Diversos

Casais ficam parecidos fisicamente ao longo dos anos? Novo estudo nega a teoria difundida por aí

MESMA CARA - Gisele Bündchen e Tom Brady: eles já eram parecidos antes de sacramentar a união – Reprodução/Instagram

Uma máxima conhecida diz que os casamentos duradouros são tão marcantes que, com o passar do tempo, marido e mulher ficam parecidos um com o outro, inclusive fisicamente. Embora a teoria tenha forte apelo ao senso comum, não existe estatística confiável que a comprove ou refute — ou pelo menos não havia até agora. Um grupo de cientistas decidiu avaliar a sério a hipótese, de forma a pôr um ponto-final no assunto. Afinal, a modelo brasileira Gisele Bündchen e o jogador de futebol americano Tom Brady estão mais parecidos depois de tantos anos de casamento? O astro Benedict Cumberbatch e a diretora Sophie Hunter ficaram “a cara de um, focinho do outro”? O estudo publicado pelo periódico Scientific Reports pode ter desvendado a verdade sobre esses e tantos outros casais. Para os apaixonados, contudo, ela é um pouco decepcionante.

O psicólogo Michal Kosinski, especialista em comportamento organizacional da Universidade Stanford (EUA) e líder do trabalho, conduziu sua pesquisa de uma forma relativamente simples: pediu a voluntários que examinassem fotos de casais ao longo do tempo e afirmassem ou negassem que os rostos ficaram parecidos. As mesmas imagens foram submetidas a um software de reconhecimento facial. O objetivo nessa etapa era verificar se a inteligência artificial tinha a mesma opinião dos voluntários humanos.

Foram analisadas fotos públicas de 517 casais: metade tirada dois anos depois do casamento, e a outra metade de vinte a 69 anos após o matrimônio. Coube também aos voluntários escrutinar imagens de uma das partes do casal cercada de seis pessoas. O objetivo era aferir se, de repente, o indivíduo se parecia mais com qualquer figura aleatória do que com seu próprio parceiro. Enquanto isso, um grupo diferente de voluntários foi convidado a adivinhar a probabilidade de uma das seis pessoas ser casada com o homem ou com a mulher em questão. Aqui, buscava-­se verificar se a mera semelhança de traços poderia ser suficiente para identificar um casal entre vários rostos na multidão.

Todo o experimento foi replicado com o uso de software de reconhecimento facial. O resultado? Segundo o Kosinski, o software, assim como os voluntários, reconheceu mais similaridades entre os rostos dos casais do que entre as faces de duas pessoas quaisquer. Essa semelhança, contudo, não seria resultado do passar do tempo. Levando em consideração as conclusões dessa pesquisa, o senso comum não teria forte base científica na qual se apoiar.

Mesmo assim, não foi exatamente uma derrota para a crença popular. Uma pesquisa parecida, realizada pela Universidade de Michigan em 1987, não só chegou a uma conclusão diferente como também destacou que o efeito seria mais notável quanto mais feliz fosse o par em questão. É preciso levar em conta, porém, que Michigan não tinha à época os recursos tecnológicos de Stanford. Pin Pin Tea-­Makorn, coautora do levantamento mais recente, disse a VEJA que, mesmo que os resultados de Stanford contradigam os do estudo anterior, isso não significa que um dos dois esteja invalidado.

Conforme o ser humano evolui, os mecanismos psicológicos mudam, trazendo a necessidade de atualizar as pesquisas. Além disso, a equipe de Stanford admite que diversos casais analisados apresentavam de fato similaridade facial, mas ela não havia surgido ao longo do casamento — estava lá desde o princípio. Do ponto de vista evolutivo, faria sentido buscar alguém parecido, já que é uma indicação de compatibilidade genética. Da perspectiva psicológica, as pessoas costumam procurar parceiros fisicamente similares, além daqueles com personalidades e valores semelhantes. Seja como for, casais como Gisele Bündchen e Tom Brady são inegavelmente parecidos — basta espiar a foto que ilustra esta reportagem. Para o resto dos mortais, a semelhança, assim como a beleza, está nos olhos de quem a vê.

Publicado em VEJA de 28 de outubro de 2020, edição nº 2710

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Comportamento

ENTREGOU: Especialista detalha mudanças físicas e comportamentais que podem indicar uma mentira relacionada à infidelidade

Foto: shutterstock

Uma das formas de descobrir uma traição é saber como detectar mentiras do outro. Afinal, a mentira é a base para manter um relacionamento extraconjugal. Segundo Georg Frey, terapeuta comportamental e criminólogo, autor do livro “Eu Sei Que Você Mente! Aprenda a Detectar Mentiras”, existem algumas maneiras de fazer isso.

O especialista explica que quando o ser humano mente, toda a fisiologia do seu corpo sofre modificações: o nível de adrenalina sobe, as mãos podem ficar geladas ou suadas, a garganta se resseca causando um pigarro fora de hora, o olhar foge dos olhos do seu interlocutor… e por aí vai. “É com estes sinais que você irá pegá-lo na mentira!”, fala o autor.

Para te ajudar a detectar mentiras no relacionamento, o terapeuta comportamental lista as principais mudanças físicas, na rotina e nos hábitos do mentiroso :

Mudanças físicas

Entonação da voz

Revela o estresse dos altos e baixos vocais.

Postura da coluna fica mais ereta

Dá a impressão de segurança e fortaleza na mensagem que está sendo dita.

Mãos mais agitadas

Como se quisessem reafirmar a história que está sendo contada.

Sobrancelha pode expandir as expressões faciais

Ficam franzidas, elevadas para cima ou, muitas vezes, agitadas.

Georg reforça que esses são apenas alguns indícios. “O fato é que, quando se mente, os gestos e expressões faciais se tornam mais artificiais ou mesmo caricatos”, fala. Dessa forma, as demonstrações de sentimentos deixam de ser naturais e podem chegar a beirar o exagero.

Mudanças na rotina

Chegar mais tarde em casa toda semana, quando antes isso não acontecia

Sair mais cedo para trabalhar

Assim evita-se tomar o café da manhã juntos, fugindo de conversas, perguntas e comentários dos quais tenha que se desviar ou mentir.

Passar mais tempo praticando hobbies fora de casa

Programas em comum, antes divertidos, passam a ser entediantes

Demonstra que o outro não está “inteiro” na relação.

Mudança nos hábitos

Evitar olhar atentamente o companheiro (a)

Forma de fugir do confronto olho no olho.

Aumento da vaidade

O outro passa a fazer dieta, se cuidar mais e até mudar a forma de se vestir. “A preocupação com a aparência, se antes não existia, pode ser um sinal de que a pessoa está se melhorando, talvez pelo efeito da ‘paixão’”.

Celular passa a cair na caixa postal ou a não ser atendido

Mais atenção aos objetos pessoais

Se antes a pessoa deixava notebook e celular em qualquer canto da casa, à mostra e, de repente, esses equipamentos passam a não ficar mais disponíveis para qualquer um ver.

Estes são os principais sinais que a pessoa dá quando está mentindo, o que pode indicar uma traição . No entanto, o especialista alerta para sempre analisar o contexto em que se passa o diálogo e em que situação está à pessoa sob suspeita.

“Isso é relevante, porque alguns desses sinais podem ser encontrados em indivíduos que estão sob pressão ou passando por algum tipo de transição de vida”, fala.

Delas – IG

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  1. Esses canalhas esquerdopatas estão conseguindo superar a própria falta de caráter. Nisso são imbatíveis.

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