Esporte

Tite convoca Hulk, Gerson e mais sete para jogos das Eliminatórias

Foto: YURI EDMUNDO/REUTERS

O técnico Tite convocou mais nove jogadores para as partidas da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2022. É o número exato de atletas que atuam na Premier League. De acordo com a CBF, o acréscimo na lista se deve às incertezas sobre o futebol inglês liberar os atletas convocados.

São eles:

GOLEIROS

Everson – Atlético-MG

Santos – Athletico

ZAGUEIRO

Miranda – São Paulo

MEIO-CAMPISTAS

Edenílson – Internacional

Gerson – Olympique Marseille (FRA)

Matheus Nunes – Sporting (POR)

ATACANTES

Hulk – Atlético-MG

Malcom – Zenit (RUS)

Vini Jr – Real Madrid (ESP)

Esta nova convocação ocorre num momento em que a Premier League apoia que seus clubes não cedam os jogadores convocados para as seleções sul-americanas. O motivo é o fato de os países do continente estarem na chamada lista vermelha da Inglaterra em relação à pandemia. No momento em que retornassem ao país europeu, eles precisariam cumprir uma quarentena de dez dias, o que os transformaria em desfalques para suas equipes.

Os convocados que atuam na Inglaterra são: Thiago Silva (Chelsea), Richarlison (Everton), Raphinha (Leeds), Alisson, Fabinho e Roberto Firmino (Liverpool), Ederson e Gabriel Jesus (Manchester City) e Fred (Manchester united). Vale destacar que a liga inglesa não é o único problema para as seleções sul-americanas. Espanhóis e italianos também ameaçam não liberar seus jogadores. Logo, a lista de Tite pode sofrer novos desfalques. Mas a convocação de Vinícius Jr, do Real Madrid, é um indício de que a CBF acredita que a La Liga não irá à frente com esta possibilidade.

– Nossa preparação começa daqui a três dias. A gente torna a repetir: Eliminatórias já são a Copa do Mundo para a gente. Por isso, não pudemos esperar mais pela resposta, a não ser estarmos prontos e preparados para esta situação – afirmou Juninho Paulista, coordenador da seleção.

Assim como ja havia sido anunciado na primeira convocação, os times do Brasil que tiveram atletas listados terão suas partidas pela 19ª rodada do Brasileiro adiada. No dia 2 de setembro, a seleção enfrenta o Chile, em Santiago. Depois, fará mais dois jogos em casa. No dia 5 de setembro, o jogo será contra a Argentina, na Neo Química Arena, em São Paulo. O último duelo é contra o Peru, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.

O Globo

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Esporte

Polícia indicia jogador Ramírez, do Bahia, por injúria racial contra Gerson, do Flamengo

FOTO: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS

A Policia Civil do Rio indiciou, nesta quinta-feira (4), o jogador colombiano Ramírez, do Bahia, pelo crime de injúria racial contra o meia Gerson, do Flamengo.

O caso aconteceu na partida entre Flamengo e Bahia no Maracanã, em dezembro, pelo Campeonato Brasileiro.

Durante o jogo, Gerson afirmou que Ramírez se dirigiu a ele e disse: “Cala a boca, negro”. Já Ramírez negou ter sido ofensivo. O colombiano declarou ter dito: Joga rápido, irmão.”

A Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) informou ter ouvido todas as testemunhas, além de ter analisado a súmula do jogo e as imagens apreendidas.

A investigação apontou a imediata reação da vítima, que ficou muito abalada com a agressão sofrida, passando a apresentar comportamento diferente do normal no vestiário, muito cabisbaixo e se recusando a encontrar parte do elenco após o jogo.

Gerson declarou que estava tão indignado que, logo após o encerramento da partida, ainda no gramado, precisou externar a indignação em entrevista para imprensa.

A delegacia especializada concluiu que o conjunto de provas corroborou a versão da vítima desde o momento em que disse ter sofrido a agressão até o comportamento de Gerson após o término da partida.

Procurado, o Esporte Clube Bahia ainda não se manifestou. A defesa do jogador Ramírez não foi localizada.

R7

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Esporte

CASO GERSON – FLAMENGO: Bahia informa que perícias em língua estrangeira não comprovam injúria racial, e diz que vai reintegrar Ramírez por ‘inexistência de provas’

Foto: Jorge Rodrigues / AGIF

Nesta véspera de Natal, o Bahia divulgou uma ‘carta à sociedade’ onde informa que o atleta Índio Ramírez será reintegrado ao elenco após o afastamento devido às acusações de injúria racial por parte de Gerson, do Flamengo. A decisão do Tricolor foi motivada por ‘inexistência de provas e possíveis’, mesmo entendendo que a palavra do jogador rubro-negro é revelante.

