Política

Presidente do PT diz que Brasileiro não está preocupado com Mensalão. Só com Avenida Brasil e Londres

De passagem pela cidade de Campinas, o presidente do PT federal, Rui Falcão, foi incomodado com uma dessas perguntas inoportunas de repórter inconveniente. Instaram-no a falar sobre os efeitos eleitorais do julgamento do mensalão.

Falcão respondeu que o brasileiro só tem olhos para as medalhas de Londres e para a vingança de Nina contra Carminha. “A população neste momento está mais voltada para ‘Avenida Brasil’ e Olimpíada do que para esse processo escandaloso que tentaram nos imputar”, disse.

De resto, declarou que os mensaleiros petistas, “injustamente denunciados”, haverão de sair limpos do STF por “ausência total de provas.” O companheiro talvez tenha desejado ser engraçado. Mas soou ingrato, indelicado e desleal.

Foi ingrato porque desqualificou a Polícia Federal de Lula e o procurador-geral da República escolhido por ele. Deve-se à PF a investigação que forneceu a matéria prima para que Antonio Fernando de Souza, indicado duas vezes por Lula para a chefia do Ministério Público, denunciasse a “quadrilha” ao Supremo.

Foi indelicado porque chamou o brasileiro de alienado –um tolo incapaz de dedicar parte dos neurônios ao elenco da novela do horário nobre e outra parte à trama vulgar que se desenrola em torno do banco dos réus do Supremo.

Foi desleal porque só enxergou injustiça apenas nas acusações que enodoam as biografias petistas. Se o mensalão é lenda, um saci-pererê de geração espontânea, Falcão deveria defender também gente como Marcos Valério e Valdemar Costa Neto.

De resto, há um quê de imprudência nas palavras do mandachuva do PT. O companheiro desconsidera a possibilidade de o Supremo decapitar uns e amputar outros. Nessa hipótese, o chiste de hoje pode virar um lero-lero sem pé nem cabeça amanhã. Melhor aguardar.

Fonte: Josias de Souza

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Jornalismo

[VÍDEO] Confira a entrevista com o assassino da menina Cinthia

Foi divulgado hoje o vídeo de uma entrevista exclusiva do Jornal de Fato com o assassino Poliano Cantarelle, que confessou ter matado a menina Cinthia Lívia, de apenas 12 anos. No vídeo, ele disse que fez o que fez por vingança.

A forma como ele relata o crime que chocou o Rio Grande do Norte causa um embrulho no estômago.

As imagens são do Jornal de Fato. A reportagem é de Andrey Ricardo e as imagens são de Marcos Garcia. Confira:

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Jornalismo

Emissoras de rádio e televisão devem manter em arquivo entrevistas e debates com candidatos

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) enviou hoje, 18 de julho, uma recomendação às emissoras de rádio e televisão de Natal para que sejam observadas as determinações à programação no período eleitoral, impostas em lei. A recomendação alerta para a necessidade de gravar e manter em arquivo, pelo prazo mínimo de 20 ou 30 dias, as entrevistas e debates realizados com candidatos, partido ou coligações. Tal determinação encontra-se no Código Brasileiro de Telecomunicações (Art. 71, parágrafo 3º).

“O Ministério Público tem como uma de suas atribuições institucionais zelar para que seja garantida a igualdade entre os competidores do pleito eleitoral. Para que isso se concretize é necessário observar a legislação”, destaca a promotora eleitoral Zenilde Alves Farias.

De acordo com a recomendação, apesar de permitir entrevistas de candidatos, bem como debates, a lei deixa claro que não pode haver pedido de voto e o tratamento deve ser igual a todos os candidatos (Lei nº 9.504/97, artigo 36-A, inciso I). Além disso, emissoras de rádio e televisão devem se abster de difundir opinião favorável ou contrária a candidatos, partidos ou coligações na programação normal ou noticiário, conforme determina a lei eleitoral.

Ainda de acordo com lei, a desobediência pode ensejar multa de até R$ 100 mil, que pode ser duplicada em caso reincidência. Além da multa, a emissora pode ter a programação suspensa por 24 horas, em razão de descumprimento da lei eleitoral.

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Social

Titular da Sejuc, Kércio Pinto, fala em 'restaurar credibilidade' da secretaria

Matéria do Diário de Natal, por Fernanda Zauli

O novo titular da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Kércio Pinto, assumiu um grande desafio: reestruturar o sistema prisional do Estado. Kércio Pinto é delegado da Polícia Federal e foi diretor da Penitenciária Federal de Mossoró de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2011. Durante sua posse, na última segunda-feira, o novo secretário assumiu a responsabilidade de “resgatar a credibilidade da Sejuc e dos profissionais que a compõem, que parece estar adormecida”. Ciente de todos os problemas do sistema prisional do Estado, ele diz que o Rio Grande do Norte precisa de novas unidades prisionais urgentemente. “O Rio Grande do Norte não pode mais esperar”, disse.

O senhor assume agora uma das pastas mais complexas do estado. Já está a par de todos os problemas?

Sei dos problemas e estou buscando resolvê-los, o compromisso é justamente tentar resolver. Nós entramos sabendo de tudo o que está acontecendo. Tenho plena certeza de que é um grande desafio e como todo desafio tem que ser encarado.

Quais serão suas prioridades à frente da Sejuc?

Nós precisamos eleger prioridades em diversos segmentos porque essa pasta não é somente sistema prisional. Nós queremos fazer com que as coordenações da mulher, da desigualdade racial, juventude, direitos humanos, e todas as outras coordenações tenham condições plenas de desempenhar suas funções. Temos o Procon – que já funciona bem, mas que nós queremos dar condições para que possa funcionar ainda melhor. E temos também a Central do Cidadão onde nós queremos ofertar serviços de excelência.

O estado pretende investir em novas unidades da Central do Cidadão?

Ao invés de abrir novas unidades das centrais, nós temos que buscar oferecer excelência nos serviços oferecidos. Estamos reabrindo a central de Macau, estamos colocando em dia os contratos de locação de todas as centrais. Deveremos reabrir a central do Praia Shopping em breve. Nós temos algumas centrais que a governadora elencou como prioridade que são justamente reabrir Macau e Praia Shopping, e investir em Canguaretama e uma nova unidade em Mossoró.

O sistema prisional do estado hoje vive um quadro de superlotação e estruturas físicas precárias. O senhor acredita que o RN chegou a essa situação por falta de recursos ou falta de gestão?

Ser gestor com recursos é a melhor coisa do mundo, aí não se enfrenta dificuldade alguma. Eu não tenho um conhecimento aprofundado das outras gestões, mas hoje nós vamos focar na gestão pública, na gestão como o carro chefe para administrar essa secretaria. Como tudo na administração pública você não faz nada se não tiver planejamento. Nós precisamos de uma assessoria de planejamento aqui na secretaria, nós precisamos elencar prioridades, nós precisamos ter como buscar recursos, então em primeiro lugar é gestão, mas sem recursos também a gente não faz nada.

