Diversos

Filho do fundador das Casas Bahia é acusado de estupro e aliciamento por 14 mulheres

FOTO: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE ARARAQUARA

O filho do fundador das Casas Bahia Saul Klein, 66, entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com 14 mulheres que acusam o empresário de aliciá-las e estuprá-las em festas que reuniam dezenas de garotas em sua casa, em Alphaville, desde 2008.

As duas medidas são precauções solicitadas pelo Ministério Público de SP para o andamento da investigação das denúncias, que estão mantidas em segredo de Justiça em um inquérito policial aberto na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri. Em julho, a polícia arquivou outro inquérito com alegações semelhantes e que apurava a suposta exploração sexual de uma menor de idade por Klein.

A defesa do empresário diz que o seu cliente é um sugar daddy, termo que descreve homens que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo, mas alega que ele jamais cometeu os crimes apontados pelas alegadas vítimas.

“O sr. Saul Klein vem sendo vítima de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele, através da realização de ameaças e da apresentação de acusações falsas em âmbito judicial, policial e midiático”, afirma o advogado André Boiani e Azevedo, que representa Klein.

“Várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação. Quando perceberam que esse tempo acabou, passaram a difamá-lo publicamente”, segue Azevedo.

“Ele [Saul] sente profunda indignação diante desse quadro, mas se defenderá com toda a tranquilidade, pois tem absoluta confiança na polícia, no Ministério Público e no Poder Judiciário, que já atestaram sua inocência em investigação anterior e certamente o inocentarão mais uma vez.”

O advogado afirma que o seu cliente contratava uma agência que lhe trazia sugar babies (como são chamadas as garotas que se dispõem a serem bancadas pelos daddies) e que ele mantém diversos relacionamentos simultaneamente.

“Ele era o ‘daddy’ de todos os ‘daddies’, do qual todas as ‘babies’ gostariam de ser ‘babies’”, afirma Azevedo.

Azevedo aponta que os ataques têm por objetivo chantageá-lo e achacá-lo desde 2019, quando Klein parou de adquirir o serviço da empresa que lhe apresentava as mulheres, por desconfiar que os seus proprietários estavam tentando extorqui-lo.

Saul Klein é filho de Samuel Klein (1923-2014), fundador das Casas Bahia. Ele atualmente disputa a herança do pai na Justiça com o seu irmão mais velho Michel Klein, para quem Saul vendeu a sua parte societária na rede varejista em 2010 pelo valor estimado de R$ 1,5 bilhão.

O empresário também é um dos atuais donos do time de futebol Ferroviária, de Araraquara, no interior de SP, e foi candidato (não eleito) a vice-prefeito de São Caetano do Sul neste ano, cidade cujo time de futebol também teve ele como investidor por anos.

Os relatos das 14 vítimas foram feitos à Ouvidoria da Mulher do Conselho Nacional do Ministério Público, que encaminhou o conteúdo ao Ministério Público de SP (MPSP). A promotoria paulista solicitou à Justiça medidas restritivas para que o empresário não deixe o país nem contate as mulheres que o acusam. O pedido foi acatado pela 2ª Vara Criminal da comarca de Barueri.

A decisão judicial elenca informações apresentadas pelo MPSP baseadas nos testemunhos das supostas vítimas A. P. F. S., F. D. S. M., M. C. D. C., N. E., T. M. C., I. P.. D. F., B. R. B. D. O., A. L. M. P., J. F. S., P. Z., S. G. D. S., M. D. S M. e L. R. G.

“Segundo constou do requerimento, todas as mulheres acima foram vítimas de aliciamento sexual”, aponta o despacho da Justiça citando informações elencadas pela promotoria. “Eram procuradas por aliciadores em redes sociais e outros canais, informadas falsamente de que havia interesse na contratação delas por parte de uma empresa e conduzidas a uma apresentação, a título de teste, para o requerido Saul.”

