Foto: Divulgação/Vertical Aerospace
A Gol pretende comprar ou arrendar 250 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), conhecido como carro voador elétrico, informou a companhia nesta terça-feira. Assinou acordo via Grupo Comporte, que pertence ao acionista controlador da empresa aérea, com a Avalon, de leasing de aeronaves.
A previsão é iniciar as operações com uma malha desses equipamentos no Brasil em meados de 2025. São aeronaves do tipo VA-X4 eVTOL, criada pela britânica Vertical Aerospace, um dos modelos mais avançados em táxi aéreo da atualidade, segundo o comunicado.
A Vertical Aerospace é apoiada por empresas como a Avolon, Rolls-Royce e American Airlines.
No último dia 15 de setembro, a Gol anunciou ao mercado que vai receber um aporte de US$ 200 milhões da gigante americana American Airlines. As duas empresas, que já são parceiras, vão ampliar ainda o acordo de compartilhamento de voos.
A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, e a Azul já haviam anunciado a entrada na corrida pelo ‘carro voador’.
Aumento da malha regional
O acordo também faz parte da estratégia da Gol de crescer no transporte aéreo regional, após a compra da MAP em junho último, que é opera no Norte do país e até São Paulo.
O VA-X4 pode transportar até quatro passageiros e um piloto, com alcance de 160 quilômetros a uma velocidade de 320km/h. As aeronaves têm decolagem e ouso vertical, produzindo até cem vezes menos ruído que um helicóptero quando em voo de cruzeiro.
Outra vantagem importante é que a aeronave emite zero carbono. A Gol afirma que, com mudanças na frota atual e a inclusão dos modelos eVTOL, vai cumprir sua meta de neutralidade de carbono até 2050.
De início, a Gol vai fazer um estudo de viablidade, o que inclui a certificação da aeronave pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que deve também avaliar a infraestrutura necessária para o uso do equipamento no país, ao lado de outras autoridades do setor de aviação.
A Avolon prevê que o processo de certificação da VA-X4 no país esteja concluído até 2024.
O Globo
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