O que se sabe é que existem recursos federais disponíveis que não são utilizados pelo estado.

Os recursos federais são canalizados para o Departamento Nacional Penitenciário (Depen) e aí depende dos estados apresentarem projetos. Se o estado não apresentar projetos, ou se tiver com convênios não executados ou executados sem a prestação de contas, não vai receber recursos. Nós estamos fazendo uma análise de todos os convênios da Sejuc justamente para estarmos aptos a receber esses recursos. Porque se você faz um convênio e não executa, aí sim, é falta de gestão porque você vai buscar altas somas de recursos não executa ou executa e não presta contas, consequentemente o estado será penalizado.

Hoje o governo do estado está impossibilitado de receber recursos federais?

Estamos trabalhando para sair dessa condição e poder buscar novos recursos junto ao governo federal. Se eu não me engano, em 2010 quase R$ 500 milhões foram devolvidos aos cofres da União pelo Depen porque os estados não apresentaram projetos para direcionar esses recursos. A partir de hoje a Secretaria de Justiça não perderá prazos, não deixará de executar seus projetos, porque esse é um dinheiro caro que o estado não tem e o governo federal nos oferta. Como é que nós vamos perder esse dinheiro? Não podemos perder. É inadmissível que isso ocorra. Acabei de assinar um ofício à governadora pedindo a vinda de um especialista na área de assessoria de planejamento, mestre em assuntos penitenciários, especialista na área de convênios, para que possa urgentemente capacitar os nossos servidores para administração e fiscalização desses convênios.

Recentemente o Ministério Público fez algumas recomendações a serem aplicada em Alcaçuz. A Sejuc terá como cumprir essas recomendações?

O que eu quero é parceria com o MP, com o Poder Judiciário, com a Defensoria Pública, para que possamos mudar esse quadro do sistema penitenciário no estado. Nós sabemos os problemas que nós enfrentamos, o que falta neste exato momento são projetos e recursos para que as ações sejam executadas. Os nossos técnicos já se dirigiram a Alcaçuz para diagnosticar algo que possa ser emergencial para aquela unidade. Já está publicado no Diário Oficial o chamamento de empresas para a licitação da parte elétrica do Pavilhão 5 de Alcaçuz, em caráter emergencial, para que possamos estender uma nova rede elétrica e colocar aquele pavilhão para funcionar porque só falta isso para funcionar. E aí nós vamos ter entre 400 e 450 apenados lá nessa unidade, ou transferidos de Alcaçuz para que possamos reformar parte das unidades, ou de outra penitenciária que esteja com quadro de superlotação. que é quase geral no estado hoje. Nós estamos fazendo a terraplanagem da parte externa e interna de Alcaçuz, estamos com uma equipe de engenharia tentando detectar rotas de fulga, mas primeiro queremos limpar o terreno para ter mais visibilidade. Uma das questões que nós estamos buscando é colocar cercas para evitar fugas, temos uma busca de orçamento para parte de iluminação, mas tudo isso vai depender do trâmite burocrático natural da administração pública. Além disso, estamos buscando agilidade em alguns projetos junto à Secretaria de Infraestrutura de reestruturação física da Deprov, da Cadeia Pública de Mossoró, e em Pau dos Ferros.

Estima-se que se todas as execuções penais forem cumpridas seria criado um déficit de 5 mil vagas no sistema prisional. Como o senhor pretende tratar essa questão?

Hoje o déficit no sistema prisional já é de aproximadamente 5 mil de vagas. Eu acredito que se muitos dos processos fossem agilizados para quem já cumpriu pena, todas as análises jurídicas fossem concluídas, nós teríamos uma diminução muito grande de detentos no sistema carcerário. Tem gente que já cumpriu pena, tem gente que talvez uma pena alternativa resolvesse ao invés de mandar para um presídio que – no Brasil todo – não oferece as mínimas condição paraa ressocialização do detento. O nosso sistema hoje tem aproximadamente 7.500 presos. É um universo muito grande para o nosso estado, já que nós ofertamos apenas 2,8 mil vagas.

O senhor pretende provocar a Justiça nese sentido?

Eu hoje estive conversando com um dos defensores públicos e o número de defensores no estado é muito pequeno, por isso eles não têm condições de nos ajudar agora. Então nós vamos buscar uma somação de esforços com o Poder Judiciário, o Ministério Público, não adianta a gente estar brigando, ao contrário, eu quero é parceria para que possamos desenvolver um bom trabalho que não é da Sejuc, é da sociedade e irá beneficiar a todos. É um trabalho difícil, penoso, que há a necessidade dessa integração entre MP, Poder Judiciário e administração. Tem que ser um trabalho não solitário, mas solidário, aí sim, nós vamos resolver a questão.

O estado pretende aumentar o número de vagas no sistema prisional?

Eu só posso aumentar o número de vagas se houver a obtenção de recursos do governo federal.

O senhor já esteve em Alcaçuz?

Eu vou visitar Alcaçuz como vou visitar todas as unidades prisionais do estado. Nós temos que ofertar aos agentes penitenciários, aos policiais militares que lá trabalham todas as condições para que possam executar o seu trabalho. Hoje nós contamos com a colaboração da PM, porque não temos condições de ter a guarda exclusivamente nas mãos dos agentes penitenciários. A Polícia Militar também perde com isso, porque não tem todo o seu efetivo nas ruas.

As fugas em Alcaçuz são constantes. O que o senhor pretende fazer para reverter esse quadro?

A penitenciária de Alcaçuz é uma unidade que foi contruída sobre dunas, a sua fundação está em um local em que não deveria estar. Além dessa condição, enfrentamos a falta de investimento em Alcaçuz, porque é inconcebível que uma penitenciária que foi tratada como de segurança máxima à época de sua construção não tenha um sistema de monitoramento de câmeras, não tenha um serviço de excelência por causa da falta de investimentos nesses14 anos. É preciso reestruturar aquela penitenciária. Hoje temos lá mais de 900 presos e a capacidade é de 450 presos. É até difícil executar uma reforma lá com essa superlotação. São anos sem a construção de uma nova unidade prisional no estado e nós temos que estudar esse caso.                   

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Televisão

Dica: Marília Gabriela entrevista hoje uma das criminosas mais procuradas do RJ

Se você tem a curiosidade de saber o que leva uma pessoa a enveredar pelo caminho do crime, eis uma boa oportunidade de ter tal relato no conforto da sua casa. Hoje, a apresentadora Marília Gabriela entrevista Rose dos Santos, tida como uma das criminosas mais procuradas do Rio de Janeiro. Após passar 12 anos presa, em regime fechado, a entrevistada hoje cumpre pena no regime semi-aberto. A conversa vai ao ar hoje , à 00h15, no SBT.