“Os testes eram feitos em um flat e elas tinham que usar biquínis ou roupa íntima. Elas eram convencidas de que, se satisfizessem a lascívia do requerido Saul, poderiam ser contratadas para eventos na ‘mansão’ de Alphaville, quando então receberiam de mil a três mil reais, ou numa casa de campo dele em Boituva”, segue a narrativa.

“Nesses eventos, que podiam contar com 15 a 30 moças, elas tinham que exibir o tempo todo de biquíni e submeter-se a atividades sexuais com o requerido Saul, inclusive de modo humilhante e a contragosto. Também podiam ter que ingerir droga, permanecer trancadas em um quarto por um dia inteiro e aceitar se submeter a consultas com médicos ginecologista e cirurgião plástico, respectivamente, para cuidar das persistentes e reiteradas doenças sexualmente transmissíveis que as acometia e de outras enfermidades que apresentaram, bem como receber aplicações de botox ou outros tratamentos destinados a prepará-las para as sessões com o requerido Saul.”

“Salientou o Ministério Público que o fato de que as propriedades sempre eram vigiadas por seguranças armados e que as mulheres eram submetidas a atos de brutalidade e de humilhação, exemplificando com cusparadas. Telefones celulares normalmente eram confiscados quando da chegada delas ao local”, cita o despacho. “Em razão da constante exploração, da dependência econômica, do subjugo físico e da intimidação moral, muitas mulheres adoeceram e uma delas chegou a se suicidar.”

“Foi realçado, ainda, o fato de que eram providenciados documentos falsos às mulheres, com nomes e demais dados alterados, o que era especialmente importante para as adolescentes”, emenda o documento sobre acusações sobre a possível relação de Saul com menores de idade.

“[Elas também disseram que] eram ameaçadas a não tratar do que ocorria nesses locais com quem quer que fosse, sob pena de sofrerem consequências”, continua .

A Folha conversou por telefone com duas das alegadas vítimas que acusam o empresário. Uma conheceu Saul em 2008 e conviveu com ele até este ano. A outra começou em 2013. Nenhuma delas quis se identificar, alegando que não querem ser expostas e que têm medo de represálias do empresário. Elas corroboram os relatos elencados na decisão judicial. Uma terceira suposta vítima desistiu de falar com a reportagem.

Azevedo aponta que a relação criada entre Klein e as mulheres nem sempre acarretava em atos sexuais, mas que quando isso ocorria era um algo consensual. Ele afirma que o empresário dava presentes a elas, mas que ele nunca fez pagamentos às suas amantes e não participava desta negociação —quem tratava disso era a agência, que também se responsabilizava por verificar as idades de todas as garotas para que fossem maiores de idade.

“As participantes estavam ali de livre e espontânea vontade —e, saliente-se, todas queriam voltar aos eventos, em demonstração de que estavam de acordo com o que ali acontecia”, diz ele.

A advogada Gabriela Souza, que representa as vítimas, afirma que só se manifestará em janeiro. A investigação segue em segredo de Justiça.

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Tanto que o velho trabalhou, para o filho jogar fora na prostituição.
    Se havia alguma de menor, é caso de prisão, não de indenização.

  2. Virou Já moda, ninguém pode mais levar amigas pra uma festa que depois já cria coisas da mente delas pra extorquir,tiram fotos do Instagram, Facebook e grupos do whatsapp, tom am whisky 12 anos, cerveja ? Stella artois, Budweiser depois inventa fatos virou moda já no Brasil!

  3. Assim é muito fácil!!!! Curte na mansão do rico com todo o luxo, postando fotos nas redes sociais, depois quer extorquir o cara.

  4. Essas mulheres de hoje são todas uma bombas relógios,logo se percebe que essas relações sexuais eram absolutamente consensuais entre o senhor klein e entre essas decentes e recatadas mulheres,pelo que se sabe elas frequentavam essas festas íntimas de livre e espontânea vontade,e que foram pagas para realizarem os fetiches sexuais do distinto cidadão e agora veem com essas invencionisses de que sofreram assédios sexuais e que foram estupradas,isso é um completo absurdo.

