O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou nesta terça-feira o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, a cinco anos de prisão em regime inicialmente fechado além de multa de R$ 591 mil, por lavagem de dinheiro na compra, de forma ilegal, de um apartamento de cobertura na rua Nascimento e Silva, 601, no Rio de Janeiro. O juiz acredita que o apartamento, adquirido em abril de 2009, tenha sido comprado com recursos que Cerveró obteve de propinas obtidas em contratos na Petrobras. Na sentença, o juiz confiscou o apartamento, que será vendido e o valor revertido para a Petrobras.
Em sua sentença, Moro diz que Cerveró foi ganancioso, já que em 2009 recebeu um salário anual líquido de R$ 815.972,87 “e não tinha qualquer necessidade econômica de enveredar pelo mundo do crime, indicando ganância excessiva. Merece especial reprovação a conduta de empregado público já abastado que tai, por mais dinheiro, seu ofício”.
Moro diz que há provas de que para comprar o apartamento, Cerveró constituiu, com o auxílio do uruguaio Oscar Algorta Raquetti, em abril de 2007, a empresa Jolmey Sociedad Anonima no Uruguai, e em novembro de 2008 abriu a subsidiária dessa empresa no Brasil, a Jolmey Brasil Administradora de Bens Ltda. O capital da empresa brasileira foi constituído por investimento direto da Jolmey, com o ingresso de R$ 2,6 milhões do exterior. Desse total, R$ 1,532 milhão foram utilizados para a aquisição do imóvel e o restante na reforma do apartamento. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o apartamento vale hoje R$ 7,5 milhões.
Após a compra do imóvel pela Jolmey, Cerveró, como real proprietário, “teria simulado a locação do apartamento para justificar a ocupação do bem”, segundo o juiz Moro. O “aluguel” foi fixado por preços bem abaixo do mercado.
O MPF chegou a denunciar Fernando Soares, o Fernando Baiano, como intermediário no negócio, mas o juiz Moro não recebeu a denuncia contra ele. Além disso, o juiz desmembrou a ação contra Oscar Algorta, que mora no Uruguai, e responde a processo separadamente. Cerveró ficou como único denunciado no processo.
Moro no Paraná. Sou casado com assessora do Tucano Beto Richa. Minha esposa também advoga para escritório que trabalha pra grandes redes petrolíferas americanas(chevron, esso, etc). Já absolvi Youssef uma vez no BANESTADO.
Mas não adito ninguém dizer que sou suspeito pra presidir essa investigação e conduzir esse caso.
Só não sei onde IN FURNO a lista que liga o CEMIG.
Em novo depoimento prestado ao longo desta terça-feira à Justiça Federal, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou que parte dos recursos desviados da Diretoria de Abastecimento foram destinados ao PSDB, ao PT e ao PMDB. De acordo com o delator, esses repasses foram feitos a partir de 2007, quando outros partidos, além do PP, passaram a ter ingerência sobre a área de abastecimento.
— Houve direcionamento pontual para o PSDB, para o PT e para o PMDB. Eu fiquei muito doente no final de 2006, em uma situação extremamente precária de saúde, e nesse período houve uma briga política muito grande para colocar uma outra pessoa no meu lugar — afirmou Costa na delação.
Não é a primeira vez que o ex-diretor faz denúncias referentes ao PSDB. Ele já havia afirmado que Sérgio Guerra, ex-presidente do partido, morto em 2014, recebera propina para que não houvesse CPI da Petrobras, em 2009. No depoimento de hoje, Costa afirma que os R$10 milhões recebidos por Guerra foram pagos pela empreiteira Queiroz Galvão. O acerto teria sido negociado em um encontro entre Costa e Guerra em um hotel na Barra da Tijuca, no Rio. Na reunião, marcada pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), Guerra teria determinado o valor da propina que gostaria de receber para impedir as investigações no Congresso.
