Judiciário

Dono da Gol assina delação premiada e acusa Temer, Cunha e Geddel

Foto: Evaristo Sá / AFP

Um dos donos da companhia aérea Gol , o empresário Henrique Constantino assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e pela primeira vez admitiu pagamentos de propina em troca da liberação de financiamentos da Caixa Econômica Federal para suas empresas. A delação foi homologada pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal do DF, e traz acusações contra políticos do MDB, como o ex-presidente Michel Temer e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

O empresário relatou relacionamento com esses políticos do MDB e contou ter participado de uma reunião com o então vice-presidente da República Michel Temer, em 2012, na qual houve a solicitação de R$ 10 milhões em troca da atuação dos emedebistas em favor dos financiamentos pleiteados pelo seu grupo empresarial na Caixa.

Pelos crimes cometidos contra o banco, Henrique Constatino se comprometeu a pagar R$ 70,7 milhões aos cofres da Caixa. O valor corresponde a dez vezes a propina paga por ele ao operador Lúcio Funaro, de R$ 7,7 milhões, que seria distribuída aos políticos do MDB. Do total acordado, R$ 63,3 milhões serão pagos por meio de seis depósitos semestrais, cuja primeira parcela tem que ser efetivada no próximo dia 30 de maio, e a última em 30 de novembro de 2021. Outros R$ 7 milhões serão pagos em até 60 dias e vão ser usados na execução de projetos sociais ainda a serem definidos.

Os crimes na Caixa Econômica Federal são apresentados de forma detalhada, com provas documentais como e-mails e trocas de mensagens. Constantino conta que os pagamentos de propina eram feitos por suas empresas, após contratos fictícios de prestação de serviços, a empresas do operador Lúcio Funaro. Em troca, houve financiamento de R$ 300 milhões do fundo de investimentos do FGTS (FI-FGTS) para a empresa Via Rondon e ainda uma cédula de crédito bancário de R$ 50 milhões para a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários. Ambas as empresas pertencem à família Constantino.

Henrique Constantino conta que iniciou o relacionamento com Funaro no fim de 2011, ao ser avisado por um outro empresário que o operador financeiro poderia ajudar a destravar o financiamento de R$ 300 milhões que estava na Caixa. Funaro o levou a reuniões no banco com integrantes da cúpula, como o então vice-presidente Fábio Cleto, ligado a Eduardo Cunha.

Após o início desse relacionamento, em junho de 2012 Constantino participou de uma reunião com Temer, o então deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e o então deputado Henrique Eduardo Alves (MDB-RN). Todos os três foram presos por conta das investigações da Lava-Jato, mas Henrique Alves acabou solto posteriormente.

“Sobre a reunião em junho de 2012 em Brasília com Eduardo Cunha e Henrique Alves, informou ainda que se reuniu com eles e o então vice-presidente Michel Temer; que foi solicitado pelo grupo o valor de global de R$ 10 milhões em troca de atuação ilícita de membros do grupo em diversos negócios, como foi o caso da operação da Via Rondon com o FI-FGTS”, disse em seu depoimento.

Segundo Constantino, essa propina foi paga por meio de repasses via caixa dois à campanha de Gabriel Chalita (à época no PMDB, hoje no PDT) à Prefeitura de São Paulo em 2012 e por meio de repasses a empresas de Funaro. “Efetuou pagamentos para a campanha de Gabriel Chalita em 2012 (pagamentos de despesas), conforme combinado com o grupo, além de efetuar pagamentos para empresas indicadas por Funaro, como Viscaya e Dallas”, relatou. “Ficou claro para o depoente, nessa reunião, que a contribuição dos 10 milhões de reais era em troca de auxílio aos pleitos do depoente por esses membros do então partido PMDB”, disse em seu depoimento.

Em outra referência a Temer, Constantino afirma que o ex-presidente foi citado por Funaro como integrante do grupo de influência que poderia atuar em favor do empresário, em troca de propina. “Funaro expôs o poder de influência que tinha junto com seu grupo no âmbito do governo federal e instituições diversas, como o Postalis”, afirmou. O operador financeiro, então, “mencionou o então deputado federal Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves, líderes que, segundo Funaro, poderiam auxiliar o depoente em outros negócios de seu interesse, em troca de vantagens indevidas; que, da mesma forma mencionou Michel Temer como membro desse grupo”, disse no depoimento.

Sobre Geddel, o empresário afirmou que o emedebista, então vice-presidente do banco, atuou na liberação de crédito de R$ 50 milhões para uma de suas empresas em troca de propina. “Após a aprovação da operação, Funaro informou que seriam destinados 250 mil reais a Geddel em razão de sua atuação”, afirmou.

Constantino já é réu em uma ação penal da Operação Cui Bono, na qual é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro pela propina na Caixa. As contribuições de sua delação serão usadas para complementar as investigações e também para abrir outras linhas de apuração.

Procurada, a defesa de Temer afirmou que não poderia comentar, porque desconhece e não teve acesso ao teor da delação. A defesa de Eduardo Cunha afirmou que ele nega as acusações e está se defendendo perante a Justiça. As defesas de Henrique Alves e de Geddel Vieira Lima ainda não responderam até a publicação desta matéria.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. meu Deus Henrique tá em todas… bateu recorde. Pelo andar das coisas pode ser preso novamente

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Polícia

Procurador diz que ‘bunker’ de operador ligado ao PSDB tinha o dobro de dinheiro do de Geddel

Foto: Reprodução/TV Globo

O procurador Roberson Pozzobon disse nesta terça-feira (19) que o “bunker” de dinheiro de Paulo Vieira de Souza, preso na 60ª fase da Operação Lava Jato, tinha o dobro de dinheiro do que o que havia no apartamento usado por Geddel Vieira Lima para armazenar dinheiro de propina. Segundo o procurador, o operador tinha cerca de R$ 100 milhões em espécie em dois apartamentos em São Paulo.

O “bunker de Geddel” é como ficou conhecido o apartamento atribuído ao ex-ministro e ex-deputado federal, onde a Polícia Federal encontrou em R$ 51 milhões em setembro de 2017.

Paulo Vieira de Souza é ligado ao PSDB e foi preso preventivamente em São Paulo. Agentes também cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador tucano Aloysio Nunes Ferreira Filho, suspeito de receber propina da Odebrecht.

“Adir Assad revelou que Paulo Preto possuía entre cerca de R$ 100 milhões ou 110 milhões no Brasil em espécie, em notas, então imaginem todos aqui o volume desse dinheiro. É muito volume. E esse dinheiro estava acondicionado em dois endereços. Estava acondicionado num endereço numa residência em São Paulo e também num apartamento que segundo revelado por Adir Assad era o local onde Paulo Preto tinha um bunker pra guardar as propinas”, disse Pozzobon.

O procurador comparou o volume de dinheiro ao encontrado em apartamento ligado a Geddel Vieira Lima.

“Se nós formos levar em consideração, talvez o bunker de Paulo Preto tivesse o dobro do dinheiro do bunker de Geddel. O escárnio era tão grande que Adir Assad revelou que não conseguiu buscar todos os valores por si, então mandou emissários buscarem dinheiro nesse endereço de Paulo Preto”, disse o procurador.

Ainda conforme Pozzobon, eram preciso cuidados com as notas, para não estragarem.

“E esses emissários falaram: olha, as vezes a gente ia buscar o dinheiro nesse apartamento, tinha um quarto só pra guardar notas de dinheiro. Só que como era um quarto úmido, algumas vezes a gente via Paulo Preto colocando as notas de reais pra tomar sol, porque senão elas emboloravam. Isso foi revelado por auxiliares do Adir Assad”, disse.

Roberson Pozzobon disse que, na delação, Adir Assad relatou como era feita a retirada do dinheiro em espécie.

“No outro endereço, o próprio Adir Assad foi buscar as notas, e aí ocorreu um transfer curioso. Ele falou que o volume de dinheiro era tanto que ele precisava chegar com uma perua, ele estacionava a perua de ré, e com cinco ou dez malas de viagem, ele enchia as malas de viagem e levava esse volume de reais pro seu endereço”, descreveu.

Cada mala, conforme o relato de Adir Assad, comportava cerca de R$ 1,5 milhão.

Questionado sobre a origem do dinheiro repassado por Paulo Vieira de Souza à Odebrecht, o procurador explicou que os valores eram de “múltiplos esquemas criminosos”.

O advogado de Paulo Vieira de Souza, André Gerheim, informou ao G1 que “não teve acesso a qualquer documentação” e não vai comentar.

Em nota, o PSDB afirmou que não tem vínculos com Paulo Vieira de Souza. Leia a íntegra da nota:

O PSDB esclarece que não é parte no processo em questão e não mantém qualquer tipo de vinculo com o sr. Paulo Vieira, jamais recebeu qualquer contrapartida de empresas nem autorizou terceiros a fazê-lo em seu nome. Os recursos recebidos pelo partido, em período eleitoral ou não, foram doados de maneira absolutamente legal e declarados à Justiça Eleitoral, respeitando a legislação vigente.

Além da prisão de Paulo Vieira de Souza, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca em endereços ligados ao ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes Ferreira Filho. O ex-senador negou na manhã desta terça-feira qualquer envolvimento em esquema de propina da Odebrecht.

G1

 

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Judiciário

Fachin manda para Moro investigação de Cunha, Geddel, Henrique Alves e Rocha Loures

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou parte do inquérito em que o presidente Michel Temer foi denunciado por organização criminosa e obstrução de justiça para o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ficará com Moro a parte do inquérito que diz respeito ao ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Alves (PMDB-RN), ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e ao ex-assessor de Temer e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Os quatro foram denunciados pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, acusados d

As investigações contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência da República) continuam paralisadas, conforme decisão tomada na semana passada pela Câmara dos Deputados. Fachin também determinou o envio para o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, da parte do inquérito que trata da acusação de obstrução de justiça contra Cunha, Rocha Loures, o empresário Joesley Batista, o executivo da JBS Ricardo Saud, e Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador de políticos do PMDB, além de sua irmã, Roberta Funaro Yoshimoto. Os casos deles foram encaminhados para a primeira instância porque não têm foro privilegiado. As investigações por obstrução de justiça da Lava-Jato já eram analisadas anteriormente no DF e, por isso, não foram para Moro.

Em outro ponto de sua decisão, Fachin diz que medidas decretadas por ele determinando a prisão ou medidas restritivas contra Cunha, Funaro e sua irmã ficam agora sob responsabilidade da Justiça Federal de Brasília. Já as prisões de Joesley e Saud serão agora submetidas a Moro.

Fachin também negou pedido de Cunha, que queria manter toda a investigação por organização criminosa ligada à Lava-Jato num só processo no STF. O ministro, porém, concordou com o MInistério Público Federal, segundo o qual “diversos integrantes da apontada única organização criminosa foram processados e, inclusive, já sentenciados pelo Juízo da 13ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Curitiba”.

Fachin também determinou o sigilo de parte da delação de Funaro que já era pública. Por fim, pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre eventual arquivamento da investigação em relação ao deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), que não foi citado na denúncia de Janot.

A parte da investigação que trata de Temer fica suspensa enquanto ele permanecer no cargo. Isso porque não houve o aval da Câmara para prosseguimento do caso. Para que isso ocorresse, era preciso o apoio de pelo menos dois terços dos deputados, ou seja, 342 dos 513.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Que moro leve Henrique pra lá junto de Cunha. Vai que tua Moro. Vc não é Gilmar e parte do stf

  2. Esse é que é um sofá de gente honesta. Só tem menino inocente. Ou CORJA. Só cobra criada. Cadeia par todos é pouco.

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Diversos

Geddel, Saud e Funaro promovem barraco na Papuda

A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, do operador Lúcio Funaro e de Ricardo Saud, executivo da JBS, tem provocado uma sessão de gritaria no presídio da Papuda, em Brasília, onde estão recolhidos. Segundo relatos, Funaro aguarda o fim do banho de sol e antes de voltar para a cela manda aos gritos recado para Saud, preso do outro lado: “Saud, vou te matar”, aterroriza o delator que o entregou. Do seu lado “do muro”, Geddel faz coro: “Saud, também vou te matar”. Saud devolve as provocações, mas só para Geddel. “Cala boca, seu gordo!”

No seu quadrado. Os três estão separados e não se encontram no banho de sol, justamente para evitar que cumpram a promessa. Há, inclusive, revezamento entre os advogados para que eles não se esbarrem nem no parlatório.

Com a palavra. Advogado de Saud, Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, disse que não vai comentar o caso. Os outros dois advogados não foram encontrados.

Blog Coluna do Estadão – Andreza Matais e Marcelo de Moraes

Opinião dos leitores

  1. LULA DE NOVO NOS BRACIS DO POVO . Os coxinholas , bolsenaretes , Pakitas Neves . Estão em polvorosa . E tome 51 no orifício corrugado dos bambinos . O mito tá subindo !!!!! Eu acho é pouco .

  2. Eu heim? Ameaça de assassinato não constitui crime? Se existem as provas, eles não devem ser processados pelas ameaças? Falta o quê? Se as ameaças se tornaram públicas…

  3. Parece que estão combinado….para depois informar que correm risco de vida e pedir domiciliar…não tem nenhum bobinho com 51 milhões em AP ….