    1. Estou com pena desse distinto e inocente homem do bem,pelo poder que ele possui pode comprar e fazer que quiser com o seu patrimônio,inclusive realizar extravagâncias eróticas e sexuais,agora essas mulheres ingênuas e santas e que sabiam exatamente o que estavam fazendo naqueles ambientes,agora se reuniram para destruir a dignidade do rico homem pelo qual eram todas bem remuneradas para prestarem serviços de apresentações eróticas e sexuais,agora ele será escolhido para ser bombardeado pelas pessoas fracassadas e pelos canais de telecomunicações.

  5. Uma delas ficou desde 2008 nesse "sofrimento"?! Ela estava amarrada em algum lugar, só pode.

  6. Achaque, vivaldinas tentando explorar o empresário. Pelo que li no artigo, ele não obrigou ninguém a nada. Tudo consensual. Agências de garotas existem por todo canto. E ele só está usufruindo de sua condição financeira. Segue o jogo.

  7. As putas mudam o nome de sua ativida pra sugar baby e depois querem extorquir os babacas que caem nessa.
    Kkkkk

  8. Virou profissão curtir com rico e se colocar como vitima. Essas mulheres deveriam pensar antes da balada e das fotos na lancha.

  9. Se não se deve, ou não se pode divulgar os nomes das vítimas, precisa colocar isso: A. P. F. S., F. D. S. M., M. C. D. C., N. E., T. M. C., I. P.. D. F., B. R. B. D. O., A. L. M. P., J. F. S., P. Z., S. G. D. S., M. D. S M. e L. R. G?!!!
    Faria alguma diferença simplesmente não divulgar os nomes ou letras?!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Bilionário fundador da Duty Free realiza sonho de doar toda fortuna em vida

FOTO: THE ATLANTIC PHILANTHROPIES/REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O agora ex-bilionário Charles “Chuck” Feeney, de 89 anos, realizou um desejo inusitado: doou toda a sua fortuna enquanto vivo. O fundador da Duty Free assinou, na segunda-feira (14/9), juntamente com a esposa, Helga, os papéis para encerrar a empresa Atlantic Philantropies. As informações são da Revista Forbes.

De acordo com a publicação, o casal guardou dinheiro para sobreviver bem, mas já doou mais 8 bilhões de dólares para fundações, fundos de caridade e universidades nas últimas quatro décadas por meio da Atlantic Philanthropies. Todas as doações foram feitas de forma anônima.

A ideia dele é que seria melhor gastar a maior parte de sua fortuna em grandes apostas de caridades em vez de financiar uma fundação depois que ele morresse. Com isso, a esperança do empresário é conferir o resultado com seus próprios olhos, antes de morrer.

Uma cerimônia on-line foi realizada por Chuck e Helga, e incluiu mensagens de vídeo de Bill Gates e do ex-governador da Califórnia, Jerry Brown.

Vida simples

Feeney é o fundador, ao lado de Robert Miller, do Duty Free Shoppers, iniciativa de 1960 que deu ao empreendedor bilhões de dólares enquanto vivia de forma simples, como um monge. Como filantropo, ele foi o pioneiro da ação “Giving While Living”.

Segundo a Forbes, ele não possui hábitos tradicionais de bilionários. Enquanto a Duty Free arrecada uma fortuna vendendo artigos de luxo para turistas em todo o planeta, Feeney vive em um apartamento em São Francisco “que tem a austeridade de um dormitório de um universitário.”

Homem discreto, mas de impacto extraordinário, Chuck Feeney teve a carreira é marcada pela caridade. O perfil dele influenciou Bill Gates e Warren Buffett quando estes lançaram o Giving Pledge em 2010: uma campanha agressiva para convencer os mais ricos do mundo a doarem pelo menos metade de suas fortunas antes de morrer.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Oi meu senhor porque você não me doou parte tô precisando muito prá pagar a minha faculdade e ter minha casa própria que estou pedindo tanto que Deus me abençoe

  2. Bela atitude deste cidadão, Bill gares e Warren, não acumulando riquezas , visando um mundo melhor a quem precisa.
    Que atitudes como está se espalhem cada dia mais pelo mundo.

  3. Enquanto isso os que juram que vão pra o céu e o resto para o inferno, pregadores aqui do Brasil, lutam pra ficar cada vez mais ricos em detrimento dos pobres alienados.

    Se você lê a bíblia vai ver, com certeza, que poucos ou nenhum representa a igreja de Cristo.

  4. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?
    Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
    Mateus 19, 20-21.

  5. Nono Correia não era um personagem avarento interpretado por Ary Fontora?
    Não seria o próprio Nono, mais um filósofo de internet?

  6. No Brasil ocorre o contrário. Eles querem roubar o máximo. A direita e a esquerda.
    E não falta quem defenda.

    1. Como tem gente besta no mundo. A informação é sobre a decisão pessoal de uma EMPRESÁRIO. Aí vem um "cientista de whatsapp" e faz uma ligação completamente sem noção com política, esquerda e direita. Que tragédia!

    2. essa visão monocromática de "direita e esquerda" cega mesmo… pessoa não pode nem ler uma matéria de algum estrangeiro, e faz uma analogia pífia dessas… fala sério!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Fundador da Qualicorp é preso em operação da PF que investiga suposto caixa 2 de Serra na campanha de 2014

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) uma operação que investiga suposto caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014. O empresário José Serpieri Júnior, sócio e fundador da Qualicorp, foi preso após as investigações apontarem que ele fez doações não contabilizadas de R$ 5 milhões ao tucano.

Em nota, o senador José Serra disse que lamenta a espetacularização da investigação e que desconhece as acusações. Ele disse que “foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa”. (Leia a íntegra abaixo). O G1 aguarda um posicionamento da Qualicorp.

A operação, que foi denominada Paralelo 23, é uma nova fase da Lava Jato que apura crimes eleitorais e é feita em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE). As apurações se restringem a fatos de 2014, quando Serra ainda não tinha o mandato de senador. Por volta das 8h50, três dos quatro mandados de busca e apreensão já tinham sido cumpridos.

Resumo:

Serra, que havia sido denunciado por lavagem de dinheiro no início do mês (leia mais abaixo), é um dos alvos de mandados de busca e apreensão.

Foram expedidos mandados para serem cumpridos no gabinete de Serra no Senado, no apartamento funcional dele em Brasília e em dois imóveis do senador em São Paulo.

Investigações apontam doações por meio de operações financeiras e societárias simuladas, que ocultavam a origem ilícita dos R$ 5 milhões recebidos.

Segundo investigações, o empresário José Seripieri Júnior, fundador e acionista da Qualicorp, grupo que comercializa e administra planos de saúde coletivos, determinou doações não contabilizadas a Serra em duas parcelas no valor de R$ 1 milhão e uma de R$ 3 milhões.

Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Itatiba e Itu.

O empresário José Serpieri Júnior, sócio e fundador da Qualicorp, foi preso.

Até por volta de 8h45, três pessoas haviam sido presas; entre elas Artur Azevedo. Ele teria pedido a prisão domiciliar por motivos de saúde, segundo o MP.

Também foi determinado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral o bloqueio judicial de contas bancárias dos investigados.

Os outros alvos de mandados de prisão são:

Arthur Azevedo Filho
Mino Mattos Mazzamati
Rosa Maria Garcia

Segundo a operação, os investigados responderão por pelos crimes descritos abaixo, com penas de 3 a 10 anos de prisão:

associação criminosa (artigo 288 do Código Penal)
falsidade ideológica eleitoral (artigo 350 do Código Eleitoral)
lavagem de dinheiro (artigo 1º da Lei nº 9.613/1998)

Serra denunciado por lavagem de dinheiro

O senador José Serra já tinha sido alvo de outra operação no início deste mês, quando foi denunciado pela força-tarefa da Lava Jato em São Paulo por lavagem de dinheiro. Na ocasião, a filha dele, Verônica Allende Serra, também foi denunciada pelo mesmo crime.