— Fui procurado em 2009 ou 2010 pelo senador Sérgio Guerra, numa reunião no Rio, marcada pelo deputado Eduardo da Fonte. Para minha surpresa, quando cheguei lá, estava o senador. Do encontro resultaram duas ou três reuniões num hotel na Barra da Tijuca. O Senador pediu que se repassasse para ele um valor de R$ 10 milhões para que não ocorresse CPI da Petrobras nesse período. Depois da terceira reunião fiz contato com a Queiroz Galvão, que honrou o compromisso. Foi pago R$ 10 milhões para o senador nesse período — afirmou Costa.
Ao longo de mais de seis horas de depoimento, Costa reafirmou que a maior parte das propinas pagas pela construtoras em obras comandadas pela área de Abastecimento eram endereçadas ao PP por meio de um esquema capitaneado pelo ex-deputado José Janene e pelo doleiro Alberto Youssef. Disse ainda que, depois da morte de Janene, em 2010, um terceiro operador, indicado pelo grupo político majoritário do PP, passou a compor o esquema.
Costa explicou que, entre 2006 e 2007, foi procurado pelo presidente da UTC, Ricardo Pessoa, e por dois executivos da Odebrecht, Marcio Faria e Rogério Araújo. Os empresários lhe propuseram que as grandes empreiteiras passassem a ter “exclusividade” na execução das obras da Petrobras em troca de propina. Participavam do esquema as empresas do grupo A do cadastro da Petrobras: Odebrecht, UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, Galvão Engenharia, OAS, Engevix, Camargo Corrêa, Mendes Junior e Techint, entre outras. A conversa teria sido a origem do “Clube das Empreiteiras”, cartel formado pelas maiores construtoras do país e que ganhou mais de R$ 80 bilhões em licitações nos últimos 10 anos.
— O objetivo era que não houvesse empresas convidadas para as licitações de empresas que não fossem desse grupo. Eu ajudava as empresas que participavam do cartel dentro da Petrobras. Por meio do deputado José Janene (PP-PR) e do deputado Pedro Correia (PP-PE) ficou acertado que seria destinado 1% dos contratos da área de Abastecimento para os entes políticos. Esse valor era médio. Tivemos algumas licitações com valores um pouco menores. A maioria das empresas do cartel era 1%.
O acordo teria vigorado até 2010, quando Costa tomou a iniciativa de rompê-lo e chamar outras empresas para participar das licitações. E qualificou a corrupção na área em que dirigia de “a ponta do iceberg”, já que os maiores desvios estariam nas diretorias de Expansão e Óleo e Gás.
O ex-diretor disse que todo o dinheiro depositado em contas na Suíça em seu nome veio da Odebrecht. De acordo com as investigações, ele recebeu US$ 31,5 milhões em propina da construtora entre os anos de 2012 e 2013 em quatro momentos diferentes.
Vitor,Procura um médico oftalmologista, não vou ficar discutindo com quem é tapado igual a C… de boneco. Para de fazer comparações idiotas, o que importa é os dias atuais, o que passou, passou, se foi ruim esqueça, se foi bom não volta mais, então bola pra frente, procura abrir essa mente o teu partido acabou, espera que vc vai ver, sai dessa roubada. Vai por outra linha, nem que seja de trem.
Por incrível que pareça, o juiz só mandou prender o do PT, apesar de todos os partidos terem recebido doações da lavajato. Vá ver o juiz acha que dos outros partidos as doações vieram de quermesse.
E por incrível que pareça, só o mensalão do PT foi julgado, o de Minas já está prescrevendo e a justiça brasileira não julga. Por que será?
-Mas porque o critério não pode ser o número de fichas sujas? já que este critério espelha muito mais fielmente o partido do que acusações sem provas, sem julgamento e com interesses políticos?
Não precisa nem ir muito longe para escolher critérios. Num curto espaço de tempo só tesoureiros, o PT já contabiliza dois PRESOS Delubio Soares e Joãozinho Vacari. Os outros Partidos, todos, tem algum??
Feliz, e qual o critério para escolher o partido menos corrupto?
Se for o número de fichas sujas, quem tem mais são o PSDB, PMDB e PP. O PT está em oitavo lugar.
