por Dinarte Assunção
A Procuradoria Geral da República estuda rescindir o acordo de colaboração premiada com Gutson Reinaldo, que firmou o acordo de contribuição com o Ministério Público do Rio Grande do Norte e o MPF no RN.
A consideração sobre a rescisão começou a ser ventilada depois que o delator mudou diametralmente os fatos que entregou inicialmente aos membros do Ministério Público.
O Blog do BG confirmou, pelo menos, uma versão que foi modificada.
Na primeira versão que entregou à promotoria, Gutson afirmou que um acerto foi feito entre o desembargador Cláudio Santos e o deputado estadual Ricardo Motta sobre troca de cargos entre o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas e Assembleia Legislativa.
Quando os fatos vieram a público, novas diligências sobre o assunto foram feitas, o que levou a Procuradoria Geral da República a convocar Gutson para depor.
No novo depoimento, ele esclareceu à PGR que os fatos sobre o desembargador o deputado não tinham fundamento.
Posteriormente, a mãe de Gutson, Rita das Mercês, no âmbito da Operação Dama de Espadas, por ocasião de sua delação, também afirmou desconhecer os fatos narrados por Gutson na primeiro depoimento.
A PGR passou então a questionar a validade do que o delator entregou à promotoria.
A delação de Gutson está no Supremo Tribunal Federal por envolver agentes com prerrogativa de foro naquela corte.
Falou do Deputado Ricardo Motta pelos cutevelos . E agora ?
O tempo é o senhor da razão. Aos poucos as ilações do condenado Gutson vão caindo por terra. Primeiro levantam afirmações sem nenhum arcabouço probatório. Aí agora muda de versão como quem muda de roupa.
Pena que não existe tempo nem dinheiro que recupere a imagem manchada injustamente.
Qual a credibilidade do delator? A mando de quem Gutson constrói seus argumentos?
Lembrando que ele é assistindo por Fábio Holanda, advogado já conhecido pelo seu histórico nada “saudável”, digamos.