Judiciário

Ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro delata 2% de propinas para Fernando Bezerra, líder do governo no Senado, quando ocupava ministério de Dilma

Foto: Reprodução

Ex-presidente da OAS relatou detalhes em colaboração premiada sobre rotina de supostos pagamentos ao senador Fernando Bezerra Coelho quando ocupava o cargo de ministro da Integração Nacional do governo Dilma; informação publicada pelo jornal O Globo foi confirmada pelo Estadão

O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, afirmou, em delação premiada, que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PE), líder do Governo Bolsonaro no Senado, recebia propina equivalente a 2% sobre valor de obras executadas pela empreiteira em Pernambuco. A informação sobre o relato de Léo Pinheiro, homologado pelo Supremo Tribunal Federal em setembro, foi divulgada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Estadão.

Os pagamentos ilícitos teriam ocorrido, segundo o empresário, quando Bezerra exercia o cargo de ministro da Integração Nacional (2011-2013/Governo Dilma). Segundo o delator, os repasses também eram realizados em troca da liberação de verbas da Pasta então dirigida por Bezerra.

Em nota, o criminalista André Callegari, que defende o senador, disse que confia que a investigação será arquivada. “Conforme jurisprudência já assentada pelo Supremo Tribunal Federal, a palavra do colaborador isoladamente não é apta sequer para receber uma denúncia.”

O senador é alvo da Operação Desintegração, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 19. Ele e o filho, o deputado federal Fernando Coelho (DEM/PE) estão sob suspeita de recebimento de R$ 5,5 milhões em propinas de quatro empreiteiras – OAS, Barbosa Mello, Paulista e Constremac.

A PF fez buscas nos endereços dos Bezerra, inclusive em seus gabinetes no Senado e na Câmara, o que provocou forte reação de aliados do senador e do deputado e reacendeu campanha de ataques à PF.

COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA ANDRÉ CALLEGARI, QUE DEFENDE FERNANDO BEZERRA

‘A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) não teve acesso ao acordo homologado, mas pode afirmar, conforme jurisprudência já assentada pelo Supremo Tribunal Federal, que a palavra do colaborador isoladamente não é apta sequer para receber uma denúncia. O senador confia que a investigação será arquivada.’

Fausto Macedo – Estadão

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  1. Temei corruptos, temei!!!!!! Sua hora tá chegando!!!!! Viva o novo Brasil!!! Lula vai ter companheiro em Curitiba!!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Finanças

Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, é preso pela PF em São Paulo

Crl_XPxW8AQ26ZTFoto: Agência Câmara

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira o empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, cumprindo ordem de prisão preventiva expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Lava-Jato. Pinheiro foi detido em São Paulo, onde cumpria prisão domiciliar. Ele também foi alvo de condução coercitiva em na Operação Greenfield da PF que investiga irregularidades nos principais fundos de pensão do país e será levado para Curitiba, no Paraná.

O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público Federal, que considerou que Léo Pinheiro deve ser mantido preso para “garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e segurança da aplicação da lei penal”. Pinheiro tinha sido beneficiado por medidas cautelares durante a 7ª fase da Operação Lava-Jato. Ainda segundo o MP, foram verificados os crimes de corrupção, cartel e lavagem de dinheiro sob a coordenação do executivo.

Os crimes praticados pela OAS, sob sua coordenação, não ficaram restritos aos anos 2013 e 2014, mas se estenderam a janeiro de 2016. Ainda segundo o MPF, os crimes não se limitaram a contatos da Petrobras e praticou delitos no Brasil e exterior. O ex-presidente da OAS ainda tentou obstruir os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Senado e na Câmara dos Deputados, pagando propinas ao ex-senador Gim Argello.

Investigações revelam ainda que, além de ter pago o doleiro Alberto Youssef, o executivo usou operadores financeiros, como Roberto Trombeta, praticando lavagem de dinheiro no valor de R$ 28 milhões para a OAS por meio de três empresas.

Os pagamentos incluem projetos de linhas do Metrô de São Paulo, a construção da Arena Fonte Nova (Salvador), além da expansão do principal polo de tecnologia da Petrobras, o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) e do Consórcio Saneamento Alto Tietê.

No exterior, há registros de pagamento de propina por meios de operações da OAS no Peru (6 milhões de dólares), no Equador (9 milhões de dólares) e na Guiné Equatorial ( 1,5 milhão de dólares).

O Globo

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Finanças

Ex-presidente da OAS decide fazer delação premiada e deve citar Lula

15307424Foto: Ed Ferreira – 26.mai.15/Folhapress

O empresário Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da empreiteira OAS condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, decidiu fazer um acordo de delação premiada, segundo a Folha apurou junto a profissionais e investigadores que acompanham as negociações. Pinheiro deve relatar casos envolvendo o ex-presidente Lula, como as reformas do apartamento tríplex no Guarujá (SP) e do sítio de Atibaia (SP), e pagamentos de suborno que teriam sido feitos pela Odebrecht e para parlamentares que defendiam interesses da OAS.

Pinheiro era um dos empreiteiros mais próximos de Lula e de políticos de Brasília. Por envolver parlamentares com foro privilegiado, a negociação está sendo feito com a PGR (Procuradoria Geral da República), de Brasília, e não com a força-tarefa de procuradores federais de Curitiba. A expectativa dos investigadores é que será a delação mais bombástica da Lava Jato, que já soma 40 colaboradores.

Outros executivos da empreiteira, como Agenor Franklin Magalhães Medeiros, também vão participar do acordo, relatando casos de corrupção.

No último domingo (28), a colunista Mônica Bergamo revelou que executivos da OAS estudavam fazer a delação.

Nos esboços das declarações, que estão sendo escritos nesta semana, Pinheiro deve dizer que a empresa preparou o apartamento do Guarujá para Marisa, mulher de Lula, e que, posteriormente, ela não quis ficar com o imóvel. Ele confirmará que a OAS bancou parte das reformas no sítio –a Folha revelou que a obra foi tocada por uma espécie de consórcio informal de amigos de Lula, formado por OAS, Odebrecht e a Usina São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai.

A Odebrecht já confirmou que um de seus funcionários, o engenheiro Frederico Barbosa, atuou na reforma, mas não explicou até agora de onde veio o dinheiro para as obras.

Pinheiro contará, segundo a Folha apurou, que pagou dívidas da campanha de Dilma Rousseff de 2010, para a agência Pepper. Foram pagos pela OAS R$ 717 mil para a agência que cuidava da imagem de Dilma nas redes sociais, como o Facebook. Nesta última terça (1), a Folha revelou que a Andrade Gutierrez relatou em acordo de delação ter pago cerca de R$ 6 milhões à Pepper, também em 2010, por meio de caixa dois. A empresa afirma que prestou os serviços e nega ter recebido pagamentos ilícitos.

A OAS e a Odebrecht ganharam em consórcio dois dos maiores contratos da Petrobras, os quais somam pouco mais de R$ 7 bilhões. Eles envolvem a construção de parte da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e da Repar (Refinaria Getúlio Vargas), no Paraná. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, as empresas pagaram R$ 7,06 milhões em suborno para a diretoria de Abastecimento, ocupada por ele entre 2004 e 2012. No caso da refinaria no Paraná, a UTC também fazia parte do consórcio.

MENSAGENS

Pinheiro começou a negociar a delação em dezembro, quando vieram à tona milhares de mensagens em que Pinheiro discutia pagamentos a políticos com outros dirigentes da OAS, por meio do aplicativo WhatsApp. A estimativa da PF é que tenham sido apreendidas cerca de 80 mil mensagens, muitas delas comprometedoras para o executivo.

Por causa dessas mensagens, o executivo temia ser preso novamente por decisão do juiz Sergio Moro.

O empresário, no entanto, só tomou a decisão final após entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal), em 17 de fevereiro, que determinou o início do cumprimento da pena de prisão após a condenação em segunda instância.

Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014, na fase da Lava Jato que apurou o envolvimento dos dirigentes das empreiteiras contratadas pela Petrobras com o pagamento de propina a dirigentes da estatal e a políticos. Foi solto por ordem do STF e preferiu o silêncio.

Em agosto do ano passado, o juiz Sergio Moro condenou-o a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e por integrar organização criminosa. Ele recorre em liberdade.

Se a condenação for confirmada pelo TRF (Tribunal Regional Federal) de Porto Alegre, que julga as sentenças do Paraná em segunda instância, Pinheiro corre o risco de ser preso. Desta vez, não poderá aguardar em liberdade os recursos aos tribunais superiores.

OUTRO LADO

A Pepper disse à reportagem que não recebeu nenhum pagamento da OAS em 2010.

Procurados, a Odebrecht e o Instituto Lula não haviam se manifestado até este momento.

Folha Press

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  1. Vocês pode pegar 100 delatores e enfiar um dentro do outro que nenhum chega aos pés da minha desonestidade.

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