A Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos anunciou nesta terça-feira sua nova missão de exploração espacial, com o desafiador objetivo de pousar em um asteroide. Segundo a agência, a espaçonave da missão será construída nos próximos sete anos, com data de lançamento prevista para 2028.
O objetivo inicial da missão é orbitar Vênus e depois a Terra. Usando manobras de auxílio de gravidade, a espaçonave chegaria ao Cinturão de Asteroides localizado entre Marte e Júpiter em 2030 para estudar sete corpos celestes.
O desafio final, em 2033, é pousar em um dos asteroides do cinturão principal, a cerca de 560 milhões de quilômetros da Terra. No total, a missão percorreria mais de 3,6 bilhões de quilômetros.
Pela proximidade de Vênus com o Sol, a espaçonave contará com proteção especial contra o calor extremo. Ainda sem nome, a missão terá mais detalhes divulgados em 2022, como objetivos de estudo científico e instrumentos a bordo.
Se a missão for bem sucedida, os Emirados Árabes se juntariam ao seleto grupo de Estados Unidos, Japão e países da União Europeia que conseguiram a proeza.
“A nova missão nos leva a outro nível de complexidade e desenvolvimento de capacidade e representa um salto quântico para o desenvolvimento do setor espacial dos Emirados”, disse Sarah Al Amiri, ministra de Tecnologia e chefe da Agencia Espacial do país.
Foto: Reprodução / Agência Espacial dos Emirados Árabes Unidos
A nova missão, desenvolvida em parceria com a Universidade do Colorado (EUA), expande a ambição dos Emirados Árabes de explorar o sistema solar. Em fevereiro deste ano, a Emirates Mars Mission, conhecida como Hope Probe, chegou até a órbita de Marte, enviando imagens para ajudar na criação do primeiro retrato completo da atmosfera marciana.
Com a Hope, os Emirados Árabes se tornaram apenas o quinto país a enviar uma missão ao planeta vermelho.
Em visita oficial aos Emirados Árabes Unidos, o presidente Jair Bolsonaro firmou oito atos bilaterais com o país do Oriente Médio em várias áreas como paz e segurança, cooperação econômica, inteligência artificial, meio ambiente e defesa. A comitiva brasileira foi recebida, nesse domingo (27), em Abu Dhabi, pelo príncipe herdeiro do país, Xeique Mohammed bin Zayed Al Nahyan.
Bolsonaro está em visita a três países da região. Depois dos Emirados Árabes, visita o Catar e a Arábia Saudita, que são grandes compradores de produtos do agronegócio brasileiro e compradores promissores de produtos de defesa. Os dois países são donos de grandes fundos soberanos em busca de oportunidades de investimento em países emergentes.
“O Brasil mudou de verdade, os números da economia comprovam o que estou falando, e o fato de estarmos reconquistando a confiança do mundo todo faz com que cada vez mais países queiram firmar negócios com o Brasil”, disse em entrevista à Agência de Notícias dos Emirados Árabes, antes de deixar o país rumo ao Catar.
Acordos
Para despertar o interesse das companhias em expandir as atividades no Brasil, foi firmado entendimento com os Emirados Árabes para a troca de informação sobre o ambiente de negócio e oportunidades de investimentos nos dois países, por meio de compartilhamento de experiências e de melhores práticas empresariais.
Na área de defesa, os dois países pretendem constituir um fundo para expansão da capacidade produtiva do setor no Brasil. O objetivo é financiar projetos considerados prioritários pelos dois países.
Os dois países também estabeleceram as diretrizes para a parceria no desenvolvimento, produção e comercialização de produtos de defesa. Também foi assinado ato para o desenvolvimento de iniciativas de alto nível nas áreas de paz e segurança; de cooperação econômica, especialmente em comércio, investimento, indústria, infraestrutura, agricultura, transporte e espaço exterior; de cooperação energética e articulação de mecanismos conjuntos nos setores do turismo, cultura e esportes.
O Brasil e os Emirados Árabes ainda se comprometeram à troca e proteção mútua de informações. O acordo assinado estabelece, entre outros assuntos, equivalência dos níveis de classificação, medidas de proteção, regras de acesso e transmissão de informações classificadas, bem como providências relacionadas ao vazamento de dados sigilosos. Um outro memorando de entendimento prevê parceria entre instituições tecnológicas na área de inteligência artificial por meio do desenvolvimento de programas de pesquisas básicas e aplicadas, realização de projetos conjuntos e participações em eventos.
