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FOTOS E VÍDEO: Erupção de vulcão se intensifica nas Canárias, e mais 3 cidades são evacuadas

Fotos: Emilio Morenatti/Pool via Reuters

Autoridades da ilha de La Palma, na Espanha, ordenaram nesta sexta-feira (24) a evacuação das cidades de Tajuya, Tacande de Abajo e da parte de Tacande de Arriba devido à erupção do vulcão nas Canárias. (VÍDEO AQUI em matéria na íntegra).

Os bombeiros tiveram de recuar e interromperam o trabalho de limpeza na cidade de Todoque na tarde desta sexta, após uma nova fenda se abriu no flanco do vulcão, e companhias aéreas cancelaram voos, devido à maior nuvem de gás e cinzas desde o vulcão entrou em erupção.

“O vulcão está em uma nova fase explosiva”, informou o serviço de bombeiros da ilha de Tenerife, que foi destacado para ajudar em La Palma, em uma rede social. “Os bombeiros não vão mais operar hoje”.

O Instituto de vulcanologia das Canárias disse na quinta-feira (23) que a nuvem de gás tóxico e cinzas já se estende por mais de 4 quilômetros no céu.

Os serviços de emergência ordenaram inicialmente que os moradores das três cidades ficassem em casa, mas a orientação mudou devido à intensificação da atividade do vulcão no parque nacional Cumbre Vieja, no sul da ilha.

Voos cancelados

As companhias aéreas espanholas Iberia e Binter anunciaram nesta sexta que cancelaram alguns voos para La Palma devido ao vulcão (embora o espaço aéreo da ilha continue aberto).

“A evolução da nuvem de cinzas nos últimos dias forçou a companhia aérea a mudar sua programação, a partir de hoje, sexta-feira, 24 de setembro, cancelando voos para a ilha à noite”, anunciou a Binter em um comunicado.

A companhia aérea não especificou quantos voos serão afetados. Já a Iberia anunciou que cancelou um voo na tarde de hoje.

Vulcão em erupção

O vulcão entrou em erupção no domingo (19) nas Canárias, um arquipélago espanhol formado por oito ilhas no Oceano Atlântico, e forçou a evacuação de milhares de pessoas.

As lavas estão descendo lentamente do Cumbre Vieja e continuam engolindo tudo o que encontram em seu caminho. Elas já destruíram 320 construções e 154 hectares de terra até o momento, em seu caminho em direção ao mar.

A lava pode gerar gases tóxicos se chegar ao Atlântico, e especialistas dizem que a erupção vulcânica e suas consequências podem durar até 84 dias em La Palma. A ilha tem cerca de 85 mil habitantes.

Foto: Arte G1

G1

 

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Erupção do vulcão nas Canárias temido por brasileiros pode durar até 84 dias

Foto: © REUTERS/Nacho Doce/Direitos reservados

A erupção vulcânica de Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, pode durar entre 24 e 84 dias, com média geométrica de cerca de 55 dias, segundo cálculos do Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).

O instituto explicou, por meio das redes sociais, que a duração da erupção é uma das perguntas que os especialistas fazem frequentemente e, embora não seja fácil de responder, pode ser calculada utilizando os dados conhecidos sobre a duração das erupções históricas que ocorreram na ilha de La Palma.

De acordo com esses dados, a última erupção vulcânica na ilha, a de Teneguía em 1971, durou 24 dias; a de San Juan em 1949, 47 dias, e a de Charco em 1712, 56 dias.

A erupção do vulcão San Antonio, datada entre 1667 e 1678, durou 66 dias; a do Tigalate, em 1646, durou 82 dias e a de Tehuya, em 1585, 84 dias.

Para o vulcão Tacande, que entrou em erupção entre 1430 e 1440, não há dados sobre quanto tempo durou o processo.

Com esses dados, o Involcan calcula que a erupção atual, que começou no domingo (19), poderia durar uma média de 55 dias, com um máximo de 84 dias e um mínimo de 24.

O Invocan também informou que, segundo as suas medições, a erupção vulcânica em La Palma emitiu diariamente entre 6.140 e 11.500 toneladas de dióxido de enxofre (SO2) para a atmosfera.

O instituto diz que a área afetada pelos fluxos de lava, desde domingo, totaliza agora 153 hectares, com base em imagens de satélite do programa europeu Copernicus.

O último mapa fornecido pelo programa europeu de monitorização de emergência mostra a situação às 8h14 da manhã dessa terça-feira (21).

A lava do vulcão Cumbre Vieja continua a arrastar tudo em seu caminho e desce em direção à costa da ilha de La Palma. Há o receio de que, quando se der o contato com a água do Oceano Atlântico, possam ser emitidos ainda mais gases tóxicos.

A erupção já causou a retirada de 6.100 pessoas, incluindo 400 turistas “que foram afastados das zonas de risco” e instalados em Tenerife, a maior das ilhas do arquipélago, de acordo com declaração do governo regional das Ilhas Canárias, feita ontem ao fim do dia.

Apesar dessa situação na ilha de 85 mil habitantes, não houve mortos ou feridos, mas os danos são enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo o presidente da comunidade autônoma das Canárias, Angel Victor Torres.

Até agora, a lava destruiu 185 prédios, 63 dos quais podem ser casas, informou o governo regional.

Agência Brasil, com RTP

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Risco de tsunami no Brasil segue remoto após erupção em La Palma; ressaca seria mais provável

Foto: AP

As chances de um tsunami atingir o Brasil, minimizadas por autoridades diante da repercussão nas redes sociais, seguem remotas após a erupção do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, na comunidade autônoma espanhola das Ilhas Canárias, neste domingo. Com registros apontando terremotos de baixa escala, uma possibilidade de isso acontecer seria o colpaso e a queda de uma parte do vulcão no mar. Em razão da distância e da intensidade, no entanto, seria mais provável uma forte ressaca no litoral do país, sobretudo no Nordeste, segundo especialistas.

A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) reforçou após o início da atividade vulcânica que não foi emitido qualquer alerta de deslizamento nem de tsunami até o momento, cujo risco é classificado como “muito baixo”. A Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) já havia publicado em nota que, apesar de real, a chance de o fenômeno ocorrer era “muito pouco provável”.

De acordo com o geólogo André Avelar, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ainda não existem indícios dos elementos que caracterizam um tsunami. Embora a lava expelida esteja avançando cerca de 700 metros por hora, o impacto tende a ser apenas local. Até agora, mais de 100 casas foram afetadas e até 10 mil pessoas devem ser retiradas de seu lares. A situação, no entanto, costuma ser comum em áreas conflagradas pela atividade vulcânica.

— Em termos de terremoto, não tem condição de gerar tsunami. Outra possibilidade seria o vulcão colapsar na lateral, e essa massa de rocha entrar na água, o que geraria uma onda. A expectativa é saber se esse deslizamento vai acontecer. Ainda está muito cedo para saber, não tem nenhuma indicação. Tem que aguardar como vai ser a evolução da erupção — disse Avelar. — Ainda assim, a possibilidade de um tsunami gerado lá perto da África chegar forte no Brasil é pequena, porque nesse trajeto até o litoral brasileiro, a onda vai atenuando.

Baseados em estudos consolidados, especialistas apontam que o litoral norte ficaria mais exposto, numa área que abrangeria Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão principalmente. No entanto, ainda que isso ocorresse, haveria tempo hábil para alertar a população.

— De Natal em direção a São Luís teria uma incidência de ondas mais efetiva. Já aqui para o Sudeste seria mais atenuada. É bom para a população ter uma noção de que a chance existe, mas a probabilidade é pequena e não há motivo para alarde. Tudo o que for relativo a tsunami é avisado com bastante antecedência. No caso do Chile, por exemplo, o litoral é muito próximo aos locais de terremotos, então as ondas chegam muito rápido e altas. São tsunamis que chegam em meia hora. No nosso caso ia demorar horas para chegar — explicou Avelar.

Ressaca à vista?

Segundo o geólogo Fábio Braz, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro da SBG, se algum fenômeno se concretizasse, o risco maior é de haver fortes ressacas no litoral brasileiro. Ele explica que essa probabilidade está associada à capacidade de a lava provocar uma explosão.

— Uma explosão pequena poderia causar uma ressaca marinha. Mas, ao que parece, é uma lava muito fluida e muito quente. Esse aspecto é típico de lava que normalmente não causa explosões. Não é como a lava do Etna ou de Santa Helena. Esse tipo de lava tem uns 3% de gerar material explosivo com o aspecto atual — disse.

Os principais estudos sobre o assunto publicados em revistas internacionais já aventaram a chance de tsunami no Brasil, motivo pelo qual os especialistas não o descartam. Segundo Braz, uma erupção do Cumbre Vieja em 1945 originou uma falha geológica na ilha que aumentou o risco de o fenômeno ocorrer. Mesmo assim, pontua o professor, as publicações estimam que seria necessário um volume de rochas equivalente a 50 mil estádios do Maracanã caindo a oeste da ilha para desencadear esse tsnunami.

— O Cumbre Vieja não tem esse potencial, teria que praticamente destruir a ilha toda — afirma Braz.

O Globo

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