Política

Congresso tem prazo de 10 dias para explicar ao STF fundão de R$ 5,7 bilhões

Foto: Agência Senado

O Congresso Nacional tem dez dias para informar ao Supremo Tribunal Federal sobre a aprovação do fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões no ano que vem. A decisão da ministra Rosa Weber foi publicada nesta 2ª feira (26.jul), no sistema eletrônico do Supremo Tribunal Federal e distribuída ao relator Ministro Nunes Marques ao fim do recesso do judiciário.

“Considerada a natureza da controvérsia, em que se contende a respeito da correção do procedimento legislativo de votação aplicado à espécie, determino a notificação das autoridades impetradas para que prestem informações, no prazo de dez dias (art. 7º, I, da Lei 12.016/2009), como providência prévia ao exame do pedido de liminar. Cientifique-se a União, por seu órgão de representação judicial, a fim de que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, II, da Lei nº 12.016/2009)”, diz o despacho.

Nunes Marques é o relator da ação protocolada por parlamentares para barrar a votação do fundo eleitoral, mas como ele está de férias, a ministra Rosa Weber ficou responsável por decisões urgentes sobre o processo.

O mandado de segurança protocolado no Supremo foi assinado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e pelos deputados Adriana Ventura (Novo-SP), Daniel Coelho (Cidadania-PE), Felipe Rigoni (PSB-ES), Tabata Amaral (Sem Partido-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Vinicius Poit (Novo-SP).

O presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que deverá vetar o fundão de R$ 5,7 bilhões(ou parte dele), mas o Congresso pode derrubar o veto. Nesta 2ª feira (26.jul), em encontro com apoiadores, o presidente afirmou que “Vai ser vetado o excesso do que a lei garante. Quase R$ 2 bilhões o fundo. O extra de R$ 2 bilhões vai ser vetado. Se eu vetar o que tá na lei, eu estou em curso o crime de responsabilidade. Espero não apanhar do pessoal.”

O Fundo eleitoral foi criado em 2017 e financia campanhas eleitorais com verbas públicas aprovadas no orçamento. No texto da LDO aprovado em julho pelo Congresso, o relator do projeto e deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) incluiu a soma de 25% do valor das emendas de bancada de 2021 e 2022. Com isso, o valor destinado às eleições de 2022 somou os R$ 5,7 bilhões – mais que o triplo em relação às eleições nacionais de 2018, de R$ 1,7 bilhão. Em 2020, para o pleito municipal, o valor era de R$ 2 bilhões.

SBT

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Diversos

SETHAS não consegue explicar renovação de contrato irregular sem licitação para Restaurantes Populares

Após o Blog do BG divulgar pela segunda vez a contratação sem licitação de empresa em situação irregular para administração de quatro Restaurantes Populares, a Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Sethas) encaminhou nota para tentar se justificar, porém muitas lacunas deixaram de ser respondidas.

Em nota, a Sethas alega que nos próximos dias, enfim, um processo licitatório será aberto e a prorrogação do contrato por mais 120 dias sem licitação, teria gerado economia em 10 meses de R$ 3,7 milhões, porém o período do montante da “economia” considera os 180 dias iniciais somados aos 120 dias da renovação. Detalhe importante é que os 180 dias inicialmente contratados sequer se exauriram, o que torna ainda mais estranha a renovação realizada. A empresa PAISAGEM COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA EPP somente iniciou a operação das unidades dos Restaurantes Populares no dia 31/01/2021, sendo essa inclusive a razão do pagamento por indenização às empresas anteriormente contratadas pelos serviços prestados mês de Janeiro/2021, cujos contratos haviam se encerrado no final de Dezembro/2020, o prazo de 180 dias dos contratos emergenciais firmados inicialmente somente se encerrariam no dia 27/07/2021. Com a renovação por mais 120 dias, os contratos emergenciais passam a vigorar até o dia 21/11/2021.

VEJA MAIS: Governo renova contrato sem licitação de R$ 936 mil para Restaurantes Populares com empresa em situação irregular

E MAIS: Governo do RN contratou sem licitação empresa com várias irregularidades no programa do restaurante popular

A Sethas ainda argumentou “que haveria deflagrado o processo licitatório relativo aos Restaurantes no dia 03/12/2020, inclusive mencionando o número deste no SEI (nº 02010009.002826/2020-18), o qual encontra-se em andamento na Secretaria de Estado da Administração/SEAD, com conclusão prevista para ocorrer em 90 dias, e por esta razão foi decidida a prorrogação dos contratos emergenciais por mais 120 dias, para dar tempo de proceder com a migração entre os contratos”.

Daí, ficam as perguntas: Se o processo licitatório referente aos Restaurantes foi aberto em 03/12/2020 e os contratos emergenciais foram firmados inicialmente em 30/12/2020, ou seja, em razão dessa tramitação, será que só agora a SETHAS viu que não seria possível concluir o procedimento licitatório em tempo hábil, já que se passaram 06 meses da abertura do procedimento para licitação? Será que só agora a SETHAS viu que os contratos emergenciais firmados em 30/12/2020, com prazo de 180 dias de fruição a contar do início dos trabalhos, não teriam prazo suficiente para atender a população? Se o processo licitatório foi aberto em 03/12/2020, somente após mais de 05 meses após a assinatura dos contratos emergenciais é que a SETHAS viu que estes não teriam prazo suficiente para atender a população? Não estaríamos, assim, diante de completa falta de acompanhamento e de planejamento, o que teria sido a razão REAL das renovações atípicas dos emergenciais? Se houvesse acompanhamento e planejamento, não caberia a SETHAS ter, em tempo hábil, como o fez em Dezembro/2020, ter aberto nova contratação emergencial para os Restaurantes ou invés de simplesmente renovar os atuais instrumentos, permitindo que outras empresas viessem a apresentar propostas de preços que poderiam, inclusive, ser mais satisfatórias ao erário público do que as apresentadas pela atual prestadora do serviço?

Ao alardear a economia na renovação com a empresa escolhida, a Sethas não menciona, por exemplo, no caso do Restaurante Popular em Parnamirim e Parelhas por que não escolheu a empresa que ofereceu proposta com menor preço?

A SETHAS ainda alegou em nota que no mês de outubro a PAISAGEM apresentou certidão negativa para contratar com a administração pública. Porém não teve o mesmo cuidado para analisar a documentação atualizada da empresa que se encontra com Certidão de Débitos Trabalhista POSITIVADA, conforme atesta o documento expedido no site do TST.

Inclusive, por tal situação, a referida empresa foi INABILITADA em uma licitação ocorrida há poucos dias, realizada pelo Governo da Paraíba (Pregão Eletrônico Nº 039/202 Processo nº 19.000.026869.2020 Objeto: Registro de preços para a contratação de fornecimento de refeições), na qual apresentou uma certidão anterior, que ainda estaria vigente. Porém, o Pregoeiro que realizou a sessão, ao consultar a real situação da empresa, constatou a irregularidade, e inabilitou a mesma no processo.

Por fim, a SETHAS tenta justificar com acórdão do TCU que a prorrogação por mais de 180 dias teria amparo legal. Sendo que este não pode ser entendido como verdade plena e correlata ao que se apresenta nos contratos emergenciais renovados pela Pasta, posto que, concretamente, caso o procedimento estivesse sendo acompanhando da forma correta, e dentro de um planejamento, observa-se que haveria tempo mais que suficiente para realização do certame, o qual segundo a própria SETHAS foi aberto em 03/12/2020, ou, na pior hipótese, de nova contratação emergencial e não simplesmente a renovação dos atualmente existentes. Salientando-se, ainda, que em ao menos duas Unidades (Parnamirim e Parelhas), sequer o preço renovado foi o menor, posto que outra empresa indicou a possibilidade de realizar o mesmo serviço por preço menos do que o renovado.

 

Opinião dos leitores

  1. O MP tem que ir para cima do governo do RN para identificar e punir na forma da lei esse secretário irresponsável que assinou esse contrato com uma empresa bichada e sem as certidões negativas que o contrato exige, mesmo sendo emergencial. Pode apurar que tem boi na linha, os bacanas de ambos os lados levaram vantagens escusas nesses contratos, pois mesmo tendo uma outra empresa com preços mais baixos, a que foi escolhida foi a mais cara, é o contribuinte pagando a conta.

  2. O TCE e o ministério público tem que investigar… Contratações emergenciais sempre tem que ser muito bem fundamentadas pra que o gestor não responda por improbidade administrativa… Se bem que com as mudanças que o congresso quer fazer na lei de improbidadeadministrativa, com o apoio do MINTOmaníaco das rachadinhas e sua bancada, ninguém mais será punido quanto a isso…

  3. Esse é o Governo que faz as coisas erradas e não sabe explicar, bem típico do ex presidente e condenado que sempre vinha com esse papo, que não sabia de nada.

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Política

Justiça dá 15 dias para Witzel explicar falas na CPI questionadas por Flávio Bolsonaro

Foto: Arquivo

O juiz Ricardo Coronha Pinheiro, da 39ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, deu 15 dias para Wilson Witzel dar explicações sobre suas falas na CPI da Covid. Como a coluna informou, na sexta-feira, o senador Flávio Bolsonaro acionou o ex-governador na Justiça e pediu explicações sobre dois pontos de seu depoimento: uma citação a hospitais federais e outra que faz alusão à morte da vereadora Marielle Franco.

“Notifique-se o Interpelado para que apresente explicações no prazo de 15 dias”, escreveu o juiz.

Na peça assinada pelos advogados Luciana Pires, Rodrigo Roca e Juliana Bierrenbach, eles afirmam que as falas do ex-governador retratam delitos de calúnia, difamação e injúria.

A defesa do senador pergunta o pretendeu Witzel ao afirmar que “os hospitais do Rio têm dono” e apontam que, em reservado, o ex-governador disse a senadores que sua fala se referia a Flávio Bolsonaro. “Em que contexto um senador da República poderia ser dono ou ter alguma ingerência em hospitais federais em algum ente da federação”, questiona a defesa.

Os advogados também pedem explicações sobre a fala de Witzel de que “não é porteiro para ser intimidado”, fazendo alusão ao assassinato de Marielle Franco. O porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro no Rio foi ouvido na investigação sobre o assassinato de vereadora. A frase foi dita por Witzel quando o relator da CPI, Renan Calheiros, disse à presidência da comissão que o ex-governador estava sendo constrangido por Flávio com seus questionamentos.

Em seu depoimento secreto à CPI previsto para as próximas semanas, Witzel vai mirar Flávio Bolsonaro e o governador do Rio, Cláudio Castro.

Bela Megale – O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tô adorando ver o conflito entre Bolsominions. Bolsonaro só serve a ele mesmo e a sua família. Quem o defende ou se alia a ele uma hora arca com as consequências. A conta chega!

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Judiciário

Ministra do STF, Rosa Weber, dá 5 dias para Bolsonaro explicar novos decretos de armas

FOTO: FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, decidiu dar 5 dias de prazo para que o presidente Jair Bolsonaro explique a edição recente de novos decretos que flexibilizaram o acesso a armamento e munições no país.

Rosa Weber quer ouvir as explicações de Bolsonaro, da Advocacia-Geral da União e do procurador-geral da República, Augusto Aras, antes de decidir sobre o pedido de suspensão dos decretos apresentado por partidos de oposição.

“Requisitem-se informações ao presidente da República, a serem prestadas, no prazo de cinco dias. Após, dê-se vista ao advogado-geral da União e ao Procurador-geral da República, sucessivamente, no prazo de três (03) dias”, afirmou ela, no despacho.

Desde o início da gestão, Bolsonaro tem tomado uma série de decisões para ampliar o acesso da população às armas.

R7, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. Tem que liberar armas de fogo para todo o povo brasileiro. Só assim os homicidios deixaram de ser problema de segurança em nosso país.

  2. Quem muito se abaixa o fundo das calças aparece já dizia minha vó, foi isso que aconteceu no governo Bolsonaro não deu um basta nesses deuses de iaraque e eles agora se acham os deuses do Olimpo

  3. BG
    Processos caducando e eles não dão CELERIDADE, ontem mesmo foi arquivado processos contra senadores. Mais contra o poder executivo se pudessem eles davam prazo de ontem.

  4. A vontade da boiada de comprar uma arma é grande… Mas estão na luta para pagar as contas e colocar feijão na mesa.

    1. O medo da esquerda é grande em o cidadão ter armas, vai que o filho drogadinho resolve se aventurar em assaltar alguém armado ou partir para depredação do bem alheio em protestos "democráticos", em? Em ?

  5. Tem hora que penso que esse povo não tem o que fazer.
    É muita falta do que fazer, só pode.
    Tão fácil a resposta.
    Faz porque pode, não precisa pedir ordem a ninguém.
    PQP…
    Os caras roubaram o país e eles nunca perguntaram porque.
    Francamente!
    Um negócio que custa caro, pra nada.

  6. Eu queria vê os Ministros do STF andarem sem seus seguranças fortemente armados. E darem um passeio pelo Rio de Janeiro, de preferência nas comunidades.

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