“Os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial e o clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Índio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes. O papel do Bahia é de formação e transformação, sempre preservando os direitos fundamentais e a ampla defesa. O atleta deverá ser reincorporado ao elenco tão logo os profissionais da comissão técnica e psicólogos entendam adequado”.

Na carta, o Bahia também enfatizou que continuará atento aos desdobramentos do caso e anunciou que incluirá cláusula antirracista, xenofóbica e homofóbica no contrato dos atletas. Confira abaixo o que o Tricolor baiano chamou de ‘conjunto imediato de medidas estruturais’.

Confira a carta do Bahia na íntegra:

“PARTE 1 – O RACISMO E A SOCIEDADE

O racismo faz nosso país sangrar. Pela morte, pela dor, pelas portas fechadas, pela discriminação no mercado de trabalho, pela violência diária de todas as formas. O racismo entra pela fresta das casas, está nas ruas, nos supermercados, nas empresas e também no futebol. Segue impregnado por todos os lados. Combater o racismo é dever de todos: das organizações, dos governos e sobretudo das pessoas que historicamente se beneficiaram de uma estrutura social e econômica sustentada na branquitude e no racismo. O racismo é um fenômeno concreto e opera para além das estatísticas de expectativa de vida, acesso à saúde e garantias dos direitos fundamentais e dignidade humana. O racismo é persistente, gritante, barulhento e, por muitas vezes, silenciosamente cruel.

PARTE 2 – O BAHIA NO DEBATE RACIAL

Há três anos, através do Núcleo de Ações Afirmativas, o Bahia se tornou referência internacional na luta antirracista. As campanhas educativas do clube viraram tema de vestibular em universidades e de redação em escolas. Além das campanhas, o Bahia foi o primeiro time de futebol no mundo a lançar um programa de imersão para debater os aspectos estruturais do racismo. O “Dedo na Ferida” capacitou 484 pessoas em 15 organizações de 3 capitais brasileiras. Funcionários, diretores, conselheiros, torcidas organizadas, profissionais de imprensa, além de empresas de fora do esporte, participaram gratuitamente. Antes disso, homenageou personalidades negras do passado e do presente em suas camisas. Na divisão de base, o Bahia possui amplo programa de desenvolvimento humano tendo o combate ao racismo como tema principal. Há apenas 33 dias, abriu programa de trainee exclusivo para pessoas autodeclaradas pretas, ao todo com 305 candidatos, em outra inovação no futebol.

PARTE 3 – ACONTECEU COM O BAHIA? QUAL O SENTIDO DISSO?

O episódio do último domingo (20), com toda a sua repercussão e simbologia, nos revela que o combate ao racismo deve ser ainda mais aprofundado no nosso clube e no Brasil. O Bahia é um reflexo de uma sociedade que carrega o racismo em suas estruturas. A questão racial não pode servir de pano de fundo para uma disputa entre clubes e torcidas rivais. O racismo não veste uma só camisa. A postura antirracista deve ser constante e não apenas quando convém ao time que torcemos. No caso do Bahia, embora já venha perseguindo a luta antirracista, seria ingênuo acreditar que estaríamos imunizados a um fenômeno tão complexo e particularmente enraizado na sociedade brasileira. Ninguém está! Ser antirracista no Bahia não é apenas uma opção da presente gestão, mas uma obrigação institucional.

PARTE 4 – O QUE FAZER?

Os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial e o clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Indio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes. O papel do Bahia é de formação e transformação, sempre preservando os direitos fundamentais e a ampla defesa. O atleta deverá ser reincorporado ao elenco tão logo os profissionais da comissão técnica e psicólogos entendam adequado.

O Futebol é reflexo de uma sociedade que, quando não nega o racismo, adere a um populismo punitivista que finge resolver o problema apenas punindo o agressor. Atos de discriminação racial não são “casos isolados”.

Portanto, por entender seu papel de entidade de interesse público, o Bahia se compromete publicamente a adotar um conjunto imediato de medidas estruturais:

1. Inclusão de cláusula anti-racista, xenofóbica e homofóbica no contrato dos atletas.

2. Proposta de criação de protocolo antidiscriminatório para jogos de futebol no Brasil.

3. Implantação do projeto “Dedo na Ferida” para o elenco na pré-temporada. Não haverá jogador ou jogadora que vista a camisa do Bahia sem que tenha antes a oportunidade de obter acesso a uma imersão sobre racismo estrutural.

