Judiciário

Após 6 anos, Rodolfo, parceiro do ET, ganha processo contra o SBT

rodolfo_carlos_porquinho_free_big_fixed_bigDesempregado há mais de um ano, doente e passando por dificuldades, o jornalista Rodolfo Carlos de Almeida está prestes a virar milionário. Ele acaba de vencer uma ação trabalhista que move contra o SBT desde 2009. O dinheiro ainda vai demorar para entrar em sua conta bancária, mas ele já sabe o que fará: “Vou investir em terra e enxada”.

Aos 45 anos, o ex-parceiro de Cláudio Chirinhan, o ET, vive atualmente da renda do trabalho no cultivo de hortaliças orgânicas na chácará de um amigo na Grande São Paulo. Sofrendo de depressão e com o pai doente, ele não vê a hora de receber a indenização. “A minha saúde tá ruim, tô morrendo de tristeza. Meu pai está vencendo um câncer e temos poucas condições financeiras. Estou desesperado”, disse ao Notícias da TV no mês passado.

O ex-repórter do Domingo Legal processa o SBT desde que deixou a emissora, após 12 anos de vínculo. A maior parte do tempo ele trabalhou como pessoa jurídica, sem carteira assinada.

Em 2012, ganhou em primeira instância o direito de receber uma série de indenizações, como férias, 13º salário, Fundo de Garantia, aviso prévio e, principalmente, as diferenças decorrentes da redução de salário que sofreu, de R$ 34 mil em 2000 para R$ 5.000 em 2009. Somando tudo, são alguns milhões de reais.

Em abril deste ano, a sentença foi confirmada em última instância pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho). O SBT apelou fora do prazo e teve o pedido negado. A emissora entrou com novo recurso, contra a decisão que rejeitou sua apelação. Esse recurso foi rejeitado pelos ministros do Órgão Especial do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade, no último dia 7.

Para o advogado de Rodolfo, Ronaldo Sposaro Júnior, a sentença agora é definitiva. “O acórdão do dia 7 diz que a matéria está dirimida, que o mérito está resolvido, que a sentença está transitado em julgado”, afirma.

Assim, Sposaro já pediu a execução provisória. Ou seja, entrou com um requerimento no Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo, solicitando que o processo seja enviado para Osasco, onde tudo começou, para que seja calculada a indenização.

O SBT discorda da interpretação e entrou com um novo recurso no TST, chamado embargos declaratórios. No documento, a emissora pede esclarecimentos do tribunal. Diz que ainda aguarda a decisão final. Isso, no entanto, não impede que a indenização seja paga ao jornalista _que prefere ser chamado de artista.

Depressão

Rodolfo só conseguiu trabalhos esporádicos na TV depois que saiu do SBT. Em 2010, ficou três meses no programa de Sonia Abrão, na RedeTV!. No ano passado, voltou a acordar famosos no programa de Gugu Liberato, na Record, mas a fórmula com a qual fez sucesso nos anos 2000 não funcionou mais.

O ex-repórter do microfone comprido tem recebido ajuda justamente de Gugu para cuidar da saúde frágil. “Fiz mais de 30 exames, não tenho nada, amém. O Gugu me pagou todos exames. O médico falou que estou com vermes. Minha doença é depressão”, fala.

Rodolfo vai investir parte da indenização do SBT no plantio de alimentos orgânicos. “Há anos decidi trabalhar com a terra para plantar orgânicos. Um amigo engenheiro agrônomo me dá aulas. Vou plantar e colher, trabalhar na terra, já que ninguém quer fazer isso”.

Jornalismo popular

Rodolfo, apesar das dificuldades que enfrenta, vive em uma casa confortável em um condomínio luxuoso na Grande São Paulo, comprada quando estava no auge. Não tem carro, gasta pouco.

Ele começou a carreira no jornalismo popular, no início da década de 1990. Produziu reportagens policiais para Gil Gomes e de direito do consumidor para Celso Russomanno no extinto Aqui Agora, do SBT. Trabalhou com Carlos Massa, o Ratinho, na CNT e depois na Record, onde formou a dupla com ET.

Em 1998, voltou para o SBT. As tentativas de acordar Silvio Santos e outros artistas renderam ao Domingo Legal picos de 30 pontos no Ibope e a liderança eventual de audiência. Um CD da dupla, com o hit A Dança do ET, vendeu mais de 270 mil cópias.

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Opinião dos leitores

  1. Não comemore ainda, a nossa justiça não é cega, ela é paga para não ver, tive um processo contra um banco estatal, a justiça aplicou multa (a Justiça) por descumprimento de decisão, e pasmem, chegou a um montante de mais de 40 milhões, aí na execução, a justiça reduziu para valores vinculados a certa quantidade de salários mínimos, na época R$ 217.000,00, fica a pergunta, por quê de uma redução tão grande? baseado em quê?

    1. Perguntei sim, nem ele entendeu, diz a "in"justiça que foi para não caracterizar enriquecimento ilícito, mas quem definiu o valor da multa foram eles. Agora entenda esse povo.

    2. Ai das duas coisas uma: ou seu advogado é muito burro e te fez perder uma bolada, ou é muito esperto e passou a mão na maior parte e dividiu com o juiz! KKKKKK!

    3. Imagino que seu salário era gigantesco e vc deve ter trabalhado uns 40 ou 50 anos pra ter direito a 40 milhões viu… fora isso com certeza seria enrriquecimento ilícito sem dúvidas! 40 MILHÕES AMIGO???????? tá de sacanagem???????? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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