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Denúncia

Geddel é denunciado por obstrução de Justiça e acionado por improbidade

A Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) pelo crime de obstrução de Justiça, no caso em que supostamente tentou impedir a delação do doleiro Lúcio Funaro. Geddel, um dos políticos do PMDB mais próximos ao presidente Michel Temer e ex-titular da Secretaria de Governo da Presidência da República, chegou a ser preso preventivamente em razão das supostas ações para calar Funaro. O ex-ministro também foi acionado na Justiça por improbidade administrativa, neste caso em razão da suposta pressão para a liberação de um empreendimento imobiliário em Salvador. A ação pede que o acusado pague R$ 2,6 milhões. A Lei de Improbidade prevê que a multa a ser paga seja de até cem vezes o valor do salário recebido na administração pública.

A atuação de Geddel como vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013, é alvo de investigação. A suspeita é de recebimento de propina para liberação de financiamentos do FI-FGTS a empresas. Geddel está em prisão domiciliar em Salvador.

A denúncia sustenta que Funaro, preso no Presídio da Papuda, atuou como operador financeiro do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso em Curitiba. O doleiro manifestou intenção em colaborar com a Justiça e já prestou depoimentos à Polícia Federal (PF) neste sentido. Geddel passou a fazer constantes chamadas telefônicas à mulher de Funaro, Raquel Pita. “Com ligações alegadamente amigáveis, intimidava indiretamente o custodiado, na tentativa de impedir ou, ao menos, retardar a colaboração de Lúcio Funaro com os órgãos investigativos MPF e PF”, diz a denúncia.

Opinião dos leitores

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Diversos

Depois de pedido no Twitter, Dilma exonera Geddel

geddelA presidente Dilma Rousseff exonerou nesta sexta-feira, a pedido, o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima. A exoneração está publicada no “Diário Oficial da União” de hoje. Geddel usou o Twitter ontem para pedir que Dilma o exonerasse do cargo.

“Cara Presidenta Dilma, por gentileza, determine publicação minha exoneração função q ocupo, e cujo pedido já se encontra nas mãos de V Excia”, escreveu.

Apesar do pedido inusitado, ao GLOBO, ontem, Geddel negou que o objetivo tenha sido provocar:

— Não há provocação, desrespeito à presidente, nada. Torno público o meu pedido aos meus seguidores e, para isso, uso a rede social — afirmou, ressaltando que sua preocupação é com a “decência”, com a “lógica” e com a “boa política”:

— Eu não queria virar o ano na função. Vou começar outro projeto, outro diálogo com a sociedade da Bahia — declarou ele, que é presidente estadual do PMDB na Bahia e pré-candidato ao governo do estado.

Vieira Lima foi deputado federal e ministro da Integração Nacional no governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O Globo

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Diversos

Pelo Twitter, Geddel cobra de Dilma exoneração da Caixa

O ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) fez um apelo, pelo Twitter, à presidenta Dilma para que o exonere imediatamente do cargo de vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF). Pré-candidato a governador da Bahia, Geddel diz que já entregou seu pedido de desligamento da instituição, mas que não teve qualquer resposta do governo até agora.

“Cara presidenta Dilma, por gentileza, determine a publicação da minha exoneração da função que ocupo, e cujo pedido já se encontra nas mãos de Vossa Excelência”, publicou o ex-deputado e ex-ministro da Integração Nacional.

Nesta manhã, ele também endereçou mensagens, em seu microblog, ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e ao senador Roberto Requião (PR), ambos também do PMDB. Cabe ao partido indicar o sucessor de Geddel na Caixa.

“Acabo de fazer novo e dramático apelo, agora ao presidente da Câmara, para que agilize a publicação da minha exoneração. O que está havendo?”, perguntou o ex-deputado ao presidente da Câmara. “@requiaopmdb Cobra para mim essa exoneração. Estou esperando desde setembro. Quero sair, não entrar”, disse em mensagem endereçada ao senador paranaense.

Geddel foi ministro da Integração Nacional no governo Lula, de 2007 a 2010. Em março de 2011, assumiu uma das vice-presidências da Caixa, já no governo Dilma. Prestes a deixar oficialmente a gestão petista, o ex-ministro articula uma aliança com o PSDB e o DEM em torno de seu nome na disputa ao governo baiano.

O peemedebista faz oposição ao atual governador, Jaques Wagner (PT). Em 2012, apoiou, no segundo turno, a eleição do ex-líder do DEM na Câmara ACM Neto para a prefeitura de Salvador. O atual prefeito da capital baiana, agora, sinaliza apoio à candidatura de Geddel ao governo estadual, numa costura que reuniria ainda o PSDB.

Congresso em Foco – UOL

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