A história dos menores de idade que se rendem à criminalidade se repete. Rose dos Santos, que já foi uma das criminosas mais procuradas do Rio de Janeiro, nasceu em Vigário Geral, era filha uma mãe alcoólatra, parou de estudar na 5ª série e começou a fazer pequenos furtos aos 11 anos. “Risco eu corro desde que eu nasci. Agora quero correr risco para o bem, ter uma vida melhor”, diz Rose à Marília Gabriela, no De frente com Gabi deste domingo (8).

Foto: divulgação do SBT

 

Rose passou 12 anos presa, entre idas e vindas. Atualmente, é mãe de 4 filhos e avô de 3 netas e vive em regime semi-aberto: sai do presídio às 7h e precisa voltar às 20h. “Sempre tive uma vida no crime, mas sempre fui uma mãe atenciosa. Nunca trabalhei na minha vida e agora estou descobrindo uma coisa gostosa”, conta ela, que tem uma opinião formada sobre as UPPs que estão proliferando nas comunidades cariocas. “Na realidade o tráfico nunca vai acabar.”

Com informações do Jornal do Brasil

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Cultura

Gilberto Gil revela: "Usei maconha até os 50 anos"

Momentos antes de se apresentar no evento da Rio+20 na última quinta-feira (21), o cantor Gilberto Gil afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que fumou maconha até os 50 anos de idade. “Usei muito, durante a vida toda. Aos 50 anos decidi que deveria me afastar do hábito”, disse.

De acordo com o artista, que completa 70 anos na terça-feira (26), a droga produzia um efeito que auxiliava em seu processo de criação. “Eu usava por causa da música. A maconha desencadeava liberdade auditiva. Eu até costumo brincar que a Bossa Nova e o Reggae se beneficiaram dela”, afirmou.

Além da maconha, Gilberto Gil afirmou ter usado também, por um curto período de sua juventude, LSD e mescalina (alucinógeno natural). “Esses foram na época do psicodelismo”, disse.

Do blog: É fácil acreditar nas revelações de Gilberto Gil. Afinal, a produção artística dele não tem sido a mesma nos últimos 20 anos

* Com informações do Blog E+


Opinião dos leitores

  1. A falta de Deus no coração do Homem, seja ele famoso ou não, faz este procurar alternativas para preencher muitas lacunas as quais sem Deus lhe falta sabedoria para preencher. Com todo respeito, no lugar da palavra Hábito ele poderia usar vicio mesmo. Ainda bem que ele abandounou o vicio e espero que Deus tenha espaço para se fazer presente na vida dele.

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Política

Micarla confirma que não é candidata e diz "que não é política profissional e que entrou na política para ajudar a cidade"

Prefeita @micarladesousa faz pronunciamento para imprensa no Hotel Pestana na Via Costeira.Com informações do Panorama Político da competente Ana Ruth Dantas e foto de Canínde Soares:

A prefeita Micarla de Sousa confirmou o que era esperado: não disputará a reeleição. Citando Deus e suposta perseguição por parte de políticos tradicionais, a presidente estadual do PV disse que não irá para a disputa porque precisa se dedicar à própria saúde e à família. A decisão foi comunicada oficialmente durante pronunciamento, na noite desta segunda-feira (25).

Com mais de duas horas de atraso devido a uma crise hipertensiva, Micarla de Sousa falou sobre o período em que esteve à frente da Prefeitura. Ela disse   Para Micarla, todas as atitudes tomadas durante a gestão foram de acordo com o que ela acredita.

“Sei que alguns me criticam duramente pela minha opção de cuidar de gente. Dizem que prefeito é bom é o que calça ruas e maqueia a cidade com florzinhas plantadas nos canteiros. Eles chegam até a comparar. Não me arrependo de nada que fiz, nem decisões que tomei. Troquei asfaltos por escolas, sim. Troquei calçamento por Upas, Ames. Troquei concreto armado por albergue para moradores de rua”, disse Micarla.

Afirmando que é vítima dos “poderosos”, Micarla garantiu que não se rendeu aos chamados “políticos profissionais”. “Continuaria sem me render aos grupos poderosos desta cidade, que foram contrários a esta política de libertar as pessoas através da educação e da melhoria de vida. Os mesmos que como uma verdadeira matilha de lobos famintos querem comer as carnes do nosso povo mais uma vez. Políticos profissionais que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada e que agora viram os seus dedos e mão sujas em minha direção”, disparou a prefeita.

Micarla agredeceu a colaboração de auxiliares, citando também o vice-prefeito Paulinho Freire, o vereador Enildo Alves (DEM), o presidente da CMN, Edivan Martins (PV), o deputado estadual Gilson Moura (PV) e o deputado federal Paulo Wagner (PV). Para ela, o momento é de parar temporariamente.

“Agora é hora de parar. Não digo um adeus. Apenas um até breve. Estarei até dezembro me dedicando de corpo e alta a minha cidade amada. A minha família, alegria do meu ser, da minha vida, espero poder retribuir nos próximos anos toda a ausência dos últimos tempos”, disse.

Durante o pronunciamento, Micarla não disse qual será o candidato à Prefeitura do Natal apoiado pelo PV. O ex-deputado Luiz Almir confirmou o convite, mas não aceitou.

Nas últimas pesquisas de opinião divulgadas na cidade, Micarla de Sousa apresentou índice desaprovação superior a 90%.

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Jornalismo

Lula no Ratinho vende seu candidato e debocha da Lei Eleitoral

Durante ataque de esquizofrenia, filha mata a mãe estrangulada em Parnamirim. migre.me/9jKdw

Não é verdade que o crime não compensa. É que, quando compensa, muda de nome. Na seara eleitoral, por exemplo, chama-se esperteza. Na noite passada, Lula e Fernando Haddad pisotearam a lei no Programa do Ratinho (aqui e aqui). E daí? Nada. Reza a jurisprudência do TSE que a propaganda eleitoral antecipada é um dos crimes que compensam no Brasil.

No papel, a lei é clara: antes de 6 de julho, nada de campanha. A partir dessa data, a propaganda estará parcialmente liberada –na internet e em carros de som, por exemplo. No rádio e na tevê, só a partir de 21 de agosto. O que torna o crime eleitoral compensatório é a pena: multas de R$ 5 mil a R$ 25 mil. Coisa risível.

Uma das graças da sucessão presidencial de 2010 foram as multas do TSE. Nunca os candidatos se portaram mal tão bem. Dilma Rousseff e José Serra, os dois principais contendores, travaram uma gincana. Na pele de cabo eleitoral, Lula tornou-se um colecionador de multas, desequilibrando o jogo. E daí? Nada.

Uma passagem de março de 2010 dá uma ideia da piada. Lula discursava num pa©mício realizado na cidade de Osasco. Falava para uma multidão, atraída pela entrega das chaves de apartamentos populares. Exibia Dilma a tiracolo. A Alturas tantas, fez troça de uma multa que o TSE lhe impusera na semana anterior.