Segundo o Ministério Público Federal, a Odebrecht pagou a Serra cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para usar na sua campanha ao governo do estado de São Paulo. Outros cerca de R$ 23 milhões foram pagos entre 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta no ano passado, ainda segundo a denúncia.

Os procuradores concluíram que houve lavagem de dinheiro usando a técnica “follow the money” (“siga o dinheiro”, em tradução livre). A denúncia diz que Serra e Verônica praticaram lavagem de dinheiro de obras do Rodoanel Sul no exterior de 2006 a 2014.

Operações ocultavam origem ilícita de dinheiro

Em relação à operação desta terça-feira, o caso de suposto caixa 2 foi remetido para a primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo após a colaboração espontânea de pessoas que teriam sido contratadas em 2014 para estruturar e operacionalizar os pagamentos de doações eleitorais não contabilizadas.

Por meio da quebra do sigilo bancário e da troca de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), foram identificados indícios do recebimento das doações eleitorais não contabilizadas a Serra.

As investigações apontam que as doações foram repassadas por meio de operações financeiras e societárias simuladas, de modo que ocultavam a origem ilícita dos R$ 5 milhões recebidos.

As investigações também identificaram outros pagamentos de valores elevados feitos por grandes empresas, sendo uma do setor de nutrição e outra da construção civil, perto das eleições de 2014. Essas doações, segundo foi investigado, eram feitas a uma das empresas supostamente utilizadas pelo então candidato para a ocultação do recebimento das doações. Esses fatos ainda serão objeto de mais apurações.

Nota Serra

“O senador José Serra foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal. A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa, na qual, ressalte-se, José Serra jamais foi ouvido.

José Serra lamenta a espetacularização que tem permeado ações deste tipo no país, reforça que jamais recebeu vantagens indevidas ao longo dos seus 40 anos de vida pública e sempre pautou sua carreira política na lisura e austeridade em relação aos gastos públicos. Importante reforçar que todas as contas de sua campanha, sempre a cargo do partido, foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Serra mantém sua confiança no Poder Judiciário e espera que esse caso seja esclarecido da melhor forma possível, para evitar que prosperem acusações falsas que atinjam sua honra.”

G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Fundador da rede Ricardo Eletro é preso em SP por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução

O fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, foi preso no estado de São Paulo, em operação de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro deflagrada na manhã desta quarta-feira por uma força-tarefa composta por Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Secretaria de Estado de Fazenda e Polícia Civil.

Outros dois empresários do ramo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos são alvos da operação, que recebeu o nome de “Direto com o Dono”., segundo o G1.

As investigações indicam que cerca de R$ 400 milhões em imposto devidos ao Estado de Minas Gerais teriam sido sonegados ao longo de mais de cinco anos.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, estão sendo cumpridos três mandados de prisão e quatorze mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara de Inquéritos de Contagem. Os mandados são cumpridos em alvos localizados nos municípios mineiros de Belo Horizonte, Contagem e Nova Lima, e também nas cidades de São Paulo e Santo André.

O MPMG acrescenta que as empresas da rede de varejo cobravam dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos. No entanto, os investigados não faziam o repasse e se apropriavam desses valores.

O montante da sonegação com o Estado de Minas Gerais chega a R$ 400 milhões, mas a mesma rede tem dívidas vultosas em praticamente todos os Estados onde possui filiais.

Além dos mandados de prisão, a justiça já determinou o sequestro de bens imóveis do dono do negócio, avaliados em cerca de R$ 60 milhões, com a finalidade de ressarcir o dano causado ao Estado de Minas Gerais.

A investigação ganhou força após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de novembro de 2019, que definiu como crime a apropriação de ICMS cobrado de consumidores em geral e não repassados ao Estado.

