primeiro reinado de Lula. Envolvia a pasta da Saúde.

Na origem do roubo, de novo, as emendas. Destinavam-se à compra de ambulâncias para prefeituras. A propina aos parlamentares era provida pela empresa Planan, que superfaturava os veículos em até 250%. Uma CPI apontou o envolvimento de 71 congressistas. Nenhum foi cassado. Mas poucos se reelegeram.

Além da origem parlamentar, os escândalos têm muito em comum: produzem operações espalhafatosas da PF, dezenas de prisões e quantidade idêntica de habeas corpus. Passado o estrondo, as cadeias se esvaziam e os escaninhos do Judiciário ficam apinhados. Não há vestígio de condenação definitiva. Grassa a impunidade. Daí a reiteração dos desvios.

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