Diversos

Pesquisa do PPGSE/UFRN revela descoberta sobre novas espécies de fungo

Foto: Divulgação

Programa de Pós-graduação em Sistemática da Evolução (PPGSE), do Centro de Biociências da UFRN,  informa a publicação de artigo de autoria da Mestra Gislaine Cristina de Souza Melanda, intitulado Diversidade presa em gaiolas: Revisão de Blumenavia Möller (Clathraceae, Basidiomycota) revela três espécies escondidas,  na  PLOS ONE, revista científica de acesso online, publicada pela Public Livrary of Science.

artigo é uma compilação dos resultados da pesquisa de dissertação de mestrado, realizada sob orientação do professor Dr. Iuri Goulart Baseia, do Laboratório de Biologia de Fungos  do  CB/UFRN,  com o objetivo de fazer a revisão na taxonomia de um grupo de cogumelos gasteroides. Os cogumelos gasteroides formam um gênero de fungos que possuem uma diversidade de formas e cores e que necessitam de agentes externos para sua dispersão.

O gênero estudado, Blumenavia, pertence à família Clathraceae e, na descrição do artigo “apenas duas espécies são reconhecidas atualmente: B. rhacodes e B. angolensis”. Contudo, ainda segundo o artigo,  “os caracteres morfológicos adotados nas delimitações de espécies dentro deste gênero são inconsistentes, e os dados moleculares são escassos”, de modo que a pesquisa propôs rever e identificar caracteres informativos de modo a contribuir para a delimitação das espécies de Blumenavia.

O estudo da pesquisadora Gislaine Cristina de Souza Melanda, realizado por meio de análises morfológicas e moleculares, resultou na descrição de três espécies novas: uma do Rio Grande do Sul, uma do Ceará e uma com distribuição no México.  Com a descoberta, o gênero estudado aumentou o número de espécies para 7.

Segundo o artigo “De acordo com nossos estudos, sete espécies podem ser consideradas no gênero: B. rhacodes e B. angolensis são mantidos, B. usambarensis e B. toribiotalpaensis são reavaliados, e três novas espécies são propostas”. O artigo tem como co-orientadora e co-autora a Dra. María Paz Martín, do Real Jardin Botânico de Madrid, da Espanha.

Com informações da UFRN

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Jornalismo

Fungo que nasce sobre lagarta morta vira sensação como viagra natural

Um fungo pouco comum, classificado como o “novo Viagra da Índia”, vem chamando a atenção por seu poder afrodisíaco e já se tornou um produto valioso, capaz de impactar as economias locais da região dos Himalaias, no norte do país.

Trata-se de um tipo de fungo que tende a crescer sobre o corpo de lagartas, conhecido como kira jari ou yakasumba.

O fungo disseca sua presa e depois cresce sobre a cabeça da lagarta morta. Ele aparece sobre a superfície do solo quando a neve começa a derreter, em maio ou junho.

Na China, país vizinho à região, o kira jari já foi difundido como afrodisíaco e muitos atletas o utilizam como uma droga para melhorar seu rendimento físico.

Mas o que chama mais a atenção em torno da novidade é o impacto sobre a economia local.

Lucratividade

Nos últimos cinco anos, muitos habitantes dos vilarejos da região montanhosa dos Himalaias passaram a coletar os fungos e vendê-los a comerciantes locais, que intermediam a venda para empresários de Nova Déli.

O destino final da mercadoria tende a ser o Nepal e a China, maiores consumidores da iguaria.

Uma pequena quantia de kira jari pode render até 150 rúpias (cerca de R$ 6,00), valor considerável para a região.

Alguns chegam a coletar 40 fungos em um único dia e muitos já falam em uma verdadeira “corrida do ouro” em busca de mais Kira jari.

O fungo tem sido encarado como uma nova oportunidade pelos jovens que tradicionalmente buscam emprego em hotéis, no Exército e em indústrias de outras regiões da Índia.

Alternativa perigosa

Desde que o “boom” do fungo começou, em 2007, muitos passaram a percorrer grandes distâncias, muitas vezes em grande altitude e baixas temperaturas, em busca de mais kira jari.

Muitos regressam aos seus vilarejos doentes e sem ter conseguido achar um único exemplar do valioso fungo.

Recentemente uma pessoa chegou a morrer e outra ficou presa durante 13 dias na neve enquanto buscavam o novo “ouro dos Himalaias”.

Mas, apesar dos riscos, muitos habitantes da região têm preferido arriscar a vida em busca do “novo ouro dos Himalaias” a se aventurar em empregos que não oferecem a mesma lucratividade.

Fonte: BBC Brasil

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