Política

EUA não endossam proposta do Brasil na OCDE após apoiá-la publicamente; Paulo Guedes diz que país já sabia não seria indicado ‘nesta oportunidade’

Foto: Alan Santos / Presidência da República 24-9-19

O governo dos EUA se recusou a apoiar a proposta do Brasil de ingressar na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revertendo sua orientação, após as principais autoridades americanas a apoiarem publicamente .

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo , rejeitou um pedido para discutir mais ampliações do clube dos países mais ricos, de acordo com uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, em 28 de agosto à qual a Bloomberg teve acesso. Ele acrescentou que Washington apoia apenas as candidaturas de adesão de Argentina e Romênia.

“Os EUA continuam a preferir a ampliação a um ritmo contido que leve em conta a necessidade de pressionar por planos de governança e sucessão”, afirmou o secretário de Estado na carta.

A mensagem contradiz a posição pública dos EUA sobre o assunto. Em março, o presidente Donald Trump disse em entrevista coletiva conjunta com o presidente Jair Bolsonaro na Casa Branca que apoiava à adesão do Brasil ao grupo de 36 membros, conhecido como “o clube dos países ricos”. Em julho, o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, reiterou o apoio de Washington ao Brasil durante uma visita a São Paulo.

Os EUA apoiam a ampliação comedida da OCDE e um eventual convite ao Brasil, mas dedicam-se primeiro ao ingresso de Argentina e Romênia, tendo em vista os esforços de reforma econômica e o compromisso com o livre mercado desses países, disse uma autoridade sênior dos EUA, que pediu para não ser identificada por não ter autorização para discutir deliberações políticas internas em público.

O endosso dos EUA à entrada brasileira na OCDE no início deste ano foi um dos primeiros claros benefícios obtidos pelo estreito alinhamento de Bolsonaro com o governo Trump. A entrada no grupo é considerada uma das principais apostas da política externa do Brasil.

Durante a viagem de Bolsonaro a Washington em março, o Brasil ofereceu acesso dos EUA à plataforma de lançamento de foguetes de Alcântara, no Nordeste do país, viagens sem visto para turistas dos EUA e cooperação na questão da Venezuela. O Brasil também se comprometeu a abrir mão do status de nação em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC), o que lhe dava benefícios como prazos maiores para a adequação a acordos comerciais e regras mais flexíveis na concessão de subsídios industriais.

Trump, em troca, cumpriu a promessa de designar o Brasil como um aliado importante extra-Otan, status que permite a obtenção de material bélico a custos menores. Críticos do acordo questionaram se o apoio dos EUA se materializaria.

O governo brasileiro não respondeu a vários pedidos de comentários. Um funcionário da imprensa da OCDE em Paris também não comentou imediatamente.

A OCDE, fundada em 1961, diz em seu site que visa “moldar políticas que promovam prosperidade, igualdade, oportunidade e bem-estar para todos”. A adesão ao grupo tem sido ultimamente considerada um selo de qualidade para países que buscam mostrar à comunidade internacional que suas nações estão abertas ao mercado internacional.

A adesão ao grupo também é utilizada por governos de países em desenvolvimento para promover reformas internas.

O Brasil apresentou seu pedido de adesão à OCDE em maio de 2017, durante o governo de Michel Temer.

Guedes já sabia que Brasil não seria indicado ‘nesta oportunidade’ para a OCDE

Em entrevista exclusiva a Claudio Dantas, de O Antagonista, Paulo Guedes disse que já havia sido informado pelos Estados Unidos de que o Brasil não seria indicado para a OCDE “nesta oportunidade”.

Os americanos preferiram apoiar a entrada de Argentina e Romênia, mas o ministro da Economia minimizou a decisão.

“Eles nos disseram que, por questão estratégica, não poderiam indicar o Brasil neste momento, mas não é uma rejeição no mérito. É uma questão de timing, porque há outros países na frente, como a Argentina.”

Guedes acrescentou:

“Abrir para o Brasil agora significaria ceder à pressão dos europeus, que também querem indicar mais países para o grupo.”

Bom, essa é a versão dos americanos para o governo Bolsonaro.

Com informações de O Globo e O Antagonista

 

Opinião dos leitores

  1. Pelo jeito não adiantou de nada o Bozo lamber as bolas do Trump! Ninguém progride de verdade através de adulação!

    1. Lula lambeu o pé de Fidel e Bolsonaro o de Trump. Isso é fato. O que não é admissível é alguém ficar idolatrando político que deve ser cobrado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Primeiro posto sem gasolina para veículos elétricos é aberto nos EUA

A operação das estações de carregamento é parecida com a das bombas de combustível, mas leva entre 15 e 30 minutos Foto: Chris Helgren / REUTERS

Com o aumento no número de carros elétricos em circulação pelas cidades, a infraestrutura se torna uma questão crítica: como oferecer serviços para essa frota crescente? O posto RS Automotive, em Takoma Park, Maryland, pode ser parte dessa resposta. Após mais de seis décadas em funcionamento, oferecendo combustíveis para seus clientes, o posto de gasolina trocou suas tradicionais bombas por estações de carregamento, o primeiro do tipo nos EUA.

— Maryland é orgulhoso por ser um líder nacional em energia limpa e renovável, mudança climática e a promoção de veículos e infraestrutura elétricos — afirmou o governador, Larry Hogan. — Esta estação de carregamento totalmente convertida de gasolina para eletricidade é um grande exemplo do compromisso da nossa administração com o meio ambiente e os transportes.

As obras foram financiadas em parte pelo governo estadual e pelo Electric Vehicle Institute, que investiram US$ 786 mil na aquisição de 16 estações de carregamento. Quatro delas foram instaladas no negócio mantido há mais de duas décadas por Depeswar Doley. Mas enquanto as autoridades celebram, o proprietário do posto ainda não sabe como será o retorno financeiro.

— O volume das nossas vendas de gasolina era baixo, especialmente depois das 20h — afirmou Doley, em entrevista ao “Washington Post”. — Eu não espero ficar super rico com isso, mas é bom para o meio ambiente, então eu quero assumir o risco.

O empresário viu na substituição da gasolina pelo carregamento elétrico uma forma de se livrar das distribuidoras de combustíveis, que oferecem contratos longos com cláusulas de renovação caso as vendas não atinjam metas. Mas o maior peso para sua decisão foi o entusiasmo de sua filha de 17 anos.

— Minha filha disse: “Pai, nós temos que fazer isso! — contou o empresário. — Ela é muito apaixonada pela Tesla e pelo meio ambiente, então eu dei ouvidos, porque ela é da geração mais jovem.

A renovação chamou atenção da vizinhança, que param no posto para tirar dúvidas ou fotografias, mas nem todos se empolgaram com a novidade.

— É uma tristeza não ter gasolina aqui — lamentou Andy Kelemen, de 86 anos, que abastecia no posto há mais de três décadas.

Existe uma demanda crescente para serviços do tipo. Hoje, existem em Maryland cerca de 21 mil veículos elétricos. A previsão é que em 2020 sejam 60 mil veículos e, em 2025, 300 mil.

Quando os primeiros carros surgiram, os motoristas americanos compravam gasolina em latas em comércios como farmácias e lojas de ferreiros. Segundo o Instituto Smithsonian, as primeira bombas de combustível surgiram em 1905, e o primeiro posto foi aberto na Pennsylvania em dezembro de 1913. O segmento de veículos elétricos vive esse momento.

— Ninguém realmente sabe o que vai acontecer — comentou Matthew Wade, diretor executivo do Electric Vehicle Institute. — Nós entramos num novo território, o que é, de certa forma, muito emocionante.

Em tese, o funcionamento das estações de carregamento é bastante similar com o das bombas de combustível: o plugue é retirado da estação e encaixado no carro. Mas o abastecimento é demorado. Em média, para carregar a maioria dos carros elétricos até 80% da capacidade leva de 15 a 30 minutos. A partir desse ponto, as taxas de carregamento são desaceleradas para proteger as baterias. O custo médio para 80% de carga é de US$ 5,10.

— A parte final do carregamento, os últimos 5%, pode demorar uma hora — disse Wade. — Nós sugerimos a carga de 80% para maximizar as sessões de carregamento.

O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

(VÍDEO) – ‘34 milhões de mortos em horas’: simulação nos EUA mostra estrago de guerra nuclear entre Rússia e EUA

A possibilidade de uma guerra nuclear é uma ameaça latente e, segundo especialistas, informações sobre a catástrofe mundial que ela causaria pode servir para evitar que isso se torne realidade.

Por isso, um grupo de especialistas em segurança e armas nucelares da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, criou uma simulação chamada “Plano A”, que mostra a devastação que um conflito entre EUA e Rússia provocaria.

As previsões são assustadoras. Em questão de horas, haveria 34 milhões de mortos e mais de 57 milhões de feridos.

“O risco de uma guerra nuclear aumentou dramaticamente depois que Estados Unidos e Rússia abandonaram o tratado de controle de armas nucleares”, destacam os criadores da simulação ao blog do programa Ciência e Segurança Global da Universidade de Princeton.

“(Esses países) começaram a desenvolver novos tipos de armas nucleares e ampliaram as circunstâncias nas quais seria possível usar essas armas”, advertem.

Nesse contexto, dizem, o objetivo da simulação é chamar a atenção sobre as “consequências potencialmente catastróficas de uma guerra nuclear entre EUA e Rússia”.

Vários especialistas consultados pela BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, coincidem em dizer que esse tipo de exercício acadêmico pode ser útil para persuadir as potências a não chegar a um enfrentamento nuclear.

“Faz tempo que vemos simulações como esta e sempre são alarmantes”, disse à BBC News Mundo Sarah Kreps, professora da Universidade de Cornell, nos EUA, onde investiga os impactos da proliferação de armas de destruição em massa.

“Essas simulações são úteis para reforçar a dissuasão. Se não há transparência e se há otimismo sobre as consequências de um enfrentamento nuclear, é mais provável que alguma das partes escale a sua posição, seja consciente ou inconscientemente.”

Para Kreps, os potenciais estragos que esse tipo de simulação evidencia podem servir para que países que possuem armas nucleares ajam com maior “moderação”.

Mas em que consiste o vídeo com a simulação da Universidade de Princeton e que panorama ele projeta?

Milhões de vítimas em poucas horas

A guerra imaginária que o vídeo ilustra começa com a tentativa da Rússia de impedir uma ofensiva dos Estados Unidos e de membros da Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Pela simulação, os russos lançam um míssil nuclear de “advertência” na fronteira entre Alemanha, Polônia e República Tcheca.

Com esse ataque, o conflito escala rapidamente. A Rússia envia aviões com um total de 300 ogivas nucleares e dispara mísseis de curto alcance contra bases e tropas da Otan na Europa.

Esses ataques duram 45 minutos e deixam 3,4 milhões de vítimas. A Otan, por sua vez, responde com aviões que viajam rumo à Rússia com 180 ogivas nucleares.

A essa altura, o objetivo de cada um é evitar que o inimigo tenha oportunidade de se recuperar, portanto cada país lança ataques contra as 30 cidades mais povoadas do adversário.

Em cada bombardeio, são usadas entre 5 e 10 ogivas nucleares, dependendo do tamanho da cidade. O resultado: em 45 minutos, mais 85,3 milhões de vítimas, entre mortos e feridos.

Assim, em menos de cinco horas, haveria 91,5 milhões de vítimas. Isso inclui 34,1 milhões de mortes instantâneas e 57,4 milhões de feridos.

Os números, advertem os especialistas, aumentariam “significativamente” se forem levadas em conta as mortes a longo prazo causadas pelos resíduos radioativos deixados no ar.

Como chegaram a esses cálculos?

Os especialistas de Princeton dizem que os cálculos são “razoáveis” e baseados em condutas realistas da Rússia e dos Estados Unidos, assim como possíveis objetivos militares e o dano potencial das armas nucleares esses países possuem.

Com base em informações sobre as armas que estão sendo empregadas atualmente, os escudos antimísseis e os possíveis alvos de cada arma, os pesquisadores estimaram a ordem de escalada da guerra, passando de um enfrentamento tático para o ataque a cidades e civis.

O número de mortos e feridos em cada uma dessas fases foi calculado com base no NukeMap, uma ferramenta interativa que mostra o dano que diferentes armas nucleares causariam segundo sua potência e local de lançamento.

O NukeMap foi criado por Alex Wellerstein, professor do Instituto Tecnológico Stevens e especialista em história das armas nucleares.