“Não adianta vocês gritarem nome porque eu já fui multado pela Justiça Eleitoral, R$ 5 mil, porque eles disseram que eu falei o nome de uma pessoa. Pra mim não tem nome aqui”, disse Lula. A platéia, que até então não pronunciara nome nenhum, pôs-se a gritar: “Dilma, Dilma, Dilma…” E Lula, entre risos: “Se eu for multado, vou trazer a conta pra vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão aí”.

Nessa época, presidia o TSE o ministro Ricardo Lewandowski. Instado a comentar o surto criminoso que tisnou 2010, ele tirou o corpo do tribunal fora: “Aplicamos rigorosamente as multas que estejam previstas na lei eleitoral. Não cabe nos pronunciarmos sobre a eficácia das multas, se poderia ser maior ou menor. Foi o Congresso que fixou os valores”.

Meia-verdade. As multas, que já eram ridículas, haviam sido abrandadas pelos congressistas numa minireforma eleitoral aprovada no ano anterior. Mas o TSE, na hora de julgar os “delitos”, exibiu uma jucunda preferência pela cifra mixuruca de R$ 5 mil, a pena mínima.

Pela lei, a reiteração do crime eleitoral sujeita o candidato à cassação do registro. Se eleito, pode não ser diplomado. A presença de Dilma no Palácio do Planalto é prova de que o crime, quando chamado de esperteza, compensa. O melhor a fazer é revogar a hipocrisia, liberando a propaganda. Na média, o eleitor brasileiro já está suficientemente maduro. Já não é todo composto de ingenuidade.

Fonte: Josias de Souza

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Social

Confira entrevista com acusado pelo duplo homicídio em Nova Parnamirim

Com algemas nos pulsos e cercado de interrogadores, fossem jornalistas ou policiais, João Batista confessou o assassinato das mulheres em Nova Parnamirim com detalhes. Ele fala da raiva que sentiu quando discutiu com Olga no último dia 7, data em que ele retornou a trabalhar na casa após tempos sem fazer um serviço. Ele alega que a aposentada o xingou e tentou agredi-lo durante uma discussão, motivo pelo qual a esfaqueara com tanta violência. Tatiana, segundo ele, foi morta para que não revelasse o crime. O jardineiro assegura que não sabia de dinheiro algum que existiria na casa. Ele afirma ainda não ter agredido a menina de 10 anos por se lembrar da própria filha, de 8 anos. O acusado se diz arrependido e quer que a Justiça o condene de acordo com o que fez.

Há quanto tempo você tinha deixado de trabalhar com frequência na casa de Olga e por que acredita que ela não queria mais você como empregado?

Há uns três anos que a dona Olga tinha parado de me pedir pra fazer serviços. Não sei porque. Acho que ela desconfiava de alguma coisa, desde que o pedreiro passou a trabalhar para ela. Acho que ele dizia alguma coisa para ela, não sei. Isso me deixou incomodado, pois fiquei sem dinheiro e precisei procurar outras coisas para fazer.

Naquela segunda-feira, Olga voltou a chamá-lo para um trabalho na casa. O que aconteceu para que você decidisse matá-la?

Ela estava colocando o almoço, por volta do meio-dia. Eu fui perguntar a ela se estava desconfiando de mim, se havia algum problema. A gente começou a discutir. Ela me chamou de vagabundo e avançou para me bater. Depois que ela me bateu, eu peguei uma faca e a matei. O primeiro golpe atingiu o peito. Depois de matá-la, a arrastei até o banheiro.

A polícia diz que foram mais de 50 golpes que foram desferidos contra Olga.Por que tanta violência. Você tinha tanta raiva assim dela?

Ela não me pagava direito, eu fazia tudo praticamente de graça. Ela também deixou de me chamar para fazer serviços, acho que desconfiava de alguma coisa. E, naquele momento, ela me chamou de vagabundo. Ela nunca tinha me tratado assim. Quando ela me bateu, eu puxei a faca.

Em seguida, como matou a Tatiana?

Esperei a Tatiana chegar com a filha, pois foi buscá-la na escola. Eu queria pegar o carro dela para fugir. Quando elas chegaram, eu peguei a menina e apontei a faca. Amarrei a Tatiana na cadeira e tranquei a menina no quarto. Quando voltei para esfaquear Tatiana, ela tentou segurar a faca, por isso o dedo dela foi cortado. Mas conseguir matá-la.

E a filha de Tatiana, você a agrediu?

Eu não bati nela. Não faria qualquer maldade com ela, pois tenho uma filha de oito anos e pensei nela.

Onde entra a participação da sua esposa e o enteado?

Depois de ter matado as duas, eu liguei para Marlene e pedi que ela fosse para a casa da Olga, pois precisavada ajuda dela. Quando eles chegaram, eu já tinha colocado tudo que roubei no carro e saímos de lá para a nossa casa, em Cidade Nova, onde deixei o material.

O carro que você roubou da casa apareceu depredado. Por que?

Não fui eu. Eu levei o carro até o rio e o deixei lá, sem fazer nada com ele. Acho que os moradores de lá, revoltados, decidiram quebrar o carro.

Você diz que tinha raiva da Olga. Mas Tatiana, você não gostava dela também?

Eu gostava da Tatiana. Aliás, gostava bastante da dona Olga também. Ela era como uma mãe para mim e a filha dela era como uma irmã. Mas fiz tudo isso com raiva. Sei que cometi um ato bastante grave.

Foi cogitado que você torturou a Tatiana por que estava atrás de dinheiro. É verdade?

Eu não sabia que havia dinheiro na casa.

Você se arrependeu do que fez?

Estou com muito remorso do que fiz, lamento muito. Desde o dia do crime que eu não consigo dormir ou me alimentar direito. Vou viver daqui para frente traumatizado. Agora vou pagar pelo crime e quero que o juiz me dê uma pena justa.

Você tem algum recado para a família das vítimas?

Espero que eles não guardem rancor pelo que fiz.

Fonte: DN Online

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Economia

Dia das Mães: Presidente da Fecomércio aposta em um crescimento de até 8%; confira entrevista

ENTREVISTA: Marcelo Fernandes de Queiroz – Presidente da Fecomércio RN

 

Qual a expectativa da Fecomércio para as vendas do Dia das Mães?

Otimista. Esperamos um crescimento de vendas entre 6% e 8%, o que seria muito significativo, levando-se em conta que no ano passado registramos uma alta de 11,1% segundo os dados do IBGE, ou seja, cresceríamos sobre uma base já bastante alta.

 

E a quê se deve este otimismo?