4. Encaminhamento junto à mesa do Conselho Deliberativo do clube para incorporação de cotas raciais nas próximas eleições.

5. Inclusão de espaço no Museu do Bahia dedicado ao combate e debate do racismo, xenofobia, sexismo e LGBTfobia e demais formas de intolerância.

6. Apoio ao projeto de lei que Cria o Dia Nacional Da Luta Contra o Racismo no Futebol

Adicionalmente, o Bahia seguirá acompanhando os desdobramentos que ocorrerem fora das instâncias do clube, seja na Polícia Civil ou no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Além de negros, somos nordestinos e conhecemos bem o poder do preconceito e da exclusão pela xenofobia. Diante disso e das provas constituídas, caberá ao atleta Ramírez decidir pela denúncia ou não quanto ao tema – e ao Bahia apoiar a decisão.

Desde o domingo à noite o Bahia procurou uma rede de apoio formada por lideranças ligadas a movimentos sociais de enfrentamento ao racismo como o Observatório de Discriminação Racial e instituições como a Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado, com quem está construindo um Termo de compromisso antirracista. Entendemos que nesse momento é necessário incorporar o compromisso com a implantação real e perene da agenda antirracista. Desta forma, respaldo institucional e a experiência de tais atores deste processo consolida e qualifica as nossas decisões.

Muitas das ações propostas neste documento, dentre outras, estarão sendo instrumentalizadas, nos próximos dias em convênios, parcerias e termos de compromissos com a agenda de enfrentamento ao racismo. As decisões e propostas durante esse processo tiveram a colaboração dos voluntários do nosso Núcleo de Ações Afirmativas, professores e ativistas atuantes no debate racial nas universidades e nos movimentos sociais.

O Bahia segue como um clube atento ao seu papel de transformação e bem-estar social. O futebol não é um fim em si mesmo. É um agente que deve promover união, preservação do patrimônio cultural, lutas por igualdade e diversidade dentro e fora das quatro linhas.

Esporte Clube Bahia.”.

Esporte Interativo

 

Opinião dos leitores

  1. Se comprovar que o Ramires não falou o que Gerson diz, não é nenhuma novidade, este clube é imbatível em casos criminosos e irregulares, tem o caso dos garotos que morreram queimados, até hoje não entraram em um acordo razoável para indenizar as famílias, mas pagar 1,6 milhões para o Gabigol por mês pode, tem o caso da portuguesa que levou dinheiro do Flamengo em 2014 para escalar heverton na última partida para perder pontos favorecendo o Flamengo permanecer na série A.
    Tem casos de aliciamento de jogadores, um exemplo é o do William Arão que saiu do Botafogo , hoje já está notificado pela justiça para pagar 7 milhões.
    Enquanto houver um Marinho na globolixo este time mesmo com todos esses casos criminosos, continuará nas cabeças.
    Isso é o Flamengo, não existe igual.

  2. Tem que processar esse atleta mentiroso que inventou essa celeuma na vida do jogador do Bahia. Isso é um perigo em se tratando de atletas profissionais que trabalham para ganhar o seu sustento.
    Mas a bandidagem de Gerson tem que ser apurada e ele deveria ser suspenso por mentir para toda uma nação.
    Cabra safado.

  3. Amigo desculpe, mais o que uma coisa tem a ver com a outra? Crimes distintos, culpas distintas, bem como penas. Caso houvesse havido crime do jogador índio, que ao que parece, nao restou caracterizado, absolviçao e ponto. O crime do CT do Flamengo está sendo respondido, caso haja culpa ou dolo, rogar que os culpados sejam punidos. Um crime não anula o outro.

  4. Engraçado essa atitude do flamengo em penalizar um atleta por causa de discussão besta de futebol , enquanto isto, as crianças que o clube matou da pior forma que existe tiveram sua indenização negada covardemente. É muita hipocrisia.

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Diversos

VÍDEO: ‘Em nenhum momento fui racista com ele’, afirma Índio Ramírez, do Bahia, após acusação de Gerson, do Fla; veja mais detalhes de versão

O meia colombiano Juan Pablo Ramírez, mais conhecido como Índio Ramírez, se pronunciou nesta segunda-feira após a acusação de racismo por parte de Gerson, do Flamengo. O jogador do Bahia nega que tenha cometido o crime. O atleta rubro-negro afirma que Ramírez disse “Cala a boca, negro”, durante a partida disputada entre as duas equipes, no último domingo, no Maracanã.

– Em nenhum momento fui racista com nenhum dos jogadores, nem com Gerson, nem com nenhuma outra pessoa. Acontece que quando fizemos o segundo gol botamos a bola no meio do campo para retomar o jogo rapidamente, e o Bruno Henrique finge. Eu arranco correndo e digo ao Bruno que “Jogue rápido, por favor”, “Vamos, irmão, jogar sério”. Aí ele joga a bola para trás e o Gerson, não sei o que me fala, me disse algo, mas eu não compreendo muito o português. Não compreendi o que me disse e falei “Joga rápido, irmão” – relatou Ramírez.

O jogador colombiano deu mais detalhes sobre sua versão. O vídeo com as declarações de Ramírez foi publicado nas redes sociais do Bahia a pedido do próprio atleta.

– Aí passo por ele e sigo a bola. Não sei o que ele entendeu. Ele jogou a bola e passou a me perseguir sem que eu entendesse o que se passava. Dei a volta por trás porque não queria entrar em briga com ninguém e depois ele sai falando que o tratei com “cale a boca, negro”, falando português quando eu realmente não falo português. Estou há apenas alguns meses no Brasil e sobre isso de ser racista não estou de acordo, porque isso não é bem visto em nenhuma parte do mundo e sabemos que no mundo todos somos iguais e em nenhum momento falei isso e menos ainda usei essa palavra – afirmou.

Gerson prestará depoimento nesta terça-feira, às 10h, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio de Janeiro, a respeito do ocorrido. O jogador assinou nesta segunda-feira a intimação para prestar depoimento. O departamento jurídico do Flamengo acompanha de perto o caso e assessora o atleta. O inquérito policial já foi aberto para apurar o caso envolvendo o meia.

A delegada Marcia Noeli, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, informou que Juan Ramírez, jogador do Tricolor Baiano, o técnico Mano Menezes e o árbitro Flavio Rodrigues de Souza, que apitou a vitória por 4 a 3 entre Flamengo e Bahia, serão intimados a dar depoimento presencial. Ramírez, por sua vez, já foi afastado no Bahia.

Com Lance e UOL

Opinião dos leitores

  1. Jogo bola desde sempre, e esses xingamentos fazem parte do esporte…. chamam de viado, cabeçudo, nego (que nas peladas nem xingamento é, é só uma forma de chamar a pessoa), branquelo, cara de buceta e por aí vai…

    E esse jogador aí se doendo e levando a frente um xingamento dito num jogo de futebol, aqui em Natal a gente diria a ele: É o fresco é?

  2. concordo que o racismo existe sim, mais por muitas vezes é cometido pela própria pessoa, que se acha diferente das outras, pela "COR, CRENÇA, SEXUALIDADE".

  3. Futebol é jogo disputado e de contato físico. Adrenalina alta e não mim venha com esse mi mi mi

  4. Ofendeu sim.
    Racismo é crime, tem que ser combatido na raiz.
    Brasil, um país de hipócritas, racistas e do jeitinho.
    Sou negro e vejo como me olham quando estou num restaurante, mercado, shopping, etc.

    1. Você tem como provar? Por que até agora só condenaram ele é não provaram nada.

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Esporte

Polícia instaura inquérito para apurar denúncia de injúria racial feita por Gerson, do Flamengo

Foto: SERGIO MORAES / REUTERS

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a denúncia de injúria racial do meia Gerson, do Flamengo. O jogador acusa o meia Ramírez, do Bahia, de lhe dizer “cala a boca, negro” durante a vitória rubro-negra por 4 a 3 sobre o clube baiano, no último domingo.

A investigação ficará a cargo da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI). Gerson assinou intimação nesta segunda e será ouvido na terça-feira, às 10h. Outros envolvidos serão convocados a depor sobre o caso.

Na madrugada desta segunda-feira, o Bahia divulgou nota prestando solidariedade ao meia rubro-negro e confirmando o afastamento do colombiano. Segundo o clube, Ramírez terá chance de se defender enquanto é realizada apuração. O colombiano nega as acusações.

CBF pede investigação

Assim que tomou conhecimento do fato, no domingo, a CBF solicitou ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva a abertura de investigação. A entidade prometeu enviar ao tribunal a súmula da partida com o registro da denúncia de Gerson. Confira o comunicado:

“A CBF está solicitando à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva a abertura imediata de uma investigação sobre a denúncia de racismo feita pelo jogador Gerson Santos, do Clube de Regatas do Flamengo, na partida deste domingo (20/12) diante do Esporte Clube Bahia, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. A entidade encaminhará ao STJD a súmula da partida, na qual consta o relato da denúncia feita pelo atleta. A CBF reitera seu profundo repúdio ao racismo.”

Relembre o caso

O Flamengo venceu o Bahia por 4 a 3, neste domingo, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas as polêmicas aconteceram após Gerson deixar o gramado reclamando de uma injúria racial do atleta colombiano Juan Pablo Ramirez, do Bahia. O vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, afirmou que o clube irá ao Superior Tribunal de Justiça (STJD) contra o atleta e ao técnico Mano Menezes.

“Além de apoiar o Gerson na esfera criminal, o Flamengo representará ao STJD contra o atleta que ofendeu racialmete o Gerson, assim como o fará contra o Mano Menezes, que apoiou a ofensa racial e chamou de malandragem. Temos que banir o racismo da nossa sociedade”, escreveu Dunshee.

Após a partida, o volante Gerson deixou o gramado reclamando de uma injúria racial do atleta colombiano Ramirez, do Bahia.

— Quero falar uma coisa: tenho muitos jogos como profissional e nunca vim falar nada porque nunca sofri esse preconceito. Quando tomamos um gol, o Bruno Henrique ia chutar uma bola, o Ramirez reclamou e fui falar com ele, que disse: “Cala a boca, negro” — declarou Gerson.

O fato ocorreu aos 7 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo vencia por 2 a 1. Nas imagens, é possível ver Gerson inconformado e tirando satisfação com o atleta colombiano. Na hora, o volante do Flamengo contestou os atletas do Bahia sobre a declaração afirmando que “foi chamado de negro”.

— O Mano até falou “Ah, agora você é vítima, não é? O Daniel Alves te atropelou e você não falou nada. Claro, porque teve respeito entre eu e ele. Eu nunca falei de treinador, mas o Mano tem que saber respeitar. Estou vindo falar aqui por mim e por todos os negros do Brasil — reclamou Gerson.

O Globo

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Esporte

Bahia afasta colombiano, que nega veementemente a acusação de Gerson sobre racismo

Gerson acusa Ramírez de racismo em duelo entre Flamengo e Bahia no Maracanã — Foto: Jorge Rodrigues / Agência Estado

O Bahia, através de nota em seu site oficial, manifestou-se sobre a denúncia de racismo feita pelo meia Gerson, do Flamengo, ao colombiano e jogador do time, Índio Ramírez, durante a derrota por 4 a 3, no último domingo. O Tricolor afirma que seu atleta negou veementemente as acusações sofridas, mas ao mesmo tempo afastou o meia-atacante até que a apuração do caso seja concluída.

Em entrevista após a partida, Gerson disse ter ouvido “Cala a boca, negro” do meia-atacante Índio Ramírez. No episódio, Gerson também discutiu com Mano Menezes no campo e pediu respeito ao técnico.

A transmissão do Premiere captou o áudio do momento em que Gerson reclama com Mano Menezes sobre Ramírez. Pelo som dos microfones (assista no vídeo acima), foi possível perceber que o meia do Flamengo reclamou em direção ao banco do Bahia.

Mano Menezes deixou o comando do Bahia poucas horas depois do episódio e, em publicação nas redes sociais, afirmou que condena qualquer ato racista.

O vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz concedeu entrevista após o jogo e defendeu apuração do caso. Na súmula da partida, o árbitro relata não ter visto o episódio de racismo.

Confira na íntegra a nota divulgada pelo Bahia:

“O Esporte Clube Bahia vem a público se manifestar sobre a denúncia de racismo feita pelo atleta Gerson, do Flamengo, ocorrida na noite deste domingo (20).

O atleta Indio Ramírez nega veementemente a acusação e a ele está sendo dada a oportunidade de se defender de algo tão grave.

O clube entende, porém, que é indispensável, imprescindível e fundamental que a voz da vítima seja preponderante em casos desta natureza.

Assim, decidiu afastar imediatamente o jogador das atividades da equipe até a conclusão da apuração.

O presidente Guilherme Bellintani ligou para Gerson a fim de prestar solidariedade.”

Globo Esporte

Opinião dos leitores

  1. Pessoal não sou racista, mas futebol quem gosta e entende sabe que o tratamento entre atletas é usado muitos palavrões, dar um desconto aí mano

  2. No que consistiu o ato de racismo?
    Mandar calar a boca?
    Chama-lo de negro?
    Racismo não é correto, mas precisa ser configurado.
    Trata-se das palavras ou da atitude?

  3. Ou aceitam ou vão ser isolados numa bolha de imbecis. O mundo não aceita mais: racismo; homofobismo; e qualquer tipo intolerância. Vermes desse tipo serão levados pra ilha de Robson Cruzué. Fica a dica e mimimi é a desculpa pra esconder a imbecilidade humana.

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