Uma briga de bar em Governador Dix Sept Rosado, região da Chapada do Apodi, interior do estado, terminou em homicídio na noite desse domingo, 15. A informação é de que Antonio Miramar, 32, levou um tiro de seu primo, identificado como Edlson de Preto. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu ao dar entrada no hospital. O acusado está foragido.
A delegacia da cidade solicitou reforço ao Central de Operações em Mossoró, para tentar localizar o acusado.
Renildo Francelino, Dalvimar da Silva, Gleydson Fagundes, Elcione Borges. Laykson Franklin, Wendell Evandro, Elionai Tavares, Kerginaldo Pereira. Abimael Wilk e Euclides Fernandes. Esses são apenas 10 dos quase 200 nomes que compõem uma lista escrita com letras de sangue em páginas da violência. O Rio Grande do Norte registrou durante os 100 primeiros dias de 2012, 199 assassinatos. Em média, 14 por semana. Os números escondem as histórias que formam uma realidade cruel e desumana. As estatísticas são encobertas pela fumaça densa e branca do crack e abafada pelo estampido das pistolas automáticas.
Cada homem e mulher que tombou sem vida no território potiguar se tornou marca de uma crescente violência. Os “alvos” possuem perfis comuns e formam o padrão da morte. Quase 50% dos assassinatos envolvem jovens entre 15 e 25 anos – a grande maioria homens – e em mais de 90% dos casos foram utilizadas armas de fogo. As execuções têm como característica principal a ligação das partes com a comercialização de entorpecentes.
A equipe de reportagem da TRIBUNA DO NORTE reuniu durante mais de três meses as identidades das vítimas do descaso do Estado com a segurança pública. Os dados foram atualizados diariamente através do website da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesed), baseado no registro de óbitos do Instituto Técnico-científico de Polícia (Itep). Apesar da riqueza de detalhes e informações à disposição da polícia, diversos casos permanecem sem solução e se acumulam em uma pilha que talvez nunca seja esclarecida.
Enquanto os números se avolumam, a sociedade não vê os projetos previstos saírem do papel. A famigerada Divisão de Homicídios pode não se concretizar em 2012 e a Secretaria de Segurança já estuda outras medidas para conter o avanço da criminalidade. Para o secretário Aldair da Rocha, “a saída é investir”.
A impunidade compromete a credibilidade do trabalho policial e dá espaço para o ciclo da criminalidade. A opinião é do promotor de Justiça de Investigação Criminal, Wendell Bethoven Ribeiro Agra. “Faz 15 anos que eu estou no Ministério Público e 12 que estou nessa promotoria. Posso dizer que eficiência da PC diminuiu nesse intervalo de tempo. Há 10 anos, a PC funcionava melhor do que funciona hoje”, afirmou.
O Rio Grande do Norte revive o cenário traçado pelo escritor João Cabral de Melo Neto há mais de 50 anos, em seu “Morte e Vida Severina”: “Morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte”. A morte severina agora ganhou traços da vida urbana, em que se mata por uma pedra de crack, por um cigarro de maconha. Por quase nada.
Secretaria espera por investimentos
“Aguardamos investimentos maiores na área de segurança pública”. As palavras são do secretário Aldair da Rocha. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o titular da pasta esclareceu que está tentando pôr em prática os projetos, mas tem enfrentado dificuldades. Para ele, “daqui pra frente, há uma saída: investir”.
Quando assumiu a pasta no início de 2011, Aldair diz ter se surpreendido com a quantidade de casos de homicídios não resolvidos. “Mas por que isso acontecia ou ainda acontece? Não temos uma estrutura adequada de investigação de homicídios”, apontou.
Desde o começo da sua gestão, o secretário apontou como prioridade a instituição de uma Divisão de Homicídios. “Tenho falado desde o início da necessidade de se criar uma Divisão. Até o momento, infelizmente, não conseguimos o efetivo e nem a estrutura para criar essa divisão de homicídios. Ela é primordial na seqüência do trabalho”.