A alguns fatores, como por exemplo, as recentes medidas de estímulo ao crédito e de redução de impostos sobre móveis e eletrodomésticos, ambas com reflexo direto nas vendas de produtos específicos para a data. Há também o trabalho feito pelo comércio potiguar, de promoção da data e de estímulo às vendas e, é claro, a própria força da data, que tem grande apelo comercial.

 

Que segmentos devem registrar os maiores movimentos?

Perfumaria, vestuário, calçados e acessórios e móveis e eletrodomésticos. Vale registrar ainda o excelente movimento registrado na data específica nos restaurantes. Esta é uma das melhores datas do ano para o setor.

 

E há uma expectativa de contratações temporárias?

Normalmente esta não é uma data que redunde nestas contratações. O que as lojas fazem é manter alguns dos temporários que foram contratados no final do ano anterior. Normalmente, são efetivados cerca de 30% dos temporários. De 2011 para 2012, alguns segmentos chegaram a efetivar 55% dos temporários. É esta força de trabalho que atende ao aumento de demanda.

 

O setor de comércio e serviços emprega quatas pessoas hoje no RN?

Com carteira assinada, segundo dados do Ministério do Trabalho até março, temos 238.548 colaboradores, o que dá quase 45% de todos os empregos formais gerados no estado.

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Economia

Flávio Rocha deve dar mais detalhes da hostilidade do RN em palestra

Lobby com certeza não foi, mas terminou servindo como.

As declarações do empresário Flávio Rocha, do grupo Guararapes/Riachuelo, dadas em entrevista à Tribuna do Norte e reproduzidas aqui no BG, devem ser mais detalhadas durante sua palestra no Fórum Empresarial do RN, na próxima terça-feira (24), no Teatro Riachuelo.

O debate mais amplo sobre a polêmica econômica do Estado falada por Flávio foi estimulado pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).

O parlamentar entrou em contato com o empresário logo após ler a entrevista e ficar ciente de informações problemáticas da hostilidade do Estado para atração de novas empresas e demissão de sete mil pessoas apenas no grupo Guararapes.

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Economia

Após suposta ligação, Flávio Rocha exime Rosalba e Benito Gama de culpa

O empresário Flávio Rocha, do grupo Guararapes/Riachuelo, tratou de amenizar as críticas que vinham sendo desferidas contra a governadora Rosalba Ciarlini e o secretário Benito Gama, do Desenvolvimento Econômico (Sedec) tão logo a reportagem negativou a imagem dos dois.

Flávio eximiu Rosalba e Benito de culpa através do Twitter logo após a suposta ligação que recebeu dos dois.

Mas se a culpa da hostilidade não é diretamente da governadora e do secretário, de quem seria? O próprio Flávio não especificou.

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Economia

Entrevista de Flávio Rocha ganha repercussão nas redes sociais

A entrevista que o emresário Flávio Rocha,  do grupo Guararapes/Riachuelo, deu à Tribuna do Norte, reproduzida pelo blog, ganhou notoriedade nas redes sociais neste domingo. Somente no encurtador de links Migre, o link ficou entre os mais clicados e retuitados do Brasil. A frente, inclusive, de grandes portais como Estadão e Folha.

Nos Trend Topics Brasil, o empresário Flávio Rocha foi tendência. No Trends Natal, ele ficou em primeiro durante grande parte da manhã.

Somente através da reprodução do BG, a entrevista de Flávio conseguiu atingir nada mais nada menos do que 63.826 usuários das redes sociais. Políticos, empresários, formadores de opnião. Todos repercutiram o caso. Principalmente os políticos que aproveitaram a oportunidade para cair em cima da governadora Rosalba Ciarlini.

 

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Economia

Flávio Rocha: "o ambiente no Rio Grande do Norte é hostil ao empresariado"

Excelente entrevista de Flávio Rocha a Tribuna do Norte, a leitura desta entrevista deveria ser obrigatoria. Segue:

A Riachuelo, uma das maiores redes de varejo de moda do Brasil, vai muito bem, obrigado. A empresa pretende inaugurar 30 lojas este ano. Média que deverá se manter nos anos seguintes. A empresa, que é dona de quase 150 lojas e emprega mais de 40 mil trabalhadores no país, vive a maior expansão de sua história, afirma Flávio Rocha, presidente da Riachuelo e vice-presidente do grupo Guararapes. O executivo potiguar falará sobre o modelo vencedor adotado pelo grupo durante o Fórum Empresarial do Rio Grande do Norte, na próxima terça-feira. O evento será promovido pelo K&M Group, em parceria com a TRIBUNA DO NORTE, no Teatro Riachuelo. Em entrevista à TRIBUNA, Rocha antecipou novos investimentos dentro e fora do estado, como a ampliação do Midway Mall, a chegada de novas marcas – entre elas a Casas Bahia – e a construção de uma nova fábrica no Ceará. A indústria potiguar, observa Flávio, não tem conseguido acompanhar o crescimento do restante do grupo. Enquanto as vendas sobem, a produção própria cai. A fábrica do RN, onde tudo começou, chegou a dispensar sete mil empregados em menos de dois anos e deflagrar um processo de desaceleração difícil de ser revertido. Para Flávio, o ambiente no estado é hostil ao empresariado. “A Guararapes vai muito bem obrigado, agora o Rio Grande do Norte está jogando fora uma oportunidade”.

Marcelo BarrosoFlávio Rocha, presidente da Riachuelo e vice presidente do grupo Guararapes

A Riachuelo espera abrir 30 lojas este ano. A meta está mantida?

Estamos no período de maior expansão da história da empresa. Nossa meta é abrir 30 lojas este ano, mas está havendo um problema. As construtoras não estão conseguindo entregar as obras. Isso nos preocupa. Como havia uma concentração muito grande de inaugurações em novembro, muitas estão sendo deixadas para o ano que vem. De nossa parte, a meta está mantida. Temos até mais contratos assinados. Acredito que vamos chegar muito perto desta marca, que é um recorde histórico. Lembrando também que no nosso caso a expansão é um processo muito mais complexo. Como a nossa cadeia é toda  integrada, temos que investir em toda a cadeia para abastecer as lojas, inclusive reforçando o braço financeiro.

Quais os planos para o Rio Grande do Norte?

O call center é um investimento importante. Vai gerar muitos empregos. Estamos mais do que duplicando as posições.  É um investimento estratégico. Acredito que é o principal investimento para o estado este ano.

Pode dizer quanto está sendo investido na ampliação do call center?

Algo em torno de R$ 30 a R$ 40 milhões.

Vem mais investimento por aí?

Olha, o varejo de vestuário vai bem. Nosso modelo está mostrando sua superioridade. Mas existe um problema localizado na indústria têxtil de confecções. A razão é a escalada do custo Brasil. A loja aguenta o tranco do custo Brasil, mas a indústria enfrenta uma concorrência muito violenta e até desigual em alguns aspectos  da extremamente eficiente indústria têxtil chinesa. Nossa fábrica no RN foi duramente afetada com a escalada do custo Brasil. Tem registrado grandes perdas de produtividade. A consequência disso são as demissões. Nós já chegamos a ter na fábrica de Natal 17,8 mil funcionários. Hoje estamos com 10,8 mil. Em 1 ano e meio, perdemos sete mil funcionários, em decorrência do aumento dos custos de produção.

