O empresário Mário Peixoto Reprodução/VEJA.com
Em mais uma etapa da Lava Jato no RJ, a Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (14), o ex-deputado estadual Paulo Melo e o empresário Mário Peixoto. Outras três pessoas eram procuradas até a última atualização desta reportagem.
Peixoto e Melo foram presos, segundo as investigações, porque surgiram indícios de fraude nas compras para os hospitais de campanha da Covid-19.
O parlamentar, ex-presidente da Alerj, já tinha sido preso em uma etapa anterior da força-tarefa.
Peixoto, preso em Angra dos Reis, é dono de empresas que celebraram diversos contratos com os governos estadual — desde a gestão de Sérgio Cabral — e federal.
O G1 ainda não fez contato com a defesa dos envolvidos.
Fornecedor há 10 anos
Os mandados da Operação Favorito — incluindo 42 de busca e apreensão — foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do RJ, “em razão dos indícios da prática dos crimes de lavagem de capital, organização criminosa, corrupção, peculato e evasão de divisas”.
A PF afirma que o grupo pagou vantagens indevidas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), deputados estaduais e outros agentes públicos.
Equipes também estão em endereços em Minas Gerais.
Os investigadores da Lava Jato fizeram interceptações, com autorização da Justiça, e descobriram que pessoas ligadas a Peixoto trocaram informações sobre compras e aquisições dos hospitais de campanha para enfrentar a pandemia de Covid-19 no Rio de Janeiro. O contrato foi vencido pela Organização Social Iabas.
Segundo as investigações, mesmo antes da contratação, planilhas de custos já estavam sendo confeccionadas — o que levantou a suspeita de fraudes no processo.
A PF afirma que o grupo ligado a Peixoto “vem há pelo menos 10 anos se destacando como um dos principais fornecedores de mão de obra terceirizada para o governo do RJ”.
Segundo a PF, “o grupo criminoso alavancou seus negócios com contratações públicas realizadas por meio das suas inúmeras pessoas jurídicas”.
Os investigadores afirmam que cooperativas de trabalho e organizações sociais foram, na maioria, “constituídas em nome de interpostas pessoas [laranjas, a fim de permitir a lavagem dos recursos públicos desviados e disfarçar o repasse de valores para agentes públicos envolvidos”.
Mário Peixoto foi delatado por Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes. Neto afirmou que Peixoto pagou uma mesada de R$ 200 mil para o TCE entre 2012 e 2013.
Em março do ano passado, Paulo Melo foi condenado a 12 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa. Ele ficou preso até março deste ano, quando deixou a cadeia para cumprir prisão domiciliar.
Paulo Melo e o então governador Sérgio Cabral em visita a Saquarema, durante a gestão de Franciane Mota (ao centro) — Foto: MDB/Divulgação
Onde Peixoto atua
A empresa da família de Peixoto fornece serviço de limpeza e motoristas para diferentes secretarias no governo do RJ.
No governo federal, a empresa tem maqueiros e ascensoristas que atua no Hospital Geral de Bonsucesso.
G1
Entrega alguns comparsas menores e depois vais para casa de tornozeleira curtir a piscina, a sauna e a banheira de hidromassagem. Isto é Brasil.
Vamos ser francos: o alto empresariado brasileiro é dá mesma laia da classe política e do alto escalão do funcionalismo público.
Ué? os subsídios ao alto empresariado e a massa de salários do alto funcionalismo não estimulam a demanda agregada?
E haja lockdown!!!
Pra encher o bolso dessa cambada!
O Rio de Janeiro tem uma doença por desvio de dinheiro, entra governo e sai governo e nada muda, Witzel é mais um da safra de traidores, que montou nas costas de Bolsonaro, era o quarto nas pesquisas, pegou carona para se eleger, para implantar pelo jeito, a sucessão do jeitinho carioca de governar, menos de duas semanas duas figuras importantes de seu governo presas, o subsecretário de saúde do estado e seu principal fornecedor, mas para Witzel o problema é o Bolsonaro,será que ele consegue se olhar no espelho?
Interessante!!! Foi só haver a mudança no ministério e direção da PF, que a lava-jato, que se encontrava "estacionada" no Rio de Janeiro, retoma produtividade de prender estes saqueadores do erário público!
Eses são os críticos de Bolsonaro, por isso que eles querem manter o Brasil parado, bando de corruptos
Com Bolsonaro o Brasil afunda, então é melhor manter ele parado. Pior do que tá fica!