Na primeira apresentação pública do novo Globoplay, serviço de streaming do Grupo Globo que passou a dirigir no início do ano, o executivo João Mesquita adiantou algumas das atrações que devem estar em seu catálogo até o final do ano, para torná-lo um concorrente de maior peso da Netflix.
Em vídeo com “conteúdos que estão fechados”, ou seja, contratados, e outros que ainda “não estão necessariamente fechados”, como alertou Mesquita, foram destacadas séries como “The Handmaid’s Tale”, originalmente do streaming americano Hulu, “The Good Doctor” (ABC) e “The Gifted” (Fox).
Também a animação francesa “As Aventuras de Ladybug” (TF1) e séries do próprio grupo, como as infantis “D. P. A. – Detetives do Prédio Azul”, “Escola de Gênios” e “Valentins”, produzidas pelo Gloob. O vídeo termina com o bordão “Porque a melhor escolha é a sua, e o melhor conteúdo é o nosso”.
“Estamos numa fase de muito trabalho de bastidor, quer em matéria de tecnologia, quer em matéria de negociações de conteúdo”, disse Mesquita, durante o Pay-TV Fórum, evento do setor realizado na zona sul de São Paulo.
O Globoplay visa “um catálogo rico, com acordos com os grandes estúdios, mas também com muitas empresas menores, europeias e de outros lugares do mundo”, porque “está mais que provado que o SVOD [streaming por assinatura] traz a possibilidade de fugir um pouco do padrão típico da TV americana”.
As mudanças estão sendo introduzidas aos poucos no serviço, até agora mais voltado ao chamado “catch up”, a retomada gratuita dos programas da Globo. Parte das atrações já está acessível apenas aos assinantes, que pagam R$ 18,90 por mês, mas as novidades “mais substanciais” deverão entrar até dezembro.
O executivo João Mesquita, do Globoplay, participa do evento PayTV Fórum – Marcelo Kahn/Divulgação
Sobre a Netflix, o diretor-geral do Globoplay afirmou: “Não vamos concorrer direto com ninguém. Vamos oferecer coisas novas, coisas diferentes. Muito provavelmente será um complemento, será uma opção. Para muita gente, como a primeira opção. Para outros, será uma segunda opção”.
Ele argumenta que “o Brasil ainda tem muito para caminhar, hoje tem um único serviço que domina todo o segmento, mas há espaço para dois, três, fácil”.
Folha de São Paulo
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