Esta dificuldade em manter a produção acaba se refletindo nas lojas ou tem dado para amenizar os efeitos?

O que acontece é que várias linhas de produção são desativadas e isso atinge o coração do meu pai, que é aficcionado pela geração de emprego no estado. Quando a gente mostra que precisa desativar cada linha e procurar uma alternativa – como buscar novo fornecedor – ele sofre muito. Mas temos que nos curvar a realidade dos números. Infelizmente a empresa cresceu enormemente nestes últimos dois anos e a produção da fábrica não acompanhou. Não só não está acompanhando o crescimento da empresa, como também está perdendo espaço. Não há sensibilidade, no estado, para este problema. Existem pessoas que acham que estão fazendo bem para o trabalhador, mas estão fazendo um grande mal. Tirando a competitividade do setor. Isto é dramático. Há pessoas que pensam que estão prestando um serviço ao trabalhador potiguar, mas estão prestando um bom serviço ao trabalhador da China. Botaram para fora a Coteminas (que anunciou há alguns meses a desativação parcial de uma de suas unidades fabris no estado). E estão querendo colocar para fora a Guararapes. Para Guararapes e para a Riachuelo, na verdade, tanto faz produzir no RN ou produzir no Ceará. Hoje, por exemplo, nós só temos investimentos industriais no Ceará. No Rio Grande do Norte, paramos todos os investimentos. Estamos construindo uma outra fábrica no Ceará, que poderia muito bem estar no Rio Grande do Norte. Não é isso?

Vocês estão construindo uma outra fábrica no Ceará?

Estamos. A fábrica era para estar no Rio Grande do Norte, mas está no Ceará, porque o ambiente no Rio Grande do Norte é hostil ao empresariado.

Esta fábrica no Ceará já começou a ser construída?

Está sendo construída, uma fábrica que emprega 2 mil pessoas. E vamos abrir outra. Estamos buscando outros estados. O Rio Grande do Norte é bem contrastante. Existe uma hostilidade, por parte dos reguladores,  que não existe em outros países. Somos empregadores em 25 estados brasileiros. Mas não existe tanta hostilidade a figura do empregador como existe no RN.

As duas fábricas são para o Ceará?

A Riachuelo vai duplicar o número de lojas em dois anos. Ela precisa  se abastecer. Ela podia se abastecer no RN. Isso traria um impacto maravilhoso para o estado. A Riachuelo tem quase 150 lojas. Ela vai ter mil lojas no Brasil. Antes cada loja que a Riachuelo abria, com 100 funcionários, gerava 200 empregos em Natal. Isso mudou completamente.

Falando ainda desta nova fábrica no Ceará, o investimento é de quanto?

Uns R$ 30 milhões. Mas isso não é o importante. O que move Nevaldo Rocha, presidente do grupo Guararapes, não é o lucro. O que o move é a geração de emprego no RN. Então, quando ele vê que vários postos de trabalho foram fechados ele fica muito triste. Para Guararapes, tanto faz. Isso não está diminuindo em nada o ritmo de crescimento da Riachuelo. A Riachuelo está de vento em popa. Não está produzindo no RN, mas está importando da China. Está ampliando presença no Ceará e vai construir fábricas no Centro Oeste. Seu Nevaldo fica triste com isso, mas nós como somos os gestores da empresa temos que ser racionais. Eu sou norte-rio-grandense e também sofro um pouco. A empresa está num momento maravilhoso. O RN está perdendo oportunidades. A Guararapes vai muito bem obrigado, agora o Rio Grande do Norte está jogando fora uma oportunidade.

O grupo queria expandir a produção no estado…

É lógico, mas estamos sendo expulsos. E olha, não falta exemplos de empresas seríssimas que estão sendo expulsas do RN.

Diante de tanta dificuldade, quais as perspectivas para a companhia?

Estou otimista. As perspectivas são boas. Nossa rede está crescendo. Se mantivermos este ritmo, aumentaremos nossa participação nesta imensidão que é o mercado brasileiro de vestuário. Estamos assistindo a ascensão de 50 milhões de pessoas, recém-chegadas no mundo do consumo. As pessoas estão descobrindo a moda.

Por falar em moda, a Riachuelo criou um novo formato de loja, a Riachuelo Mulher. Por que segmentar o público?

Apesar de nossa expansão replicar o modelo das lojas de departamento, pensamos nesta outra alternativa para locais onde há restrição de espaço. Há locais que não comportam uma loja de três andares.

A Riachuelo montou um escritório de compras na China. Qual a vantagem de estar no território do principal concorrente?

Sobrevivência. Vivemos num mundo onde a concorrência é acirrada. Estamos comprometidos com a produção local, mas o mundo econômico não aceita este tipo de postura. Precisávamos encontrar uma forma de sobreviver. Perdemos sete mil empregos em um ano e meio. Precisamos defender os outros 40 mil empregos.

Porque a indústria têxtil e de confecções no Brasil enfrenta tantas dificuldades, diferentemente da indústria chinesa?

São várias coisas. Alta carga tributária, altas taxas de juros, encargos trabalhistas, alto custo de energia elétrica. A indústria tem um papel importante a desempenhar no Brasil. É necessário defender a competitividade da indústria brasileira. Não se trata de onerar o produto importado. Trata-se de desonerar o que é produzido no Brasil. O empregador tem que ser bem tratado. Mas não é isso que está acontecendo. Há uma espécie de rancor ideológico que faz do país um lugar hostil a quem emprega. Ao invés de receber o empregador de braços abertos, recebem o empregador com animosidade. Não só animosidade, mas rancor.

A desoneração da folha de pagamento dos segmentos têxtil e de confecções dará um fôlego extra para as fábricas?

É muito pequena esta desoneração. Isso é substituído por algumas outras medidas que oneram a produção e tiram a competitividade das unidades. No RN, o problema é mais sério. Não notamos isso em outros estados da Federação. É uma pena. A raiz de nossa empresa está no Rio Grande do Norte. O crescimento da Riachuelo poderia gerar um efeito espetacular do RN mais ou menos como ocorreu com a Zara na Galiza, Espanha. A Galiza era uma região muito pobre. Sempre que a Zara criava 100 empregos numa loja abria 200 novas vagas na fábrica na Galiza. Isso gerou uma revolução social na Espanha. O RN abriga a raiz de nossa planta. Nossa fábrica em Natal poderia empregar 20 mil pessoas (quase o dobro do que emprega), mas não está.

