O fortalecimento das relações comerciais do Rio Grande do Norte com a China foi defendido pelo presidente do Sistema FIERN, Amaro Sales de Araújo, na abertura do Seminário “47 Anos da Relação Diplomática China-Brasil” – Networking e Negócios Internacionais, Oportunidades de negócios com a China, no início da noite desta segunda-feira (16). O evento, promovido pelo LIDE RN – Grupo de Líderes Empresariais, foi realizado de forma virtual com empresários e representantes dos governos potiguar e chinês.
Segundo Amaro Sales, a relação entre os dois países traz inúmeras possibilidades de um aprendizado recíproco e realização de projetos que possam resultar em desenvolvimento econômico sustentável para o Rio Grande do Norte, sendo igualmente benéfica para aquele país. “Temos muito interesse em manter e ampliar nossas relações empresariais, sociais, culturais com a China”, ressaltou.
O presidente dirigiu convite aos chineses, em nome da cônsul geral da República Popular da China em Recife, Yan Yuqing, para que visite a FIERN a fim de conhecer a plataforma Mais RN e todo o potencial de informações de grande importância para a consolidação de investimentos no estado.
Na sequência, Amaro Sales ressaltou os potenciais econômicos do estado; os serviços ofertados pelas entidades que compõem o Sistema Indústria no RN – FIERN, SESI, SENAI e IEL – e as parcerias existentes entre o RN e a China.
Amaro Sales falou ainda sobre a importância do Instituto SENAI de Inovação (ISI-ER) em energias renováveis para o desenvolvimento de tecnologias do setor, que já mantém parceria com a empresa chinesa CTG.
Energias Renováveis
A governadora Fátima Bezerra reforçou o convite para que os chineses discutam a potencialidades do RN a partir das linhas de atuação acompanhadas pela plataforma Mais RN. “Que está alinhada com o que há de mais importante para o desenvolvimento do estado”, disse. Fátima ressaltou potencial energético do Estado, equivalente ao de nove turbinas da usina de Itaipu em funcionamento, com condições climáticas favoráveis ao crescimento desse tipo de energia. “O RN é o melhor local no Brasil para o investimento em energias renováveis”, disse.
A cônsul geral da China em Recife, Yan Yuqing, demonstrou muita simpatia pelo Estado e disse que o RN tem inúmeras vantagens para atrair investidores, entre elas uma posição geográfica muito privilegiada, e relatou que tem se tornado uma das maiores divulgadoras do estado junto a empresários chineses.
“O RN tem ainda outras vantagens como pescados, frutos do mar, e muitos outros produtos, além de trabalhar para o desenvolvimento. Tem uma costa belíssima, frutas tropicais e pode desenvolver o ecoturismo”, relacionou.
A cônsul mencionou ainda a área de energia renováveis e de alta tecnologia como pontos de interesse da China no RN. “Precisamos institucionalizar essa cooperação, através de transferência de tecnologia e criação de zonas especiais em comum para aumentar a produtividade”. Outro ponto de destaque, para ela, é a parceria entre a mídia dos dois países, para mútua divulgação. “São trabalhos que temos pela frente mas temos tudo a ganhar juntos”, enfatizou.
O presidente do LIDE/RN e organizador do evento, Jean Valério, falou dos potenciais do Estado e referiu-se à FIERN como principal fonte de informações para a economia do Estado, destacando a liderança do presidente Amaro Sales, e mencionou o pioneirismo da plataforma digital Mais RN como referência para investidores.
O evento teve participação também do vice-governador Antenor Roberto, do secretário de Desenvolvimento Econômico Jaime Calado, do Diretor Geral do Conselho Chinês de Promoção do Comércio Internacional, Guo Yinghui, Wen Bo (CPFL Energia), Everton Monezzi (LIDE China), Yu Yong (CCCC South America), Pan Faming, (China-Brazil Investment Development Trade Center), Luiz Roberto Barcelos (Agrícola Famosa).
Relações comerciais
Em 2020, o Rio Grande do Norte exportou para aquele país aproximadamente US$ 4 milhões em produtos como lagosta, peixe, minério e granito. E importou tecidos sintéticos, geradores elétricos, folhas de alumínio, equipamento de raio X, painéis solares, dentre outros, chegando ao patamar de US$ 29 milhões.
Nos últimos cinco anos, as relações comerciais entre China e Rio Grande do Norte contabilizam um crescimento constante, com ápice em 2019, antes da pandemia. Contudo, já em 2021, as importações já ultrapassaram US$ 61 milhões, um verdadeiro marco nas compras àquele importante País.
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