O prefeito de Ielmo Marinho, Germano Patriota (PSD), será julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte na próxima quarta-feira (27). O prefeito é denunciado pela morte da assistente social Regina Coelli de Albuquerque Costa, em acidente de carro no bairro do Tirol, em Natal, no dia 6 de outubro de 2004. O Ministério Público afirma que Germano Patriota dirigia sob efeito de álcool na noite do acidente, cortou sinal vermelho e bateu a Pajero dele no Corsa conduzido pela vítima, que morreu no local. Os promotores pediram a condenação por homicídio doloso porque, de acordo com as investigações, ficou estabelecido que Germano Patriota assumiu o risco de matar. A família da vítima pede Justiça.
Por volta das 23h40 do dia 6 de outubro, logo após o resultado da primeira eleição de Germano Patriota para a Prefeitura de Ielmo Marinho, o então prefeito eleito saiu de uma festa de comemoração em direção à Natal. No caminho, já a altura do bairro de Petrópolis, de acordo com o Ministério Público, a Pajero de Germano Patriota cortou o sinal vermelho do cruzamento na rua Ceará-Mirim com Afonso Pena, atingindo o Corsa e matando Regina Coelli.
De acordo com familiares, a assistente social, que completava 40 anos no dia, estava saindo do trabalho no hospital da Polícia Militar quando ocorreu o acidente. O irmão da vítima, coronel PM Ricardo Albuquerque, chegou pouco tempo depois ao local do acidente e afirmou que eram claros os sinais de embriaguez de Germano Patriota após o acidente. “Chegaram a dizer que era a minha irmã que estava bêbada, porque estaria em uma festa para comemorar o aniversário, mas ela estava trabalhando. Quem vinha de uma festa era ele. Ele estava claramente sob efeito de álcool”, garante o coronel da Polícia Militar.
Ainda de acordo com coronel Ricardo Albuquerque, Germano Patriota já havia se envolvido em outros acidentes automobilísticos e, segundo ele, o empresário demonstrava imprudência no trânsito. A família disse que acredita na condenação e que o prefeito não conseguirá influenciar na decisão dos desembargadores.
“Ela deixou um filho de 7 anos, que hoje já tem 15 e vai acompanhar o julgamento. Esperamos Justiça. Dinheiro pode comprar muita coisa, mas não pode comprar a Justiça”, finalizou Ricardo Albuquerque.
DEFESA
A defesa de Germano Patriota afirma que não há provas de que o prefeito estivesse dirigindo o veículo. Segundo o advogado Felipe Cortez, que defende o prefeito de Ielmo Marinho, “há 30 testemunhas e nenhuma disse que era Germano que vinha dirigindo o carro. Há somente uma que disse que o motorista estava com camisa branca, mas ela não foi capaz de reconhecer Germano ou o funcionário dele como o motorista no momento do acidente”, explicou Felipe Cortez.
Além de negar que fosse Germano Patriota que guiava o veículo no momento do acidente, o advogado também garantiu que a própria perícia realizada pelo Itep não é capaz de definir quem cortou o sinal. A defesa também alega que Regina Coelli não tinha habilitação e, por isso, não poderia estar dirigindo pelas ruas da cidade. “A defesa está tranquila com relação ao caso”, garantiu Felipe Cortez.
O julgamento de Germano Patriota está marcado para as 8h da quarta-feira, em sessão do Pleno do TJ/RN. A desembargadora relatora é Zeneide Bezerra.
Reportagem da Tribuna do Norte
Se fosse pobre iria preso. Há um déficit de 250 tornozeleiras, de repente arranja uma (furando fila) para esse rapaz não ficar na cadeia. Retrato do jeito brasileiro, retrato do Brasil sem solução.
Quem ñ desobecendo as leis de trânsito que atire a primeira pedra. Foi uma fatalidade? Foi. Mas conheço algumas pessoas dessa família e sei que ñ foram educados para esse tipo de atitude.
Fatalidade?? Conta outra. Embriaguez com alta velocidade rapaz.
Esse é um retrato claro da justiça Brasileira . Esse caso , no cruzamento da Afonso pena com a Ceará mirim , foi de uma brutalidade sem tamanho . A morosidade e as apelações e estratégias que a legislação brasileira permite , faz com que um caso de 2004 seja agora sentenciado . Vamos relembrar pois já faz muito tempo : Uma Pajero blindada em velocidade , corta o sinal na Afonso pena e pega de cheio o carro dirigido por uma senhora que havia acabado de sair de um plantão no hospital da polícia e que voltava para casa . O vigia do prédio da esquina afirmou categoricamente quem era o condutor e uma garrafa de bebida vou jogada para fora do carro . No entanto houve mudanças no processo . O vigia mudou a versão , disse que tinha se enganado quanto ao condutor . Não tinha certeza de quem tinha cortado o sinal e outras coisas mais . Apelações , morosidade . Lá se vão 14 anos . Um país que se permite ter uma justiça dessa nunca vai ser um país de igualdade . Não critico a juíza que sentenciou nesse momento , ao contrário a parabenizo . Mas que fatos como esse precisam acabar não tenhamos dúvidas . No mas meus sentimentos à família Germano , pelo sofrimento imposto durante todo esse tempo .
E a família da vítima não merece os nossos sentimentos não?
Quem perdeu a vida?
Um motorista bêbado ou uma batalhadora que vinha do trabalho???
Tardia condenação. Esse merece estar preso faz tempo. Mas o Judiciário daqui é fraco.
BRASIL! O PAÍS DA IMPUNIDADE!!
LAMENTÁVEL, ATÉ QUANDO?