O Hospital Giselda Trigueiro, referência para doenças infectocontagiosas no Rio Grande do Norte, comemorou nesta segunda-feira (14) seus 71 anos de serviços prestados aos usuários do Sistema Único de Saúde. A data foi celebrada com uma programação repleta de homenagens, lembranças, e com a presença de diretores, servidores e gestores da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
A comemoração foi marcada por vários momentos de emoção, entre eles a encenação da peça teatral intitulada “Giselda Trigueiro: o ícone da humanização”, interpretada pelo grupo teatral “De bem com a vida”, composto por servidores do HGT e Sesap, e escrita por Marcelo Pereira, regente do Coral Vozes da Vida e Saúde. O regente é também compositor do Hino do Giselda, lançado na mesma oportunidade. As apresentações do Coral foram acompanhadas pela Banda de Música da Polícia Militar.
A peça teatral resgatou a fundação do sanatório de Natal, em 1912, para tratamento de tuberculose pulmonar, o decreto que criou o Hospital Evandro Chagas, em 1943, e a trajetória da professora Giselda Trigueiro como diretora da unidade a partir de 1963, com destaque para alguns servidores, entre eles o então estudante de medicina Antônio Araújo, hoje médico infectologista do HGT.
O secretário adjunto da Sesap, Marcelo Bessa, sobrinho e afilhado da Professora Giselda Trigueiro, participou das comemorações como representante da família da homenageada, e relembrou a dedicação da tia e madrinha aos pacientes. “A lembrança mais forte é o trabalho humanizado, a dedicação total à medicina, que a fazia chegar ao ponto de ficar internada no hospital para acompanhar de perto os pacientes mais graves”. Nas lembranças da família estão presentes a imagem da médica, infectologista especialista no tratamento do tétano, mas também a mulher forte, de boa convivência com os familiares, escritora e leitora apaixonada da literatura de cordel.
A diretora geral Milena Martins relembrou sua história junto ao hospital onde atua há 19 anos como servidora e há seis anos à frente da direção geral. “No quarto ano de faculdade, época do início da epidemia de Aids, visitei o hospital como estudante do curso de medicina, foi quando me apaixonei pela infectologia e decidi por esta especialidade”.
“O Giselda Trigueiro é o hospital referência em infectologia para a formação na área de saúde, utilizado como campo de estudo por várias faculdades de Natal, além de ter a peculiaridade de ter, permeada em sua administração desde a época da professora Giselda Trigueiro, um compromisso com os pacientes e uma devoção ao hospital por parte dos servidores”, disse o Secretário de Estado da Sesap, Luiz Roberto Fonseca.
A médica Giselda Trigueiro foi referência na área da infectologia no Rio Grande do Norte, e como especialista no tratamento do tétano teve seus trabalhos apresentados na Europa. Assumiu a direção do então Hospital Evandro Chagas no ano de 1963. Após o seu falecimento, em 1986, foi homenageada pela sua dedicação ao hospital, quando no ano seguinte passou a ser chamado Hospital Giselda Trigueiro.
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