Não existe partido mais ou menos corrupto. O que existe são pessoas corruptas dentro de todos os partidos.
João, todo partido tem gente boa e gente ruim. O problema não é o partido A ou B, mas sim pessoas ruins dentro de todo partido.
Não adianta tirar o PT por causa de alguns integrantes. A única solução é acabar com as doações empresariais para as campanhas. Só assim faremos uma limpeza em todos ou os partidos.
Finalmente Vitor afirmou e concordou que o PT rouba ao questionar que nao é apenas o PT o corruptor. Porem afirmar que um é igual ao outro é demais, mas que a culpa é da oportunidade eu concordo. Vamos tirar a oportunidade do PT mandando esse povo para a venezuela. Vitor, meus parabens por acordar!
Isto é a mais pura verdade. A chance que o Brasil tem, de retirar da História este PT. e até o momento, FHC e o próprio Aécio não fazem nada por isso, mostra que todos tem rabo preso.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa contou em um depoimento feito em acordo de delação premiada que recebeu US$ 23 milhões (o equivalente a R$ 59,3 milhões hoje) da Odebrecht por meio de um doleiro do Rio de Janeiro chamado Bernardo Freiburghaus.
A propina foi paga para a empresa conquistar contratos da Petrobras em 2009, ainda de acordo com o executivo. Nesse ano, vários aditivos da construção da refinaria Abreu e Lima foram assinados com a empreiteira.
A Odebrecht nega com veemência que tenha pago propina ao ex-diretor da Petrobras para conseguir contratos com a petroleira.
Foi a empreiteira, segundo Costa, que pediu a ele abrir as contas na Suíça que seriam abastecidas pelo doleiro.
A sugestão para abrir contas do exterior, ainda de acordo com o ex-diretor da estatal, partiu de Rogério Araújo, diretor da Odebrecht Plantas Industriais.
O executivo disse que o doleiro foi indicado porque já tinha negócios na Suíça.
O depoimento de Costa sobre a Odebrecht estava no Supremo Tribunal Federal e foi devolvido à Justiça do Paraná no último dia 21.
Costa já havia citado o nome de Araújo em depoimento prestado à Justiça como um dos seus contatos na Odebrecht.
Em depoimento da delação, Costa afirmou que o diretor da Odebrecht teria dito a seguinte frase para ele quando sugeriu abrir as contas na Suíça: “Paulo, você é muito tolo, você ajuda mais os outros do que a si mesmo”. Os outros, segundo o relato feito pelo ex-diretor, eram políticos.
Costa disse que o PT ficava com 2% do valor dos contratos da diretoria de Abastecimento e o PP, com 1%.
O executivo disse ter aberto quatro contas na Suíça, nos seguintes bancos: Royan Bank of Canadá, Banque Cremer, Banque Pictec e PBK. Costa disse ter criado empresas offshore em seu próprio nome para operar as contas. Posteriormente os US$ 23 milhões foram redistribuídos em 12 contas.
Os pagamentos foram feitos pela Odebrecht entre 2008 e 2009, ainda de acordo com o ex-diretor. Os depósitos eram feitos a cada dois, três meses pelo doleiro da Diagonal Investimentos Agente Autônomo Ltda. A empresa funciona em uma sala no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro.
O ex-diretor de Gás e Energia da Petrobras Ildo Sauer afirmou nesta quarta-feira (3), no Congresso, que chegou ao alto escalão da estatal por indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).
Sauer foi a Brasília para ser ouvido pela CPI mista da Petrobras. Como está ocorrendo sessão do Congresso, a reunião do colegiado foi suspensa.
Oposicionistas organizaram um depoimento informal, com os microfones fechados, diante da imprensa –eles fizeram perguntas a Sauer na sala onde ocorre a CPI. Como não se trata de oitiva oficial, as declarações não têm qualquer valor legal para a CPI.
Sauer, um dos responsáveis pelo programa de governo de Lula em 2002, disse ter sido informado pela presidente Dilma Rousseff, então ministra de Minas e Energia, que o candidato petista o queria na companhia.