Enquanto o reforço policial não surge, a Secretaria pretende disponibilizar equipes da Delegacia Especializada de Homicídios para investigar casos que ocorram nos finais de semana. “O delegado-geral está estudando o caso. Assim, na sexta, sábado e domingo, quando ocorre a maior concentração de homicídios, montaríamos uma plantão da Delegacia de Homicídios. Ela mesmo atenderia o chamado daria início às investigações. Ainda vai depender de diárias operacionais e horas extras”. Hoje, a Dehom só recebe casos depois que as distritais não consegue resolvê-los.
Segundo ele, a sua gestão tem progredido, ainda que “lentamente”. “Temos os projetos e temos encaminhado para a governadora a nossa vontade de trabalhar. Estamos progredindo, mas ainda muito lentamente”, afirmou. Um exemplo do progresso citado foi a informatização das 15 delegacias distritais, com o funcionamento do boletim e procedimentos policiais eletrônicos. “Isso vai nos permitir o controle sobre a produtividade das delegacias da Grande Natal. Quero partir para as Especializadas e depois para o interior”, esclareceu.
O secretário também enxerga um avanço quanto ao policiamento na Região Oeste do RN. “Lá, a gente conseguiu melhorar a parte de investigação. A Divisão de Polícia do Oeste (Divpoe) foi instituída sob o comando do delegado Odilon Teodósio, que tem feito um bom trabalho. A Polícia Militar também melhorou com a criação de um novo batalhão para Mossoró”.
Unificação das Polícias
Na unificação, os delegados ganhariam status de Promotor de Justiça, os Oficiais PMs, Agentes e Escrivães de Polícia, status de Delegado e os Praças das PMs se tornariam Agentes de Polícias Estaduais…Assim, todos ficariam satisfeitos e a escassez de Promotores, Delegados e Policiais seria bastante atenuada…Saliento que antes haveriam cursos para aperfeiçoar esse profissionais, habilitando-os para as respectivas funções, que muitas vezes eles já exercem de forma irregular…Por exemplo: Há muitos Sargentos, Agentes, Escrivães e Oficiais de Polícia exercendo função de Delegado em várias cidades do Brasil
Fala-se muito em preservação das tradições… Mas, o que é mais importante? as tradições, ou a eficiência nas estruturas da segurança pública? Para quê serve o militarismo nas policias? Não seria o momento de dar aos agentes da segurança um caráter profissional desprovido do cerimonialismo e apêndices?
Esta é a solução para a segurança pública no Brasil
Fim e começo de semana violento na zona Norte de Natal, com os registros de três Boletins de Ocorrências de homicídios, dois dos quais ocorridos numa mesma rua do loteamento Novo Horizonte, vizinho ao conjunto residencial Pajuçara. A primeira vítima foi Lúcio Fernando da Silva, de 25 anos e que residia na rua dos Pioneiros, 865. Ele foi alvejado a tiros por dois desconhecidos que teriam chegado numa motocicleta, grande e preta, enquanto bebia com outro desconhecido, ocasião em que os autores dos disparos mandou que as outras pessoas que estavam no bar corressem, pois só tinha interesse na vítima. O comunicante Luiz Tenório, confirmou à Polícia que ela era usuária de drogas e convivia com outros usuários, um dos quais conhecido como “João Maria” e outro apelidado de “Bico”, que reside na Travessa Pioneiro. O crime ocorreu na noite de sábado, dia 24, num bar em frente a residência de número 330, da rua José Sobrinho.
A outra vítima de homicídio, por coincidência, residia na casa de número 327 e em frente a casa 330, Cosme Costa da Silva, 46 anos, que morreu na noite de ontem, no Hospital Santa Catarina, para onde foi socorrido por volta das 16h30 da sexta-feira, dia 23, depois de sofrer uma cutilada de faca-peixeira no abdômen. O acusado do crime é a pessoa de José Matias, com que a vitima bebia no “Bar do Porco” e discutiram, depois que Matias o acusou de ter dado “uma cantada” na esposa, porque simplesmente Silva perguntou a ela se ia “comprar ovos de páscoa”. O comunicante do crime foi José Jerônimo da Costa.
