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Time de futebol feminino do Afeganistão encontra novo lar em Portugal após fuga do Talibã

Foto: © Reuters/Rodrigo Antunes/Direitos Reservados

Deixar o Afeganistão foi doloroso, disse Sarah, de 15 anos, mas agora que está segura em Portugal ela pretende perseguir o sonho de jogar futebol profissionalmente – e talvez conhecer seu ídolo, o atacante Cristiano Ronaldo.

Sarah foi uma das várias jogadoras da seleção feminina juvenil afegã que fugiram do país assustadas depois que o movimento islâmico radical Talibã tomou o poder em agosto.

Portugal concedeu asilo às jovens esportistas.

“Estou livre”, disse ela, sorrindo de orelha a orelha ao visitar a famosa Torre de Belém, junto ao Rio Tejo, com a mãe e as colegas de equipe. “Meu sonho é ser uma boa jogadora, como Ronaldo. E quero ser uma grande empresária aqui em Portugal”.

Ela espera voltar um dia ao Afeganistão, mas só se puder viver livremente.

Sua mãe, que pediu que a Reuters não usasse seu sobrenome, vivenciou em primeira mão a era anterior do governo do Talibã, entre 1996 e 2001, e está menos otimista com a possibilidade de uma volta para casa.

Líderes do Talibã prometem respeitar os direitos das mulheres, mas em seu primeiro governo elas não podiam trabalhar, e as meninas foram barradas nas escolas.

Uma autoridade de alto escalão do grupo disse depois da tomada de poder de 15 de agosto que as mulheres provavelmente não poderão praticar esportes por “não ser necessário” e porque seus corpos podem ser expostos.

“A razão de assumirmos esta missão [de retirar o time] foi permitir que elas possam aspirar e praticar o esporte que amam”, disse Farkhunda Muhtaj, técnica da seleção feminina afegã, que voou a Lisboa na quarta-feira (29) para surpreender o time juvenil.

Agência Brasil, com Reuters

 

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Esporte

Brasil vence a Zâmbia e está nas quartas de final do futebol feminino para duelo contra o Canadá

FOTO: MOLLY DARLINGTON/REUTERS

O Brasil aproveitou a expulsão de uma jogadora de Zâmbia ainda no começo do primeiro tempo, e venceu a seleção africana por 1 a 0, na manhã desta terça-feira (27). Com a vitória, as brasileiras estão classificadas para as quartas de final do futebol feminino dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020.

No outro jogo do grupo F, a Holanda também venceu sua partida contra a China por 8 a 2 e, com isso, o Brasil ficou na segunda colocação da chave. Na próxima fase, marcada para a próxima sexta-feira (30), o Brasil enfrenta o Canadá, que passou em segundo no grupo E (atrás da Grã-Bretanha), às 5h.

Jogo pegado

O jogo começou bastante movimentado. Com três minutos de jogo, a seleção brasileira chegou pela primeira vez no ataque. Depois de uma bola cruzada na área, a defesa de Zâmbia se atrapalhou, mas a goleira Nali segurou bem o chute de Rafaelle.

No contra-ataque rápido, a artilheira zambiana Barbra Banda, que fez seis gols nos dois primeiros jogos, mandou para o gol e obrigou Bárbara a fazer uma bela defesa e, na sequência, agarrar novamente o chute do rebote.

Aos 8 minutos, novamente a seleção brasileira chegou com perigo. Após uma bela jogada de Ludmila, Bia Zaneratto recebeu livre na área, frente a frente com a goleira zambiana, mas teve o chute defendido.

Na sequência, Ludmila novamente foi para área, sofreu falta e acabou trombando com a goleira, que acabou se machucando e precisou ser substituída. Nesse mesmo lance, o VAR chamou a árbitra de campo para analisar no vídeo uma falta em Ludmila, e a zagueira Mweemba acabou sendo expulsa.

Na cobrança da falta, quase 10 minutos depois (por causa do atendimento à goleira), Andressa Alves mandou no canto esquerdo de Musole, que havia acabado de entrar no jogo, para abrir o placar a favor da seleção brasileira.

Pouco depois, em uma chegada de Zâmbia, a partida teve um momento preocupante. Em uma bola alta na área brasileira, Bia Zaneratto e Kundananji acabaram se chocando de cabeça e precisaram de atendimento. Mesmo sangrando, a jogadora zambiana ainda voltou para partida após o lance, mas a brasileira precisou ser substituída.

Com uma a mais em campo, o jogo foi todo de domínio da seleção brasileira. Mas a chance mais perigoso aconteceu aos 57 do primeiro tempo (o árbitro deu 14 minutos de acréscimo), quando a Andressa Alves pegou na entrada da área e mandou no travessão. Foi o último lance perigoso do primeiro tempo, que acabou em 1 a 0 para o Brasil.

Para o segundo tempo, a treinadora Pia Sundhage tirou as experientes Marta e Formiga, e colocou Duda e Júlia Bianchi. E a partida retornou do mesmo jeito que acabou o primeiro tempo: com a seleção brasileira com muita posse de bola, trocando passas e tentando lances ofensivos, mas sem ameaçar tanto o gol zambiano.

Conforme o tempo foi rolando no segundo tempo, o jogo ficou pegado, com muitos choques entre as jogadores das duas seleções. No final, as zambianas ainda tentou colocar pressão, já que somente o empate serviria para dar a classificação a elas. Mas não conseguiu sucesso nas investidas, e o jogo terminou 1 a 0 para o Brasil.

R7

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Esporte

Brasil quer sediar Copa do Mundo de futebol feminino em 2023

Brasil foi um dos dez países que expressaram interesse em sediar a Copa do Mundo feminina da Fifa – Direitos reservados/Lucas Figueiredo/CBF

O Brasil foi um dos dez países que expressaram interesse em sediar a Copa do Mundo feminina da Fifa (Federação Internacional de Futebol) em 2023. Além do país, também estão interessados em receber a competição três sul-americanos (Argentina, Bolívia e Colômbia).

As Coreias do Sul e do Norte informaram à Fifa que pretendem concorrer com uma candidatura conjunta. Além deles, formalizaram interesse em concorrer o Japão, a Austrália, a Nova Zelândia e África do Sul.

Segundo a Fifa, esse é o maior número de países a formalizar interesse em sediar uma Copa do Mundo feminina desde a primeira edição do evento, em 1991.

As confederações nacionais terão agora que registrar suas candidaturas até 16 de abril deste ano. O anúncio do país-sede deve ser feito em março do ano que vem. Entre os possíveis candidatos, nenhum sediou uma Copa do Mundo feminina.

A próxima competição será realizada de 7 de junho a 7 de julho deste ano, na França. O Brasil está no grupo C do campeonato, junto com Austrália, Itália e Jamaica. A seleção brasileira estreia no dia 9 de junho contra a Jamaica.

Agência Brasil

 

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