Embora afirme não ser filiado ao PT, admite ter vínculo com o partido. Sauer disse ainda que, além de Lula, Dilma também conhecia sua capacidade técnica.
O ex-diretor afirmou que nunca participou e jamais soube do esquema de corrupção na Petrobras, onde permaneceu de 2003 a 2007. “A minha diretoria não fazia obras. E se eu soubesse de algumas coisa, teria tomado as medidas que me caberiam”, argumentou.
Ele repetiu algumas vezes que não comentaria declarações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e delator do esquema.
“O que está acontecendo na Petrobras é uma tragédia: para a Petrobras, para o país, para todo mundo. Fiquei profundamente chocado”, afirmou.
O ex-diretor também confirmou a versão de que a compra da refinaria de Pasadena (EUA) fazia parte do planejamento da Petrobras.
O ex-diretor defendeu ainda que, após o escândalo, seja revista a forma como “se recrutam os dirigentes de empresas” públicas.
Em tempos em que a leitura apenas do título se torna mais comum o que dizer de um título desse? Título extremamente tendencioso e com duplo sentido. Essa é nossa mídia.
Regulação já!
Gente que babado besta, tenho certeza que Lula sequer sabe da nomeação desse senhor.
Deve ser intriga da oposição inconformada com a derrota eleitoral.
Conversa mole, as diretorias das estatais sempre foram indicações técnicas, por mérito, nada de indicação, nunca houve isso. Só falatório desses revoltados de ocasião.
Em depoimento prestado no acordo de delação premiada que selou com a Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que os 23 milhões de dólares descobertos em contas dele na Suíça foram depositados pela empreiteira Odebrecht. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que informa ter obtido o dado com quatro pessoas envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
O dinheiro foi depositado nas contas de Costa entre 2010 e 2011 – período em que ele era responsável pelas obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os contratos da refinaria Abreu e Lima são alvo da Justiça no âmbito da Lava Jato, que investiga as ligações entre o grupo liderado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobrás e empreiteiras que prestam serviços para a estatal. A principal acusação é de que houve desvio de dinheiro da estatal por meio de contratos de consultoria com empresas de fachada. A licitação para as obras de Abreu e Lima foi vencida pelo Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC). Já o consórcio formado pela Odebrecht e a OAS venceu o terceiro maior contrato de obras da refinaria. O projeto da refinaria, no município de Ipojuca, foi orçado inicialmente em 2,5 bilhões de reais. Mas, atualmente, apresenta orçamento de 20 bilhões de reais — o que a torna uma das refinarias mais caras do mundo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) afirma que a Petrobras fez um pagamento indevido de 242,8 milhões de reais para empreiteiras responsáveis por executar quatro contratos da refinaria. A informação consta do relatório apresentado pelo ministro-relator José Jorge, que destacou a Abreu e Lima como um “caso péssimo” na história da estatal. Além do valor já pago, ainda existe um saldo de 124,9 milhões de reais devido às empreiteiras e que, segundo o TCU, se refere a um reajuste de preços feito em “condições inadequadas”. Com isso, a soma apontada como superfaturamento é de 367 milhões de reais.
A OAS é apontada pelo Ministério Público como responsável pelo depósito de 4,8 milhões de dólares na conta de Youssef, por meio de uma subsidiária na África. Ouvida pelo jornal, a Odebrecht nega ter feito qualquer pagamento a Costa. Em nota, a empresa lamentou a “divulgação de notícia totalmente leviana”.
Com a delação homologada pelo Supremo Tribunal Federal, Costa foi transferido na tarde de quarta-feira para sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde cumprirá prisão domiciliar. O ex-diretor da Petrobras foi preso pela Polícia Federal no dia 20 de março. Ficou detido até 19 de maio, quando foi solto por liminar do Supremo Tribunal Federal. Mas voltou a ser encarcerado em 11 de junho, porque a polícia descobriu que ele tinha 23 milhões de dólares escondidos em bancos suíços. Com a libertação nesta quarta-feira, Costa aguardará julgamento em casa e será permanentemente monitorado por policiais federais – ele já está usando uma tornozeleira eletrônica para o monitoramento.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba no início da tarde desta quarta-feira (1º).
Costa deixou o local por volta das 13h10, em uma Pajero sem placas, escoltada por dois carros da corporação e um terceiro veículo descaracterizado como os demais. Ele não falou com a imprensa.
O ex-diretor seguiu direto para o aeroporto Afonso Pena, onde embarcaria ainda à tarde num avião da PF rumo ao Rio de Janeiro. Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF.
Alvo da Operação Lava Jato e preso desde 11 de junho em Curitiba, Costa fez um acordo de delação premiada com a Justiça no final de agosto, após saber que a PF poderia prender suas filhas.
Ele prometeu revelar o que sabe sobre o esquema de desvio de dinheiro público em obras da Petrobras, investigado pela PF, em troca de uma pena mais branda.
Pelo acordo, Costa também se comprometeu a devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes cometidos na estatal.
LAVA JATO
Deflagrada em 17 de março pela PF, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, com ramificações na Petrobras.
Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas, com a participação de doleiros.
Na delação premiada, Costa citou, segundo a revista “Veja”, nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais os dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam que tenham recebido recursos.
Começou, há pouco, o depoimento do ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga denúncias de irregularidades na companhia. Costa já comunicou que não responderá às perguntas dos parlamentares, usando seu direito de permanecer calado.
A oposição pediu ao presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que a sessão seja secreta para dar a Costa oportunidade de falar sem prejudicar o acordo de delação premiada feito com a Justiça. A oferta foi feita ao ex-diretor da Petrobras, que disse que, independentemente disso, não responderia às perguntas. Por isso, a sessão continua aberta e é acompanhada pelo público.
Neste momento, o relator faz perguntas, mesmo ouvindo do depoente que ele não responderá.
Alguém achou que ele iria abrir o bico na CPI?
SABE DE NADA INOCENTE!!!
Quem te c. tem medo, ele sabe o tamanho do estrago que vai causar e o peso dos nomes envolvidos, pelos menos naqueles que já foram publicados na imprensa.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso novamente pela PF (Polícia Federal). A ordem veio do juiz Sérgio Moro, da 13° Vara Federal do Paraná, responsável pelo processo da operação Lava-Jato.
Costa estava em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A prisão foi fundamentada na acusação de que havia risco de fuga do ex-diretor. Isso porque Costa escondeu da polícia que tinha um passaporte português e contas na Suíça com saldo de U$ 23 milhões.
O Ministério Público da Suíca informou às autoridades brasileiras que esse valor foi bloqueado nas contas do ex-diretor da Petrobras.
Costa já havia sido preso em março deste ano, durante a operação Lava-Jato, que investigou um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Ele foi acusado de tentar ocultar provas mas foi libertado em 19 de maio por ordem do ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal).
As contas atribuídas ao ex-diretor da Petrobras Costa e membros de sua família estavam em nome de empresas estrangeiras sediadas em paraísos fiscais. Esse recurso normalmente é usado para dificultar que as autoridades encontrem e sequestrem os valores obtidos de forma ilegal.
A compra da Refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras não foi um mau negócio, segundo o ex-diretor da Área Internacional da empresa brasileira, Nestor Cerveró. Ele explicou que o empreendimento no Texas perdeu valor quando a estatal redefiniu prioridades e concentrou os investimentos na exploração do pré-sal.
Hoje (16), durante uma audiência na Câmara, Cerveró rejeitou enfaticamente o termo “malfadado”, atribuído ao negócio por vários deputados, que questionaram aspectos do negócio. “O projeto, em si, não foi malfadado. Foi um bom projeto na época. Estamos fazendo análise posterior a uma série de eventos que modificam o cenário”.
Segundo ele, o projeto tinha rentabilidade “que nunca vamos saber se seria atingida, porque foi feita por mudança estratégica drástica do conselho de administração”, e completou: “Não posso condenar”, completou. Segundo ele, a descoberta do petróleo em camadas mais profundas criou mais demandas para os investimentos da estatal.