A informação do NukeMap é “altamente precisa”, segundo disse à BBC News Mundo Erika Simpson, professora de política internacional da Universidade Western, no Canadá, e especialista em estratégia nuclear da Otan. Simpson não participou da simulação de Princeton.

A bomba atômica sobre Hiroshima, no japão, em 1945, demonstrou o cenário apocalíptico de um ataque nuclear Qual é o panorama hoje?

Os especialistas ouvidos pela BBC News Mundo concordam que a simulação ocorre num momento em que a ameaça nuclear tem significância.

“Este vídeo é uma poderosa lembrança da ameaça que as armas nucleares representam”, diz Jonathan Marcus, correspondente de assuntos diplomáticos da BBC.

“Ela chega num momento em que a maior parte dos tratados de controle de armas que ajudaram a manter o equilíbrio estratégico durante a Guerra Fria foram abandonados”, alerta.

Segundo explica Marcus, atualmente só há entre Rússia e Estados Unidos um único – e importante – tratado em vigor para o controle de armas nucleares.

Trata-se do START II, que estabelece limites rígidos e verificáveis à quantidade de sistemas nucleares estratégicos de longo alcance que cada parte pode empregar.

“Mas esse tratado expira em fevereiro de 2021”, ressalta Marcus. “E, atualmente, nem Washington nem Moscou demonstram grande vontade em prorrogá-lo.”

Em agosto, os Estados Unidos se retiraram formalmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, que foi assinado em 1987 pelos então presidentes da União Soviética, Mikhail Gorbachov, e dos Estados Unidos, Ronald Reagan.

Marcus explica que a expiração desse tratado ocorre no momento em que estão surgindo armas novas e potentes, como os mísseis hipersônicos e a utilização de inteligência artificial no armamento estratégico.

Para que servem essas simulações?

Ainda que sejam especulativas, simulações como as promovidas pela Universidade de Princeton são úteis, segundo especialistas.

“Esse estudo oferece informação vital para o público”, disse à BBC News Mundo Dinshaw Mistry, especialista em proliferação nuclear da Universidade de Cincinnati e autor do livro “Contendo a Proliferação de Mísseis”.

“A simulação oferece as bases para questionar a justificativa para o tamanho e o uso das forças nucleares.”

Mistry e Kreps afirmam que esses exercícios servem para estimular uma reflexão sobre as consequências de um conflito nuclear de larga escala e a importância do controle de armas.

Útil, porém limitado

Ainda que reconheçam sua utilidade, os especialistas afirmam que o trabalho de Princeton tem limitações. Mistry, por exemplo, afirma que o cenário de guerra nuclear de grandes proporções “é menos provável” que um enfrentamento de “pequena escala”, com a utilização de uma a cinco armas nucleares na etapa inicial do conflito.

“A simulação seria mais útil se mostrasse como seria possível controlar a escalada da guerra e limitar os danos”, argumenta.

Matthew Bunn, professor da Universidade de Harvard, especialista em medidas de controle da proliferação de armas nucleares, concorda.

“Seria útil acrescentar à simulação mais informações e ações que poderiam ser adotadas para reduzir o perigo”, disse Bunn.

O especialista de Harvard se refere a medidas relacionadas à redução da tensão entre EUA e Rússia, à revitalização de acordos antigos e à redução da ênfase que as doutrinas militares colocam sobre o uso de armas nucleares.

Marcus, por sua vez, destaca que o vídeo de Princeton deixa de lado um aspecto importante do cenário geopolítico.

“É interessante que a simulação tenha escolhido focar numa troca nuclear entre Rússia e EUA”, observa.

“Muita gente acredita que seria mais provável um conflito entre China e EUA. A Rússia é uma sombra da antiga União Soviética em termos de poder bruto e (o presidente russo Vladimir) Putin sabe disso.”

Mas, assim como os demais especialistas ouvidos pela BBC News Mundo, Marcus destaca que o panorama atual torna “mais importante do que nunca” a necessidade de “rever os processos de controles de armas nucleares no mundo”.

BBC Brasil

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

VÍDEO: Marinha dos EUA confirma perseguição com possível OVNI

Foto: Reprodução

Em dezembro de 2017 e março de 2018, o jornal norte-americano The New York Times divulgou três vídeos secretos do governo dos Estados Unidos mostrando pilotos da Marinha dos Estados Unidos perseguindo objetos voadores não identificados – que se moviam em velocidade hipersônica, a milhares de pés acima da Terra, sem asas, motores ou sinais visíveis de propulsão.

Joseph Gradisher, porta-voz do vice-chefe de operações navais da Marinha, enviou uma declaração ao site The Black Vault confirmando a veracidade dos vídeos com os “fenômenos aéreos não identificados”, acrescentando ainda que não houve qualquer edição nas gravações.

Os objetos ainda não foram identificados com sucesso como qualquer tipo conhecido de aeronave. Segundo Joseph, as imagens nunca deveriam ter chegado ao conhecimento público. Reporta-se ainda que os vídeos foram divulgados inadequadamente por um ex-funcionário do Pentágono, que pediu permissão para compartilhar entre agências do governo para uma espécie de banco de dados sobre veículos aéreos não tripulados.

Não é possível dizer que tais objetos sejam domínios de “alienígenas”. No entanto, como apontou o The New York Times, na época da divulgação dos vídeos, é estranho que objetos “apareçam repentinamente a 80.000 pés e depois sejam arremessados em direção ao mar, estacionando a 20.000 pés e pairando”. Uma curiosidade é que os vídeos foram divulgados pelo NYT e pela To The Stars Academy of Arts & Science, uma organização criada pelo ex-vocalista e guitarrista da banda Blink-182 Tom DeLonge.

UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

Irã adverte EUA que responderá imediatamente a qualquer ataque

Foto: Reprodução via Reuters TV

O governo do Irã advertiu oficialmente aos Estados Unidos que responderá “imediatamente” a qualquer agressão, depois que Washington ameaçou retaliar por considerar Teerã responsável pelos recentes ataques contra a companhia petrolífera saudita Aramco.

Segundo uma nota oficial divulgada nesta quarta-feira (18) pela imprensa oficial iraniana, “se um ato for realizado contra o Irã, esse ato imediatamente receberá imediata resposta do Irã e seu alcance não se limitará à origem da ameaça”.

