Com a entrega, ontem, da avaliação do Ministério Público Federal sobre o estado mental de Adélio Bispo de Oliveira, caberá agora a Jair Bolsonaro, na condição de vítima, opinar se o homem que tentou assassiná-lo pode ou não ser punido criminalmente com prisão.
A decisão sobre a imputabilidade caberá ao juiz Bruno Savino, da Justiça Federal em Juiz de Fora, e é esperada para o fim deste mês ou início de maio.
Mas antes, ele deverá analisar a posição do presidente, por meio de seus advogados, e da defesa de Adélio, que busca provar que ele não tinha entendimento suficiente para saber que cometia um crime e não tinha capacidade de se conter ao tentar matar Bolsonaro.
Se a defesa conseguir essa façanha, Adélio só poderia ser punido com medidas de segurança — na prática, uma internação compulsória num hospital psiquiátrico, por tempo indeterminado.
A avaliação do MPF é mantida em sigilo, mas leva em conta todos os laudos psiquiátricos e pareceres psicológicos, que apresentaram conclusões diversas.
O Antagonista
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