A Ricardo Eletro encontra-se em situação de recuperação extrajudicial, sem condições de arcar com suas dívidas, já tendo fechado diversas unidades e demitido dezenas de trabalhadores.

O MPMG ressalta, no entanto, que Ricardo Nunes, o principal dono do negócio, possui dezenas de imóveis, participações em shoppings na região metropolitana de Belo Horizonte e fazendas.

Os bens imóveis não se encontram registrados em nome do investigado, mas de suas filhas, mãe e até de um irmão, que também são alvos da operação desta quarta-feira. O crescimento vertiginoso do patrimônio individual do principal sócio ocorreu na mesma época em que os crimes tributários eram praticados, o que caracteriza, segundo a força-tarefa, crime de lavagem de dinheiro.

A operação conta com a participação de três promotores de Justiça, 60 auditores-fiscais da Receita Estadual, quatro delegados e 55 investigadores da Polícia Civil.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Esses amigos patriotas não são muito patriotas não. Conheço alguns patriotas de excelente condições financeiras, que ensinam outros amigos patriotas de bolso bom a driblar o leão e ainda receber benefícios sociais destinados aos pobres.

    1. Agora, vá um empresário ou mesmo um simples contribuinte pessoa física tentar fraudar o fisco norte-americano : é cadeia na certa !! ( que o diga Al Capone, rsrsrsrsrsrs.).
      O brasileiro tem é que aprender a valorizar os impostos que paga, cobrando e fiscalizando SEMPRE os políticos que administram esses recursos, e não passando a mão na cabeça de picaretas.

    1. Não entendi a referência?!
      Se fosse amigo de Luladrão seria diferente?
      Ou se fosse seu amigo, seria diferente?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Fundador do PT abandona o Partido com a volta de Delúbio Soares

O Ex-deputado Vladimir Palmeira não aguentou a volta dos que não foram. Num País sério, Delúbio Soares, estaria proibido de militar na Política. Viva o PT….
Segue reportagem do Estado de S.Paulo

RIO – O ex-deputado federal Vladimir Palmeira, um dos fundadores do PT, decidiu deixar a legenda em protesto contra a readmissão do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Palmeira, que atuou no movimento estudantil durante a ditadura militar, disse que se sentiu “logrado” pela executiva nacional petista, que havia expulsado Delúbio por seu envolvimento no escândalo do mensalão, mas aceitou seu retorno à sigla.

“O partido renegou o que havia decidido há seis anos. Nós fomos para a linha de frente para defender o partido, que havia decidido expulsá-lo. Agora, quando o partido volta atrás, você fica sem cara”, disse Palmeira, que foi deputado federal constituinte e deputado federal, chegando a ser líder do PT na Câmara. Em 2006, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro e ficou em quarto lugar. No ano passado, disputou vaga de deputado federal, mas não se elegeu.

Palmeira se disse decepcionado com a mudança de postura do partido diante do escândalo, considerado um dos episódios mais graves de sua história. “Na prática, a expulsão do Delúbio virou uma suspensão. Fizeram jantares em homenagem a ele e, no fim das contas, ele sequer foi punido”, avaliou.

Segundo Palmeira, que é economista e professor, o retorno do ex-tesoureiro “é uma demonstração de que o PT está evoluindo mal”, o que teria tornado sua permanência na sigla insustentável. “Hoje, o partido não tem mais tendências políticas. Você tem uma divisão constante em grupos com interesses pontuais, que votam como bem entendem, como foi o caso do debate do Código Florestal”, afirmou. “Acredito que esses problemas ainda vão se agravar e é por isso que eu estou saindo.”

O ex-deputado disse que ainda não decidiu se vai se filiar a outra legenda, mas descartou retornar ao PT. Para ele, as divisões dentro da legenda prejudicam os projetos do governo da presidente Dilma Rousseff. “A falta de unidade do PT certamente prejudica o governo. Todo partido muda quando chega ao governo, mas nesse caso, a mudança foi institucional demais.”

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *