Política

Aziz critica requerimentos como convocação de Bolsonaro e escancara clima estremecido com membros de oposição no G7 da CPI

Foto: CNN Brasil

Em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (26), o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), negou que tenha ocorrido um “rompimento” entre os senadores do grupo conhecido como G7 — que reúne parlamentares considerados de oposição e independentes —, mas indicou que a relação entre eles não é a mesma que tinham no início dos trabalhos.

“Eu não quero convidar ninguém mais para jantar na minha casa não, não tenho condições”, brincou Aziz, fazendo referência a uma reunião entre os parlamentares em que acordos feitos nos bastidores não teriam sido cumpridos em plenário.

Aziz afirmou que se irritou durante a sessão desta quarta-feira (26) porque havia sido acordado que nove governadores — além de Wilson Witzel, impedido no Rio de Janeiro — cujos estados estavam sob investigação da Polícia Federal seriam convocados, sem que prefeitos sejam chamados neste momento.

Ele disse que isso não teria sido cumprido já no segundo governador discutido, quando os senadores Humberto Costa (PT-PE) e Renan Calheiros (MDB-AL), ambos do G7, falaram contra a convocação do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

“Aquilo que é acordado tem que ser cumprido, não pode mudar de opinião na hora”, disse o presidente da CPI, que reforçou a irritação também com um senador governista, Eduardo Girão (Podemos-CE). Depois de reunião em que se combinou os rumos da comissão, Girão cobrou durante a sessão a convocação de prefeitos e do governador da Bahia, Rui Costa (PT), sendo chamado de “oportunista” por Aziz.

Críticas aos requerimentos

Aziz falou também sobre requerimentos que julgou descabidos. Em outra indireta a integrantes do G7, criticou o pedido de convocação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integra o grupo.

“Não temos poder de convocar presidente nem ministro do Supremo”, argumentou. “É fácil convocar o papa. Mas eu tenho poder para convocar o papa? Não tenho”, prosseguiu.

Aziz criticou também requerimentos que tratavam de pessoas e entidades que, segundo ele, estão além do alcance e escopo da CPI. O senador citou, como exemplos, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino.

Sobre Lindôra e Maiurino, o presidente da CPI afirmou que, na condição de procuradora e investigador, ambos não podem ser convocados como testemunhas para irem à comissão falar sobre o andamento dos inquéritos em que estão trabalhando.

Ele ainda afirmou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou mensagens aos senadores da comissão dizendo que consideraria descabida uma eventual convocação de Lindôra Araújo, uma das suas principais assessoras.

Quebra de sigilos

O senador afirmou que a possibilidade de quebra de sigilos de citados existe, mas que não será feita de forma “açodada” pelos parlamentares. “Temos que ter alguma substância e essa substância está chegando às nossas mãos pelos requerimentos que nós fizemos. Não há nenhuma possibilidade, neste momento, de fazermos alguma coisa açodada”, disse Omar Aziz.

A CPI da Pandemia está na sua quarta semana. Já foram ouvidos o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, seus três antecessores no cargo (Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello), o ex-chanceler Ernesto Araújo e o ex-secretário especial de Comunicação Fabio Wajngarten.

A comissão também ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e Educação da Saúde, Mayra Pinheiro, e o executivo Carlos Murillo, presidente da Pfizer na América Latina. Nesta quinta-feira (27) ocorre a oitiva do diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Depoimento de Pazuello provoca pressão e convocação de governador e quebras de sigilo ameaçam unidade do G7 da CPI

O depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello aumentou a pressão para que a CPI da Pandemia convoque o governador do Amazonas, Wilson Lima. Senadores do chamado G7, que reúne oposicionistas e independentes, passaram a admitir nos bastidores que a convocação não está descartada.

Esse debate interno no grupo de senadores que formam maioria na CPI foi um dos temas do episódio desta sexta-feira (21) do podcast Horário de Brasília. Até pouco tempo atrás, integrantes do G7 eram refratários a abrir a possibilidade de levar governadores para não expor aliados e manter o foco nas ações de Jair Bolsonaro.

Pazuello, porém, transferiu ao estado do Amazonas a responsabilidade pela crise de abastecimento de oxigênio que se abateu sobre Manaus em janeiro deste ano. A avaliação de parte do G7 é que, como o Amazonas está no objeto da CPI, pode haver espaço para chamar Wilson Lima e barrar a convocação de outros governadores. O argumento é que, conforme a CPI avança, ignorar o chefe do governo do Amazonas pode se tornar insustentável. A estratégia é arriscada, insistem outros integrantes do G7 que têm debatido a questão.

O grupo tenta ainda aparar arestas sobre como encaminhar os pedidos de quebra de sigilo. O debate sobre o tema ameaça expor na comissão um racha já presente nas reuniões do G7. Membros do grupo rechaçam, por exemplo, quebrar o sigilo do vereador Carlos Bolsonaro, enquanto parte entende ser essencial avançar sobre o filho do presidente.

Wilson Lima, por sua vez, quer evitar a todo custo parar no palco da CPI. A interlocutores, avalia que ninguém que ocupe cargo no Executivo vai se beneficiar comparecendo à comissão neste momento.

Ele sabe, porém, que sua gestão estará sobre escrutínio em breve. E determinou que sua equipe se prepare. A ideia é que o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, que já foi convocado à CPI, possa fazer a defesa das ações do estado, expondo documentos e troca de correspondências com o Exército, Ministério da Saúde e com a White Martins, principal fornecedora de oxigênio.

Mas o plano é evitar entrar em rota de colisão com o governo Jair Bolsonaro. A justificativa que será apresentada passa pelo surgimento da nova cepa, que tornou difícil prever o aumento da demanda por oxigênio, e a demora da fornecedora de cilindros em alertar o governo do estado.

CNN Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Tem é que chamar todos os Governadores do Nordeste que receberam verba Federal para o combate á Pandemia,os Governadores Têm que prestar contas dos Bilhões que receberam,Próximo ano tem eleição,o Povo está de Olho nesses Governadores !!!!

  2. Essa imundice de transformar um evento de saúde mundial em política rasteira, está se engolfando nos objetivos sórdidos dessa bandalha suja, a lavagem de roupa dos grupelhos está mostrando a verdadeira face dos interesses dessa turma. Acredito que tudo tem de ser investigado e os responsáveis punidos, mais atirar em uma só direção é política barata e maquiavélica, muitos tem culpa no cartório, basta ver as notícias da mídia, todos devem ser investigados, quem for podre que se torne, o Brasil tem que mudar.

  3. É só o governador do Amazonas dizer o mesmo que o Pezadello: Que a cloroquina é usada também em países que o governo do inepto usa como referência na medicina: Cuba, Coréia do Norte, China e Venezuela! Aí todos ficarão tranquilos de seguir a medicina de países tão avançados e “democráticos” ! KKKKKKK

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Amazônia: EUA dizem não concordar com ajuda do G7 para incêndios e fala que forma mais construtiva é “coordenação com o governo brasileiro”

FOTO: GABRIELA BILÓ/ ESTADÃO CONTEÚDO/27.08.2019

O governo dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que não concorda com a ajuda de US$ 20 milhões — aproximadamente R$ 83 milhões — oferecida pelo G7 ao Brasil para combater os incêndios que se alastram pela Amazônia nas últimas semanas.

“Não concordamos com a iniciativa do G7 que não incluiu consultas com (o presidente) Jair Bolsonaro. A forma mais construtiva de auxiliar os esforços em andamento do Brasil é em coordenação com o governo brasileiro”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis, em mensagem postada no Twitter.

O Brasil já havia recusado o auxílio financeiro oferecido pelo G7 em anúncio feito pelo presidente da França, Emmanuel Macron.

Em um primeiro momento, Bolsonaro disse que só aceitaria a ajuda se ela viesse acompanhada de um pedido de desculpas de Macron por tê-lo chamado de mentiroso. Depois, o Palácio do Planalto não incluiu o pedido nas condições estabelecidas pelo governo brasileiro para aceitar o dinheiro disponibilizado pelo G7.

Questionado por vários líderes mundiais sobre uma possível omissão do Brasil no combate aos incêndios na Casa Branca, Bolsonaro ganhou o apoio de Trump, que elogiou o trabalho do governo na crise.

“Cheguei a conhecer bem o presidente Bolsonaro nas nossas relações com o Brasil. Ele está trabalhando muito duro nos incêndios da Amazônia e, em todos os aspectos, está fazendo um grande trabalho para as pessoas do Brasil”, disse Trump no Twitter.

EFE

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

VÍDEO: Governo conseguiu isolar Macron e reverter situação a seu favor no G7

Na abertura do encontro do G7, presidente francês diz querer “ações concretas” sobre as queimadas na Amazônia, mas admite que pode não conseguir consenso. A chefe de governo alemã Angela Merkel aparece em vídeo, divulgado pela Bloomberg, afirmando que ligará para o o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, na próxima semana, “para que ele não tenha a impressão de que estamos trabalhando contra ele”. O primeiro-ministro inglês Johnson diz em seguida que acha isso “importante” e até o francês Emmanuel Macron, que tem feito discursos públicos agressivos contra o Brasil, expressa seu apoio à ligação. “Eu vou ligar”, confirmou Merkel.

Além de Merkel e Macron, também estavam à mesa o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o premiê italiano, Giuseppe Conte.

Macron – que ficou isolado no discurso agressivo contra o Brasil – afirmou depois, em entrevista, que acordaram sobre o envio de ajuda aos países afetados pelos incêndios na Região Amazônica “o mais rápido possível”. O G7 nem sequer levou em conta sua proposta de boicote a produtos brasileiros.

