Política

Apesar de favoritismo, Hillary perde vantagem sobre Trump em Estados decisivos, diz pesquisa

A corrida pela Casa Branca ficou mais apertada na reta final da campanha, com a candidata democrata, Hillary Clinton, perdendo vantagem para seu rival republicano, Donald Trump, em vários Estados decisivos, apontou uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta sexta-feira (4).

Os dois presidenciáveis agora aparecem empatados na Flórida e na Carolina do Norte, onde Hillary se mantinha na dianteira. Em Michigan, a vantagem da democrata se reduziu muito e a disputa em Ohio segue empatada. Na Pensilvânia, a ex-secretária de Estado parece ter consolidado sua liderança.

Durante a última semana, o apoio a Trump cresceu em 24 Estados e caiu em outros 11. Hillary viu seu apoio crescer em 13 Estados e reduzir em 22.

Outra pesquisa, encomendada pelo jornal “Washington Post” e pela emissora ABC News, indica que Hillary recuperou a liderança sobre Trump no voto popular -a democrata aparece com 47%, contra 44% do republicano.

Os últimos dados da mesma sondagem, divulgados na terça (1º), mostravam que o magnata novaiorquino havia alcançado 46% das intenções de voto, um ponto a mais que a ex-senadora. O resultado contribuiu para a queda nas bolsas de valores dos EUA e da Europa e para a desvalorização do dólar.

CHANCES DE VITÓRIA

Os números revelados nesta sexta mostram que Hillary continua sendo a provável vencedora na eleição da próxima terça-feira (8), mas indicam que Trump tem alguma chance de vitória, especialmente se vigorar a previsão da pesquisa Reuters/Ipsos e o republicano ganhar as votações em Estados decisivos.

Segundo a sondagem, a democrata tem 90% de chances de ganhar a eleição, menos que os 95% registrados na semana passada.

O sistema eleitoral americano não funciona por votação direta, e sim por colégio eleitoral. Na maioria dos Estados, o partido que tiver a maioria dos votos nas urnas ganha todos os delegados. Ganha o candidato que conquistar a maioria de delegados do país.

Estados com grande população e que costumam variar sua preferência entre republicanos e democratas são considerados “Estados-pêndulo” e, neles, a disputa entre os candidatos pelo voto do eleitor tende a ser mais acirrada. É o caso de Flórida, Carolina do Norte, Pensilvânia, Ohio, Michigan, Colorado e Nevada.

Com esse sistema de votação, é possível que seja eleito presidente dos EUA um candidato que tenha perdido no voto popular -a última vez em que isso aconteceu foi em 2000, quando o republicano George W. Bush venceu sobre o democrata Al Gore Jr. após controvérsias na contagem de votos na Flórida.

Como o voto não é obrigatório nos EUA, o principal desafio das campanhas é convencer os eleitores de certos grupos populacionais a ir às urnas.

No pleito de 2016, as chances de Trump vencer são maiores caso seja fraco o comparecimento às urnas em Estados-pêndulo de negros, mulheres e latinos, eleitorado mais afeito a Hillary.

Folha Press

 

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