O terceiro homicídio na Zona Norte ocorreu na chamada “Favela da África”, na praia da Redinha, onde o pedreiro Ivanaldo dos Santos Oliveira Filho foi morto a tiros. Ele estava em frente a sua casa, na rua Manoel Caetano, 503, quando chegaram por volta da 00h45 da madrugada do sábado, três pessoas encapuzadas, vestindo roupas pretas, duas das quais desceram de um automóvel Kadett em frente ao mercadinho “Cassiane” e disparam pelo menos sete tiros contra o peito da vitima, cuja irmã Juliete Silva da Costa, suspeita que o pedreiro foi morto por engano. Segundo ela disse à Polícia, na hora do crime a rua estava escura, devido a pouca iluminação, e o alvo deveria ser outro irmão, Leonardo dos Santos, que é usuário de drogas. Juliete Silva disse que a vitima era trabalhadora, honesta e nunca teve passagem pela Policia. O delegado de Plantão da Zona Norte, Sérgio Freitas, vai remeter dois BOs para a 6a Delegacia de Polícia de Pajuçara e para a Delegacia da Redinha, a fim de que seja dado andamento ao inquérito criminal, o caso do homicídio da “Favela da África”.
Policiais da Divisão de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor), coordenados pela delegada Sheila Freitas, prenderam na manhã desta segunda-feira (19) o policial militar Evandro Medeiros e o pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, em Caicó, distante 280 km de Natal. A prisão ocorreu em função do envolvimento deles na morte do jornalista F Gomes, ocorrida no dia 18 de outubro de 2010.
O policial Evandro recebeu voz de prisão quando estava no 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM) na manhã de hoje. O pastor Gilson Neudo já estava detido no Presídio Estadual de Caicó. Ambos tiveram as prisões preventivas decretadas pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça.
A delegada Sheila Freitas ficará em Caicó durante todo o dia de hoje, onde irá ouvir presos e outras testemunhas do caso.
O ex-policial civil Jorge Luiz Fernandes, o Jorge Abafador, acusado pelo homicídio do pistoleiro Lourival Guerreiro de Lima, foi absolvido. Na decisão do júri, proferida na tarde desta segunda-feira (12), foi considerado que Jorge Abafador agiu em legítima defesa quando matou o pistoleiro. Dos sete votos possíveis, apenas cinco foram apurados, quando o quatro votos (a maioria) foram favoráveis à absolvição.
Conhecido por ser um dos autores da conhecida “chacina de Mãe Luíza”, onde seis pessoas foram assassinadas, incluindo uma mulher grávida e três crianças, Jorge Abafador está preso na penitenciária de Alcaçuz 2006, cumprindo pena 94 anos de reclusão. No entanto, nesta segunda-feira, ele sentou no banco dos réus devido à morte do pistoleiro Lourival Guerreiro de Lima, que ocorreu em 19 de março de 1994, no município de Doutor Severiano, durante abordagem do então policial. A demora no processo foi justificada devido a laudos que atestaram suposta enfermidade mental por parte de Jorge Abafador. Porém, nesta segunda o julgamento finalmente ocorreu.
Após quase seis anos preso, Jorge Abafador confirmou que foi o autor do disparo que matou Lourival Guerreiro. No entanto, segundo o ex-policial, o pistoleiro foi morto durante uma abordagem normal e a ação só teria ocorrido devido a uma ameaça por parte do pistoleiro.
Durante os debates, o representante do Ministério Público pediu a condenação do réu em homicídio simples, até porque pugnou pela exclusão da qualificadora da dissimulação, o que caracterizaria um homicídio qualificado. A defesa de Jorge Abafador sustentou as teses de absolvição por estrito cumprimento do dever legal e, alternativamente, homicídio culposo e a desqualificação do crime para lesão corporal seguida de morte. O júri, no entanto, entendeu que o réu agiu em legítima defesa e no cumprimento do dever legal.
Com isso, Jorge Abafador teve revogado mandado de prisão preventiva contra ele, mas permanecerá preso devido aos outros crimes cometidos.
Fonte: Blog do BG
Do blog: Nesse caso, foi feita justiça. Desde quando matar bandido é crime?
Desde sempre, ele não é Deus para fazer justiça com as proprias mãos, agora se foi por legitima defesa msm, concordo q ele seja absorvido desse crime, mas daí justificar o assassinato pq o outro é bandido… não justifica.
Um rapaz identificado como Fábio Jeferson Câmara da Silva, de 21 anos, foi assassinado a tiros na sede do Departamento de Trânsito do RN (Detran) no início da tarde desta sexta-feira (9). O crime aconteceu no setor de vistorias do prédio, que é localizado no bairro da Cidade da Esperança, zona Oeste de Natal. O autor dos disparos, Richardson da Silva Nogueira, foi preso em flagrante delito pelos policiais.
De acordo com as primeiras informações, Fábio Jéferson foi com o sogro, Pedro Elói de Oliveira, ao Detran para fazer a transferência de uma moto que Pedro havia comprado para a sua filha. Chegando no local, Fábio Jéferson foi surpreendido pela ação de Richardson que desferiu tiros contra Fábio Jéferson. A vítima ainda tentou sair pelo portão do setor de vistorias, mas não resistiu, caiu e morreu ainda no local.
A polícia acredita que o crime tenha sido motivado por vingança. Segundo as primeiras informações, Richardson acusa Fábio Jéferson de ter matado seu irmão e ter esfaqueado seu pai, por isso cometeu o crime.
O sogro da vítima, Pedro Elói, disse à polícia que ele e o rapaz conversavam pouco e que não possuíam muito contato. Apesar disso, Fábio Jéferson morava na casa do sogro, junto com a esposa.
O responsável pelo crime foi detido pelos policiais e encaminhado para a Delegacia de Plantão zona Sul. O Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) está a caminho do local para fazer o recolhimento do corpo.
A filha da policial civil Maria Leni Carneiro de Souza, presa na última segunda-feira (5) acusada de mandar matar a amante do marido, se apresentou na tarde de ontem (6) ao delegado Roberto Andrade, da Delegacia Especializada em Homicídios (DEHOM). Milena de Souza Lima, de 27 anos foi presa por força de um mandado de prisão temporária, por suspeita de envolvimento no crime.
Memória
A agente foi presa pela Polícia Civil em cumprimento a um mandado de prisão temporária. Ela é acusada de mandar matar a amante do marido, crime ocorrido em janeiro desse ano, na cidade de Macaíba.
A vítima, Cilene Alves Galdino, foi executada a tiros na noite do último dia 31 de janeiro, por volta das 21 horas, no mercadinho de sua propriedade, que fica localizado no Campo das Mangueiras. A equipe comandada pelo delegado Márcio Delgado passou a investigar o caso, e, após colher o depoimento de familiares e testemunhas, descobriu que se tratava de um crime passional.
Dia triste para a deputada estadual Larissa Rosado, prefeitável em Mossoró. O Blog acaba de ter a informação que o a mulher encontrada morta com quatro tiros nas costas e com o rosto desfigurado como sendo a sua funcionária Cristiana Barreto Viana, de 36 anos, natural de Quixadá, no Ceará.
Cristina trabalhava na casa de Larissa e era querida pela parlamentar. Durante a madrugada, ela foi morta. No início da manhã de hoje, ela foi levada para o Instituto Técnico-científica de Polícia (Itep) sem identificação, mas as amigas da moça fizeram o reconhecimento do corpo.
Por volta das 5h40 deste domingo, populares encontraram o corpo de uma mulher ainda não identificada, de aproximadamente 30 anos as margens de uma estrada na zona rural de Mossoró.
De acordo com a polícia, a mulher teria sofrido pelo menos quatro disparos de arma de fogo nas costas e estava com parte do rosto desfigurado.
Os moradores da localidade teriam ouvido disparos durante a madrugada, mas não souberam informar sobre suspeitos do crime. A mulher estava sem documento de identificação e portava dois preservativos e um chaveiro com cinco chaves. O Itep foi ao local realizar os procedimentos legais.
Lindemberg Alves Fernandes, réu pela morte de Eloá Pimentel, em 2008, afirmou nesta quarta-feira que os dois haviam retomado o namoro em segredo dias antes do início do cárcere privado, em Santo André, no ABC Paulista. À juíza, ele afirmou que não foi ao apartamento com a intenção de matar a adolescente, mas que se surpreendeu ao encontrá-la com colegas no local. Ele disse ainda que andava armado porque sofria ameaças de morte.
“Fiquei surpreso com a presença do Iago (de Oliveira), do Victor (de Campos) e da Nayara (Rodrigues) no apartamento. A Eloá ficou assustada ao me ver”, disse. A jovem, segundo ele, não conseguiu explicar o que os três estavam fazendo lá, começou a chorar e gritar. Ele questionou sobre a relação de Victor com ela. “Ele disse ‘eu dei uns beijos nela’ e a Eloá fez um barraco”, disse. Lindemberg, então, mostrou a arma que carregava e pediu para conversar com a namorada sozinho, mas os três se recusaram a deixar o apartamento.
Lindemberg afirmou que os dois namoravam desde 2006 e haviam terminado em setembro, três semanas antes do cárcere. O réu afirmou que tentou voltar com Eloá diversas vezes, mas a adolescente recusava. “Ela me deu uma canseira (nas tentativas de reatar) e eu pensei ‘preciso retomar minha vida’.” Ele disse, então, que ficou com uma menina, mas que Eloá descobriu, chorou muito e pediu para voltar.
Quando retomaram o relacionamento, o casal fez, segundo Lindemberg, um “pacto” para não contar a ninguém porque a família de Eloá não poderia saber, uma vez que a jovem teria mentido que Lindemberg havia batido nela. “Acho que a Eloá não tinha coragem de expor ao pai que ela tinha mentido sobre a agressão”, disse.
O réu disse que recebeu ligações com ameaças de morte de números não identificados. Segundo ele, as ameaças eram sem motivo. “Tinha muito medo de morrer”, afirmou. Lindemberg afirmou que, devido às ameaças, comprou uma arma “de um senhor que precisava de dinheiro para voltar para sua terra”.
Trágico desfecho
Segundo Lindemberg, os amigos de Eloá se negaram a deixar o apartamento quando ele exigiu ficar sozinho com a ex-namorada. Por isso, ele considerou que os três não foram mantidos em cárcere privado. Segundo o réu, eles podiam entrar e sair a hora que quisessem, mas ficaram por solidariedade à Eloá.
Lindemberg disse também ter ficado muito nervoso com a chegada da polícia, no primeiro dia de cárcere. “A situação tinha ficado difícil”, disse. Segundo ele, Eloá começou a gritar muito e ele mostrou a arma para a namorada, mas a polícia viu. “Agora eu estava em um processo que eu não sabia como contornar a situação, eu estava perdido.”
Ele negou ter disparado contra o sargento Atos Valeriano e classificou a acusação de tentativa de homicídio contra o PM como “ficção”. “Eu fiquei sabendo pela minha advogada. Fiz disparos para o chão (da janela), mas para policial nenhum”, disse, classificando os tiros como ato de nervosismo.
Lindemberg ainda disse que tinha medo de se entregar porque Eloá lembrou “um fato que aconteceu com um ônibus no Rio de Janeiro, em que uma refém foi baleada” – em referência ao sequestro do ônibus 174, que terminou com uma refém morta após a polícia disparar contra o seqüestrador.
Ele confirmou que atirou contra Eloá após a explosão da porta. “Quando a polícia invadiu, a Eloá fez menção de levantar e eu, sem pensar, atirei. Foi tudo muito rápido”, afirmou. Ele acrescentou que não poderia afirmar que havia atirado contra Nayara porque não se lembrava.
Pedido de perdão a mãe de Eloá
No início do depoimento, Lindemberg falou sobre a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel. “Quero pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor”, afirmou. “Estou aqui para falar a verdade, afinal tenho uma dívida muito grande com a família dela”, acrescentou.
Ele afirmou que o gesto que fez para Ana Cristina na terça-feira, no plenário – considerado pela mãe de Eloá como um sinal de “alivia a minha barra” -, foi na verdade um pedido de perdão.
O mais longo cárcere de SP
A estudante Eloá Pimentel, 15 anos, morreu em 18 de outubro de 2008, um dia após ser baleada na cabeça e na virilha dentro de seu apartamento, em Santo André, na Grande São Paulo. Os tiros foram disparados quando policiais invadiam o imóvel para tentar libertar a jovem, que passou 101 horas refém do ex-namorado Lindemberg Alves Fernandes. Foi o mais longo caso de cárcere privado no Estado de São Paulo.
Armado e inconformado com o fim do relacionamento, Lindemberg invadiu o local no dia 13 de outubro, rendendo Eloá e três colegas – Nayara Rodrigues da Silva, Victor Lopes de Campos e Iago Vieira de Oliveira. Os dois adolescentes logo foram libertados pelo acusado. Nayara, por sua vez, chegou a deixar o cativeiro no dia 14, mas retornou ao imóvel dois dias depois para tentar negociar com Lindemberg. Entretanto, ao se aproximar do ex-namorado de sua amiga, Nayara foi rendida e voltou a ser feita refém.
Mesmo com o aparente cansaço de Lindemberg, indicando uma possível rendição, no final da tarde no dia 17 a polícia invadiu o apartamento, supostamente após ouvir um disparo no interior do imóvel. Antes de ser dominado, segundo a polícia, Lindemberg teve tempo de atirar contra as reféns, matando Eloá e ferindo Nayara no rosto. A Justiça decidiu levá-lo a júri popular.
A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha de traficantes acusadas de praticar homicídios no bairro de Passagem de Areia, município de Parnamirim. Três homens foram presos na operação e os policiais encontraram três corpos em um poço da localidade, que ficou conhecido como “Poço do Terror“.
Os detalhes da prisão foram divulgados na manhã de hoje (08) durante coletiva de imprensa, na Delegacia Geral de Polícia Civil (Degepol), pelo delegado titular da 1ª DP, Graciliano Lordão, que presidiu as investigações, além do Delegado Geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva.
As investigações tiveram início há seis meses quando a equipe da 1ªDP de Parnamirim localizou os corpos no poço, no dia 1º de agosto do ano passado, após denúncias. Foram encontrados Paulo Roberto da Costa, Estevam Cláudio e Jacío Júnior. De acordo com o delegado Graciliano Lordão, eles estavam desaparecidos desde julho de 2011, foram mortos a pauladas e jogados dentro desse poço. A motivação do crime era por dívidas com os traficantes, já que as vítimas eram viciadas em drogas. As dívidas giravam em torno de 20 a 30 reais.
Além desses corpos, a Polícia Civil acredita haver mais dois outros nesse local, que seria de um casal ainda não identificado. Já foram feitas duas tentativas para remoção, mas devido a profundidade (cerca de 24 metros) e o volume de água do poço, ainda não foram encontrados. No entanto, a Polícia pretende articular equipes do Corpo de Bombeiros e da Caern para trabalhar ininterruptamente até que as vítimas sejam localizadas.
Foram presos Erivan Guilherme de Moura, o “Pé”, Luís Carlos da Silva Miguel, vulgo “Topeira”, e João Paulo de Oliveira Pontes, o “Pantera”. Todos foram localizados em Parnamirim. Eles devem responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.
Ainda há outros quatro participantes dos crimes que estão foragidos identificados como Klebson Samuel de Araújo Silva, o “Galeza” e David Raquel da Silva, vulgo “Galego”, além de dois menores de idade. A Polícia Civil pede para que se alguém tiver alguma informação sobre o paradeiro dos acusados ligar para o Disque Denúncia (0800-084-2999) ou para a DP de Parnamirim pelo telefone 3644-6408.
O delegado Graciliano Lordão destacou que tratam-se de bandidos que agem com requintes de crueldade e que cometeram os assassinatos por motivo torpe. “Eles geralmente davam um golpe mata-leão nas vítimas e quando estas estavam desacordadas, davam uma série de pauladas na cabeça, além disso cometiam o crime por divídas com valores irrisórios”, relatou.
A Polícia Civil de Cuiabá está à procura de Weber Melques Vernandes de Oliveira, de 22 anos, suspeito de matar ontem uma jovem, ainda não identificada.
O corpo foi encontrado carbonizado, dentro de um forno de pizzaria..
A polícia trabalha com a hipótese de que os fragmentos de ossos humanos encontrados no forno possam ser de uma moradora do bairro Tijucal.
