A Polícia Civil prendeu na madrugada desta terça-feira (29) cinco homens, um deles menor de idade, envolvidos no assalto a uma padaria no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal, que vitimou Ilfran André Tavares de Araújo, de 51 anos, crime ocorrido neste último domingo (27). A delegada Rossana Pinheiro, além dos delegados Frank Albuquerque e Herlânio Cruz, responsáveis pelas investigações do caso, detalharam a prisão dos acusados numa coletiva de imprensa realizada nessa manhã (29), na Delegacia Geral da Polícia Civil (Degepol).
Os presos foram identificados como sendo Marcelo Pegado Correia, 18, Gláucio Herculano Fonseca, 19, Thiago Jerônimo Pinheiro, 18, vulgo “Thiago Coxinha”, Alessandro Wallace de Freitas Procópio, vulgo “Sandrinho”, 20, além de um adolescente de 17 anos. As prisões aconteceram na Zona Norte de Natal, Parnamirim e Macaíba. Todos assumiram a participação no crime. A ação teve a participação do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP).
Segundo o delegado Herlânio Cruz, naquele dia os bandidos iriam praticar um assalto a um depósito de bebidas na cidade de Santo Antônio do Salto da Onça, mas o local estava fechado. “Então eles começaram a procurar em Natal outro lugar para assaltar e acharam um local que, segundo eles, era escuro e deserto”, explicou.
Quatro suspeitos chegaram na padaria em duas motocicletas e um quinto assaltante estava num veículo tipo Celta. Thiago Coxinha pilotava uma das motos e Gláucio na garupa, enquanto Marcelo pilotava a outra motocicleta e o menor na garupa. Alessandro estava no carro e guardava as armas. Segundo depoimento do menor, Thiago Coxinha foi quem teve a ideia de assaltar a padaria. Eles chegaram juntos ao local, momento em que Alessandro entregou dois revólveres, um ao adolescente e outro a Gláucio. Os dois entraram no estabelecimento comercial e o restante do grupo ficou do lado de fora dando apoio. Gláucio entrou de capacete e foi em direção ao caixa, enquanto o menor foi abordar os clientes.
Nesse momento, o policial esboçou uma reação e teria tentado imobilizar o menor, instante em que Gláucio veio em direção à vítima e teria efetuado dois tiros na cabeça do agente. Após os tiros, os dois se assustaram e fugiram do local sem levar nada. Os assaltantes partiram em direção à Zona Norte de Natal e segundo Gláucio teriam abandonado as armas no meio do caminho a mando de Thiago Coxinha.
Em depoimento à polícia, Gláucio confirmou ter participado do crime, mas negou ter atirado na vítima e alega que quem efetuou os disparos foi o adolescente. Já o menor confirma que quem matou o policial civil foi Gláucio e que “tem a consciência tranquila, pois não matou ninguém” e alegou também que “os outros querem colocar a culpa nele só porque ele é ‘de menor’”. “Somente quando sair o resultado dos exames residuográficos é que vamos saber quem de fato atirou no policial”, afirmou o delegado Herlânio Cruz.
Para os delegados, o grupo assaltou a padaria para se divertir. “Geralmente eles praticam esses crimes para utilizar o dinheiro em consumo de drogas, festas e diversões”, disse Herlânio.
De acordo com o Delegado Geral da Polícia Civil, Adson Kepler, a elucidação rápida do crime se deu por conta do empenho e solidariedade dos policiais civis, bem como da comunidade que ajudou no caso. “Desde que ocorreu o fato a Polícia Civil se mobilizou. Policiais civis de outras delegacias que não estavam de serviço efetuaram diligências para prender os criminosos e pessoas da comunidade também contribuíram muito com as investigações, então essa série de fatores tornou possível a solução rápida desse crime”, concluiu.
O assalto
A tentativa de assalto aconteceu na noite deste domingo (27/04), por volta das 20h30, numa padaria localizada na Av. Nilo Peçanha, no bairro Petrópolis, Zona Leste de Natal. O agente da Polícia Civil Ilfran Tavares teria reagido ao assalto e foi alvejado por dois disparos de arma de fogo na cabeça, vindo a óbito no Pronto Socorro Clóvis Sarinho. Diligências foram realizadas durante toda aquela noite por vários colegas de trabalho, inclusive com a presença do Delegado Geral, Adson Kepler. Uma perícia feita pela Polícia Civil foi realizada ontem (28) na padaria.
Atualizado às 12h03
Caro Antonio,
Você tem razão no seu comentário. Mas pode ter certeza que não faço parte desse grupo que condenaria o policial que mata bandido. Infelizmente como em todas profissões existem os bons e os ruins. Policial que manda bandido para o inferno sem envolvimento com ele os com qualquer outro deveria sim ser promovido. Agora aquele que tenta extorquir ou coisa parecida não deveria servie a polícia e sim enveredar para o lado criminoso.
Parabéns a polícia civil pelo trabalho! O que toda a sociedade lamenta é que em outras investigações a mesma polícia civil não é tão eficiente como foi nesse caso, descobrindo e prendendo os acusados em menos de 48 horas após o ocorrido. O que se vê são centenas de processos inclusos e os marginais que cometeram os crimes, soltos e praticando novos delitos. Essa ação mostra que quando a polícia quer ela faz!!
Sinceramente a polícia realizou um péssimo serviço prendendo esses marginais. Deveria sim ter matado e com isso livrado a população desses vermes que não contribuem com nada de bom para a humanidade. Agora o estado vai gastar dinheiro com saúde, comida e moradia para esses vagabundos só terem uma intenção fugir do presídio e continuar a vida do crime.
Péssimos policiais. Não souberam honrar o companheiro herói abatido de forma covarde. Assim estes policiais dão a sua contribuição para a impunidade, pois os bandidos sabem que logo logo estarão soltos. E triste de uma terra na qual bandido não tem medo de polícia…
Era para ter feito uma operação correta, do ponto de vista operacional, que culminasse com um “recado” de verdade para a bandidagem que vence a cada dia.