Embora 60% da Região Amazônica se situe no Brasil, a maior floresta do mundo também se estende por oito outros países: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela, e até mesmo o departamento ultramarino da França, Guiana Francesa.

Macron, que enfrenta problemas de aprovação dos franceses está em plena campanha eleitoral municipal, também ameaçou não ratificar o acordo de livre-comércio assinado entre a União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).

Com acréscimo de informações de O Globo

Opinião dos leitores

  1. França pais perde pra quem? brincadeira, idiota além de oportunista na defesa de seu mito. kkkkkk

  2. Trabalhar com a verdade é uma arma muito forte. Tanto no Brasil como pelo mundo.
    Macron usou de subterfúgios inconsistentes para tentar se dar bem numa situação onde a França poderá perder ganhos com o contrato do Brasil com a União Europeia.
    Bolsonaro tem muito defeitos, não mede as palavras, excede nos comentários, mas ainda trabalha com a moeda da verdade e isso vem causando muito estrago em todos que criam situações sem sustentação real. A cada semana é uma guerra contra o governo baseado em coisas criadas. Dá trabalho, mas logo são desmascarados.
    Enquanto isso a delação e revelações bombásticas de Palocci vem sendo propositalmente esquecida pela mídia que trabalha para voltar a receber os graciosos recursos públicos e ataca o governo impiedosamente com versões. A mídia começa a cair no mesmo ralo dos institutos de pesquisas que perderam completamente a credibilidade e suas notícias só servem como meio para piadas

    1. Este comentário acimaestá baseado em sonhos ou falta de vontade de reconhecer o obvio.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

G7 diz que valor para combate a incêndios na Amazônia é de R$ 82 milhões

FOTO: NASA via EFE / 21.8.2019

O G7 anunciou nesta segunda-feira (26) que o valor mobilizado para o combate aos incêndios na Amazônia é de US$ 20 milhões (cerca de R$ 82 milhões).

O anúncio se trata de uma correção da quantia inicialmente divulgada pelo presidente da França, Emmanuel Macron, que havia dito que os membros doariam 20 milhões de euros — e não dólares — para a luta contra as queimadas. Se liberado em euros, o valor equivaleria a cerca de R$ 91 milhões.

Plano para países afetados

A medida compõe a primeira etapa de um plano em parceria com os países afetados para que essa região disponha dos meios necessários “agora que mais necessita”, disse Macron, em entrevista coletiva ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera.

Além disso, Macron afirmou que a França oferecerá meios militares para as tarefas de controle do incêndio.

“No próximo mês, construiremos uma iniciativa para a Amazônia que será apresentada oficialmente na Assembleia Geral da ONU com todos os países da região”, manifestou.

Já Piñera se declarou “muito contente” pelo acordo com as democracias mais industrializadas e com os países amazônicos para o combate aos incêndios e lembrou que agora é muito necessário o reforço de cooperação pela Amazônia.

A segunda etapa, diante da Assembleia Geral da ONU, contará com a colaboração do Chile para iniciar o processo de reflorestamento, “respeitando a soberania, mas cooperando para cuidar melhor” da biodiversidade”, comentou Piñera.

R7, com EFE

Opinião dos leitores

  1. Vou repetir as perguntas pertinentes que Renan fez nesse site, ele postou:
    VAMOS AOS FATOS:
    Informações OFICIAIS começam a ser divulgadas, pois até o final do ano de 2016, eram proibidas, escondidas, ignoradas, manipuladas.
    Dados do INPE revelam que a Amazônia teve 125 mil quilômetros quadrados desmatados nos 8 anos do governo Lula.
    O recorde foi em 2004, quando o INPE registrou em apenas um ano desmatamento de 27,7 mil quilômetros quadrados, equivalente ao Estado de Alagoas, SEM QUE TENHAMOS OUVIDO PROTESTOS DE ONGs ou líderes europeus.
    O Instituto Imazon diz que nos últimos 12 meses foram desmatados 05 mil km2, ou seja, 66% a MENOS que a média anual do governo Lula.
    Qual a fonte? Consultem os sites, blogs, está na mídia.
    Estão entendendo que a mídia paga fez? Omitiu os fatos, não revelou os acontecimentos, afinal eram agraciadas com os repasses milionários dos recursos públicos e ficavam omissas, caladas e indiferentes ao que acontecia na Amazônia.
    Não vi ninguém contestar, pois a situação da Amazônia era de "venda territorial" do Brasil, tudo nas mãos das ONGs, muitas estrangeiras, que apenas exploravam o solo brasileiro sem repor -1 árvore. Se estivessem repondo a vegetação, não existiria tanto desmatamento.

    1. Parabéns pela postagem, é isso mesmo onde rola dinheiro fácil rola sacanagem,vamos mudar essa triste realidade.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *