Economia

Entidades empresariais do RN defendem retomada das atividades econômicas

Após a manifestação dos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho recomendando que governo e prefeituras não iniciem retomada da economia, uma nota conjunta de Associações, federações, sindicatos e entidades ligadas a setores do comércio, transporte, hotelaria, bares e restaurantes do Rio Grande do Norte foi publicada nesta terça-feira(22), pede a reabertura gradual do comércio nesta quarta-feira (24).

Segundo último decreto, o início do retorno às atividades previsto para esta quarta (24), está condicionado ao cumprimento de protocolos específicos de segurança sanitária. Uma das condições para a reabertura da economia é a taxa de leitos, que deve estar abaixo dos 70%, índice que se encontra atualmente distante, acima dos 90%.

A nota favorável ao retorno gradual das atividades econômicas no RN foi assinada por Abav, Abih, Abrasel, Associação Comercial do RN, Associação dos Empresários do Bairro Alecrim, Associação Viva o Centro de Natal, CDL, Federação da Agricultura, Federação das Associações Comerciais do RN, Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RN, Fiern, Fecomércio, Federação dos Transportes do Nordeste, Natal Convention & Visitors Bureau, Sebrae, Sindetur e Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.

Veja nota abaixo das entidades empresariais:

Desde o registro do primeiro caso de Covid-19 no Rio Grande do Norte, em 12 de março de 2020, as entidades do setor produtivo têm sido atuantes, presentes e diligentes, empreendendo diversas ações de apoio à sociedade, as prefeituras e ao Governo Estadual.

É importante ressaltar nossa permanente preocupação com o panorama assistencial, em especial com a oferta de leitos críticos para tratamento dos pacientes com COVID-19. Neste sentido, foram entregues quase cem respiradores recuperados ao Governo que permitiu a abertura de 47% dos 214 leitos críticos disponibilizados até agora.

Entre os muitos frutos deste diálogo, foi elaborado e entregue, no dia 05 de maio, ao Governo do Estado um criterioso protocolo de normas e uma sugestão de cronograma, dentro do rigor necessário, para que a retomada gradual da atividade econômica fosse concretizada com responsabilidade, equilíbrio e a devida segurança para empreendedores, colaboradores, clientes e, por consequência, para toda a população. Vale ressaltar, inclusive, que o Plano apresentado pelo setor produtivo foi amplamente elogiado e aprovado pelo Comitê Científico, presidido pelo Secretário de Estado da Saúde.

Além da existência deste Plano, registre-se o fato de que, desde o último Decreto Estadual (publicado em 15 de junho), vimos cair a taxa estadual de transmissibilidade da Covid-19 de 1,48 para 1,14, assim como, o Rio Grande do Norte tem o menor índice de infectados por cem mil habitantes (em torno de 460). Por tudo isso e pelas tratativas com o Governo do Estado, em resumo, contávamos que o processo gradual de reabertura começaria a partir do dia 24 de junho.

Lamentavelmente, para surpresa nossa, recebemos, no final de semana passado, a notícia de que os órgãos ministeriais – Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho – estão contrários ao início da retomada gradual prevista para 24 de junho. Este posicionamento dos dignos representantes do Ministério Púbico causa-nos ainda mais estranheza pelo fato de que, no dia 28 de maio, os protocolos e ações transversais foram detalhados em uma reunião com os Poderes Públicos do Rio Grande do Norte, os citados ministérios e outros órgãos autônomos, não tendo sido registrada qualquer ressalva.

Como não temos autoridade institucional para qualquer ação efetiva que determine a retomada, passaremos a esperar que o bom senso do MPE, do MPF, do MPT, prevaleça. Assim como, contamos, a exemplo dos meses anteriores, com a moderação do Governo do Estado para construirmos, juntos, uma solução de equilíbrio diante da pandemia (que é grave), mas, também, de números significantemente negativos: mais de dez mil empregos perdidos; queda de quase R$ 200 milhões em faturamento e expectativa de fechamento de cerca de 12 mil empresas do comércio no pós-pandemia com estimativa de 225 mil desempregados.

Estamos todos tentando construir as melhores soluções. Buscamos o equilíbrio. Estamos abertos ao diálogo! Mas, não é indevido registrar que, com a morte das empresas, está sendo sepultado o vínculo de emprego de milhares de trabalhadores deste Estado e, consequentemente, a paz de inúmeras famílias potiguares.

Opinião dos leitores

  1. #AcordaRN

    Não podemos mais ficar parados!

    1) Não instalaram Leitos de UTI suficientes
    2) Não investiram em equipamentos e testes rápidos
    3) Não conseguiram estabelecer um cronograma
    4) Não deram nehum tipo de suporte ao setor produtivo
    5) Não deixaram a gente trabalhar

    PAROU! Nós não somos os culpados! Não vão calar a nossa voz, não vão fechar as nossas mãos que estão cansadas de levar esse Estado! Queremos compromisso sério por parte de todos que fazem a sociedade!

  2. Acontece que os integrantes da tal entidade empresarial possuem, todos, plano de saúde. Estamos com 85% dos leitos públicos ocupados. Querem mesmo ver as pessoas morrendo pelos corredores? Querem abrir tudo no pior estágio da doença?

  3. Sinceramente, fechado.. mas, vários abertos. Esse final de semana vi 05 igrejas evangélicas abertas. O cidadão está brincando, acha que é imprensa, acha que é na esquerda maldita. Infelizmente, se entre eles fizessem a imunidade do gado seria perfeito. Mas, se for pra tá prejudicando só uma parte do comércio que cumpre as leis, que abra tudo, que essa porra se exploda e casa um cuide de si.

    1. Só os que são rigorosamente aparentes (shoppings, lojas grandes) que estão respeitando o isolamento. O resto da massa "tocou o fod@-s3". Lamentável.

  4. Manda essas entidades assinarem se responsabilizando também pela tragédia anunciada. Eles e a Governadora. Curitiba, Fortaleza e Porto Alegre estão vendo a merda que fizeram.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *