Política

Bolsonaro diz que, ‘se Deus quiser, não teremos mais pessoas como FH, Lula ou Dilma’ na política

Presidente Jair Bolsonaro responde perguntas de correspondentes de jornais estrangeiros, em Brasília Foto: 19-07-19 / Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro destacou que, “se Deus quiser”, o Brasil terá uma política semelhante à que ele promove no Palácio do Planalto “de forma eterna”. Durante café da manhã com correspondentes de jornais estrangeiros, o chefe do Planalto afirmou esperar que o país nunca mais seja governado por pessoas como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva ou Dilma Rousseff.

“Para a tristeza de vocês, se Deus quiser, tudo vai dar certo, uma política semelhante à minha vai continuar presente no Brasil de forma eterna. Não teremos mais pessoas como Fernando Henrique Cardoso, Lula ou Dilma, entre outros. O povo entendeu que essas pessoas não representavam o interesse do país, em grande parte governo voltado à corrupção e descomprometimento com o futuro do seu país”, criticou ele.

Segundo Bolsonaro, pela primeira vez um presidente “busca cumprir com todas as forças o que prometeu durante a campanha”. Questionado sobre uma possível disputa pela reeleição em 2020, Bolsonaro lembrou que havia condicionado a desistência da nova candidatura ao Planalto à realização de uma reforma política. Ele disse que, “pelo que tudo indica”, o país não terá uma reforma do tipo.

“Sempre falei durante a campanha: se for feita uma boa reforma política, dentro dessa reforma diminuindo o número de parlamentares federais, estaduais e municipais, entre outras, eu abrirei mão da reeleição. Como essa reforma depende basicamente do Parlamento, e não da minha [iniciativa], pelo que tudo indica, não teremos reforma política”, destacou o presidente.

Bolsonaro negou que o governo vá propor a volta da CPMF . Ele também reforçou aos jornalistas que não haver reforma política não significa um revés em sua plataforma de campanha.

“Não estou mudando meu posicionamento de durante a campanha, até porque, durante a campanha, ninguém me acompanhou, nem a imprensa local muito menos a de fora”, ressaltou ele.

Em entrevista à revista Veja , em maio, Bolsonaro disse que desistiria da reeleição caso Senado e Câmara aprovassem mudanças na estrutura do Parlamento. Destacou, na ocasião, que, nestas condições, “topava ir para o sacrifício”.

“Porque um dos grandes problemas do Brasil na política é a reeleição. O cara chega ao final do primeiro mandato dele, ou ele quer continuar no poder, que lhe deu fama e prestígio, ou ele quer continuar porque se o outro, o adversário, assumir vai levantar os esqueletos que ele tem no armário. Existe isso no Brasil. Então o meu caso é o seguinte: com uma boa reforma política, que diminuiria o número de parlamentares de 500 para 400, entre outras coisas mais, eu toparia entrar nesse bolo aí de não disputar a eleição”, comentou Bolsonaro.

Líderes de partidos na Câmara apontaram, na época, que o próprio presidente deveria apresentar uma proposta de reforma política ao Congresso.

Apesar de ter recebido uma proposta de mudança do sistema eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está está concentrado na agenda econômica e não deve pautar uma reforma política de grande impacto antes do pleito de 2020. Para ele, as eleições municipais já enfrentarão alterações suficientes com o fim das coligações proporcionais, aprovado pelo Congresso em 2017.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Não ia se candidatar de novo.
    Não ia compra o Congresso
    Não ia permitir privilégios na Reforma.
    Não ia nomear ministro corrupto.
    Não ia continuar com o Ministério do Trabalho.

  2. Acredito que o presidente não viveu a época fhc, pois o mesmo não lembra do plano real implantado no governo fhc. Fhc tem os erros cometidos em seu governo, aliás acredito que todos tenham, mas acredito que cada um contribuiu em algum aspecto para o desenvolvimento desse país. Sei que tem mais erros que acertos e falta muito para chegarmos ao ápice. Acredito que o nosso presidente deveria se preocupar em governar , fazer as coisas andarem . Olhar para trás e ficar culpando quem errou não funciona . Ele tem que mostrar para quê veio já fazem mais de seis meses do seu governo. O erro do ex governador Robinson foi esse ficar com o fantasma da ex governadora.

    1. Hambúrguer fritado na Oliveira, nem pensar. É uma extravagância sem limite.

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