Na área aduaneira, os dois países deverão prestar assistência mútua na prevenção, combate e investigação de infrações aduaneiras para garantir segurança e fluidez na cadeia logística do comércio. Além disso, haverá troca de informações sobre assuntos de sua competência, tais como valoração aduaneira, regras de origem e classificação tarifária.
Os órgãos de meio ambiente também vão cooperar nas áreas de conservação ambiental e de espécies ameaçadas e desenvolver iniciativas em ecoturismo, gestão de zonas úmidas, entre outros.
Viagem
Há mais de 10 anos um chefe de Estado brasileiro não visitava os Emirados Árabes Unidos, segundo maior parceiro do Brasil na região. Já o Brasil é o principal parceiro do país na América Latina.
Ao chegar a Abu Dhabi, no sábado (26), Bolsonaro participou da cerimônia de Oferenda Floral.
Neste domingo (27), o presidente brasileiro se reuniu com empresário no Seminário Empresarial Brasil-Emirados Árabes Unidos, e se encontrou com atletas brasileiros e dos emirados praticantes de jiu-jitsu. Cerca de 10 mil brasileiros vivem nos Emirados Árabes, muitos buscam a prática dessa arte marcial, que é obrigatória nas academias militares do país.
“O encontro com empresários e autoridades desse país, para mim, foi sensacional, e tenho certeza eu brevemente tudo que nós conversamos aqui será concretizado. O Brasil tem muito a oferecer e nós precisamos também dos Emirados Árabes para o desenvolvimento do nosso país”, disse, destacando que há mais de 5 milhões de árabes morando no Brasil.
Antes de chegar ao Oriente Médio, Bolsonaro passou por China e Japão para divulgar as reformas que o governo este empreendendo no campo econômico e divulgar as oportunidades de negócio no Brasil.
Bolsonaro se hospeda em hotel mais luxuoso do mundo em Abu Dhabi
No Emirates Palace, um capuccino custa R$ 82, cerca de oito vezes o que a bebida custa no Brasil. O local tem flocos de ouro de 23 quilates (96% puro). As diárias dos 394 quartos e suítes do Palace começam em R$ 2.665 por noite, no mais simples.
Jair Bolsonaro escolheu nada menos que o hotel mais luxuoso do Oriente Médio para fazer a sua viagem: o Emirates Palace, em Abu Dhabi, capital do Qatar. No hotel um capuccino custa R$ 82, cerca de oito vezes o que a bebida custa no Brasil. O local tem flocos de ouro de 23 quilates (96% puro).
Até cinco quilos do metal precioso são usados todos os anos na decoração de pratos, sobremesas e drinques. O palácio custou R$ 3 bilhões e levou três anos para ser construído, por 20 mil trabalhadores.
O Emirates é um palácio com um quilômetro de extensão de uma ponta a outra e um domo central de 72,6 metros de altura. É de De propriedade do governo emiradense e administrado pela cadeia alemã Kempinski.
De acordo com informações da imprensa, as diárias dos 394 quartos e suítes do Palace começam em R$ 2.665 por noite, no mais simples. O preço não inclui café da manhã.
Pelo jeito o estilo da caneta Bic vai ficando no passado.
Faça o que digo, mas não faça o que faço não.
Jair Bolsonaro mostra projeção da bandeira do Brasil em Abu Dhabi. Foto: Reprodução
Waleed Al Muhairi, vice-presidente executivo do grupo Mubadala, fundo bilionário dos Emirados Árabes Unidos, disse que deve elevar seus investimentos no Brasil na próxima década, informa a Folha.
Al Muhairi deu a declaração durante painel que discutiu a possibilidade de os Emirados abrirem as portas para o acesso do Brasil no mercado regional e para oportunidades de infraestrutura.
O Mubadala é um dos dois grandes fundos soberanos dos Emirados Árabes Unidos. Ele investe no Brasil desde 2011, com participações no grupo X, de Eike Batista.
“Estamos aqui como amigos. Vemos o Brasil como uma economia em crescimento. Será um dos principais destintos para o Mubadala nos próximos de 5 a 10 anos”, disse Al Muhairi.
quem procura acha…