Perguntado sobre se faria, hoje, um resumo executivo igual ao que apresentou à época, Cerveró disse que sim, desde que considerando as mesmas condições de mercado. “Uma coisa é [falar] depois do jogo terminado. Sei que o projeto não teve condições de ser realizado. Mas até a execução e a aprovação, ele tinha todas condições econômicas de ser realizado. Se elas se repetissem, faria de novo, mas dentro dos conhecimentos que eu tinha na época”, disse ele.
Nas contas apresentadas pelo ex-diretor, a Petrobras investiu US$ 1,23 bilhão no negócio. Ele disse que os custos de compra foram inferiores à média negociada em outras refinarias à época. Por isso, descartou que a estatal tenha pago um valor excessivo pela parte da refinaria norte-americana que pertencia ao grupo belga Astra Oil, quando as duas empresas se desentenderam.
Segundo Cerveró, o prejuízo contabilizado no negócio de Pasadena é contábil e que, nos primeiros meses, a refinaria teve resultados “muito positivos” e que “as margens de petróleo leve eram altas”, disse.
Sobre a desvalorização das ações da Petrobras, Cerveró disse que a redução no valor de mercado ocorre em função dos investimentos exigidos na exploração de petróleo do pré-sal. “Mas especialistas reconhecem que a Petrobras é um excelente investimento de médio prazo”, disse, ao lembrar que também é acionista da empresa.
Emocionado, o ex-diretor lembrou que trabalhou por 39 anos na empresa e disse que não se sentiu rebaixado quando foi retirado da área internacional. “Não concordo com essa questão do rebaixado”, afirmou.
O termo foi usado ontem (15) pela presidenta da Petrobras, Graça Foster, no Senado, quando afirmou que a falha no relatório de Cerveró, apresentado em 2006, provocou seu rebaixamento na empresa. Cerveró foi remanejado para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atua no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Ele ocupou o cargo até o mês passado, quando foi afastado da estatal.
Essa tal "Pasadena" é uma refinaria moderna, estrategicamente localizada no coração dos EUA, altamente lucrativa, ou "Pasadena" é uma sucata de Jeep que não serve para nada?
Causa-me arrepios quando um PTista diz que vai tomar posse de um cargo público. Afinal os numerosos casos de corrupção que a imprensa tem mostrado à população indicam que muitos deles tem tomado posse do dinheiro público também, através da corrupção.
Embora o advogado do ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, tenha dito anteontem que o contrato da operação de compra de metade da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi enviado ao Conselho de Administração da estatal com 15 dias de antecedência à reunião na qual o negócio foi aprovado, documentos internos da companhia com dados fundamentais do caso ficaram prontos às vésperas da reunião.
Nove documentos estão anexados à ata dessa reunião, datados entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro de 2006. Sua leitura mostra que uma série de alertas foi omitida do resumo executivo apresentado por Cerveró ao conselho. Todo o processo foi feito a toque de caixa.
Procurado ontem, o advogado de Cerveró informou, por nota, que não falaria. “Eventuais esclarecimentos serão prestados por Cerveró, após seu depoimento, em 16/04, na Câmara dos Deputados”, disse Ribeiro.
O advogado esclareceu, porém, que nas declarações de quarta-feira se referia de forma genérica ao prazo de entrega de documentos ao conselho, e não ao caso específico de Pasadena.
A reunião de conselho sobre Pasadena foi dia 3 de fevereiro de 2006. A reunião da diretoria executiva que encaminhou o assunto ocorreu na véspera, dia 2. Da mesma data é o Documento Interno do Sistema Petrobrás (DIP) com detalhes do negócio, apreciado na reunião de diretoria.
Recebido por Cerveró, esse documento, de nove páginas, deveria embasar o resumo executivo de duas páginas e meia que a presidente Dilma Rousseff, em nota ao Estado, chamou de “falho”.
O relatório foi elaborado pelo então gerente executivo de Desenvolvimento de Negócios Internacional, Luis Carlos Moreira. Embora Cerveró tenha carimbado o recebimento do documento em 2 de fevereiro, o resumo executivo foi “originado pelo diretor da área Internacional” em 31 de janeiro, dois dias antes.