Este documento foi entregue há dois dias pelas autoridades iranianas na Embaixada da Suíça, em Teerã, responsável pelos interesses americanos por Washington não manter relações diplomáticas com o Irã.

A carta ressalta que os ataques acima mencionados contra a Aramco “não são obra do Irã” e as acusações do presidente dos EUA, Donald Trump, e seu secretário de Estado, Mike Pompeo, são condenadas e negadas.

Pompeo culpou o Irã no dia dos ataques, no último sábado (14), e agora está na Arábia Saudita para coordenar uma resposta com as autoridades do reino.

No entanto, ataques de drones contra duas usinas da Aramco foram reivindicados pelos rebeldes iemenitas houthis, que já realizaram ataques semelhantes em resposta à intervenção militar em seu país por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

A esse respeito, o presidente iraniano Hassan Rohani, disse hoje que os “inimigos da região” “aprenderam uma lição” com o ataque dos rebeldes houthis, que ele classificou de um “alerta” para acabar com a guerra no Iêmen.

As autoridades iranianas respaldam os houthis em sua luta contra a coalizão árabe, mas garantem que não os financiam como também não enviam armas, como denunciam os EUA e a Arábia Saudita.

EFE

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Brasil busca ampliar comércio com os EUA e já negocia novos acordos: Coreia, Canadá e Cingapura

Porto de Cingapura: Brasil negocia acordo comercial com o país. Foto: Ore Huiying / Bloomberg

Concluídas as negociações entre Mercosul com a União Europeia e com o Efta (bloco integrado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) e em meio a uma maior aproximação com os EUA – o chanceler Ernesto Araújo inicia nesta quarta-feira uma visita a Washington – o governo se prepara para novos acordos comerciais. Já há um cronograma definido: Coreia do Sul em setembro, Canadá em outubro e Cingapura em dezembro.

Esses três países importaram, em 2017, cerca de US$ 1,4 trilhão. Desse total, o Brasil só vendeu algo em torno de US$ 9 bilhões, o que mostra o grande potencial que têm esses mercados. Segundo um negociador brasileiro, há espaço tanto para produtos do agronegócio como de bens de maior valor agregado.

Enquanto isso, em sua visita aos EUA, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo voltará a discutir um ambicioso tratado de livre comércio. Além da redução de tarifas, estão sobre a mesa temas como compras governamentais, investimentos e serviços.

Eleições argentinas

Apesar desse cenário aparentemente promissor, existe um fantasma que ronda os negociadores brasileiros: as eleições na Argentina, que acontecerão em outubro deste ano. A avaliação de parte do governo é que uma provável vitória de Alberto Fernandez poderia atrapalhar os planos do Brasil, pois passaria a imagem de um Mercosul se desintegrando, ou se separando da Argentina.

Fontes envolvidas no assunto, porém, afirmam que, se Fernandez colocar obstáculos às negociações, o Brasil, negociará sozinho os acordos, o que significará o fim da Tarifa Externa Comum (TEC). A Argentina deve ficar isolada no bloco, pois paraguaios e uruguaios tendem a acompanhar os brasileiros.

No caso das negociações com os EUA, a dúvida é se o Brasil faria sozinho um acordo de livre comércio com os EUA, ou se entraria o Mercosul como um todo.

Ainda na América do Norte, o Brasil começou a discutir com o México a ampliação do acordo de livre comércio que existe para poucos setores. O principal é o automotivo.

E, na Ásia, China e Japão já sinalizaram que gostariam de firmar acordos com o Brasil ou o Mercosul. Se o tratado envolver redução de tarifas de importação, o mais provável é que as negociações sejam feitas com o bloco sul-americano.

Potencial de acordo com UE

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo entre Mercosul e União Europeia reúne um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 19 trilhões e um mercado de 750 milhões de pessoas, com US$ 101,6 bilhões de comércio bilateral e impacto significativo para a indústria brasileira. O tratado reduz, por exemplo, de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico.

Dos 1.101 itens que o Brasil tem condições de exportar para a UE, 68% enfrentam tarifas de importação ou quotas. Com o acordo, os produtos nacionais passarão a ter acesso preferencial a 25% do comércio do mundo com isenção ou redução do imposto de importação. Atualmente, eles só entram, nessas condições, em 8% dos mercados internacionais.

No caso do Efta, o bloco tem um PIB de US$ 1,1 trilhão e uma população de 14,3 milhões de pessoas. Com outros 29 acordos comerciais já firmados, os quatro países do bloco estão entre os maiores PIB per capita do mundo.

Mesmo com tudo isso, esses dois acordos já firmados deverão demorar, no mínimo, um ano para entrar em vigor. Os tratados dependem da aprovação dos parlamentos de cada um dos países envolvidos. A fase atual, nas duas situações, é de revisão jurídica do texto.

O momento político e a imagem do Brasil no exterior, desgastada com as queimadas na Floresta Amazônica , vão pesar da decisão dos congressistas. E, mais uma vez, o próximo governo argentino, que assumirá no início do ano que vem, também terá que decidir se esses tratados são ou não prioridades, especialmente para os produtores locais.

O Globo

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Ex-líder de terapia nos EUA de ‘cura gay’ se revela homossexual

McKrae Game Foto: Reprodução/YouTube(Post and Courier)

Um homem que fundou uma dos maiores programas de terapia de conversão de gays – a chamada “cura gay” – revelou-se homossexual.

McKrae Game, de 51 anos, comandou por duas décadas o Hope for Wholeness, grupo que atua na Carolina do Sul (EUA), prometendo fazer homossexuais se tornarem heterossexuais.

O americano costumava classificar a homossexualidade como um “grande ardil”. Agora, McKrae decidiu se desculpar pela “nociva prática que feriu gerações” e a ele mesmo.

A terapia antigay, baseada em aconselhamento psicológico e ensinamentos religiosos, é proibida em 17 estados americanos. O slogan do programa de McKrae era “Para se libertar da homossexualidade por meio de Jesus Cristo”.

Dois anos atrás, McKrae foi demitido do Hope for Wholeness.

“Fui um fanático religioso que feriu pessoas. Pessoas disseram ter tentado o suicídio por minha causa e das coisas que eu dizia. Eu estava errado, por favor me perdoem”, desabafou o americano ao “Post and Courier”.

McKrae ainda está casado com Julie Game.

Extra – O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Segurança

EUA: vendas de mochilas à prova de balas disparam com tiroteios

Foto: Reprodução Twitter

Às vésperas do início de um novo ano escolar, os EUA vêem os efeitos dos traumas causados por tiroteios em escolas por todo o país. Os alunos vêm recebendo treinamento de emergência cada vez mais cedo, para tentar evitar novas tragédias.

A insegurança chega ao ponto de que muitos fabricantes estão vendendo mochilas à prova de balas para crianças. Segundo a imprensa norte-americana, a venda desse tipo de produto subiu 300% nos últimos meses.

Essas mochilas são vendidas em grandes redes de varejo, como a Home Depot custam entre US$ 99 (cerca de R$ 410) e US$ 490 (cerca de R$ 2 mil) e são certificadas com o selo IIIA, que teoricamente garante a qualidade do produto.

Proteção limitada

O grande problema é que, apesar dessas mochilas atenderem aos requisitos técnicos para ter o selo, essa certificação garante proteção apenas contra tiros de armas leves, como revólveres e pistolas.

Fuzis semiautomáticos, como o AR-15, vendidos quase livremente no comércio e usados na grande maioria dos massacres recentes cometidos nos EUA, exigem uma proteção muito maior do que a dessas mochilas.

Ou seja, elas não teriam salvado a vida de nenhuma das vítimas de tiroteios como o da escola secundária Marjorie Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, em fevereiro do ano passado.

Testes balísticos

Pelo menos dois veículos da imprensa norte-americana, a revista Inside Edition e a NBC Los Angeles, compraram mochilas à prova de balas e levaram para um clube de tiro, para testar a eficácia das proteções.

Nos dois casos, as mochilas foram colocadas em manequins e instrutores dispararam tiros nelas. Primeiro, com pistolas 9 milímetros. Depois, com revólveres calibre .44. E, por fim, com os temíveis AR-15. Mesmo com marcas e modelos diferentes, os resultados foram semelhantes.

Tanto nos tiros disparados das pistolas quanto dos revólveres, o resultado foi parecido. As balas atravessaram o tecido externo das mochilas e pararam na camada de proteção que fica no lado interno, junto ao corpo do usuário.

No caso das pistolas, no entanto, o instrutor Taran Butler, ouvido pela Inside Edition, fez um alerta. A camada de proteção interna segurou as balas mas o impacto, mais forte, poderia quebrar costelas de estudantes menores.

Sem proteção contra fuzil

Quando os instrutores dispararam os AR-15, no entanto, nenhuma das mochilas foi capaz de proteger o usuário. As balas dos rifles simplesmente atravessaram todas as camadas e foram parar no corpo dos manequins.

“A velocidade de uma bala de fuzil é muito maior e, consequentemente, tem um impacto maior”, explicou o professor de ciência forense Peter Diaczuk, em entrevista à NBC. “Por isso elas são mais perigosas que as balas de revólver.”

Em comunicado à emissora, a Skyline, fabricante de uma das mochilas testadas, disse que “a proteção contra um tiro de fuzil requer uma placa grossa de cerâmica, pesada demais para ser usada no dia-a-dia, especialmente considerando que o cliente seria uma criança ou adolescente”.

R7

 

Opinião dos leitores

    1. É sério que você acha aqui mais violento que lá? Você está comparando Lagoa Azul com Leblon?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Eduardo Bolsonaro e ministro Ernesto Araújo terão encontro com Trump nos EUA nesta sexta

Foto: Reprodução/TV Globo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (29) que um dos seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) viajarão para os Estados Unidos, onde terão um encontro com o presidente Donald Trump.

Ele fez a afirmação em discurso no Palácio do Planalto, durante cerimônia de lançamento de um programa para enfrentamento de crimes violentos.

De acordo com o deputado Eduardo Bolsonaro, ele e o ministro viajam nesta quinta-feira para se encontrar com Trump na sexta-feira (30).

O parlamentar disse que deverá tratar na reunião da recente reunião de cúpula do G7, da preservação da Amazônia e de relações comerciais.

Bolsonaro já anunciou que pretende indicar o filho para comandar a embaixada do Brasil em Washington, mas ainda não oficializou a indicação ao Senado, responsável por aprovar nomes de embaixadores.

Trump já elogiou Eduardo Bolsonaro, e o governo norte-americano deu o aval formal para a indicação dele como embaixador, o chamado “agrément”.

Na cerimônia desta quinta, além de informar sobre a viagem, Bolsonaro agradeceu Trump pela “defesa do Brasil” durante a cúpula do G7 (grupo dos sete países mais ricos), marcada por críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, ao aumento das queimadas na floresta amazônica. Bolsonaro e Macron trocaram farpas nos últimos dias em razão do assunto.

“Eduardo Bolsonaro daqui a pouco viaja para os Estados Unidos. Vai se encontrar com o Donald Trump. Eu quero agradecer publicamente aqui o senhor Donald Trump, a sua defesa do Brasil por ocasião do encontro do G7”, disse Bolsonaro.

“Espero que o Ernesto seja bem sucedido na viagem, bem como o Eduardo, nesse encontro nos Estados Unidos. Nosso governo, como mudou a direção, nós vamos cada vez mais nos aproximar de países que servem de exemplo para nós, que têm os índices melhores, levando-se em conta grande parte do mundo. São esses exemplos que devemos procurar”, acrescentou.

O presidente também agradeceu o trabalho de Trump para que o Brasil seja aliado extra-Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte], com benefícios na área de defesa, e para que o país ingresse na a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

G1

 

Opinião dos leitores

    1. Quem falou de Lula? Ele tá preso. Tem que colocar um profissional de carreira, preparado.

    2. Verdade, bota os que eram de lula, que fizeram negociata com cuba, Venezuela, bolivia, nicaragua, ditaduras africanas, e provocaram um rombo no BNDES de 500 bilhões de reais. Esse aí, é amador.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Amazônia: EUA dizem não concordar com ajuda do G7 para incêndios e fala que forma mais construtiva é “coordenação com o governo brasileiro”

FOTO: GABRIELA BILÓ/ ESTADÃO CONTEÚDO/27.08.2019

O governo dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que não concorda com a ajuda de US$ 20 milhões — aproximadamente R$ 83 milhões — oferecida pelo G7 ao Brasil para combater os incêndios que se alastram pela Amazônia nas últimas semanas.

“Não concordamos com a iniciativa do G7 que não incluiu consultas com (o presidente) Jair Bolsonaro. A forma mais construtiva de auxiliar os esforços em andamento do Brasil é em coordenação com o governo brasileiro”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis, em mensagem postada no Twitter.

O Brasil já havia recusado o auxílio financeiro oferecido pelo G7 em anúncio feito pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Em um primeiro momento, Bolsonaro disse que só aceitaria a ajuda se ela viesse acompanhada de um pedido de desculpas de Macron por tê-lo chamado de mentiroso. Depois, o Palácio do Planalto não incluiu o pedido nas condições estabelecidas pelo governo brasileiro para aceitar o dinheiro disponibilizado pelo G7.

Questionado por vários líderes mundiais sobre uma possível omissão do Brasil no combate aos incêndios na Casa Branca, Bolsonaro ganhou o apoio de Trump, que elogiou o trabalho do governo na crise.

“Cheguei a conhecer bem o presidente Bolsonaro nas nossas relações com o Brasil. Ele está trabalhando muito duro nos incêndios da Amazônia e, em todos os aspectos, está fazendo um grande trabalho para as pessoas do Brasil”, disse Trump no Twitter.

EFE

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Trump reafirma que Bolsonaro tem ‘completo apoio’ dos EUA, e diz que presidente, ‘em todos os aspectos, está fazendo um ótimo serviço pelas pessoas do Brasil’

FOTO: REUTERS/Philippe Wojazer/26.08.2019

Em publicação feita no Twitter nesta terça-feira (27), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou seu apoio a Jair Bolsonaro diante da crise internacional gerada pelos incêndios na Amazônia.

“Eu conheci bem o Jair Bolsonaro em nossos encontros sobre o Brasil. Ele está trabalhando duro para combater as queimadas na Amazônia e, em todos os aspectos, fazendo um ótimo serviço pelas pessoas do Brasil – Não é fácil. Ele e seu país têm total e completo apoio dos Estados Unidos”, escreveu Trump.

Tensão internacional

A declaração de Trump se dá em meio a uma escalada de tensão entre Jair Bolsonaro e o presidente da França, Emmanuel Macron — que tem sido o principal porta-voz das críticas da União Europeia à política de proteção ambiental do Brasil, na esteira das queimadas recorde que consomem boa parte da Amazônia brasileira.

O assunto foi tema de uma sessão especial na reunião do G7 nesta segunda-feira (27). As sete maiores potências do mundo anunciaram ajuda financeira às nações amazônicas.

R7

Opinião dos leitores

  1. Eu fico imaginando se a Amazônia fosse na China ou em Israel, o que será que Makron iria falar?

  2. Trump esta corretíssimo Jair Messias apesar do pouco tempo no poder esta surpreendendo e
    hoje já é considerado o melhor e mais capacitado que o Brasil já teve, e mais importante ainda
    muito bem intencionado.
    Se os contrários deixarem o País será muito respeitado.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Morre David Koch, um dos homens mais ricos do mundo, bilionário que impulsionou movimento conservador nos EUA

Foto: Brendan McDermid / REUTERS / 23-08-2012

O bilionário americano David Koch , que, junto com seu irmão Charles, ajudou a financiar o movimento conservador americano que fortaleceu a ala de ultradireita do Partido Republicano , morreu nesta sexta-feira, aos 79 anos.

“É com tristeza que eu anunciou o falecimento de meu irmão David”, Charles Koch escreveu em um comunicado. “Há 27 anos, David foi diagnosticado com câncer avançado na próstata e recebeu um prognóstico ruim. Ele gostava de dizer que um combinado de excelentes médicos, medicações de primeira linha e sua próprio insistência preveniram o avanço do câncer.”

O empresário era uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 42,2 bilhões de dólares, além de ser dono de 42% das Indústrias Koch. Em uma disputa familiar, David e Charles compraram a participação de seus outros dois irmãos na empresa fundada por seu pai, transformando a companhia de refino e exploração de petróleo e de atividade pecuária em uma das maiores empresas do mundo.

Charles ainda comanda a empresa, mas David dedicava boa parte do tempo à agenda política, chegando a concorrer como vice-presidente dos EUA pelo Partido Libertário, em 1980, com uma plataforma fortemente oposta à intervenção do Estado na economia.

Seu dinheiro foi um grande fomentador do movimento libertário que ajudou na ascensão do Tea Party — algo que os irmãos rejeitam —, no fortalecimento da ala de extrema direita no Partido Republicano e na eleição de Donald Trump em 2016. Os grupos financiados pelo bilionário americano influenciaram até mesmo o pensamento de organizações conservadoras brasileiras, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Instituto Mises. Membros do MBL chegaram a participar de seminários e atividades realizadas pelo Students For Liberty, instituição que recebe doações da família Koch.

Há anos, os irmãos enfrentam acusações de terem utilizado a causa conservadora para promoção de seus próprios interesses, mas insistem e, que aderiram a uma crença tradicional na liberdade do indivíduo e no livre comércio, nos mercados livres e em liberdade em relação ao que chamavam de “intrusões” do governo, como impostos, regulamentações comerciais, programas de assistência social e leis que criminalizam a homossexualidade e o uso de drogas.

Desde os anos 1970, os irmãos Koch já gastaram ao menos US$ 100 milhões — valor que, segundo algumas estimativas, pode ser bem maior — para catapultar o então pequeno movimento conservador radical americano. Eles foram pioneiros nas táticas de uso de “dark money”, mascarando a fonte de doações políticas e interesses por trás de movimentos aparentemente espontâneos. Suas contribuições ajudaram a mover os EUA para a direita, influenciando o resultado de eleições, acabando com limites para doações de campanha e promovendo candidatos, regras e centros de estudo conservadores.

Apesar de rejeitarem terem feito parte do impulsionamento do Tea Party, os irmãos reconheceram seu papel na fundação e no financiamento do Americans for Prosperity, que especialistas afirmam ter fornecido apoio logístico para o movimento de extrema direita e para outras organizações que promovem apoio a causas conservadoras. Causas como corte tributários, combate à imigração irregular, regras ambientais e trabalhistas mais frouxas, o apoio à indústria bélica e o questionamento das mudanças climáticas estão entre as causas defendidas por empresas financiadas pelos irmãos.

Morador de Nova York, Koch tornou-se um benfeitor das artes, apoiando companhias de balé e de ópera. Ele havia se afastado das Indústrias Koch por motivos de saúde no ano passado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

EUA e número dois de Maduro tiveram encontro secreto para discutir transição, diz agência de notícias

Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional Constituinte, teria se encontrado com representantes do governo americano Foto: FEDERICO PARRA / AFP / 12-08-2019

Os Estados Unidos iniciaram conversas com Diosdado Cabello , número dois do regime chavista, e com outros membros da alta cúpula de Nicolás Maduro buscando persuadi-los a realizar um acordo que garanta uma saída para a crise política venezuelana. Segundo a agência Associated Press, que noticiou as negociações, os representantes venezuelanos buscam garantias de que não sofrerão represálias caso cedam às demandas internacionais para remover Maduro.

As conversas, que ainda estão em estágio preliminar, incluem garantias e incentivos para que alguns líderes chavistas cedam às demandas da comunidade internacional e concordem com um acordo eleitoral confiável. Segundo a Associated Press, ainda não está claro se Maduro tem ciência das discussões. A realização de um segundo encontro estaria sendo discutida.

Cabello teria recebido em julho um representante em contato direto com o alto escalão do governo americano para escutar suas propostas. Na estrutura de poder venezuelana, o vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv) é uma das figuras mais radicais e intransigentes, e vê sua influência crescer conforme o poder de Maduro diminui. Washington, entretanto, o acusa de comandar um esquema de corrupção e tráfico de drogas, além de responsabilizá-lo por ameaças de morte contra o senador americano Marco Rubio, um crítico ferrenho do regime venezuelano.

O representante do governo americano que falou em condição de anonimato com a AP disse que a Casa Branca não tem intenções de que Cabello substitua Maduro, mas busca utilizá-lo para pressionar a alta cúpula do regime chavista, que passa por uma suposta disputa interna de poder. Além do homem forte do presidente, outros funcionários de Caracas, como os ministros da Defesa Vladimir Padrino e do Interior, Néstor Reberol, também estariam em contato com Washington. Em diversas ocasiões, o governo americano já declarou que poderia retirar as sançoes impostas a líderes do governo venezuelano caso que tomassem “ações concretas e significativas” para acabar com o mandato de Maduro.

Novas eleições

Este não é o primeiro sinal que o regime chavista dá de que poderá ceder. O jornal Washington Post noticiou que durante as negociações mediadas pela Noruega entre o governo e a oposição venezuelana, os representantes de Maduro teriam concordado, sob algumas condições, com novas eleições presidenciais em um período entre nove e 12 meses. As conversas, entretanto, foram interrompidas pelo governo venezuelano após Washington anunciar novas sanções econômicas, desta vez abrangendo empresas e indivíduos de terceiros países que negociarem Caracas.

Entre as condições estabelecidas pelo regime venezulano estão o fim das sanções americanas e a permanência de Maduro no poder até que uma nova votação seja realizada, algo que vai na contramão da posição americana, que diz que manterá as restrições até que o presidente venezuelano abandone o cargo. Washington, entretanto, teria oferecido garantias de segurança a Maduro caso ele aceitasse novas eleições e concordasse em se exilar. Outra questão polêmica é se o líder chavista teria permissão para concorrer novamente após sua reeleição no ano passado, em um processo eleitoral considerado fraudulento pela oposição e por mais de 50 países.

Cabello, que não participou das rodadas de negociação em Barbados, no Caribe, é visto pelos Estados Unidos como uma das únicas pessoas com capacidade para derrubar Maduro — ele é presidente da Assembleia Nacional Constituinte, convocada em 2017 por Maduro para anular os poderes do Legislativo e não reconhecida pela oposição ou pelo governo americano. O vice-presidente do partido governista também apresenta há cinco anos um popular programa no canal de televisão estatal, onde faz críticas constantes ao governo americano.

Apesar de todos os sinais públicos indicarem que Cabello continua fiel a Maduro, os doislíderes são, há muito tempo, visto como rivais. O vice-presidente do partido governista tem visões econômicas mais pragmáticas e posições políticas menos extremas que as do presidente venezuelano. Na última aparição pública de Hugo Chávez, em 2013, Maduro sentou-se à esquerda e Cabello, à direita.

O Globo

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

EUA anunciam regulamentação que dificulta acesso ao “green card”

Foto: (Epoxydude/Getty Images)

O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira uma regulamentação que reduz a quantidade de imigrantes legais autorizados a entrar e residir no país, ao facilitar a rejeição dos pedidos por permissão de residência — conhecida como “green cards” — e alguns vistos.

A nova versão da regra, divulgada pelo Departamento de Segurança Nacional, foi elaborada para que os imigrantes com baixa renda não possam chegar ou permanecer no país. Essa legislação entrará em vigor 60 dias após ser publicada oficialmente na quarta-feira.

Com a mudança de regra, os EUA poderão determinar se o imigrante se tornou uma “carga pública” para o governo, ou seja, se “depende principalmente” da assistência dos recursos públicos, para depois cancelarem o status de imigração.

Dessa forma, uma pessoa que possui o cartão de residente permanente ou algum tipo de visto conseguido legalmente pode ser afetada caso não consiga se manter financeiramente sem o suporte do governo.

Grupos defensores dos imigrantes argumentam que esta regra discriminaria os imigrantes dos países mais pobres, manteria as famílias separadas e incentivaria os residentes legais a desistirem da ajuda do governo que provavelmente necessitam para subsistir.

Essas organizações também afirmam que a legislação penalizaria os imigrantes com visto de trabalho que precisam de alguma assistência pública de maneira temporária.

Os imigrantes da terceira idade que muitas vezes obtêm remédios a baixo custo através de programas subsidiados também podem ser obrigados a abdicar dessas ajudas, caso não queiram ser considerados uma “carga pública”.

O governo do presidente Donald Trump já havia proposto em setembro do ano passado uma regulamentação para que os imigrantes que recebem legalmente benefícios públicos, como assistência alimentar e ajuda para habitação, possam perder a residência permanente.

A expectativa é que a regra anunciada nesta segunda-feira enfrente uma resistência jurídica nos próximos dias. Sendo assim, é possível que a sua implementação atrase ou nunca venha a acontecer, dependendo da Justiça americana.

Exame, com EFE

 

Opinião dos leitores

  1. Não sei se essa medida é boa.
    O fato é que durante muitos anos os Estados Unidos têm sido uma bagunça.
    Até atualmente há caravanas de invasores.
    Provavelmente pessoas enviadas por grupos de esquerda da América central e muitos provavelmente ajudados ou enviados por grupos criminosos da região.
    Depois de tudo isso, a imprensa esquerdista americana ainda crítica Trump por tentar colocar ordem nessa bagunça.

  2. Isso é besteira! Ninguém quer morar nem trabalhar nesse país capitalista liberal e opressor. Apesar que, estranhamente, muitos esquerdistas adoram passar as férias provando dessa opressão toda!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

MPF quer barrar indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada dos EUA

Foto: Vanessa Carvalho/Brazil Photo Press/Folhapress – 19.03.2019

O Ministério Público Federal em Brasília entrou com ação civil pública na Justiça Federal, com pedido de liminar, para barrar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, informou o MPF nesta segunda-feira (12).

A ação defende que o governo brasileiro observe critérios para a escolha de embaixadores de fora da carreira diplomática, como reconhecido mérito em atividades diplomáticas, relevantes serviços diplomáticos prestados ao país e ao menos três anos de experiência de atividades nesse sentido.

Se o indicado não cumprir tais requisitos, o MPF quer que a Justiça revogue ou suste qualquer tipo de trâmite de nomeação nesse sentido, informou o Ministério Público Federal do Distrito Federal.

Na sexta-feira, o partido Cidadania entrou com um mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, no STF (Supremo Tribunal Federal), para impedir que Bolsonaro indique o filho para o cargo de embaixador em Washington. Para o Cidadania, a indicação configura nepotismo.

R7, com Reuters

 

Opinião dos leitores

  1. Pelo amor de Deus, deixem esse imbecil ir embora… é um idiota a menos… ainda vão ficar dois e o idiota mor…dessa famiglia de mafiosos

  2. Existe um fenômeno atualmente no Brasil, o STF quer mandar no executivo, o MPF quer mandar no executivo, todos os inconformados e colocados nas funções em nome do aparelhamento estatal continuam gritando a qualquer ação do executivo. São as instituições extrapolando suas funções e invadindo a autonomia dos outros poderes. Até quando?
    Onde estavam essas instituições quando se denunciou os crimes no escândalo do mensalão?
    Onde estavam essas instituições quando forma denunciados os crimes no escândalo do petrolão?
    Ficaram caladas e inertes sem qualquer providência no sentido de afastar os denunciados de suas funções e cargos. Agora, preventivamente, se posicionam contra indicações?
    Qual a razão? Seria muito entender que corrupto pode, honesto não deve ocupar cargo ou função?

    1. Essas instituições foram decisivas no julgamento do petrolão, não permitindo a soltura dos condenados.
      Agora a questão é outra, INCOMPETÊNCIA e NEPOTISMO. Procure o significado no dicionário.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Maduro convoca protesto mundial contra bloqueio imposto pelos EUA

Palácio de Miraflores/via Reuters/Direitos reservados

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou para sábado (10) uma jornada mundial de protesto contra a decisão dos Estados Unidos (EUA) de congelar todos os ativos do governo venezuelano em território norte-americano.

“Uno-me ao apelo feito pelo Grande Pólo Patriótico e pelo Congresso Bolivariano dos Povos e faço-o meu, a uma grande jornada mundial de protesto contra o bloqueio de Donald Trump, no sábado, 10 de agosto”, disse.

Nicolás Maduro falou em Caracas, no Panteão Nacional, durante atos que marcaram os 200 anos da Batalha de Boyacá, que representou o fim do domínio espanhol sobre a Nova Granada, atual Colômbia.

“Os povos do mundo protestam contra Donald Trump? Já basta de bloqueio e agressão à Venezuela”, afirmou.

O presidente vnezuelano pediu a máxima mobilização popular, de todos os setores produtivos do país, das instituições do Estado e dos militares para condenar o bloqueio, as agressões e a ingerência norte-americana nos assuntos internos do país.

Maduro pediu que o protesto seja feito também por meio das redes sociais Facebook, Instagram e Twitter.

“Mil formas de protesto em Maracaibo, Caracas, Cumaná, em Puerto Ordaz [localidades venezuelanas]. Mil formas de protesto no mundo, em Washington, Madri, Bogotá e mil formas de protesto nas redes sociais e que conheça a verdade de tudo”, disse.

“Façamos livre a Venezuela e vejamos como a América Latina toma o caminho à liberdade”, acrescentou.

Os Estados Unidos congelaram todos os ativos do governo venezuelano, uma decisão anunciada pela Casa Branca na segunda-feira (5) que traduz uma escalada das tensões com o presidente Nicolás Maduro.

A proibição aos norte-americanos de fazer quaisquer negócios com o governo da Venezuela também entrou em vigor imediatamente.

Segundo o ministro venezuelano de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, a decisão de Washington “põe em risco os processos petrolíferos da Venezuela”, ao dificultar “a importação de partes e peças” e a obtenção de diluentes e o transporte internacional.

Arreaza garantiu, no entanto, que a Venezuela continuará “firme” na construção de novos caminhos alternativos.

“Perante esses ataques já estamos preparados. Criamos caminhos alternativos porque não cederemos em nenhuma situação”, assegurou.

*Emissora pública de televisão de Portugal

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Chama a turma do pt que irão protestar mas tenha cuidado com quebra quebra contratem uma boa segurança!

  2. Oba, a gunvernadora vai protestar pô uma sumana, fechar os órgão du istado, protestando contra essa malvadeza q maduro tá sofrendo.

  3. Ué? o EUA não são o capeta? Por que é que eles querem comércio com eles?
    Tem todo o resto do mundo pra fazer negócio.

  4. Protesto mundial pra Venezuela ser livre??? Estranho… ele ta pedindo protesto contra ele mesmo?

  5. Chico Buarque, Manuela dÁvila, Fernando Henrique Cardoso, Jean Wyllys e Glenn Greenwald irão. Só.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *