Passada a eleição que definiu Ana Arraes como nova ministra do TCU, há saldos que merecem o registro, sobretudo porque o maior perdedor não foi Aldo Rebelo, que tentou até a última alcançar um assento na Corte de Contas, mas sim Henrique Eduardo Alves, que vê comprometido, embora negue, seu projeto político de 2012: ser presidente da Câmara dos Deputados.
E o que a eleição do TCU tem a ver com a da presidência da Câmara?
Primeiro temos o fator Aldo Rebelo. O deputado do estado de São Paulo já foi presidente da Casa, é forte entre seus pares e já está sendo estimulado a entrar na disputa.
O PT já assegurou que vai mover mundos e fundos para fazer de Henrique o próximo presidente da Câmara. Tudo em nome da governabilidade. Sim, porque se por aborto da natureza ele não for eleito, todas as condições para uma crise política entre PT e PMDB estarão criadas.
O problema maior não é nem o PT, mas o próprio PMDB. Henrique Eduardo Alves não conseguiu convencer nem a bancada que lidera a votar em peso no nome de Átila Martins, peemedebista do Amazonas.
Acho que vale até a dúvida para saber quem ele realmente apoiou. Henrique sentou à mesa com Eduardo Campos – filho de Ana Arraes -, tricotou com Aldo Rebelo e posou publicamente em defesa de Átila Lins.
Na tentativa de sair bem com todos, se deu mal.
O resultado todo mundo já sabe.
Ele cancelou a agenda por causa de uma gastrite, que não sei se foi nervosa.
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