Em anexo ao documento assinado por Moreira estão outros pareceres internos, produzidos pelas gerências tributária e jurídica da própria Área Internacional, além de consultoria externa.
Prazo curto. O parecer tributário é datado de 31 de janeiro e chama atenção para o prazo curto em que a análise financeira e contábil foi feita. Já o parecer jurídico, documento feito com maior antecedência, é datado de 27 de janeiro, uma semana antes da reunião do conselho.
A gerência jurídica da Área Internacional não viu problemas, disse que as minutas dos contratos “contemplam cláusulas usuais em transações do gênero”. Mês passado, ao ser questionada sobre cláusulas polêmicas da operação – como as que previam uma Put Pption (obrigatoriedade de a Petrobrás comprar toda a planta em caso de conflitos) e Marlim – rentabilidade mínima à sócia belga – Dilma disse que o conselho não aprovaria o negócio soubesse delas.
Análises independentes também foram feitas às vésperas da reunião do conselho. O Citigroup entregou seu laudo de avaliação em 1º de fevereiro. Teve menos de cinco dias para analisar a papelada. Já o relatório da consultoria BDO Seidman é de 30 de janeiro, quatro dias antes da reunião. Ele apresenta cerca de 40 ressalvas, comentários ou sugestões, depois de cinco dias analisando o caso.
A Polícia Federal suspeita que o doleiro Alberto Youssef, alvo da Operação Lava Jato, pagou R$ 7,9 milhões em propinas para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa entre 2011 e 2012. Os pagamentos, segundo a PF, estavam “relacionados a obras da refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás na qual o investigado (Costa) teve participação”.
Indiciado por corrupção passiva, Costa foi preso em regime temporário no dia 19 pelo prazo de 5 dias. Ontem, acolhendo pedido formal da PF, a Justiça Federal decretou sua prisão preventiva – a menos que consiga obter habeas corpus em algum tribunal, ele ficará preso até a instrução processual em juízo.
A Lava Jato foi deflagrada há 8 dias e desmontou sofisticado esquema de lavagem de dinheiro que atingiu o montante de R$ 10 bilhões. Youssef é suspeito de agir em conluio com Costa para desvios de recursos do Ministério da Saúde e da Petrobrás. Youssef foi protagonista do escândalo Banestado, evasão de US$ 30 bilhões nos anos 1990.
Os negócios na Petrobrás seriam intermediados por Fernando Soares, um lobista conhecido como “Fernando Baiano”.
Profundidade. O ex-diretor da Petrobrás recebeu valores e uma Land Rover de Youssef sob alegação de que havia prestado “serviços de consultorias”.
Mas rastreamento promovido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que mapeia movimentações atípicas na rede bancária, indica que a relação do ex-diretor da Petrobrás com Youssef “é bem mais profunda do que a alegada consultoria”.
“A prova documental revela pagamentos vultosos, sub-reptícios e sem causa lícita efetuados pelo doleiro Alberto Youssef a Paulo Roberto Costa”, diz a PF. Os pagamentos ocorreram, segundo planilhas apreendidas pela PF, entre 28 de julho de 2011 e 18 de julho de 2012.
“As informações do Coaf sugerem a existência de uma conta corrente de Costa com o doleiro, além de contas comuns no exterior e a entrega de relatórios mensais da posição dele com o doleiro” e “com pagamentos em haver para ele e para terceiros, alguns deles também relacionados a negócios envolvendo a Petrobrás”, diz a PF.
Num diálogo em 21 de outubro de 2013 entre Youssef e o empresário Márcio Bonilho, sócio proprietário da empresa Sanko Sider Comércio, Importação e Exportação de Produtos Siderúrgicos Ltda., o doleiro faz referência a pagamentos que teria feito ao ex-executivo da Petrobrás.
O grampo mostra Youssef irritado. “Não, porra, pior que o cara fala sério, cara, que ele acha que foi prejudicado, cê tá entendendo? É, rapaz, tem louco pra tudo. Porra, foi prejudicado? O tanto de dinheiro que nós demos pra esse cara… Ele tem coragem de falar que foi prejudicado. Pô, faz conta aqui cacete, aí porra, recebi 9 milhão em bruto, 20% eu paguei, são 7 e pouco, faz a conta do 7 e pouco, vê quanto ele levou, vê quanto o comparsa dele levou, vê quanto o Paulo Roberto levou, vê quanto os outro menino levou e vê quanto sobrou. Vem falar pra mim que tá prejudicado. Ah, porra, ninguém sabe fazer conta, eu acho que ninguém sabe fazer conta nessa porra. Que não é possível. A conta só fecha pro lado deles.”
A PF também captou mensagem de correio eletrônico enviada pela gerente financeira de uma empresa, que encaminha planilha de pagamentos de “comissões”, em valores vultosos – total de R$ 7.950.294,23 –, com indicação, no campo fornecedor, das siglas MO e GFD.
Segundo a PF, a GFD Investimentos e a MO Consultoria “são empresas controladas por Alberto Youssef, que as colocou em nome de pessoas interpostas e são por ele utilizadas para ocultação de patrimônio e movimentação financeira relacionada às operações de câmbio no mercado negro”.
Para a PF, a convergência do valor constante na planilha (R$ 7.950.294,23) com o valor mencionado por Youssef no diálogo interceptado (“são 7 e pouco, faz a conta do 7 e pouco, vê quanto ele levou, vê quanto o comparsa dele levou, vê quanto o Paulo Roberto levou, vê quanto os outro menino levou e vê quanto sobrou”) permite conclusão de que tratam do mesmo assunto.
A PF destacou que não foi apresentada “qualquer explicação concreta quanto às comissões pagas pela MO Consultoria ou pela GFD Investimentos e relacionadas a Costa”.
Há uma planilha, porém, que faz referência à sigla CNCC, no campo “cliente”. A PF acredita se tratar do Consórcio Nacional Camargo Corrêa, responsável por parte das obras na refinaria Abreu e Lima, licitada pela Petrobrás, com valor de cerca de R$ 8,9 bilhões, e “em cuja licitação e execução participou o investigado Paulo Roberto Costa”. Em depoimento, Costa disse que “a diretoria que ocupava ‘atua na fiscalização dos aspectos técnicos da execução da obra’”.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Costa amparada no fato de ele tentar destruir provas, com retirada de documentos de sua casa e do escritório.
Personagem. Costa deixou a diretoria de Abastecimento da Petrobrás em 2012. Ele participou ativamente do polêmico negócio da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. Ele ajudou a moldar o contrato ao lado do ex-diretor da área internacional, Nestor Cerveró.
Costa também é personagem conhecido no mundo político. Quando comandava a área de abastecimento da Petrobrás circulava com desenvoltura pelo Congresso e mantinha contato com vários partidos.
Sinceramente eu fico estarrecido com a quantidade de corrupção existente no governo do PT. Quanta decepção de todos nós que acreditamos que esse partido seria o diferente na história do Brasil. Será que a população menos favorecida irá continuar apoiando esse descalabro em troca de esmolinhas em forma de bolsa isso, bolsa aquilo. Gente eles tiveram a oportunidade de mudar essa realidade corrupta que assola o Brasil desde 1.500 e continuaram agindo da mesma maneira. Até quando iremos suportar isso?
Folha, Estadão, Valor Econômico e Financial Times deveriam vir beber nos comentários daqui. Não sabem o que estão perdendo. O próprio STF poderia, também, fazer o mesmo para embasar melhor suas decisões. Putz!
Moro no Paraná. Sou casado com assessora do Tucano Beto Richa. Minha esposa também advoga para escritório que trabalha pra grandes redes petrolíferas americanas(chevron, esso, etc). Já absolvi Youssef uma vez no BANESTADO.
Mas não adito ninguém dizer que sou suspeito pra presidir essa investigação e conduzir esse caso.
Só não sei onde IN FURNO a lista que liga o CEMIG.
Só de 05 anos, deveria está escrito.