A Coteminas, uma das maiores companhias do segmento têxtil e de vestuário, anunciou a desativação de parte de sua fábrica no RN e a construção de um complexo residencial e comercial no local. A Guararapes, assim como a Coteminas, pensa em diversificar a sua atuação e apostar em setores sem relação direta com o segmento têxtil e de confecção?

Não. Estamos absolutamente focados no nosso negócio. Existem muitas lojas para inaugurar e muitos investimentos para serem feitos. O mercado brasileiro consome 9 bilhões de peças de roupas por ano. A Riachuelo vendeu no ano passado 120 milhões.

Sua resposta me fez lembrar algo que li no Valor Econômico. Túlio Queiroz, diretor financeiro e de relações com os investidores da Guararapes, estimava um potencial de mais 400 lojas Riachuelo no Brasil. Inaugurar estas 400 lojas está nos planos do grupo?

Olha, o potencial é muito maior do que isso. A Riachuelo tem 1% de participação no mercado. Acredito que podemos alcançar 10% de participação no mercado. Há muito espaço para crescer. Lá fora, os líderes de mercado tem 10 ou 20%. Às vezes, 30% de participação do mercado. Nosso esforço, mais especificamente o esforço de seu Nevaldo (fundador do grupo Guararapes), é tirar proveito da descoberta da moda para gerar um impacto positivo na economia do Rio Grande do Norte.

Como o grupo poderia aumentar o impacto positivo no estado? Abrindo mais lojas?

Não. O modelo da Riachuelo está voltado para cidades de mais de 200 mil habitantes. Acho que tem até espaço para mais alguma loja em Natal ou Mossoró.

Estaria ou não nos planos da Guararapes abrir mais lojas no estado?

Não. Eu acho que o impacto positivo que a Riachuelo que pode gerar no estado é na produção. É isso que pode impactar fortemente a economia do estado. Não é aumentar o numero de lojas, mas estimular a produção, enraizada no RN. A ideia inicial era a partir do RN abastecer o resto do Brasil, como a Zara na Galiza. Isso sim que é impactante. Não abrir uma loja em Caicó ou em Pau dos Ferros. Não é isso. O potencial da Riachuelo em mudar a economia do estado não é abrir uma lojinha aqui ou ali. É fazer do RN a fonte de suprimento de um mercado pujante. Não seriam  meia dúzia de lojas que mudariam a economia do estado.

Mas vai dar para fazer isso no estado, levando em consideração todos aqueles problemas que você elencou?

Não. Não dá para fazer isso no estado, porque a competitividade aí está caindo absurdamente.

Mas não daria para reverter este cenário?

A gente vê no primeiro escalão – governadora e secretariado – uma grande acolhida ao investimento, mas ao mesmo tempo vê uma hostilidade surpreendente na convivência cotidiana com o estado.

“Não imagine que o midway mall já esgotou sua  capacidade de expansão”

Então, infelizmente, não vai dar para transformar o RN neste grande centro de produção e distribuição, como o grupo desejava?

A atividade no estado está declinando fortemente. Para você ter uma ideia, há dois anos, o Rio Grande do Norte produzia 90% do que a Riachuelo distribuía. Hoje, não mais. A Riachuelo cresceu uns 50% nestes dois anos e a produção na fábrica caiu significativamente, quando deveria, pelo menos, ter acompanhado o crescimento da rede.

O grupo não se resume, entretanto, a fábrica e as lojas. Há o Midway Mall. Vocês planejam novos investimentos no shopping? O Natal Shopping, por exemplo, passa por uma grande reforma.

O Midway tem um grande potencial de expansão. O Midway não está saturado. Temos projetos lá que abrem a possibilidade do Midway  aumentar até 30% de sua Área Bruta locável, a curto prazo. É só haver demanda. Estamos abrindo agora 3 mil metros, com a chegada das Casas Bahia, a Le Biscuit e o Mc Donalds.

Construindo novos pavimentos?

Ocupando o estacionamento e crescendo o estacionamento para cima. A estrutura do shopping já prevê isso. A proposta é eliminar lajes intermediárias do estacionamento. Não imagine que Midway já esgotou sua capacidade de expansão. Pelo contrário. Há possibilidade de crescimento vertical.

A ampliação do shopping em três mil metros com a chegada das Casas Bahia, Mc Donalds, Le Biscuit é um projeto que está em stand by?

É um projeto que já está definido e vai ser executado até o final do ano.

O segmento dos shoppings no RN está bem acirrado, não?

É. O Midway tem 60 mil metros quadrados de Área Bruta Locável, mas pode chegar a 100 mil metros a curto prazo, no mesmo espaço que ocupa hoje.

Vocês tem várias cartas na manga..

Pois é.

Voltando a falar da expansão, vocês já sabem quanto custaria?

Não sei quanto custaria. Seria um investimento auto-financiável, porque a demanda neste mercado é infinita.

Indústria têxtil enfrenta dificuldades, mas você me disse que perspectivas eram positivas para o segmento de vestuário. A Guararapes, na sua avaliação, consegue fechar o ano com incremento nas vendas?

Sem dúvida. O único segmento da empresa que está declinando é a atividade industrial do RN.

Dá para arriscar um percentual de crescimento ou ainda é cedo para fazer este tipo de projeção?

Não dá para arriscar um percentual de crescimento.

Você vai participar de um Fórum Empresarial na terça-feira. Sei que a trajetória da Guararapes é extensa e muito rica. Daria, entretanto, para resumir a fórmula do sucesso? Como vocês conseguiram transformar uma fábrica numa das maiores redes de varejo de moda do Brasil?

Eu acho que o sucesso da empresa é replicar a visão empresarial de uma pessoa realmente iluminada, que é seu Nevaldo Rocha. Acho que é isso. Não fizemos outra coisa a não ser tentar reproduzir todos os ensinamentos do seu Nevaldo, que do alto de de seus 83 anos de idade, continua sendo nosso grande farol.

Opinião dos leitores

  1. Como Potiguar, é uma pena imaginar que os governantes do RN, os funcionários da Guararapes juntos não vão fazer nada para mudar toda essa situação. Perdemos parte da  Coteminas há pouco tempo, e com essa falta de empenho de todos, com certeza estarão perdendo um dos grupos mais conceituados do País, onde um número enorme de pessoas ficarão sem emprego. Não adianta se lamentar quando perder, o momento é agora! Porquê no Ceará, um estado tão próximo do RN tudo dar certo? Creio que uma das grandes diferenças são os incentivos que os políticos do estado fornecem aos empresários.

    Pensem nisso!

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Jornalismo

Dono da Delta bota quente em entrevista e diz que vai quebrar

Fernando Cavendish, o presidente da Delta Construções, concedeu entrevista à repórter Mônica Bergamo. O resultado da conversa foi às páginas da Folha. Vão abaixo pedaços do que foi dito:

– Escândalo e negócios: Vou quebrar. Quando a mídia vem com essa intensidade, existe uma reação imediata de órgãos de controle. Agora virei leproso, né? Agora eu só tenho defeitos, eu sou bandido.
O cliente [governo], que é um cliente político, abre sindicâncias para mostrar isenção. Suspende pagamentos.
[…] Os bancos vão suspender toda a nossa linha de crédito. Aí vem a Receita Federal. Todos precisam mostrar que a empresa tem que ser fiscalizada em todos os níveis. Não tenho caixa. Se eu não receber antes de acabar meu dinheiro, eu quebrei.

– O áudio gravado por ex-sócios sobre proprinas e obras: Nesta conversa, eu debatia com sócios da Sygma, empresa [da área de petróleo e gás] que adquirimos por R$ 30 milhões. Eles não performavam. Eu os chamei para renegociar o preço. E me gravaram clandestinamente. Eu queria dizer: ‘Olha, R$ 30 milhões, se eu fosse fazer projetos políticos, doações de campanha…’

– ‘Ganho qualquer negócio’: A expressão foi muito ruim. Ficou horrível, horrível. E agora vou encarar uma CPI da pior forma possível.

– Já pagou propina?
 Olha só, o que se pede são apoios políticos, para campanhas, que é uma coisa legitimada, oficializada e que várias empresas fazem.
Se apoio projetos, faço doações, não é que depois vá ganhar [licitações]. Mas posso estar pelo menos bem representado, tenho a oportunidade de ter informação dos futuros investimentos, das prioridades políticas.
Por que megaempresas fazem doações a campanhas? Vão ter informação. Não é normal? Não é toma lá dá cá. Tem licitação.

– Demóstenes Torres: Nunca vi o Demóstenes. Ninguém é sócio [oculto] da Delta. Põe isso na sua cabeça. Já inventaram dezenas de sócios para a Delta. [O ex-governador do Rio Anthony] Garotinho foi sócio da Delta, o [ex-prefeito do Rio] Cesar Maia foi sócio. Esquece isso. Não existe. É factóide.

– Delta, Cachoeira, empresas fantasmas e propinas: A empresa tinha um diretor no Centro-Oeste, Claudio Abreu. Sou presidente do conselho, no Rio. Não sei o que está acontecendo em Goiás, no Nordeste, no Norte.
O Claudio conheceu o Carlos Augusto Ramos [Carlinhos Cachoeira]. Eu sei quem cada um tá conhecendo? O que me importa são os resultados, os números, que me enviam em relatórios semestrais. Eu não pouso em Goiânia há cinco anos.
Eu sabia por alto que ele conhecia [ Cachoeira]. Para mim, era um empresário, era um cara bem visto no Estado. Eu não conheço os caras do Rio, vou conhecer de Goiás?

Conheceu Cachoeira? 
Tive um encontro casual no bar de um hotel, o Claudio estava lá e me apresentou, muito rápido.
 O Claudio Abreu nunca informou que dava dinheiro para o esquema do Cachoeira?
Nunca. Ele era sócio de terceiros, ia comentar comigo? A gente abriu uma auditoria para investigar essa movimentação.

– Os R$ 39 milhões da Delta para a rede Cachoeira: A empresa rodou nesses dois anos, 2010 e 2011, R$ 5 bilhões. Tem 46 mil fornecedores. Esse dinheiro nesse universo, é imperceptível.

– Agnelo Queiroz: Nunca vi. Eu tenho um crédito lá [no DF] de R$ 30 milhões para receber, no contrato do lixo. A gente lá só apanha. Se eu tivesse ajudado na campanha dele, precisava de Dadá [araponga do esquema Demóstenes], de fulaninho, de beltraninho, contando história lá embaixo?

– Marconi Perillo: Não conheço, nunca vi.

– O consultor José Dirceu: Um diretor nosso conheceu um assessor do José Dirceu. E falou pra mim: ‘Quer conhecer o José Dirceu?’ Só que fizeram um contrato de R$ 20 mil. Até hoje não consegui entender. Mas o imbecil lá resolveu fazer isso. Tanto é que, quando soube, eu disse: ‘Pode parar essa porra!’ Eu estive com José Dirceu uma vez só. Ele falou sobre a Índia, outros países. E foram dizer que a Delta é o que é por causa dele. Isso é esdrúxulo.

– O PAC: […] Virei líder do PAC.
Sabe quanto vão custar [as hidrelétricas de] Santo Antonio, Belo Monte, Jirau? Só Santo Antonio corresponde ao faturamento de dez anos da Delta. Como posso, com essa minha conta de retalho, de ‘trocentos’ contratinhos que, somados, dão R$ 800 milhões, liderar o PAC? Estou liderando porra nenhuma. Mas fica bonito, na hora de bater no PT, dizer que o líder do PAC está cheio de problemas. Esquece. Eu devo estar em décimo no ranking do PAC.

– A amizade com Sérgio Cabral: Não é justo falarem isso, não é decente. Eu cresci muito mais no governo do Rio antes de ele assumir. Em 2001, 80% da carteira da Delta era do Estado do Rio.
Conheci Sergio Cabral há dez anos, por meio das nossas esposas. Eu admiro ele como governante, amigo, pai, filho, irmão. É um puta sujeito. No acidente de helicóptero em que morreram as pessoas que eu mais amo [sua mulher e filho, em 2011], eu estava com ele [Cavendish e Cabral iam a uma festa na Bahia]. Tá bom. Mas não comecei a estar com ele depois de ser governador. Nós eramos a maior empreiteira do Rio antes do governo Cabral, com Cesar Maia e Garotinho. Eu era chamado o rei do Rio. Hoje a maior é a Odebrecht.

Fonte: Josias de Souza

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Judiciário

PM instaura sindicância para apurar entrevista de George Olímpio

O Comando-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte instaurou sindicância para apurar sob quais circunstâncias o advogado e empresário George Olímpio concedeu entrevista à jornalista Virgínia Coelli. A entrevista foi veiculada no programa Panorama Político da Rádio Globo Natal na segunda-feira passada e publicada na edição de ontem da TRIBUNA DO NORTE.

De acordo com o comandante-geral, o coronel Francisco Araújo, para a entrevista ocorrer seria necessário autorização prévia. “Ela entrou junto com o advogado como visitante. Não havia a informação de que ela faria uma entrevista”, disse

Um sindicante foi designado para apurar o caso e enviar o resultado diretamente à 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal, onde corre o processo ligado a Olímpio. Ele está detido no quartel do Comando-geral da PM desde novembro, quando foi preso. O privilégio ocorre em virtude de ele ser advogado e precisar ficar recolhido em sala de Estado Maior.

 Olímpio, é apontado como o mentor de um esquema de corrupção milionário que incluía o pagamento de propinas a agentes públicos.

Com informações da Tribuna do Norte

Relembre trechos da entrevista (Clique aqui)

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