O delegado responsável pelo caso, André Renato Gonçalves, confirmou que a vítima pode ser Katsue Stefany, de 25 anos.
Porém, apenas exame de DNA poderá confirmar se a moça é mesmo a vítima do homicídio. A família da jovem disse que ela está desaparecida desde quinta-feira.
Segundo a polícia, o pai de Weber prestou depoimento no final da tarde de sexta-feira e contou que vizinhos ligaram para ele dizendo que ouviram gritos de uma mulher, na madrugada de ontem, por volta de 1 hora.
Testemunhas disseram que viram o rapaz entrando sozinho na pizzaria e saiu pela manhã sozinho e sujo de sangue.
O empresário disse ao delegado que conversou com o filho e ele teria dito que havia matado uma pessoa, porém não contou quem e nem onde.
Em seguida, pegou sua motocicleta e desapareceu, sem dar mais notícias. No forno da pizzaria, peritos recolheram restos de ossos, um anel e uma corrente. O material biológico da jovem será comparado com o material encontrado no local do crime, que havia sangue.
Entre as 1h45 e as 6h11 desta sexta-feira (3), a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) registrou 13 homicídios em Salvador e região metropolitana, um intervalo de aproximadamente cinco horas. Além destes, há informação de outros quatro homicídios, dois em uma localidade conhecida como Golfo Pérsico, na Boca do Rio e outros dois em Vila Canária, podem ser confirmados ainda nesta manhã.
Os 13 casos confirmados nas cerca de cinco horas desta sexta já se equiparam a todos os casos registrados nas 24 horas de quinta-feira (2). Já na quarta-feira (1) a SSP registrou sete homicídios.
Do total de 13 vítimas já confirmadas, quatro corpos foram encontrados na região da Avenida Jorge Amado, no bairro de Pituaçu. De acordo com as informações da polícia, por conta da proximidade em que os corpos foram encontrados, a primeira hipótese levantada pelos investigadores é a de que possa ter acontecido uma chacina no bairro.
Já no bairro do Sete de Abril, uma mulher de 39 anos e um adolescente de 17 foram mortos na frente de casa. As primeiras informações da polícia dão conta de que se tratavam de mãe e filho, mortos por volta das 6h.
Crimes foram registrados também na Engomadeira, na Baixa do Fiscal, em Jaguaripe e em Ipitanga, já na região metropolitana. Todos os homicídios foram decorrentes de disparos de armas de fogo.
Segurança na capital
Desembarcaram por volta da 0h na Base Aérea de Salvador cerca de 150 policiais da Força Nacional de Segurança. Eles chegaram à capital baiana após pedido do governo do estado, que solicitou apoio por conta da paralisação parcial da Polícia Militar. De acordo com informações do secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, outros 500 policiais da Força Nacional de Segurança devem chegar à capital no prazo de 48 horas.
Na manhã desta sexta-feira, homens do Exército circulavam pelas avenidas da capital baiana. Eles saíram dos quartéis para fazer o policiamento das ruas por causa da ausência de policiais que já estão em seu quarto dia de greve.
Desde a madrugada de quarta-feira (1), sindicalistas filiados à Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra) ocupam a sede da Assembleia Legislativa, situada no CAB, em estado de greve. Na ocasião, Marco Prisco, presidente da Associação, informou que os manifestantes só sairão do local após serem atendidos por algum representante do governo do estado.
O secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, juntamente com o Comando da Polícia Militar, se reuniu na manhã desta sexta com representantes de associações da categoria policial para discutir as questões trabalhistas reivindicadas pela categoria. De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP), essas reuniões já vinham ocorrendo e o governo não discute a legitimidade das reivindicações dos policiais, mas sim a forma com que está sendo abordada por parte da categoria.
Na quinta-feira (2), a paralisação de parte dos policiais militares da Bahia foi considerada irregular, de acordo com uma liminar expedida pelo juiz Ruy Eduardo Brito, da 6ª Vara da Fazenda Pública. O juiz determinou a imediata retomada das atividades pelos policiais vinculados à Aspra. A multa estipulada para os policiais parados que não assumirem seus postos de trabalho é de R$ 80 mil.
O Comando da Polícia Militar também diz que não há previsão de negociação com os grevistas por causa da suspeita de envolvimento policial em ações que estariam provocando pânico na população de Salvador e de cidades do interior do estado.
“A apresentação de razões de crime está sendo feita. Eu não posso chegar aqui e dizer a vocês que não está, porque a gente tá, nesse caso, prevaricando, a Polícia Civil está integrada com a Polícia Militar em ações que visam debelar e conduzir essas pessoas à Justiça”, afirma o Coronel Alfredo Castro, comandante geral da PM.
Segundo informações do Comando da Polícia Militar, a Bahia tem 31 mil policiais, mas o comando não sabe o número exato daqueles que estão participando da greve.
As lideranças do movimento negam ter promovido ações que tenham causado pânico à população. “Enquanto a negociação não ocorrer e nossas pautas não forem aceitas, o movimento continua firme e forte aqui na Assembleia Legislativa”, diz Marco Prisco, presidente da Aspra.
Um crime de execução foi registrado na noite desta quinta-feira (19), no distrito de Massaranduba, em Ceará-Mirim, região metropolitana de Natal. Francisco das Chagas Bezerra, de 29 anos, foi morto na porta de casa, quando chegava do trabalho, na rua Santa Maria.
De acordo com o soldado Marrêiro, do 11º Batalhão, a vítima foi morta por dois homens que chegaram ao local em um veículo tipo Fiat Uno, de cor preta. Quando pararam na frente da residencia de Francisco os ocupantes do carro desceram e começaram a atirar em direção ao jovem que estava acompanhado do irmão.
Todos os disparos foram em direção a Francisco das Chagas. Os atiradores usaram duas pistolas ponto 40 e os tiros atingiram a cabeça e as costas da vítima.
Ainda segundo o policial, os criminosos usavam capuzes e abordaram os dois irmãos dizendo serem policiais. “O irmão da vítima nos informou que a dupla chegou gritando que eram policiais e usavam uma camisa no rosto como um capuz. Eles atiraram muitas vezes acertando a cabeça do rapaz”, disse.
O delegado Aldo Lopes, plantonista da Zona Norte, colheu informações de alguns moradores e descobriu que o crime pode ter relação como o tráfico de drogas. “Eu ouvi um morador da localidade e ele revelou que a casa da vítima funciona uma boca de fumo. Vamos investigar”, revelou.
Os peritos do ITEP examinaram o corpo e o local do crime e encontraram cerca de 10 cápsulas de pistola próximo ao corpo. O caso será investigado pela delegacia de polícia civil da cidade de Ceará-Mirim.
Um homem ainda não identificado morreu na tarde desta quinta-feira após trocar tiros com a polícia, na área da comunidade do Detran, Zona Oeste. De acordo com informações de agentes da 14º DP, o suspeito estava armado quando foi surpreendido por policiais militares e iniciou o tiroteio.
O suspeito foi atingido por um tiro na área do tórax e morreu no local. Outros dois homens que estavam juntos com o suspeito revidaram os tiros e conseguiram fugir dos PM´s pulando muro de residências.
De posse do suspeito, a polícia recuperou duas motos que foram roubadas.
Um crime de homicídio foi registrado na manhã desta sexta-feira (6), no município de Serra Negra do Norte, situada a 303 km de Natal. A vítima foi identificada como José Juvino de Araújo Neto, 40 anos, residente na rua Aristides Alves de Moura, no centro da cidade.
De acordo com o soldado Tavares, oficial da Polícia Militar em serviço, a vítima trabalhava na construção da residência, quando foi abordado por um Celta preto, que chamou pelo seu nome. Na ocasião, José Juvino virou para tentar reconhecer a pessoa, quando foi atingido com um disparo na região do rosto.
Segundo o soldado Tavares, a vítima foi atingida no olho e caiu sem vida em frente à residência. A Polícia Militar realiza diligências pela região na busca pelo autor do crime. “Nosso 1º levantamento nos leva para um suspeito, mas preferimos manter em segredo para que a investigação não seja atrapalhada”, concluiu o policial militar.
Comente aqui